Notícias do Movimento Espírita Araçatuba, SP, sábado, 21 de julho de 2012 Compiladas por Ismael Gobbo |
Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email |
Nota 1 |
Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. |
Nota 2 |
Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas. (Ismael Gobbo)
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Atenção |
Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui: http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/JULHO/21-07-2012.htm
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Um pouco da história |
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Dados Biográficos de Francisco Velloso (1882- 1962) |
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(Por Maria Aparecida Bergman, nascida Velloso de Aguiar)
Francisco Velloso em 1952
FRANCISCO VELLOSO, inspirado nos ensinamentos da Doutrina Consoladora, foi um dos grandes pioneiros anônimos da Causa Espírita em terras brasileiras. No jornalismo, escreveu em jornais dele próprio e de outros; nas tribunas de todo o Estado de São Paulo, proferiu tocantes palestras, quando lotavam os salões dos Centros Espíritas para ouvi-lo, pois foi possuidor de belíssimo dom de oratória. Muito lutou em defesa dos hansenianos ou leprosos, dos “loucos”, dos oprimidos e perseguidos, dos prisioneiros dos cárceres no plano físico e das obsessões, dos animais, e do meio-ambiente. Atuou na sociedade de várias cidades paulistas, como dentista, escrivão de polícia, jornalista, escritor, tradutor, orador e polemista espírita, fundador e diretor de Centros Espíritas, doutrinador, amigo, tio, pai, marido e depois avô devotado, e exerceu ainda, muitas outras funções. Sobretudo foi fiel seguidor da Doutrina do Divino Mestre Jesus. Por volta de 1913 a 1916, ia ele, juntamente com alguns seus companheiros espíritas e cristãos intrépidos como ele mesmo, para os arredores da cidade onde viviam (Bebedouro – S. Paulo) em Busca dos hansenianos, que apodreciam em vida, esmolando, escorraçados para os arrabaldes como seres impuros e ameaçadores. Levavam-lhes medicamentos, curativos, comida, roupas confeccionadas em sua casa, etc.. Recebiam dos doentes cartas que esses escreviam para serem postadas, pois eram proibidos de entrarem nas cidades. Francisco Velloso e esposa com as mãos enluvadas e com extremos cuidados higiênicos colocavam essas cartas em novos envelopes, subscritavam-nas e levavam para serem postadas. Com o tempo, depois de realizarem muitas campanhas nos Centros Espíritas e entre a população pobre da cidade, conseguiram levantar um abrigo, que aos poucos foi se transformando em hospital para aqueles seres banidos da sociedade de então. Muitas vezes Francisco Velloso levou leprosos, como também, grandes criminosos, depois de cumprirem pena, para viverem em sua casa, junto de sua família, onde com o apoio incondicional de sua esposa, Dna. Mariquinhas, (Maria Carneiro Rangel Velloso – 15.04.1887 – 28.09.1933) médium, detentora de diferentes tipos de mediunidades, tratava e cuidava deles, até que ficassem curados ou melhorassem, ajudando-os a reintegrar-se na sociedade, e por outras vezes fazendo-lhes, piedosamente o sepultamento dos restos mortais. Alguns jovens, filhos de infelizes socorridos por ele, cresceram em sua casa, como filhos adotivos seus, e, tanto quanto seus filhos legítimos (que foram quinze, sendo que somente sete cresceram e procriaram) os sobrinhos, os cunhados, o amavam como pai, mestre e benfeitor, todos venerando e bendizendo seu nome. Muitos anos depois da desencarnação de Francisco Velloso, possivelmente na década de 1970, seus filhos receberam um convite, vindo de autoridades legislativas da cidade de Bebedouro, convidando-os a participar de uma cerimônia solene, que seria prestada em homenagem àquele que fora ali ilustre e benemérito cidadão. Seria inaugurada, naquela cidade, uma rua em sua memória, a Rua Francisco Velloso. Atendendo ao convite estava presente naquela solenidade, acompanhada por seu tio José Carneiro Rangel e alguns de seus irmãos, a filha mais velha de Francisco Velloso: Irene Rangel Velloso de Aguiar (1909-2002). Ela era alí a única pessoa que vivenciara e que retinha na memória os fatos ocorridos naqueles idos tempos do começo do século XX, em que seu pai, sua mãe, ela própria, e a comunidade dos espíritas de Bebedouro e cidades próximas, dedicaram-se aos nobres trabalhos filantrópicos. Foi então que, chorando de sentida emoção e fazendo chorar a quantos tomaram conhecimento do fato, Irene reconheceu que, naquele exato lugar onde se situa a rua com o nome de seu pai, antes arrabaldes da cidade, havia sido antigamente o local onde Francisco Velloso e outros companheiros haviam levantado o primeiro abrigo da cidade, para socorro dos hansenianos, “casualidade” esta, da qual nenhuma outra pessoa tinha conhecimento. Irene afirmava que seu pai, Francisco Velloso, fundara em 1908, juntamente com Miguel Stamato, José Garcia, João Gagliardi e outros companheiros, o “Centro Espírita do Calvário ao Céu”, na cidade de Bebedouro. Francisco Velloso foi amigo íntimo e colaborador nos labores espiritistas de grandes vultos do Espiritismo no Brasil, como Cairbar Schutel, Pedro de Camargo e muitos outros, amigo e companheiro nas atividades espíritas das famílias Stamato, Garcia, Gagliardi, Volp e outras de Bebedouro e arredores. Um de seus filhos, Kardec Rangel Velloso, casou-se com a filha de João Leão Pitta, que tornou-se a Sra. Eugenia Pitta Velloso, professora e diretora de escolas, na cidade de Itanhaém – S.P., onde o casal muito trabalhou também, na seara espírita. Francisco Velloso desencarnou em 16.10.1962, na cidade de Lorena-S.P., quando faltavam apenas dois meses para completar seus 80 anos de vida utilíssima. Era natural da cidade de Rio Pardo do Norte (atualmente Rio Pardo de Minas) no Estado de Minas Gerais, nascido a 26 de dezembro de 1882. Teve como genitores José Antonio Velloso e Epiphania Ambrozina Caldeira Velloso.
(Texto e fotos recebidos de Maria Aparecida Bergman, Estocolmo, Suécia) |
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Espíritas de Bebedouro - ano 1913 ou 14 (no alto Cairbar Schutel com uma criança ao colo.) |
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A família Velloso no ano de 1926 ou 1927 |
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Francisco Velloso, Cairbar Schutel e José Maria Gonçalves-foto do livro Uma Grande Vida, pág.49, de Leopoldo Machado-Ed.O Clarim. |
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Maria Carneiro Rangel Velloso e Francisco Velloso (1930 ou 1932) e Francisco Velloso aos 25 de dezembro de 1952 |
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Irene Velloso e João Aguiar, mãe e pai de Cidinha Bergman, em Aparecida do Norte-SP., no ano de 1931 |
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1948 ou 1949. Eugenia Pitta Velloso, filha de João Leão Pitta e esposa de Kardec Rangel Velloso, um dos irmãos de Irene. |
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1992-Irene Rangel Velloso de Aguiar, mãe de Cidinha Bergman. |
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Rua Francisco Velloso na Vila Nunes em Lorena, SP. Na foto irmãos de Irene Velloso e um tio |
Palestra com Suely Caldas Schubert São Paulo, SP |
(Informação recebida em email deangela7 [[email protected]]) |
Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo |
5º. ECOS – Encontro de Comunicação Social Espírita São Paulo, SP |
(Informação recebida em email de [email protected]) |
Palestra com a Psiquiatra Norma Oliveira no C.E. Casa da Fraternidade Aracajú, SE |
(Informaçãoa recebida em email de Luduvice José) |
Palestra com João Alberto Teodoro Jacareí, SP |
(Informação recebida em email de carlos roberto monteoliva monteoliva [[email protected]]) |
Encontro de Arte Espírita Fortaleza, CE |
Na agenda
de férias em Fortaleza, uma opção para quem busca alegria e diversão em clima
de tranquilidade e paz é o tradicional Encontro de Arte Espírita, promovido pelo
Centro Espírita Irmão Leite. O evento, que chega a sua nona edição,
acontecerá no próximo dia 21, das 17h às 20h, no jardim interno do Hospital
Nosso Lar (Av. Carapinima, 2380 - Benfica) e os preparativos estão num ritmo
intenso.
http://www.boanoticia.org.br/agenda_detalhes.asp?Cod=989
(Informações recebidas em email de [email protected]; em nome de; ABRADE [[email protected]])
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Leia as noticias da Abrarte Associação Brasileira de Artistas Espíritas |
Acesse aqui: http://www.abrarte.org.br/downloads/nf.php
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Palestra na A.B.E.E. Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Piracaia, SP |
(Informação recebida em emails de Claudio Palermo e de Regina Bachega) |
Informativo Semanal do C.E. Seara do Mestre São Paulo, SP |
(Informação recebida em email de Seara do Mestre [[email protected]]) |
Programação Semanal da Rádio CEAC Bauru, SP |
(Informação recebida em email de kaah Silvah [[email protected]]) |
Teatro: “Um Amor de Renúncia” Brasília, Goiânia e Anápolis |
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OLA IRMÃOS! OLA ISMAEL, PAZ E SAUDAÇÕES!! ESTAREMOS REALIZANDO O ESPETÁCULO "UM AMOR DE RENUNCIA" baseado na obra RENUNCIA de EMMANUEL- CHICO XAVIER EM BRASÍLIA, GOIÂNIA E ANAPOLIS! GOSTARÍAMOS DE CONTAR COM A COLABORAÇÃO DE VOCES PARA A DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPIRITA ATRAVÉS DA ARTE! SEGUE MATERIAL-
SERVIÇO: BRASILIA TEATRO NACIONAL- SALA VILLA LOBOS DIA 12 DE AGOSTO DOMINGO AS 18H.
GOIANIA TEATRO MUNICIPAL CULTURA OURO DIAS 13 E 14 DE AGOSTO AS 20H
ANAPOLIS TEATRO MUNICIPAL DE ANAPOLES DIA 15 DE AGOSTO AS 20H
(Informação recebida em email de |
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Seminário “A Importância da Educação Espírita Infanto Juvenil” Recife, PE |
(Informação recebida em email de [email protected]; em nome de; ABRADE [[email protected]]) |
Garimpando na literatura espírita |
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A Parábola dos lavradores maus |
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Raymundo Rodrigues Espelho Campinas, SP.
Em seu livro Parábolas Evangélicas, Rodolfo Calligaris nos traz, com muito conhecimento e facilidade para se expressar a Parábola dos lavradores maus. Assim ele nos fala:
“Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe – tapume para vedar terrenos–, cavou um lagar – tanque onde se reduzem certos alimentos a líquido –, edificou uma torre e depois a arrendou a uns lavradores, ausentando-se para longe. Ao aproximar-se o tempo dos frutos, enviou seus servos aos lavradores, para receberem os frutos que lhe tocavam. Estes, agarrando os servos, mataram um, feriram outro e a outro apedrejaram, recambiando-os sem coisa alguma. Enviou ainda outros servos, em maior número do que os primeiros e fizeram-lhes o mesmo. Por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Hão-de ter respeito ao meu filho. Mas, vendo-o, os lavradores disseram entre si: este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e ficaremos senhores de sua herança, E lançando-lhe as mãos, puseram-no fora da vinha e o mataram. Quando, pois, vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Responderam-lhe: Destrui-los-á rigorosamente, e arrendará a sua vinha a outros lavradores, que lhe paguem os frutos a seu tempo devidos." (Mat.,21:33-41)
A interpretação desta parábola é extremamente fácil, tão precisos são os caracteres de suas personagens e os fatos a que se reportam. O proprietário é Deus; a vinha é a Religião do Amor que deverá ser implantada na Humanidade terrena; e os lavradores a quem a vinha foi arrendada são os sacerdotes de todas as épocas, desde que sacrificaram animais para oferecer em holocausto nos altares do judaísmo até os de hoje, que oficiam em suntuosos templos e catedrais. Os frutos são a piedade cristã, o progresso moral, os servos incumbidos de recebê-los são os missionários enviados por Deus à Terra, de tempo em tempo, a exemplo dos profetas da antiguidade, João Hus, Savonarola, Lutero, etc, os quais, por reclamá-los à casta sacerdotal, verberando-lhes a incúria no trato das coisas divinas, foram por ela perseguidos, injuriados e mortos. O filho do proprietário é Jesus, cujo martírio ignominioso na cruz foi, também, obra exclusiva do sacerdotalismo. A herança é o reino dos céus, de que o sacerdócio hierárquico pretende ter a posse, constituindo-se seu único dispensador. Arrogando-se aos poderes inerentes ao herdeiro, os sacerdotes, ao invés de cultivarem a vinha, abandonaram-na; favoreceram o desenvolvimento de plantas daninhas, deixando, assim, o proprietário sem os frutos devidos. De fato, após séculos e séculos de influência absoluta sobre as consciências, que resultado têm a apresentar ao Senhor da vida? A indiferença religiosa, o ateísmo e toda a sorte de males recorrentes dessa estagnação espiritual. O domínio desses lavradores maus, porém, está a findar-se. Por toda parte, suas organizações pseudorreligiosas, dogmáticas e obscurantistas, eivadas de formalidades, cerimônias cultuais, ritos e pompas exteriores, estão em franca decadência. Sim, os dias desses rendeiros relapsos estão contados. Durante muito tempo, a pretexto de combater heresias e apostasias, eles torturaram, massacraram e queimaram os enviados do Senhor, que lhes vinham cobrar os frutos da vinha. Já, agora a última parte da parábola começa a realizar-se: estão perdendo todo o prestígio que gozavam junto aos governantes e a ascendência que tinham sobre as massas populares, assistindo apavorados à deserção de suas igrejas; estão sendo destruídos rigorosamente, aqui, ali e acolá, sofrendo na própria carne aquilo que fizeram a outrem padecer. Entrementes, eis que surge o Espiritismo (a falange de novos lavradores), a substituí-los na sublime tarefa de que não souberam dar boa conta. Profligando todos os sectarismos estreitos e antifraternos e oferecendo à Humanidade um novo lábaro, em que se lê: "fora da caridade não há salvação", o Espiritismo está ganhando, rapidamente, a simpatia e adesão de todas as criaturas de boa vontade, e há realizado, em apenas alguns decênios, um extraordinário revivescimento espiritual, a par de uma obra social verdadeiramente impressionante, numa demonstração inequívoca de que os novos rendeiros saberão, de fato, cumprir os seus deveres para com o Senhor. Quem tiver "olhos de ver", veja...
Rodolfo Calligaris, Parábolas evangélicas, 4ª Ed. FEB, RJ.
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A Parábola dos lavradores maus. Gravura de Jan Luyken na Bíblia de Bowyer |
Focalizando o Trabalhador Espírita (151) Wilton Teles Pontes |
Wilton Teles Pontes
O entrevistado deste sábado é o pernambucano Wilton Teles Pontes, residente em Olinda. Além das diversas atividades que desenvolve na casa espírita que freqüenta, o Grupo Espírita “Vinha de Luz”, Wilton aplica seus conhecimentos profissionais, que é na área de Design, para divulgar a Doutrina Espírita através das suas “espitirinhas”, que são curtas histórias em quadrinhos onde, de forma interessante e agradável, transmite importantes conceitos morais à luz do Espiritismo.
Wilton pode nos fazer sua auto apresentação?
Meu nome é Wilton Teles Pontes, nasci em 1967 no Recife, PE, mas desde pequeno moro em Olinda, PE. Meu pai se chama Hilton de Araújo Pontes (desencarnado) e minha mãe se chama Deosinete Teles Pontes. Tenho um irmão mais novo chamado Wendel, Doutor em Biologia e uma irmã chamada Roseane (desencarnada). Casei com Myrna Guedes com a qual tive um filho que se chama Mylton. Desde pequeno gosto de desenhar e sempre me interessou fazer histórias em quadrinhos.
Wilton qual a sua formação acadêmica e profissional?
Me formei
em Design
de produtos
pela Universidade
Federal de
Pernambuco (UFPE),
e trabalho
na área
de programação
visual, webdesign
e ilustração.
Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita?
Vim de uma família católica. Infelizmente um acidente fez com que minha irmã mais velha desencarnasse e, assim, minha mãe começou a frequentar reuniões espíritas. Eu era pequeno na época. Aos poucos fui me interessando pelo tema e passei a frequentar com ela. Ela nunca tentou me convencer a frequentar as reuniões ou ser espírita. Foi uma vontade natural de saber sobre o mundo espiritual.
Qual casa espírita você freqüenta presentemente?
Desde jovem que frequento o Grupo Espírita Vinha de Luz localizado em Rio Doce, Olinda, PE., perto de casa. É um Grupo não muito grande onde me identifiquei de imediato. Já faz mais de vinte anos. Comecei a frequentar a casa nas reuniões da Mocidade e hoje estamos como Diretor do Departamento de Infância e Juventude.
Pode nos fazer uma resenha de sua participação no Movimento Espírita durante esses anos?
Como disse antes comecei no movimento de mocidades. Frequentava diversos Centros e Grupos de jovens e de arte. Participei de peças teatrais, encontros de arte e colaborei na criação do NACE (Núcleo de Arte e Cultura Espírita aqui de Pernambuco. Gostaria de salientar que participar disso tudo nunca me afastou das atividades no Grupo Vinha de Luz. Depois da mocidade fomos assumindo outras atividades da casa participando, inclusive, da diretoria.
Tem algum livro escrito espirita e não espirita?
Infelizmente, não. A pesar de que já me falaram se não poderia reunir as Espitirinhas em um livrinho. É uma idéia a ser pensada.
O caminho para o desenho e artes visuais foi em atendimento a uma vocação?
Sempre gostei de desenho e de desenhar. Fui colecionador de quadrinhos. Meu sonho (e de muita gente desta área) era desenhar para editoras americanas; criar histórias, o que antigamente era muito difícil. Hoje já temos grandes desenhistas brasileiros nesse mercado. Aprendi as noções teóricas de desenho através de um curso por correspondência. Depois fiz o segundo grau em uma escola técnica no curso de Desenho de Artes Gráficas. O primeiro vestibular que fiz foi para Biomedicina, mas não passei. Na segunda vez resolvi fazer para a área que gostava mais e tentei o curso de Desenho Industrial, hoje Design e passei. Acho que foi vocação mesmo.
No que consiste o seu trabalho nessa área?
Basicamente faço elaboração de material para divulgação: cartazes, folders, diagramação de revistas, jornais e livros. As técnicas variam. Uso o computador mas crio muitas coisas com lápis, pastel seco, naquim, etc.
Como você tem aplicado esses seus conhecimentos técnicos e artísticos no movimento espirita?
Sempre procurei pensar numa forma para usar meus conhecimentos na divulgação da Doutrina. Ajudei a divulgar diversos eventos espíritas, principalmente através de elaboração de cartazes. Como trabalho com evangelização sempre estou desenhando alguma coisa pra ajudar nas aulas. E agora faço também as Espitirinhas.
Wilton fale-nos por favor sobre as tirinhas que você nominou de “espitirinhas”.
A idéia das Espitirinhas surgiu com a leitura de alguns livros que abordavam alguns problemas existentes no movimento espírita. Daí eu pude perceber que poderia fazer as pessoas refletirem através de meus desenhos e de forma bem humorada. O nome foi idéia de meu irmão, Wendel, quando falei para ele desse meu projeto. Começo sempre desenhando um rascunho da história. Depois desenho o definitivo no papel e digitalizo. A cor e os textos são inseridos no computador. Fiz até um vídeo para mostrar como surge uma Espitirinha, que está disponível no blog. Graças a internet as Espitirinhas estão sendo vistas por mais pessoas do que eu imaginava.
Há muita gente fazendo esse tipo de divulgação espirita?
Existem várias pessoas que utilizam o desenho para ajudar na divulgação da doutrina. Podemos ver isso nos vários livros espíritas infanto-juvenis publicados. São bons profissionais de ilustração e mostram sua arte nessas publicações. E existem também pessoas que fazem tirinhas, como eu. É só dar uma busca na internet.
Uma sólida base doutrinária espirita seria o primeiro passo a quem pretenda desenvolver essa divulgação que alia texto e imagem?
Certamente. Como o espaço de uma tirinha é muito pequeno, formatar a idéia com essa limitação é um desafio interessante. Conhecer a doutrina espírita e observar bastante seria minha dica para quem quer colaborar na divulgação desta forma. Procuro sempre ter cuidado para não criar nada que possa dar alguma interpretação errada da doutrina.
Há alguma manifestação contrária de leitores que não concordam sobre algum tirinha publicada?
Se tem alguém que não gostou, essa pessoa ainda não me disse. Recebo também sugestões de temas. Procuro utilizar essas sugestões mas tem muitas que ficam difícil de sintetizar em alguns quadrinhos.
Acredito que também receba muitos elogios
Muitas pessoas publicam seus comentários no blog e também no facebook, onde mantenho uma página das Espitirinhas, parabenizando pela ideia. Várias pessoas dizem que as utilizam em suas aulas da evangelização. Eu fico feliz em poder ajudar. E é um incentivo para que eu continue a produzir mais.
Quais as suas perspectivas futuras? Algum projeto novo?
Gostaria de dedicar mais tempo para manter as Espitirinhas com uma periodicidade mais regular, mas o tempo é uma coisa que preciso aprender a administrar melhor. Tenho planos de fazer histórias em quadrinhos com temática espírita. Fiz duas histórias que estão com o link no blog das Espitirinhas. Uma se chama “Companhias” que fala sobre obsessão e como espíritos amigos trabalham para nos ajudar. A outra é “A Doutrina” sobre a origem do Espiritismo que fiz baseado no livro Obras Póstumas, de Alan Kardec. É um trabalho mais elaborado que requer um tempo maior. Mas a ideia continua firme.
Esse seu trabalho poderia ser incentivado entre os divulgadores e evangelizadores espíritas através da realização de algum curso ou seminário sobre “A Arte na divulgação do Espiritismo?
O movimento espírita já está bem representado pelos artistas das diferentes formas de expressão. Tem muita gente trabalhando com arte dentro do Espiritismo, Graças a Deus. Um Seminário sobre diferentes formas de divulgação através da arte seria um evento interessante que serviria para ampliar os horizontes, principalmente de pessoas que ainda pensam que arte espírita é somente pintura mediúnica ou teatro na evangelização. A expressão gráfica é um excelente meio para isso. Podemos ver essa preocupação na qualidade dos cartazes e capas de livros feitos hoje em dia. Devemos incluir também as ilustrações para camisetas, trabalhos com reciclagem, produtos produzidos por pessoas do Centro Espírita que são vendidos em bazares e eventos onde a mensagem espírita está presente. Penso que um evento interessante seria um grande encontro sobre divulgação nas mais diferentes formas. Nele poderíamos ver muitas ideias novas e criativas nessa área.
Como os interessados poderão contatá-lo para esses eventos?
A melhor forma é através do meu e-mail: [email protected]
Algo mais que queira acrescentar?
As vezes as pessoas pensam que não podem colaborar com a doutrina em sua área de trabalho profissional. Quase todas as instituições que conheço funcionariam bem melhor se tivessem profissionais voluntários nas áreas de recepção, secretaria, contabilidade, edificações, enfermagem, educação, etc. Muitas pessoas assumem, nos centros, algumas dessas funções que citei por que o trabalho precisa ser feito mas não tem conhecimento técnico. Fazem um trabalho bom mas que poderia ser melhor realizado por um profissional. Foi isso que procurei fazer.
As suas despedidas dos nossos leitores
Agradeço a oportunidade. Espero estar ajudando com meus desenhos simples mas que são de coração. Obrigado
Wilton Pontes editando as Espitirinhas |
Wilton, o filho, a mãe e o irmão; Wilton com o filho e a mãe; Participando com o filho do SIMESPE 2010 e no VI SIMESPE em 2011 |
Caricaturas de Wilton Pontes criadas por ele mesmo. |
Duas espitirinhas elaboradas por Wilton Teles Pontes |
OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO. |
Nota: Todas as notícias deste e de emails anteriores estão postadas no blog: http://ismaelgobbo.blogspot.com e no |
Em absoluto respeito à sua privacidade, caso não mais queira receber este boletim de notícias do movimento espírita, envie-nos um email solicitando a exclusão do seu endereço eletrônico de nossa lista. Nosso endereço: [email protected] |
Editoração e envio: Ismael Gobbo, Araçatuba, SP Gislaine Pascoal Yokomizo e Leonardo Yokomizo, Jacareí, SP |