Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 15 de abril de 2021

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

           

http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/15-04-2021.htm

 

No Blog onde é  postado diariamente:

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Os últimos 5 emails enviados     

 

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14-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/14-04-2021.htm

13-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/13-04-2021.htm

12-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/12-04-2021.htm

10-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/10-04-2021.htm

09-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/09-04-2021.htm

 

 

Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 11 - 1868

 

http://www.febnet.org.br/ba/image/revistaespirita/11.jpg

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/ABRIL/18-04-2019_arquivos/image014.jpg

O Mármore Azul. “The Blue Marble”. Foto colhida pela Apollo 17 aos  07-12-1972.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/97/The_Earth_seen_from_Apollo_17.jpg

 

" The Blue Marble" é uma fotografia famosa da Terra, realizada em 7 de dezembro de 1972, pela tripulação danave espacial Apollo 17 em rota para a Lua a uma distância de cerca de 29 mil quilômetros (18,000 milhas). Mostra a África , a Antártica e a Península Arábica . (Wikipedia).

 

Galileu defendendo o heliocentrismo.

copiado de:

https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k94896v/f41.image

 Les oeuvres complètes de Galileo Galilei : prospectus de la réimpression de l'édition

 

Representação artística do Sistema Solar, tamanho não em escala.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sol#/media/Ficheiro:Solar_sys.jpg

Esta figura do Sistema Solar, (não em escala - na verdade muito muito longe da escala real - criando uma imagem em escala do sistema solar com representações detalhadas de todos os seus corpos principais provavelmente não seria viável - ver w: modelo do sistema solar ) mostra o Sol, os planetas internos, o cinturão de asteróides, os planetas exteriores, Plutão (o maior objeto no Cinturão de Kuiper - originalmente classificado como um planeta) e um cometa. 

 

Meteorito do Bendegó. Exposto no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.

Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

Foto anterior ao incêndio ocorrido no dia 02/09/2018.

Esta imagem é amplamente baseada em observações do Espectrorradiômetro de Imagem de Resolução Moderada (MODIS) - um sensor a bordo do satélite Terra - em 11 de julho de 2005. Pequenas lacunas na cobertura do MODIS entre viadutos, bem como a Antártica (que está na polar escuridão em julho), foram preenchidos usando os satélites meteorológicos GOES e a versão mais recente do Mármore Azul da NASA . O furacão Dennis pode ser visto se movendo para o interior da Costa do Golfo.

Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:MODIS_Map.jpg

 

Rebeldia

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Neste Instante. Lição nº 07. Página 31.

 

Rebeldia?...

Rebeldia por quê?...

Ousamos perguntar com respeito.

Nos processos da Natureza que se serve, em nome do Criador, não encontras a revolta em agente algum.

Podas a árvore, no intuito de colher benefícios e a árvore podada te responde com mais frutos.

Cortas a pedra para que ela te auxilie na construção e não lhe ouves queixa alguma.

Tosquias a ovelha para que se te acrescente o agasalho e a ovelha te obedece sem reclamações.

Aprendamos...

Se isso acontece nos domínios da Natureza, aos quais a razão ainda não enriqueceu, que se aguardará de nós outros, criaturas de Deus, com os melhores padrões de discernimento?

Se algo te aborrece, reflete no assunto e, possivelmente, reconhecerás que sofres algum desgosto contigo mesmo.

Se te sentes mal remunerado em serviço, anota quanto gastas, equilibrando receita e despesa, à custa do próprio esforço, sem exigir, em teu favor, a posição daqueles amigos que te chefiam, para a qual não te preparaste.

Se algum companheiro te incita à discórdia, silencia e concluirás que semelhante desafio não se te fará um caminho de paz.

Em qualquer dificuldade, acalma-te, cultiva a paciência que trabalha sempre e espera sem aflição.

Rebeldia é uma das piores formas de violência e a violência não auxilia a ninguém.

 

 

(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG)

Poda de árvore.  Foto: Cidinha Michelin.  

Árvore da qual é extraida a Cortiça. Na Itália é chamada “Quércia de Sughero”

Sardegna, Itália. Fotos Ismael Gobbo

 

Os Quebra-Pedras. Óleo sobre tela de Gustave Courbet

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gustave_Courbet_-_The_Stonebreakers_-_WGA05457.jpg

Tosquia de carneiros. Óleo sobre tela de Tom

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tom_Roberts_-_Shearing_the_rams_-_Google_Art_Project.jpg

O julgamento de Salomão. Óleo sobre tela de Peter Paul Rubens.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Salomons_dom.jpg

 

 O retorno do filho pródigo. Óleo sobre tela de Bartolomé Esteban  Murillo.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Return_of_the_Prodigal_Son_1667-1670_Murillo.jpg

 

Pomba em detalhe artístico em parede da Basílica de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo


Leitura Dinâmica

Programa no. 1000

 

Dia 15 de abril ás 13h45 irá ao ar o Programa Leitura Dinâmica numero Mil
e terá a participação de Tatiana Benites, escritora  Infanto-Juvenil que escreveu entre outros Tem Espíritos no Banheiro ?, Tem espíritos embaixo da cama? Tem espíritos no escuro?,   Lições da Floresta e que atualmente mora em Barcelona na Espanha.

Leitura Dinâmica: Literatura nas ondas da Boa Nova, apresentado por José Damião que entrevista e destaca os novos lançamentos,
sugestões de livros para ler e reler, onde comprar, descontos, autógrafos,
feiras e todas as informações para você ficar atualizado com as novidades dos livros.

 

 

 

(Informação recebida em email de Jose Damiao [[email protected]])

 

Site da Federação Espírita do Estado da Bahia

Salvador

 

Acesse aqui:

https://www.feeb.org.br/

 

 

Site da Federação Espírita Catarinense

Florianópolis

 

Acesse aqui:

https://fec.org.br/

 

 

 

 

Site da FEB – Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Acesse:

https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

Programação do C.E. Raymundo Mariano Dias

Birigui, SP

 

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Transmissão pelos canais:

Facebook do Raymundo Mariano Dias:

https://www.facebook.com/people/Raymundo-Mariano-Dias/100008311216008

Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes:

You Tube: https://www.youtube.com/estacaodamadacaridadebeneditafernandes

Facebook: https://www.facebook.com/estacaodamadacaridadebeneditafernandes/

 

 

(Recebido em email de C E Raymundo Mariano Dias [[email protected]])

 

Site da Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Acesse aqui:

http://www.feparana.com.br/

 

 

 

Programação do Núcleo Espírita Chico Xavier

Niterói, RJ

 

18 ABR 2021 18H

 

Evento online e transmitido ao vivo pela internet.

Na ocasião homenagearemos O Livro dos Espíritos e os 164 anos do seu lançamento, com depoimentos de integrantes do movimento espírita sobre os impactos dessa obra para a humanidade.

Para assistir, acesse https://www.youtube.com/watch?v=L8Yqo_3JC2Q

Prestigie e divulgue!

 

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(Recebido em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [[email protected]])

 

Diversos eventos em live

com informações de Elsa Rossi

 

 

 

 

 

 

 

(Recebido em email de Elsa Rossi, Londres, Reino Unido)

 

Ajude o Abrigo Ismael. Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

Assista o vídeo explicativo:

https://www.facebook.com/abrigoismael/videos/351170289469588

 

 

A imagem pode conter: 1 pessoa

 

(Com informações do presidente Emerson Francisco Gratão)

 

Encontro marcado

 

 A doutora Leandra, logo que saiu da residência médica, foi trabalhar em um Pronto-Socorro de uma pequena comunidade, na Califórnia.

No primeiro Natal, por ser novata, foi escalada para o plantão. Um tanto contrafeita, despediu-se da família e foi para o hospital.

Às 21h, a ambulância chegou trazendo um senhor de uns sessenta anos, com ataque cardíaco.

Seu rosto estava pálido, acinzentado, e ele parecia muito assustado. Após os procedimentos de emergência, a doutora o transferiu para a U T I.

No dia seguinte, antes de retornar ao lar, ela foi saber como ele estava. O estado ainda era grave, mas ele sobrevivera e agora dormia.

Ela nunca mais teve contato com ele, porque Pronto-Socorro é assim. Os doentes graves, os feridos chegam, muitas vezes apavorados, são atendidos e se vão.

Na véspera do Natal do ano seguinte, novamente Leandra foi escalada para o plantão. Exatamente às 21h, ela foi chamada pela atendente de enfermagem.

Um casal desejava lhe falar. O senhor, que se apresentou como Lee, lhe disse:

Você provavelmente não se lembra de mim mas, na véspera do Natal passado, você salvou a minha vida. Obrigado pelo ano que me deu.

O casal a abraçou, deixou-lhe um presente e se foi. A doutora ficou surpresa e comovida. No ano seguinte, ela fez questão de fazer o plantão. Queria ver se o casal voltaria.

Exatamente às 21h, os Lee chegaram, trazendo o mais novo neto nos braços. Ela foi abraçada. Eles prometeram que retornariam para vê-la, em todas as vésperas de Natal.

Se ele não aparecesse, ela saberia que ele morrera. Durante as treze vésperas de Natal seguintes, o senhor Lee e a esposa vieram, sempre às 21h.

Todo o hospital sabia da história e os colegas davam um jeito para que ela ficasse em torno de meia hora com eles, na sala de descanso.

Nesse tempo, ele trouxe, em um dos Natais, outro neto e um bisneto. E a cada Natal, ela ganhava um mimo, símbolo da gratidão de um homem e sua esposa.

No último Natal, ele trouxe um presente todo especial. Ela desembrulhou o pacote e encontrou um sino de cristal, com uma única palavra gravada: Amizade.

No ano seguinte, ele não voltou, pois fizera a grande viagem, rumo à pátria espiritual.

A doutora mudou-se, algum tempo depois, para o Estado do Colorado, nos Estados Unidos.

Porém, todos os anos, a cada véspera de Natal, exatamente às 21 h, ela toca o pequeno sino de cristal e recorda do homem que nunca se esqueceu de agradecer.

*   *   *

Naturalmente, quando se está cumprindo o dever profissional, não se aguarda gratidão. Executa-se o melhor porque isso nos realiza, na qualidade de profissionais.

Contudo, quando em nossa jornada encontramos pessoas como o senhor Lee, que sabe agradecer, reconhecendo o nosso esforço, nossa vida adquire sentido mais amplo.

Saber que para alguém fizemos a diferença nos engalana a alma de felicidade e nos estimula a que mais nos dediquemos na causa a que nos entregamos.



Redação do Momento Espírita, com base no texto
Encontros marcados, de Leandra Lynch, da Revista
Seleções Reader's Digest, de dezembro de 2003.
Em 14.4.2021.

 

 

 (Copiado do site Feparana)

Pintura da "Véspera de Natal" de J. Hoover & Son, 1878

Copiado de: https://en.wikipedia.org/wiki/Christmas_Eve#/media/File:ChristmasEve1878.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/DEZEMBRO/03-12-2018_arquivos/image028.jpg

Noite de Natal em Roma, Itália. Praça de Espanha e igreja Trinità dei Monti. Foto Ismael Gobbo.

 

 

 

Jefferson Luiz Ribeiro
(26/03/1961 - 21/02/1975)

 

 

 

Biografia elaborada por
 Ismael Gobi

Jefferson Luiz Ribeiro, filho primogêntio de Carlos Alberto Ribeiro e de Clarice Antônio Ribeiro, nasceu em Araçatuba-SP, no dia 26 de março de 1961.

A existência atual de Jefferson foi curta, porém extremamente exemplar e produtiva em tudo o que fez, em especial no movimento espírita jovem, no qual angariou reconhecidos méritos para figurar ao lado de outros vultos espíritas da região de Araçatuba que são homenageados nesta obra.

Não era um menino comum, revelando, desde muito cedo, precocidade intelectual e moral elevada. Participativo, decidido e amoroso, tinha plena consciência daquilo que teria de fazer no breve lapso de tempo que a vida terrena estava a lhe reservar.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “Cristiano Olsen” e, no ano em que desencarnou, estava prestes a iniciar a 8ª série, no Instituto de Educação “Manoel Bento da Cruz”. Sempre foi ótimo aluno e se fez destacar em meio aos demais companheiros, criando um clima de expectativa para pais e mestres, que anteviam para aquele jovenzinho de cabelos dourados, olhos azuis, espigado, altivo e sem acanhamento, dias de muita prosperidade naquilo que viesse a buscar.

Jefferson se preocupou igualmente com a sua instrução espiritual, buscando se aproximar daqueles núcleos que pudessem lhe atender esse imperioso desejo que tinha de receber e também se doar na tarefa da evangelização.

Embora nascido em lar espírita, ainda em tenra idade, freqüentou as aulas da Escola Bíblica Dominical da Igreja Presbiteriana Independente de Araçatuba, dirigida pela evangelizadora Yvone.

Quando a família se mudou para a Rua Wandenkolk, no Bairro Paraíso, começaram a freqüentar o Centro Espírita “Luz e Fraternidade”, dirigido por Rolandinho, onde Jefferson foi encaminhado para as aulas da Pré-Mocidade, que eram ministradas nas tardes de sábado.

Ali, além dos ensinamentos que recebia sob a direção da evangelizadora Célia Maria Rey de Carvalho, Jefferson teve a oportunidade de colocar em prática todos os seus sentimentos de amor e caridade para com o próximo, pela ajuda que começou a prestar na Casa da Sopa Emília Santos, que até hoje funciona ao lado do Centro, nas pregações do Evangelho, nas preces e na distribuição de sopa, que se dão diariamente, tanto no almoço como no jantar.

Nas reuniões festivas que se realizavam na Instituição “Nosso Lar” durante o ano todo, Jef­fer­son chamava atenção pelas suas participações artísticas nos jograis, canto-coral e poesias, pelo seu jeitinho desi­ni­bi­do, sua voz vibrante, seu interesse em participar.

A seu respeito, assim se expressa D. Auzília Chessa Gobi, que era responsável pelo Departamento Artístico da Instituição “Nosso Lar” e também a zeladora da Casa da Sopa “Emília Santos”: “A lembrança que tenho do Jefferson era de um menino alegre, educado e prestativo. Aos domingos, na Instituição “Nosso Lar”, estava sempre ao lado das demais crianças e jovens para os ensaios artísticos que antecediam as várias apresentações que se davam ao longo do ano. Certa vez, lembro-me, em meio a uma festividade, Jefferson demonstrou toda sua desinibição e altivez, ao dizer-me: “Eu quero ir falar lá na frente”. Levantou-se, foi lá, deu o seu recado e foi muito aplaudido. Na Casa da Sopa, além de nos auxiliar nas pregações que antecediam as refeições, também o fazia nos encontros que ali freqüentemente se realizavam, não se furtando a prestar sua ajuda na preparação dos lanches, guloseimas e sucos, servindo os convidados, com alegria, otimismo e entusiasmo, ao lado de companheiros valorosos como Sérgio, Tuca, Gleiner e Paulo, quando dizia, em tom de brincadeira: “Se não fosse eu a animar isso aqui, não sei o que seria”. Jefferson era muito jovem, mas apesar de seu pouco tempo de vida entre nós, trouxe-nos exemplo de amor, alegria e confiança, qualidades que muitas pessoas com muito mais idade não conseguem demonstrar”.

Jefferson tinha uma ligação muito extremosa com Ironi Rosa Protteti, uma das fundadoras do Centro Espírita “Bezerra de Menezes” e idealizadora do Solar “Bezerra de Menezes”, que era um departamento do Centro. Sua mãe, Clarice, colaborava na preparação de roupas para o Bazar que o Centro mantinha e Jefferson fazia a ponte entre a mãe e a instituição, levando e trazendo materiais. Conta-nos Clarice que em certas ocasiões, devido os seus inúmeros afazeres, tinha certa dificuldade em atender os pedidos que a amiga Rosa lhe endereçava. Quando isso acontecia, o menino Jefferson carinhosamente se aproximava da mãe e falava: “Mamãe, a senhora vai fazer, não vai? Faça, mamãe, é para ajudar a tia Rosa...”. Diante da súplica do filho querido, Clarice não tinha como deixar de atender a companheira querida que foi um marco no movimento espírita de Araçatuba.

E foi no Solar “Bezerra de Menezes”, que Jefferson teve oportunidade de realizar um dos trabalhos mais relevantes da sua existência, pela sua decidida disposição em ministrar aulas de evangelização às dezenas de crianças que ali recebiam amorosamente o amparo material e espiritual sob a carinhosa e firme direção de Rosa Protteti. Para lá ele acorria todos os sábados, depois de assistir às suas aulas da pré-mocidade, na companhia do amigo inseparável Sérgio, numa longa viagem de bicicleta que cortava a cidade de ponta-a-ponta.

Era 15 de fevereiro de 1975, um sábado de trabalho como tantos outros. Jefferson estava no Solar, em meio à criançada. Em dado momento, uma delas pede a Jefferson que lhe apanhe uma fruta em árvore que avançava sobre frágil cobertura de telhas de amianto. Jefferson conta, em carta psicografada, abaixo reproduzida, que, à medida que subia, pressentia o perigo, mas uma força superior o impelia a subir cada vez mais. Instantes depois, rompe-se o galho, Jefferson passa pelo telhado, que não lhe resiste o peso, e cai de cabeça ao solo. Ferido gravemente, é colocado no ônibus coletivo, onde sofre convulsão, e nele mesmo é conduzido para a Santa Casa, onde permanece em observação. Detectado um grande hematoma no cérebro, é levado para a sala de cirurgia na segunda-feira, submetendo-se a cirurgia de cinco horas. No mesmo dia, ocorrem-lhe complicações; uma hemorragia estomacal o leva ao estado de coma, situação que perdura até o dia 21 de fevereiro , quando ocorreu a sua desencarnação.

Trinta e seis dias depois de retornar à pátria espiritual, precisamente no dia 27 de março de 1975, o espírito Jefferson manifesta-se mais vivo do que nunca, através da psicografia do médico e médium Alexandre Sech, de Curitiba, que, na oportunidade, visitava Araçatuba, dando-nos pela sua mensagem, um atestado eloqüente do seu excelente preparo espiritual, uma alma que daqui partiu sem mácula, consciente, serena, tranqüila.

“Meus queridos pais e irmãos,

Nem sempre as coisas são como projetamos e queremos. Às vezes, temos que ceder em face do imperativo da Lei Maior. Somos frutos de um passado remoto e carregamos conosco a responsabilidade de nossos atos pretéritos.

Alcancei o ninho doméstico, que me serviu de lar na Terra, até bem pouco tempo, depois de me ter preparado para o evento aqui na Espiritualidade. Quando me vi cercado por aqueles que seriam os parentes consangüíneos, sorridentes e felizes, meu coração disparava de felicidade.

Sabia que minha passagem na Terra era rápida e representava um curso intensivo na Universidade da dor. Dor, para mim, que partiria para o Além, deixando na Terra os corações queridos; dor para os que ficaram e ainda hoje choram a minha ausência. Mas teria que ser assim para benefício espiritual de todos nós. Se tivesse ficado na carne, ontem teria completado 14 anos e estaria me preparando para participar da Concentração. Sei que muitos não gostariam que eu fosse, porque me consideravam novo demais e que se continuasse assim poderia ficar fanático. Eu, porém, desde cedo sentia que a minha volta seria para breve; por isso, desde cedo, procurei dedicar-me ao trabalho na Seara do Mestre Jesus.

Para o Espírito, a idade física não conta. Tive a felicidade de contar com a orientação doutrinária desde pequeno, o que despertou em minha consciência espiritual as minhas experiências e aquisições anteriores. Tinha ansiedade de viver bem, aproveitando o ensejo da reencarnação, ensinando aos outros o que sabia, porque meu tempo estava contado.

Naquela tarde de sábado, no Solar, alguém pediu que eu lhe tirasse uma fruta da árvore e eu fui. Na subida, pressenti o perigo, mas uma força determinava que eu subisse mais. Quando perdi o equilíbrio, por momentos, revi meu passado, que logo se obscureceu com a pancada do meu corpo no chão. A cabeça foi atingida e senti como um choque no cérebro. Tonto, me levantei e pensei que não tivesse sido nada. O que eu estranhava, porém, é que estava vendo mais pessoas do que as que me cercavam. Via amigos espirituais, que, desde então, começaram a atender-me, preparando-me para a volta...

Após a convulsão no ônibus, comecei a entontecer e caí num redemoinho, acompanhando, de quando em vez, com o pensamento, as súplicas que eram feitas por vocês a Jesus. Queria responder-lhes, mas meu cérebro se achava inundado e funcionava como máquina que tem parte de si avariada. Acompanhei seus rogos e pedidos e comecei a assustar-me quando o Ivan de mim se aproximou, confortando-me com sua palavra. Depois, dormi e só fui acordar em quarto de hospital, onde sempre estive cuidado por mãos generosas.

Uma vez, durante o sono, fui visitado por vocês, que me ficaram vendo através de uma janela de vidro, para terem certeza de que eu estava bem. Lembram-se? Eu queria levantar-me e fazer alguma coisa, mas só hoje é que o Ivan me trouxe até aqui para eu lhes mandar este recado que ele escreve por mim.

Ontem, de onde estive, senti o peso da saudade e a lágrima fortuita quando lembraram do meu aniversário Quero dizer-lhes que não se lamentem, nem se entristeçam, porque tudo aconteceu conforme tinha que ser.

Peço ao papai que não se deixe abater pelo desânimo e pela descrença de tudo... Agora, seu caminho de realizações se abre e estou sabendo que poderei, de futuro, ajudá-lo. Não mais como pai e filho será o nosso relacionamento, mas como de irmãos, conforme já fomos, segundo me explicam agora. À mamãe, peço que não deixe as atividades do bazar porque muita felicidade é feita de pequenas coisas. Quanto mais se faz, mais se recebe; quanto mais se dá, mais se tem. É da Lei Divina que se multipliquem os talentos. Ao querido irmão Wlamir, meu ósculo de gratidão e meu conselho de que estude e atenda o que lhe for ensinado.

Para que eu aqui viesse, muitos tiveram que trabalhar e interceder a meu favor. Para lhes escrever esta cartinha, minha cabeça, estranhamente, ficou penetrada pela cabeça do Ivan, que dela tira as idéias e recordações e por mim escreve. Sou eu, mas não sozinho que consigo escrever.

Em breve, conseguirei alta definitiva e, então, poderemos estar juntos novamente. Antes, passarei por uma fase de adaptação maior para render o que posso. Não chorem, nem se entristeçam, volto a pedir. A vida verdadeira é a do Espírito liberto da matéria, depois de ai cumprir sua tarefa. Que ninguém apresse a volta, porque senão voltará mais tarde de forma aparentemente apressada.

Que Jesus nos ilumine e fortifique para podermos andar na trilha certa e sempre de ânimo elevado é o que roga o Jefferson. Araçatuba, 27-3-1975”.

A mensagem reproduzida, plena de esclarecimentos e conforto, foi publicada com aprofundada análise e preciosos comentários de Antônio César Perri de Carvalho, no jornal “O Clarim”, de 15 de janeiro de 1976.

Dona Cynira de Barros Macedo Carmini, mãe de Marco Antônio, o “Tuca”, nos fala de uma conversa entre seu filho e Jefferson na semana do acidente, em que este tem e externa premonição muito clara dos acontecimentos que estavam prestes a acontecer-lhe: “Em 1975, meu filho Marco Antonio (Tuca) e o Jefferson estudavam no Instituto de Educação “Manoel Bento da Cruz”, e, no início do ano letivo, eles aguardavam no pátio a chamada dos alunos para formação das classes. Como demorasse, Jefferson e Tuca foram sentar-se em um tronco de árvore cortada, que estava um pouco afastada do barulho que ali se fazia. Lá ficaram conversando sobre assuntos da pré-mocidade espírita que freqüentavam. Em dado momento, Jefferson, muito sério, diz a Tuca: “Nossas mães se preocupam tanto conosco; você já pensou se um de nós desencarnar logo, como elas sofreriam?”. Ao que Tuca lhe respondeu: “Ora, Jefferson, deixe de bobagem, somos muito jovens e saudáveis”. No sábado seguinte , após a pré-mocidade, Jefferson foi até o Solar “Bezerra de Menezes” para dar evangelização para as crianças ali internadas, quando ocorreu-lhe a queda e a desencarnação, dias após, como previra, deixando a todos e principalmente aos seus pais e familiares uma grande dor e muitas saudades. Que Deus o abençoe pela bondade e fé com que trabalhou nos poucos anos que ficou encarnado entre nós”.

Interessante é o relato que nos faz Clarice, mãe de Jefferson, sobre o encontro que o Dr. Alexandre Sech tivera com Jefferson na jornada sobre mediunidade, realizada em Araçatuba no ano anterior: “Eu recebi uma carta do Dr. Alexandre Sech, na qual ele contava que, ­quando esteve aqui em Araçatuba, em 1974, Jefferson levou-lhe o livro “Segue-me” para receber autógrafo. O Dr. Sech diz, na sua missiva, que, no momento em que o Jefferson se aproximou dele, os amigos espirituais lhe chamaram a atenção, dizendo que aquele menino tinha um trabalho muito grande no campo da evangelização infantil. Quando ele soube da desencarnação do Jefferson, o fato voltou a lhe chamar atenção, porque ele acreditava que ele tivesse um grande trabalho pele frente, aqui na Terra. Como vemos, a obra continuaria, porém noutra esfera de trabalho”.

Efetivamente, o labor de Jefferson continua intenso na espi­ri­tua­lidade, conforme já revelaram outras entidades desencarnadas, trabalhando ao lado de outros espíritos valorosos, entre os quais o também jovem Ivan de Albuquerque(*), seu anfitrião no regresso à pátria espiritual, uma prova de que “o conceito universal de idade espiritual prevalece sobre o de idade física”, conforme a doutrina espírita tem nos ensinado e Jefferson deixou patente em sua esclarecedora mensagem.

 

 

 

(Copiado de http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/jefferson_luiz_ribeiro.htm)                                                  

Jeferson Luiz Ribeiro no mês da sua desencarnação.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

Jefferson, à esquerda, com os irmãos.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

Jefferson pouco tempo antes do acidente que provocou a sua desencarnação ocorrida em 1975.

Foto do acervo de Clarice Ribeiro.

Clarice Ribeiro, mãe de Jefferson, grande oradora espírita, mãe extremosa e esposa exemplar.

Foto Ismael Gobbo

Rosa Protteti em apresentação teatral no palco do C.E.Bezerra de Menezes. O teatrosob sua

direção fez muito sucesso em Araçatuba. Foto do livro Obra de Vultos,volume 1.

 

Caminhos da Verdade e da Vida

O Livro Espírita

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

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