Notícias do Movimento Espírita

Araçatuba, SP, sábado, 24 de dezembro de 2011

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

em suas listas de contatos

 

 

 

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

 

 

 

 

Nota 2

 

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas. (Ismael Gobbo)

   

 

 

 

 

 

Atenção

 

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui: http://www.noticiasespiritas.com/2011/DEZEMBRO/24-12-2011.htm

 

 

 

 

 

 

Natal com Jesus

 

(Ismael Gobbo)

Eis o Natal surgindo,
Com festas na Terra e no Além,
E a história reproduzindo,
A inesquecível Belém.

Retrata pastores vibrando,
Na manjedoura com fé,
O céu com astros saudando,
Jesus, Maria e José.

No centro da cena, o Messias,
Que o mundo aguardava enfim,
Despido de fantasias,
Sem pompa, farnel ou festim.

Natal, quer no campo ou cidade,
Deve ser apelo à luz,
Forjado na simplicidade,
Do nosso querido Jesus!

 

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Santuário do Campo dos Pastores localizado em Bet Sahur (Casa dos vigias)

 a cerca de 3 km do centro de Belém, Palestina. Foto Ismael Gobbo

 

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Afresco no Santuário do Campo dos Pastores em  Bet Sahur,  Belém, Palestina. Foto Ismael Gobbo

 

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Uma rua de Belém, Palestina. Foto Ismael Gobbo

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A Praça da Manjedoura vista da esplanada da Basílica da Natividade. Belém, Palestina. Foto Ismael Gobbo

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A Basílica da Natividade vista da Praça da Manjedoura. Belém, Palestina. Foto Ismael Gobbo

 

FELIZ NATAL!

 

É o que desejamos a todos colaboradores, repassadores e leitores deste modesto serviço de informações do movimento espírita. Que Jesus seja lembrado e vivido por todos nós no dia de seu aniversário. Muitas felicidades a todos.

 

Parabéns Jesus!

 

 

 

 

 

 

 

 

“Se for a morte de Jesus que nos salva, louvemos seus carrascos”

 

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José Reis Chaves

Foto: Ismael Gobbo

 

       Devemos condenar ou aplaudir o grande pecado da morte de Jesus na cruz?

Eu não vejo a Bíblia como um livro só de mensagens de verdades do mundo espiritual para nós, pois há espíritos maus (atrasados) no mundo espiritual, que também se manifestam nela. E não podemos atribuir a Deus de forma alguma os erros bíblicos. Portanto, saibamos separar o joio do trigo, com relação aos espíritos na Bíblia.

      E quando uma mensagem bíblica é boa, só podemos dizer que ela é de Deus, no sentido de que ela é do bem, mas não diretamente de Deus, pois Ele mesmo não se manifesta jamais diretamente, mas apenas através de um espírito evoluído enviado (anjo) imantado num profeta ou médium. Mas não devemos esquecer que anjo (“malak” em hebraico, “aggelos” em grego, e “angelus” em latim) significa mensageiro, enviado, “office-boy”. Todo anjo é espírito, mas nem todo espírito é anjo. E os espíritos desencanados são enviados ao nosso mundo por meio de médiuns especiais ou profetas, os quais trazem mensagens para nós por escrito (psicografia) ou oralmente (psicofonia). Porém eles devem ser examinados por nós, para sabermos se são espíritos bons ou maus. (1 João 4:1; e 1 Coríntios 12:10). Lembremo-nos da expressão “anjos maus”, ou seja, enviados maus. E, se eles se manifestaram na Bíblia por meio de médiuns especiais ou profetas durante séculos e séculos, por que eles não poderiam continuar se manifestando a nós, se eles são espíritos humanos desencarnados que continuam vivos – “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos” – , e quando sabemos que Deus não faz acepção de pessoas? Não se trata, pois, de manifestação do Espírito Santo trinitário, tido por uma parte dos cristãos como sendo o próprio Deus. Se fosse assim, não precisaríamos examinar os espíritos e distingui-los. Sempre que o mundo é mundo, espíritos humanos desencarnados e até encarnados se manifestam através de médiuns especiais. Todas as religiões do mundo conhecem e têm fenômenos mediúnicos, e deles surgiram. O cristianismo é rico desses fenômenos. Até quando, pois, ele vai conseguir esconder oficialmente essa verdade? Só falta aos seus líderes religiosos humildade bastante para a reconhecerem. O Nazareno disse que nada ficará oculto. E a realidade a respeito desses fenômenos mediúnicos (espirituais para são Paulo) já veio à tona para a grande maioria dos espiritualistas do mundo, e isso com o respaldo da ciência.

         E é lamentável que os próprios espíritos maus sejam confundidos, desde épocas remotas, com o próprio Deus. Daí  que as religiões antigas, entre elas o judaísmo, concluíram que Deus gosta de sangue, o que através de são Paulo entrou no cristianismo. De fato, o apóstolo Paulo, influenciado por religiões antigas da Palestina e de nações circunvizinhas, exaltou os sacrifícios de sangue, mas temos Jesus que disse: “Misericórdia quero e não holocaustos” (Mateus 9:13).

        Aos afeiçoados ao que eu denomino de teologia do sangue, eu digo que espíritos atrasados apreciam muito o sangue derramado de animais e seres humanos. Pergunto a esses teólogos do sangue: Que Deus é esse que se deleitaria com sangue?

        Repudiemos e condenemos, pois, as torturas e a morte ignominiosa de Jesus na cruz, que podem ser deleitosas para espíritos atrasados, mas jamais para Deus!

            

(Texto recebido em emails de justinavalandro [email protected] e de Márcia lebourg [email protected])  

 

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Fragmento do Evangelho de João (18: 31)  manuscrito em grego e considerado o mais antigo documento canônico

 fazendo referência a Jesus. A datação provável é de 125 dC

O Papiro foi encontrado no Egito e se encontra na Biblioteca Universitária John Rylands

 Manchester, Inglaterra

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/P52_recto.jpg

 

 

Descrição: Ficheiro:Eccehomo1.jpg

Pilatos apresentando Jesus aos judeus: Ecce Homo (Eis o homem)

obra do pintor italiano Antonio Ciseri (1821-1891

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eccehomo1.jpg

 

 

 

 

 

 

Encontro com Jesus

Franca, SP

 

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(Informação recebida em email de [email protected]; em nome de; USE Intermunicipal de Franca [email protected])

 

 

 

 

 

 

Programa Transição

 

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(Informação recebida em email de Lucas Milagre)

 

 

 

 

 

 

Natal da Amic

Campinas, SP

 

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AMIC - Associação Amigos da Criança. Uma instituição fundada em 1990, que desenvolve um importante trabalho de combate à fome e inclusão social no 2º maior assentamento da América Latina (Parque Oziel/Monte Cristo - Campinas/SP).

 

Veja o vídeo e conheça a AMIC! http://www.youtube.com/watch?v=necq53myKDQ&feature=related 

 

 

Você pode fazer parte desse trabalho de amor apoiando nossa Campanha de Natal em benefício das famílias atendidas pela AMIC!

 

Doações são bem-vindas e podem ser abatidas do imposto de renda. Saiba como: http://www.amic.org.br/paginas/doacoes/pag-doacoes-veja-mais.htm

 

Você também pode ajudar adquirindo algum livro ou cd da loja virtual da Cárita Editora! http://www.lojacarita.com.br/ 

São ótimas opções de livros e cds com mensagens de amor, auto-conhecimento e crescimento interior para iluminar o coração. Toda renda da Cárita Editora é destinada aos diversos projetos sociais mantidos pela AMIC!

 

Para conhecer mais sobre as muitas ações sociais realizadas pela AMIC acesse o site: http://www.amic.org.br/

 

(Informação recebida em email de Amanda Silveira Carbone [email protected])

 

 

 

 

 

 

Leia o boletim da FeDF

Brasília, DF

 

Acesse aqui: http://www.boletimfedf.blogspot.com/

 

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Jesus

 

"E eu, quando for levantado da terra,

 todos atrairei a mim". João 12:32

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Enquando fulguravam em ouro os raios do astro-rei, banhando a Natureza de incomparável festa de luz, foram pronunciadas as últimas palavras, ditas as instruções finais e significativas, e delineadas as rotas para as tarefas do futuro. Nimbado por indefinível claridade, Ele ascendeu lentamente, ante a explosão de lágrimas dos companheiros e as esperanças de redenção pelo trabalho no porvir.

A montanha, na Betânia, diminuía, os horizontes do mundo se ampliavam e os Seus olhos banhavam de ternura o fecundo campo de trabalho, onde as flores do amor deveriam desabrochar, através dos tempos, sob Sua inspiração.

Convivera entre aquelas gentes simples estabelecendo as bases da edificação fraterna para os espíritos.

Apagara-se para ministrar humildade e descera para melhor servir.

Dispensara intermediários nos seus planos e viera, Ele mesmo, participar dos mínimos preparativos, demorando-se cada dia e a todo instante, no mais acendrado desvelo, de modo a infundir pelo exemplo, as lições firmes do dever e da abnegação.

Prevendo as consequências políticas, sociais e espirituais da Sua mensagem na História dos tempos, podia divisar, desde já, as legiões dos que se deixariam sacrificar e seviciar, permanecendo fiéis aos postulados da Verdade até à morte infamante...

Assim pensando, o Rabi se inundou de inusitada alegria.

Os conquistadores preparavam soldados e mercenários, infundindo terror e utilizavam-se das estratégias bélicas, estabelecidas pela impiedade, pela espionagem, pela traição. Combatiam corpos, espoliavam cidade, esmagavam as aspirações dos povos enfraquecidos...

Ele chegara anônimo e partia espezinhado. Legara, porém, aos que ficaram confiantes, a armadura da paciência, as armas do amor e a estratégia do bem incessante e infatigável...

O campo, talvez ficasse muitas vezes juncado de cadáveres... cadáveres dos seus legionários que se dariam ao sacrifício, mas que jamais sacrificariam outrem.

Oferecera-lhes os instrumentos desconhecidos, até então, da concórdia e da mansidão, e inaugurara um estranho e singular modo de combater: o combate da não-violência.

Para Ele, por essa razão, no entanto, aparentemente não houve lugar... Todavia, das lições vivas e incorruptíveis do Seu amor brotaram bênçãos e o punhado de Espíritos revestidos pelas vestes carnais que ficavam na retaguarda, paulatinamente, alcançariam os altos e inamovíveis objetivos a conquistar logo mais.

Eram singelo pólen, que, entretanto, fecundaria a humanidade inteira, vencendo as distâncias e os tempos.

No infinito das horas, chegaria o momento da comunhão final com os amados e o triunfo total sobre as misérias que convulsionavam as mentes e os corações.

Recordou-se daqueles homens e mulheres arrancados dos seus quefazeres diários para a incomparável jornada do socorro fraternal. Nem eles mesmos se aperceberam da significação profunda do "abandonar tudo e segui-lO".

Acarinharam, meses a fio, estranhas e ingênuas esperanças; lutaram entre si disputando primazia, sonharam quiméricos triunfos, aspiraram a honrarias banais... Agora, lentamente, aclaradas as interrogações que perturbavam a faculdade de raciocinar e nublavam os seus sentimentos vacilantes, podiam pressentir a elevada responsabilidade de que se encontravam, por fim, investidos.

Sairiam pela terra, qual discreto perfume de poderosa impregnação e, por onde passassem, sem o perceberem, deixariam sinais inapagáveis.

Escolhera-os, de diversas procedências, corações comprometidos com os vários misteres do dia a dia.

A uma mulher habituada aos coxins de seda e à sedução, oferecera valor e forças para, renovada, ser exemplo vivo da vitória do espírito sobre a carne putrescível.

Tocara jactancioso "doutor da Lei", ensejando-lhe penetração profunda no complexo mecanismo dos renascimentos purificadores.

Acenara a um administrador fiel as esperanças do Reino, restituindo-lhe a filha enferma, em eloquente atestado sobre o valor da saúde espiritual...

Confundira com o verbo simples e as atitude desataviadas, os hipócritas e mentirosos, os enganadores eos que se compraziam na malversação dos valores de toda natureza.

Os amigos, íntimos comensais de toda hora, escolhera-os entre as funções modestas do povo, adestrando-os em regime de austera disciplina e incessante afeição para as lutas intermináveis da dedicação sem limite...

Sabia que a Sua voz, eles a levariam cantando, suarentos e trôpegos, mas resolutos e conscientes, a todos os espíritos lenindo as terríveis ulcerações que minavam o organismo da humanidade.

As mãos da cupidez e da criminalidade se levantariam, todas as torpezas seriam arregimentadas, a mais infames armas seria utilizadas contra, enquanto eles ficariam fiéias ao Seu testemunho, percorrendo a Terra.

Podia vislumbrar as labaredas e as cruzes, os animais e os gládios, as crueldades ímpares e as perseguições implacáveis que movimentariam contra eles, sem lhes diminuírem o ânimo nem lhes quebrantarem a coragem, pois que se sustentavam na Igreja da Revelação assentada na rocha da Verdade, com a argamassa do Seu sangue e o selo da Sua ressurreição, ficando reservado ao futuro o resultado do Seu exílio por amor...

O cordeiro confraternizaria com o lobo e o joio cederia lugar ao trigo, enflorescendo a gleba humana com as bênçãos da paz integral.

"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens" - entoavam as vozes angélicas, saudando o Rei Excelso que chegava ao sólio do Altíssimo.

O Divino Amigo, além da esfera de sombras em que ficaram os homens embrulhados em paixões e ansiedades, com o espírito tímido de confiança, abriu os braços e todo harmonia balbuciou, pensando naqueles que O seguiriam através dos tempos:
   "Pai Nosso, que estais no Céu"..., retornando ao seio dAquele que O enviou, sem se apartar, porém, dos lutadores da retaguarda terrena, até a "consumação dos evos".
                                                                   * * *
Desde então, o sofrimento e a dor encontraram amparo em débeis mãos que se fortalecem ao contato do trabalho cristão.

Por onde passe a hidra da guerra, semeando cadáveres e destruição, seguem empós, corações abnegados, atendendo à viuvez, à orfandade, ao abandono e à miséria.

Não mais a impiedade se instalou na Terra nem a perseguição conseguiu pleno triunfo.

Em toda parte Ele tem estado presente e o simples enunciado do Seu nome é vigoroso estímulo para a liberdade e a paz do espírito.

Não triunfando no mundo, Jesus venceu todas as vicissitudes e estabeleceu as balizas do Novo Mundo da Humanidade Feliz, em cuja construção estamos unidos todos nós, desencarnados e encarnados, no exercício da aprendizam e vivência evangélica.
  

AMÉLIA RODRIGUES

(Do livro "Primícias do Reino", psicografia de Divaldo Franco)

(Texto da Internet: http://jornalespiritamontecarmelo.blogspot.com/2011_04_01_archive.html)

 

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Ascensão de Cristo por Garofalo

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Wga_Garofalo_Ascension_of_Christ.jpg

 

 

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Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 

 

Natais

 

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Toda vez que o Natal retorna, cantando Hosanas, aciono as lembranças dos Natais da minha infância.

Na tela do pensamento, repasso imagens daqueles dias vividos, no seio da família: pais, avós, irmãos.

Dias tão diversos dos atuais. Dias em que a TV ainda não chegara ao nosso lar e o que nos ligava ao mundo, naquele distante rincão, eram as ondas radiofônicas.

Recordo que os dias que antecediam o Natal eram de agitação. Minha irmã era muito criativa e, juntas, fazíamos a decoração da casa.

Laços de fita colorida se mesclavam ao verde de pequenos ramos que retirávamos das árvores do quintal.

Os presentes eram escassos: um para cada criança. Éramos cinco.

No entanto, de forma miraculosa, quando a família adentrava a sala, para a troca tão esperada, havia pacotes e mais pacotes.

Pacotes coloridos, de tamanhos e formas diversas. Leves, pesados, pequenos, grandes.

Era o nosso milagre particular. Tomávamos, minha irmã e eu, de pequenos mimos, esquecidos em gavetas e armários, lavávamos, políamos e providenciávamos embrulhos.

O momento da distribuição era de surpresas contínuas. A pessoa tomava do pacote e tentava adivinhar o que continha.

Seria um presente de verdade ou uma brincadeira? Por vezes, colocávamos algo minúsculo em caixas de variados tamanhos.

E lá ficava um de nós, entre a emoção e a ansiedade de todos, desembrulhando e desembrulhando.

No final, havia sempre risos. Às vezes, era apenas um seixo liso, colhido em passeio familiar e zelosamente guardado para a ocasião.

Ou então, era uma concha sui generis, fruto de uma ida à praia. Um livro emprestado, lido e que retornava, dessa forma, às mãos do dono.

Surpresas e mais surpresas. As crianças participávamos com risos, gritos, exclamações!

A figura de Papai Noel jamais adentrou a nossa casa. Desde muito cedo, aprendemos que nossos pais e avós faziam grandes sacrifícios para conseguir brindar a cada um de nós com um brinquedo.

E nós lhes dávamos lembranças, feitas por nós, entre o carinho e a inabilidade de nossas mãos.

Depois, era a ceia, servida em baixelas de porcelana, especialmente reservadas para dias importantes como o Natal.

Presente de casamento! – Informava nossa mãe, para atestar da importância de todos aqueles pratos.

E bebíamos em copos de cristal, que nos requeriam todo cuidado.

Todos brindávamos, com guaraná, cujas bolhas, provocando cócegas, mais nos faziam rir.

Dias felizes. Natais passados em que não faltava o momento de oração ao Divino Aniversariante, o mais importante convidado. Porque, afinal, só se tinha festa, porque Ele estava aniversariando.

Hoje, quando os anos se transformaram em décadas, agradeço a Deus pelos Natais de tantas venturas familiares.

Agradeço pelos amores que me deram alegrias, tantas e multiplicadas para recordar.

E lhes digo, desejando ouçam no mundo espiritual, onde se encontram: Feliz Natal, vovô, vovó, pai, mãe, irmãos queridos da minha alma saudosa!

 

Redação do Momento Espírita.

Em 23.12.2011.

 

 

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Natal e a entrega dos presentes em familia. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 

Focalizando o Trabalhador Espírita (119)

Walther Graciano Júnior

 

 

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Walther Graciano Júnior

 

 

Entrevista para Ismael Gobbo ao

Notícias do Movimento Espírita

 

 

 

Hoje ouviremos nosso companheiro Walther Graciano Júnior, um dos colaboradores da Folha Espírita, em cujo jornal escreve as colunas  “Cantinho do Evangelizador” e “Papo Cabeça”. Economista por formaçao, em cuja área trabalhou profissionalmente, Graciano acabou mudando de carreira graças ao trabalho com a evangelização infantil na Creche “Lar do Alvorecer”. Tornou-se pedagogo. Sempre ao lado da mãe, dona Anna, Graciano vem prestando seus relevantes serviços na propagação da Doutrina Espírita e granjeando a simpatia e respeito de todos aqueles que com ele convivem.

 

 

Walther pode nos fazer sua autoapresentação?

 

Meu nome é  Walther Graciano Junior, nasci no dia 06 de janeiro de 1961 na cidade de São Paulo, onde resido, filho de: Walther Graciano e Anna Giorgetti Graciano. Tenho mais três irmãos e seis sobrinhos que são a alegria da nossa família. Sou professor de informática no Colégio Palmares onde trabalho há 18 anos

 

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

 

Sou Economista e Pedagogo. Me formei em Economia pela PUC de São Paulo no ano de 1986. Após alguns anos, atuando na área financeira de uma empresa multinacional, me senti um pouco “cansado” da carreira de economista. Incentivado pelo trabalho com as crianças da Creche “Lar do Alvorecer”,  resolvi mudar e partir para a área educacional. Prestei novamente vestibular e entrei na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, onde me formei no ano de 1995.

 

Como conheceu o Espiritismo e desde quando o freqüenta?

 

Venho de uma família católica, porém minha mãe foi sempre muito ligada ao espiritismo. Possuíamos muitos livros espíritas em casa. Desde o início da adolescência me interessei pela leitura dos livros. Outros grandes incentivadores do espiritismo em minha vida foram meus tios Maria Elisa e Sandro Giorgetti, este irmão da minha mãe e  já  desencarnado, que são espíritas e cuja casa frequentei durante muito anos pela grande afinidade que possuo com meus primos. O fato de estar com eles todos os fins de semana,  fazia com que eu frequentasse o Centro que eles frequentavam em Campinas, o Centro Espírita “Jesus de Nazaré”, já desativado.

 

A que casa espírita está vinculado presentemente?

 

Ao Grupo Espírita Cairbar Schutel, no Jabaquara, na capital paulista, vinculado à Editora FE e Associações médico-espíritas do Brasil e Internacional, sob a presidência da Dra. Marlene Nobre

 

Poderia nos fazer uma síntese de sua participação no movimento espirita durante esses anos

 

Passei a frequentar o Grupo Espírita Cairbar Schutel no ano de 1978 juntamente com minha mãe.

Quando entrei pela primeira vez, senti que ali era o meu lugar, minha família espiritual, e nunca mais deixei.  Além das atividades doutrinárias, o Grupo tem um grande trabalho nas áreas educacional e assistencial. Comecei frequentando os estudos e os trabalhos de passe na sede no Jabaquara. Posteriormente passei a frequentar o desenvolvimento mediúnico. Paralelamente iniciei-me no trabalho na Creche “Lar do Alvorecer”, na assistência social e passei por vários setores, até que um dia no ano de 1985 fui chamado para trabalhar na evangelização infantil. A partir daí dediquei-me a  dar aulas junto com os evangelizadores na Creche assumindo tempos depois a  área de Evangelização Infanto-juvenil.

 

E no trabalho de divulgação?

 

O trabalho de divulgação ocorreu de outra forma. Desde que passei a frequentar o Grupo Espírita Cairbar Schutel comecei a acompanhar a Folha Espírita. Quando assumi a coordenação geral da evangelização, a Dra. Marlene me perguntou se eu gostaria de contribuir escrevendo a Folhinha Espírita juntamente com minha mãe na parte da música. Passados alguns anos comecei a  escrever o “papo-cabeça” e o “cantinho do evangelizador” e minha mãe Anna Giorgetti Graciano continua publicando músicas de sua autoria. Há também o trabalho dos Congressos da Associação Médico Espírita do Brasil que eu e meus companheiros do Grupo Espírita Cairbar Schutel colaboramos com a supervisão da Dra. Marlene Nobre.

 

Quais os temas de sua preferência nesse trabalho?

 

Para escrever meus temas preferidos são: educação,  juventude espírita e atualidades interpretadas à luz da doutrina. Estes são assuntos que levam as crianças e os jovens a ler e refletir, discutir com os pais, professores e evangelizadores.

 

Como pedagogo que é acha que nosso sistema de ensino vai bem?

 

Vejo o sistema atual de ensino no Brasil com uma grande lacuna entre suas propostas. Filosoficamente e metodologicamente falando parece um ensino de “primeiro mundo”, mas na prática, principalmente dentro da sala de aula, a coisa é bem diferente.  Falta comprometimento e os resultados estão aí para comprovar.

 

Graciano lembro-me que algumas décadas atrás os próprios pedagogos e psicólogos pregavam que a criança devia ter liberdade. Hoje o que mais se vê falar são nos limites. Acha que foi equivocado aquele direcionamento?

 

Não vejo como um equívoco, vejo como uma mudança de paradigma. Uma experiência que deu errado.

Nós devemos entender que sem regras, limites e educação, jamais conseguiremos viver em sociedade.  Muitos pais pensam que satisfazer todas as necessidades dos filhos é a forma mais certa de educá-los. Com a experiência e a vivência percebem que a falta de regras e limites acaba por prejudicar seus filhos, e as consequências são desastrosas para a criança, a família,  e a sociedade de uma forma geral.

Uma coisa muito importante a ser observada pelos  pais, professores e educadores em geral é que  ao estabelecer limites, é importante adotar uma postura firme,  coerente, e exemplificar. A criança aprenderá muito mais através dos exemplos do que simplesmente pelas palavras.

 

Hoje a criminalidade é grande e parece que vem passando de pai para filho independentemente da posição Social. Isto pode ser reflexo daquela forma de criar na liberdade total?

 

O que o Espiritismo nos ensina é que o espírito ao reencarnar, de uma forma geral, é preparado e orientado para uma reencarnação onde sairá vencedor. Porém precisa de uma educação adequada, que, a princípio,  é dada pelos pais. Quanto à questão da liberdade, Emmanuel no livro O Consolador esclarece: a pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do celerado. A própria reencarnação não constitui, em si mesma, restrição considerável à independência absoluta da alma necessitada de expiação e corretivo? Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento e ao crime.

 

Pode nos falar sobre sua experiência como evangelizador espírita?

 

Minha experiência como evangelizador é muito rica porque atuo em frentes diferentes. Temos dois grupos de evangelização: um na Creche Lar do Alvorecer com crianças carentes e outro no Grupo Espírita, com os filhos dos frequentadores. Em todos os momentos o trabalho é enriquecedor. Ao longo dos anos tenho aprendido muito com as crianças e com meus colegas.  Desde as questões básicas relativas ao horário, à assiduidade, à freqüência, ao amor e interesse que dispensam ao evangelizando de qualquer idade, até as questões mais complexas ligadas ao estudo e tarefas doutrinárias. Há também a Folha Espírita que me proporciona momentos de reflexão e muito estudo.

 

Acha importante os pais encaminharem seus filhos para as aulas de evangelização?

 

Costumo dizer que os grupos espíritas são locais especiais para as crianças. Trabalhamos e estudamos muito para atender a criança em suas necessidades de espíritos a caminho da luz. Cobro incansavelmente dos pais assiduidade e freqüência das crianças nos horários estabelecidos.

Outro ponto que costumo “pegar no pé” é a continuidade do estudo em casa através do diálogo e do Evangelho no Lar.

Ouvimos frequentemente de alguns pais: “eu não forço meus filhos a religião alguma, sou liberal vou deixá-lo crescer e depois ele escolherá”.  Lembro a esses pais que eles tem o dever de oferecer aos filhos o que há de melhor. Se são espíritas e frequentam reuniões, por que não levar as crianças?

Frequentando as e exemplificando, podemos evitar que mais tarde eles caiam em toda sorte de vícios cujas consequências são terríveis e dolorosas. Ao se tornarem adultos, aí sim, farão as suas opções de ordem religiosa. Convido-os a lerem as explicações de Emmanuel quanto à educação infantil.

Acredita que esse trabalho vai indo bem em nosso meio espírita?

 

Acredito que o trabalho está crescendo. Através da internet conheci muitos grupos com os quais tenho me comunicado. Ao longo dos anos foram criados muitos sites com informações para troca de experiências,  inclusive cursos online para aqueles que se interessam. Com boa vontade e trabalho podemos criar um grande banco de dados educacional espírita.

 

O que sugere?

 

Minha sugestão é comunicação. Aproveitar ao máximo todo o aparato tecnológico que dispomos atualmente para troca de experiências e material. E trabalho, muito trabalho na educação. Sobretudo agora que o planeta passa por grandes mudanças. A hora é agora!

 

Suas despedidas dos nossos leitores.

 

Ismael, em primeiro lugar gostaria de agradecer muito a oportunidade de fazer parte do seu blog. Gostaria também de enviar um abraço a todos os leitores e convidá-los ao trabalho da evangelização infanto-juvenil. Que possamos continuar a caminhada da divulgação do espiritismo sob a proteção dos espíritos benfeitores da seara de Jesus.

 

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Walther Graciano Jr, ao lado de Dra. Marlene Nobre com a última edição da Folha Espírita

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O bebê Walther Graciano Júnior

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Walter Graciano Jr com avó paterna e irmãos

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Walther com avós e familiares de Campinas

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Walter Graciano na extrema esquerda com o avô materno.e o primo.Marcelo.em Campinas

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Mãe e irmãos de Walther Graciano Jr

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Walther Graciano com irmã e sobrinhos

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Walther Graciano Jr.  com familiares

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Walther Graciano Jr. Com os pais irmãos, avó e sobrinhos

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A mãe de Walther Graciano,  dona Anna Giorgetti que é professora de música

 

 

 

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Walther Graciano Jr, no ano de 1985.cumprimentando Chico Xavier no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG

 

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Walther Graciano Jr, de pé, na Creche Lar do Alvorecer

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Graciano em atividades com as crianças

na Creche Lar do Alvorecer

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Editoração e envio:

Ismael Gobbo, Araçatuba, SP

Gislaine Pascoal Yokomizo e Leonardo Yokomizo, Jacareí, SP