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Paulo Salerno
Hoje
temos a satisfação de falar com nosso companheiro Paulo Gilmar Fraga Salerno,
um trabalhador espírita da capital gaúcha, a querida Porto Alegre. Tendo
conhecido o Espiritismo em 1984, a partir de então Paulo Salerno vem
desenvolvendo um trabalho exemplar nas instituições das quais participa e
sobretudo no trabalho de divulgação através do livro. Tendo passado para a
Reserva do Exército Brasileiro Paulo Salerno tem encontrado tempo para
agendar palestras do tribuno Divaldo Pereira Franco na região Sul do Brasil e
também com ele viajado por diversas cidades do nosso país e do exterior.
Aproveitamos aqui o ensejo para agradecer ao Paulo Salerno pela excelente
entrevista e pela colaboração inestimável que presta-nos fazendo releases
das viagens de Divaldo que temos tido oportunidade de repassar com fotos do
não menos admirável Jorge Moehlecke, outro gaúcho que tem o privilégio de
partilhar da convivência com Paulo Salerno e Divaldo Pereira Franco.
Caro amigo Paulo Salerno, pode nos fazer sua auto apresentação?
Nasci no
interior do município de Viamão/RS, na localidade chamada Capão da Porteira.
Foi no dia 25 de abril de 1948. Meu nome é Paulo Gilmar Fraga Salerno. Meus
pais são Plínio Salerno e Círia Fraga Salerno. Temos ascendentes italianos,
por parte do pai. A mãe possui os antepassados entre os portugueses. As
famílias de origem do pai e da mãe eram grandes. Muitos tios e inumeráveis
primos. Do meu primeiro casamento tenho dois filhos – Ana desencarnou em 1991
-, o Gustavo, com 39 anos de idade, solteiro, e Cátia, com 35 anos, casada e
com dois filhos. São meus netos João Pedro, 13 anos e Júlia, 11 anos. Em 2001
casei novamente. Minha esposa chama-se Rosane Marion Sudbrack Salerno. Com
este casamento passei a ter mais dois filhos, agora na condição de enteados.
São eles: Renan, com 27 anos, solteiro, e Vivian, com 24 anos, casada e com
um filho, o Antônio, com apenas 1 ano de idade.
Qual a sua formação acadêmica e profissional?
Sou
Oficial do Exército Brasileiro. Após 35 anos de serviço passei para a reserva
em 2002.
Como conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?
Conheci
a Doutrina Espírita em 1984 e, desde então venho estudando. Aprofundei-me no
conteúdo doutrinário quando buscava compreender os acontecimentos que
experimentávamos naquela oportunidade.
A que casa espirita esta
integrado presentemente?
Estou
integrado na Sociedade Espírita Luz, Paz e Caridade, no bairro Cavalhada, em Porto Alegre. Nesta Instituição Espírita passei por todos os seus departamentos e setores,
encontrando-me, atualmente, como seu presidente. Nossa casa é ativa
participante do Movimento Espírita de Porto Alegre, notadamente na União
Distrital Espírita-Tristeza – UDE-Tristeza. (Tristeza é o mais
importante bairro da zona sul de Porto Alegre).
Poderia nos fazer um apanhado de sua atuação no movimento
espirita durante esses anos?
No
Movimento de Unificação exerci várias funções. Participei com secretário,
vice-presidente e presidente da UDE-Tristeza por várias gestões. No Conselho
Regional Espírita da 1ª Região da Federação Espírita do Rio Grande do Sul – CRE1-RS,
desempenhei as funções de vice-presidente e de presidente, por duas gestões.
O CRE1-RS é formado pelas Uniões Distritais Espíritas de Porto Alegre.
São em número de sete. Ao todo, estas Uniões congregam 75 casas espíritas.
O que pode nos dizer sobre o movimento espirita no Rio Grande do
Sul?
O
Movimento Espírita no Rio Grande do Sul está bem estruturado. Inúmeras
atividades de divulgação e popularização da Doutrina Espírita são realizadas
pelas casas espíritas, pelos órgãos de unificação - as Uniões Espíritas e os
Conselhos Regionais. A Federação Espírita do Rio Grande do Sul – FERGS
- tem investido muitos esforços na formação de trabalhadores para atender as
necessidades das casas espíritas e na capacitação de lideranças.
Como é
natural, toda a obra realizada pelo Homem necessita de aperfeiçoamentos. O
Movimento Espírita espelha uma realidade que merece todo o cuidado possível.
Naturalmente que com o estudo doutrinário, a prática tende a reajustes
permanentes. Na medida em que a criatura evolui em inteligência e compreensão
vai descortinando horizontes mais amplos. Essa dinâmica é muito salutar pois
faz com que os envolvidos permaneçam motivados, oxigenando, com novos
adeptos, as atividades do Movimento Espírita.
Paulo, sabemos que você divulga e acompanha Divaldo em viagens.
Qual o trabalho que desenvolve junto ao tribuno baiano?
Em se
tratando de viagens e oradores espíritas, meu compromisso maior, desde o ano
de 1996, é com a Mansão do Caminho, Departamento Social do Centro Espírita
Caminho da Redenção. Esta Instituição é um complexo
educacional que mantém oficinas diversas, atendimento ambulatorial, centro de
parto normal, dentista, ensino fundamental, e muitas outras atividades
socioeducativas. Diariamente mais de 5.000 pessoas circulam pela Mansão do
Caminho nas suas várias atividades, das quais 3.019 são crianças, jovens e
adultos assistidos pela rede de promoção e dignidade social da Instituição.
Desta
forma, aliando a divulgação doutrinária através do livro espírita, faço parte
de uma equipe que tomou a si a responsabilidade de acompanhar as atividades
realizadas por Divaldo Pereira Franco nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná. Levamos os produtos da Editora LEAL, instalamos uma banca,
comercializando-os.
Todo o
resultado da venda é integralmente repassado para a Mansão do Caminho.
Vocês viajam por conta própria?
Somos
trabalhadores voluntários, e como tal, custeamos todas as nossas despesas de
locomoção, hospedagem e alimentação.
Mais alguma tarefa no campo da divulgação?
Além
destas tarefas estou responsável pela coleta e catalogação das solicitações
de palestras, seminários e encontros com Divaldo Franco no Rio Grande do Sul.
A cada ano, reunidas essas solicitações, Divaldo analisa-as conosco e
estabelece as atividades que serão postas em prática no ano subsequente.
Estabelecidas
as cidades e datas, minha outra função é contatar com as lideranças desses
locais e prestar-lhes uma assessoria com relação ao evento programado.
Nos
últimos anos tenho acompanhado Suely Caldas Schubert em suas atividades
doutrinárias no Rio Grande do Sul. Prestamos uma colaboração no
estabelecimento de roteiros, fazemos contatos com as lideranças, agendamos as
atividades e depois, junto com o Jorge Moehlecke, acompanhamos Suely em seus
deslocamentos entre as cidades.
Com
Divaldo Franco temos participado de algumas viagens internacionais. Estas
viagens destinam-se a auxiliar Divaldo e também oferecer nossa modesta
contribuição aos espíritas brasileiros que estão na Europa.
O que mais lhe chamou atenção sobre o Movimento Espírita além de
nossas fronteiras e sobre os trabalhadores que os dirigem?
O
Movimento Espírita fora do Brasil é incipiente, notadamente na Europa. A
Doutrina ainda não é conhecida o suficiente para se estruturar em níveis mais
altos. No Paraguai, atendendo ao convite gentil de Milciades Lescano,
estivemos em duas oportunidades.
No
intercâmbio de trabalho e de ideias, tanto no Brasil, como no Exterior,
procuramos estreitar os relacionamentos, trocar experiências, e sobretudo,
nos colocar à disposição para o auxílio mútuo, visando a divulgação doutrinária.
Observo, nestas viagens, trabalhos de excelente qualidade e ao alcance do
grande público, fruto do esforço de dedicados servidores do Cristo. Nas
viagens, além das atividades com os livros, tenho escrito sobre os
acontecimentos. Procuro reproduzir o que observei, oportunizando que outras
pessoas possam ter acesso ao conteúdo, ainda que de forma sintética, das
palestras e seminários.
Aqui no
Brasil, nossa atividade se concentra na participação nos eventos em que
Divaldo atua, nos três Estados sulinos. Na Europa, neste ano de 2011,
acompanhamos as atividades do extraordinário divulgador da Doutrina Espírita
na Alemanha (Stuttgart, Frankfurt, Essen, Mannheim, Bonn, Munique e Berlim); em Amsterdã/Holanda; Copenhague/Dinamarca; na Polônia (Varsóvia, Auschwitz e Cracóvia); na
República Tcheca (Praga e Brno); na Áustria (Villach e Viena);
Bratislava/República Eslovaca; e Zurique/Suíça.
De uma
maneira geral, as atividades espíritas, principalmente as diretivas, nas
cidades em que visitamos, estão concentradas em mãos de brasileiros. Há,
naturalmente, alguns nacionais, uma minoria. Fato que despertou atenção está
na Polônia. Inversamente dos outros países, as atividades espíritas são
dirigidas por poloneses, há poucos brasileiros nos labores espíritas desse país.
A Doutrina Espírita ainda é de pouca penetração na sociedade europeia.
Geralmente, quando se fala de espiritismo, o entendimento é de que se trata
de bruxaria, feitiçaria, magia negra. Por lá, em matéria de divulgação e
conhecimento do espiritismo, há muito o que ser feito. Vai exigir esforços
redobrados, abnegação, dedicação e sobretudo muita coragem e devotamento.
Comparativamente, sentimo-nos muitos felizes por estarmos no Brasil,
experimentando a vivência no Movimento Espírita pujante e operoso.
Nesse contexto o que nós, espíritas brasileiros, podemos fazer?
Frente
a essa realidade espírita europeia, penso que cabe a cada espírita brasileiro
orar pelos nossos irmãos que vivem em terras estrangeiras, rogando que não
lhes falte a oportunidade do trabalho remunerado, a coragem e a determinação
de levar a bom termo a tarefa de divulgação da Doutrina Espírita. São os
desbravadores, abrindo o caminho através de um árduo, contínuo e penoso
trabalho, enfrentando todo o tipo de dificuldades.
As suas palavras finais aos nossos leitores
Sou muito
grato a Deus pela minha atual reencarnação. Hoje tenho uma clara compreensão
de que as lutas que empreendi, as dificuldades vivenciadas, só me fizeram
crescer. Nas atividades que desempenhei, no campo profissional ou no
movimento espírita, procurei dar o melhor que possuía. Enquanto assistia
outras pessoas de meu círculo avançarem mais e mais, sem muito esforço, eu
precisava fazer mais e melhor. As láureas que possuo são de minha inteira
conquista pessoal, isto é, nada me foi dado como prêmio, como deferência.
Foram conquistas íntimas que de certa forma tive que saber administrar desde
cedo.
Agradeço
a atenção da leitura, formulando votos de grande sucesso. Lembremo-nos de
agradecer ao Pai a maravilhosa oportunidade da experiência na matéria densa,
a família que nos recebe, aos amigos, ainda que virtuais, que nos
estimulam colaborando para o crescimento espiritual. Por todos os atos da
vida, a nossa mais profunda gratidão. Ao leitor rogo bênçãos de saúde e paz.
Com as luzes abençoadas da Doutrina Espírita desejo que alcancem a plenitude.
Um
fraterno abraço.
Paulo
Salerno
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