Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

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Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

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Os últimos 5 emails enviados:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK

 

13-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/13-08-2015.htm

12-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/12-08-2015.htm

11-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/11-08-2015.htm

10-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/10-08-2015.htm

08-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/08-08-2015.htm

 

 

 

 

PUBLICAÇÃO EM SEQUENCIA

O Livro dos Espíritos

 

 

 

Capítulo V

Considerações sobre a pluralidade das existências

 

Continuação do email anterior

 

.......................

 

 

(Texto Copiado do site Febnet)

Sobre Elias e João Batista

Reencarnação 

.....

...

 

E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João o Batista.

.....

...


Mateus 17:9-13

 

 

O diálogo de Jesus e Nicodemos

 

Encontro de  Jesus com  Nicodemos. Aquarela de James Tissot.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:The_Life_of_Jesus_Christ_by_James_Tissot#/media/File:Brooklyn_Museum_-_Interview_between_Jesus_and_Nicodemus_(Entretien_de_J%C3%A9sus_et_de_Nicod%C3%A8me)_-_James_Tissot.jpg

 

No diálogo de Jesus com Nicodemos falou o Mestre: "Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-8)  

Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

Reparas onde moras

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Moradias de Luz. Lição nº 01. Página 19.

 

A Terra é Precioso Domicílio da Lei do Senhor onde cada criatura edifica o plano em que passa a viver.

O usurário sofre na furna da miséria.

O delinquente suporta o desvão do remorso.

O insensato grita no inferno da loucura.

O preguiçoso chora no sótão da necessidade.

O intolerante reside no serpentário da aversão.

O egoísta detém-se no cárcere das trevas.

O rico displicente carrega a cruz da responsabilidade.

O pobre inconformado respira no purgatório da angústia.

O simples de coração cresce no templo da paz.

O semeador do progresso vive ao sol da prosperidade.

O servidor fiel repousa na consciência tranquila.

O amigo do estudo mora no lar do conhecimento.

Repara onde resides.

Cada espírito respira na faixa de claridade ou sombra, de dor ou alegria a que se acolhe através da atitude que assume perante a vida.

Não te percas na contemplação prematura das paisagens celestiais, sem haver pago à Terra o tributo de serviço que lhe devemos.

Faze de tua experiência um campo educado no bem para a colheita do amor e a própria casa terrestre em que estagias se transformará para os teus pés em sublime degrau de acesso às Moradas Abençoadas da Luz.

 

O Semeador. Óleo sobre tela de Jean-François Millet.

Imagem/fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Jean-Fran%C3%A7ois_Millet

 

 

FEA: Seminário:  “Diálogo na Reunião Mediúnica”

Manaus, AM

 

O Dep. da Mediunidade da Federação espírita Amazonense promoverá um encontro de trabalhadores de reunião mediúnica para mais um encontro de confraternização e estudo, desta vez em torno do tema “O Diálogo na Reunião Mediúnica”.

O evento ocorrerá no dia 23/08,  às 14h30, na sede administrativa da FEA, localizada na Av. Pedro Teixeira, 365 – D. Pedro.

 Aprender a “auscultar” os corações é conquista importante para todos aqueles que se dedicam à tarefa de consolo e acolhimento por meio do diálogo na reunião mediúnica.

As inscrições podem ser feitas no email  [email protected], informando nome do interessado e da Instituição Espírita.

 

 

 

(Informações recebidas em email de Sandra Moraes [[email protected]])

 

 

Canal divulga o Congresso de Medicina e Espiritualidade

Londres, Reino Unido

 

Meus amigos,

Compartilhem e passem aos seus amigos conhecerem esse canal.tv para brasileiros aqui em Londres.. estao divulgando nosso Congresso​. Nos ajudem se puderem.

Deus conosco

gratidao

www.medspiritcongress.org

elsa

 

 

(Informação em email de Elsa Rossi)

 

 

GEEAK. Curso de Estudo e Prática da Mediunidade

Áustria

 

 

---------- Forwarded message ----------
From: GEEAK AUSTRIA <
[email protected]>
Date: 2015-08-12 14:26 GMT+01:00
Subject: Convite!!
Curso: Estudo e Prática da Mediunidade Set./2015 / Ficha de Inscrição em anexo!!
To:

GEEAK-Vorarlberg-Áustria
Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec
Verein für spiritistische Studien Allan Kardec

 

 

Queridos irmãos e irmãs, 

É com grande alegria que gostaríamos de comunicar o início do Curso sobre a Mediunidade.

Convidamos todos a participarem do curso, preenchendo e nos enviando a ficha de inscrição em anexo.

Venham nos alegrar com sua presença e participação, para que este estudo possa nos enriquecer de conhecimento, nos auxiliando no entendimento sobre o tema da Mediunidade em nossas vidas.

Até Setembro e que a Paz de Jesus nos envolva hoje e sempre.

 

Com gratidão e carinho,

Equipe do GEEAK-Austria

 

 


--

Que nosso Pai Celestial nos abençoe a todos.

Unser himmlischer Vater möge uns alle segnen.

GEEAK-Vorarlberg-Austria

http://geeakvorarlberg.blogspot.co.at/

[email protected]

Se não desejar mais, receber informações sobre nossos eventos, por favor escreva-nos, pedindo a retirada de seu nome de nossa lista.

Falls Sie keine e-mail , von uns bekommen möchten, senden Sie uns bitte eine Nachricht.

 

(Informação repassada em email por Elsa Rossi)

 

 

Prossegue a XXXVI Jornada Espírita de

Jacarézinho, PR

 

A MISSÃO DE JESUS NA TERRA

 

 

 

Este é o tema da palestra da sequência da XXXVI Jornada Espírita de Jacarezinho a ser proferida por TADEU ARTUR CAVEDEN (ITU-SP), neste sábado, dia 15 de agosto, às 20:00 horas, no salão de recepção do Centro Espírita “João Batista”, na Rua Marechal Deodoro, 701, de Jacarezinho. 

 

 

Descrição: Tadeu Artur CavedemAdministrador de empresas, palestrante motivacional e consultor comportamental. Palestrante espírita há mais de 15 anos. Criador do Grupo Sempre Alegre que envia mensagens diárias e gratuitas de otimismo para mais de 4 mil inscritos. Responsável pela Comunidade “Novo Ser”, de Itu, que promove encontros quinzenais gratuitos que visam dar uma nova percepção de vida aos participantes, através da psicologia evolutiva. Membro do Grupo Voluntário Doadores de Alegria de Itu atuando como palhaço em hospitais de Itu e região. Colaborador do GAFI – Grupo de Apoio Feliz Idade que promove passeios na região para os internos do Asilo Nossa Senhora da Candelária.

 

VENHA E TRAGA SUA FAMÍLIA E CONVIDADOS...

 

(Informação recebida em email de José Lázaro Boberg [[email protected]])

 

 

Programações Espíritas em

Sorocaba, SP

 

 

(Informações recebidas em emails de AME SOROCABA [[email protected]])

 

 

8º. Entremédiuns

Votuporanga, SP

 

 

(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

 

Palestra no Grupo Espírita Joanna de Cuza

São Paulo, SP

PALESTRA, dia  16/08/2015,  às  17:00  horas,

 

“BEM SOFRER E MAL SOFRER”

Tema da palestra é extraído do livro o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. Palestrante Senhora: Ana Francisca Garcia Zani, de São Bernardo do Campo/SP.

 

LOCAL: Grupo Espírita JOANNA DE CUZA

             Rua Antônio Comenale 159, Pq Cocaia/Grajaú,

             CEP: 04850-010                                                                                                                                                              

             e-mail: [email protected]

 

“ ESPÍRITAS AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS”

                                                                                    – Allan Kardec -

(Informação recebida em email de "G. E. Joanna de Cuza" [[email protected]])

 

 

I Encontro Internacional dos Amigos de Chico Xavier e Sua Obra

Lisboa, Portugal

 

 

(Informação recebida em  email de Nuno Emanuel)

 

 

Informativo FEBtv

Brasília, DF

 

Acesse aqui:

http://www.febtv.com.br/maladireta/arquivo/1208151140.html

 

 

(Com colaboração em email de Nazareno Feitosa)

 

 

Matéria da Coluna Espírita do

Diário de Taubaté (SP)

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

Ele precisava de amor

 

 

Ela morava em um asilo de idosos há três anos.

Agradável com todos, tornou-se o centro das atenções gerais.

Embora tivesse que permanecer em sua cama, ou na cadeira de rodas, em função das dores que sentia com o desgaste das vértebras e das juntas, mostrava-se feliz.

Sempre tinha uma história para contar, com uma dicção clara, um linguajar de alto e bom astral, que encantava quem a ouvia.

Quando falava sobre o Evangelho de Jesus, fazia quem a ouvisse, chorar de emoção, tão bem pintava as telas que descrevia.

Dava exemplos, por vezes, relatando fatos de sua própria vivência, junto da família.

Certa feita, alguém lhe perguntou por quantos anos fora casada.

Com um fundo suspiro, ela respondeu: Por cinquenta e três anos. E sem férias.

As curiosidades foram muitas e a primeira foi desejar saber se o marido era bom e gentil, para que o casamento durasse tanto.

Até o dia do casamento me parecia que seria, disse ela, depois, as coisas foram mudando muito.

Ele era bem mais velho, estrangeiro, ateu, cheio de costumes muito diferentes dos meus. Eu era jovem, vinda de uma família simples. De infância pobre e muito religiosa.

Seu Deus, segundo ele mesmo, era o dinheiro. Seus apegos maiores, a gula e o sexo.

Tinha momentos em que parecia ter saído daqueles filmes antigos, da Idade Média.

Nunca falou que me amava ou que gostava de mim.

Em determinado momento da narrativa, ela foi interrompida:

O que fez você continuar com ele?

Tranquilamente, ela foi enumerando: Primeiro, em respeito aos filhos, que precisavam de uma família, para crescerem e se tornarem homens de bem.

Segundo, em respeito a ele mesmo, pois o conhecendo melhor, senti que ele precisava de mim, para não se tornar pior do que era.

Ele precisava sentir-se protegido, cuidado, acompanhado.

Quando o ouvinte atento lhe disse que isso deveria ter representado muito sacrifício, sua resposta foi ainda mais surpreendente:

Ele foi para mim, em verdade, um grande professor. Foi meu professor de paciência, de renúncia, de fé, de resignação, de superação, de virtudes...

Tive que me esmerar para continuar vivendo junto dele, e para o ver partindo da Terra, com alguma mudança interior.

No final de seus dias, ele já buscava Deus. O sexo esfriara, até mesmo pela idade. Somente a gula persistiu até o fim.

No entanto, o melhor foi que aprendeu, com os netos, a lhes dizer: “Eu te amo!”

*    *    *

E continuou: Em minhas orações, agradeço aos meus pais, que me deram um exemplo especial de parceria, mesmo nos momentos mais árduos, enfrentados em família.

Agradeço à crença na vida imortal que justifica os sacrifícios, explicando-os à luz da razão.

Agradeço o fato de saber, conscientemente, que nada nos acontece por acaso.

Sobretudo, agradeço a Deus por ter podido levar minha tarefa até o fim, e conquistar essa imensa paz, em minha consciência.

*   *   *

Amor desinteressado. Dedicação imorredoura.

Exemplo de vida, que nos leva a imaginar o valor do dever retamente cumprido.

Redação do Momento Espírita.
Em 13.8.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Venaria Real. Turim, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

Bom ânimo

 

 

Do  livro Boa Nova

Ditado pelo espírito Humberto de Campos

Médium Francisco Cândido Xavier

FEB

 

     O apóstolo Bartolomeu foi um dos mais dedicados discípulos do Cristo, desde os primeiros tempos de suas pregações, junto ao Tiberíades. Todas as suas possibilidades eram empregadas em acompanhar o Mestre, na sua tarefa divina. Entretanto, Bartolomeu era triste e, vezes inúmeras, o Senhor o surpreendia em meditações profundas e dolorosas.

     Foi, talvez, por isso que, uma noite, enquanto Simão Pedro e sua família se entregavam a inadiáveis afazeres domésticos, Jesus aproveitou alguns instantes para lhe falar mais demoradamente ao coração.

     Após uma interrogativa afetuosa e fraternal, Bartolomeu deixou falasse o seu espírito sensível.

    — Mestre exclamou, timidamente —, não saberia nunca explicar-vos o porquê de minhas tristezas amargurosas. Só sei dizer que o vosso Evangelho me enche de esperanças para o Reino de luz que nos espera os corações, além, nas alturas... Quando esclarecestes que o vosso Reino não é deste mundo, experimentei uma nova coragem para atravessar as misérias do caminho da Terra, pois, aqui, o selo do mal parece obscurecer as coisas mais puras!... Por toda parte, é a vitória do crime, o jogo das ambições, a colheita dos desenganos!...

     A voz do Apóstolo se tornara quase abafada pelas lágrimas. Todavia, Jesus fitou-o brandamente e lhe falou, com serenidade:

     — A nossa doutrina, entretanto, é a do Evangelho ou da Boa Nova e já viste, Bartolomeu, uma boa notícia não produzir alegria? Fazes bem, conservando a tua esperança em face dos novos ensinamentos; mas, não quero senão acender o bom ânimo no espírito dos meus discípulos. Se já tive ocasião de ensinar que o meu Reino ainda não é deste mundo, isso não quer dizer que eu desdenhe o trabalho de estendê-lo, um dia, aos corações que mourejam na Terra. Achas, então, que eu teria vindo a este mundo, sem essa certeza confortadora? O Evangelho terá de florescer, primeiramente, na alma das criaturas, antes de frutificar para o espírito dos povos. Mas, venho de meu Pai, cheio de fortaleza e confiança, e a minha mensagem há de proporcionar grande júbilo a quantos a receberem de coração.

     Depois de uma pausa, em que o discípulo o contemplava silencioso, o Mestre continuou:   

     — A vida terrestre é uma estrada pedregosa, que conduz aos braços amorosos de Deus. O trabalho é a marcha. A luta comum é a caminhada de cada dia. Os instantes deliciosos da manhã e as horas noturnas de serenidade são os pontos de repouso; mas, ouve-me bem: Na atividade ou no descanso físico, a oportunidade de uma hora, de uma leve ação, de uma palavra humilde, é o convite de nosso Pai para que semeemos as suas bênçãos sacrossantas. Em geral, os homens abusam desse ensejo precioso para anteporem a sua vontade imperfeita aos desígnios superiores, perturbando a própria marcha. Daí resultam as mais ásperas jornadas obrigatórias para retificação das faltas cometidas e muitas vezes infrutíferos labores. Em vista destas razões,  observamos que os viajores da Terra estão sempre desalentados. Na obcecação de sua vontade própria, ferem a fronte nas pedras da estrada, cerram os ouvidos à realidade espiritual, vendam os olhos com a sombra da rebeldia e passam em lágrimas, em desesperadas imprecações e amargurados gemidos, sem enxergarem a fonte cristalina, a estrela caridosa do céu, o perfume da flor, a palavra de um amigo, a claridade das experiências que Deus espalhou, para a sua jornada, em todos os aspectos do caminho.

     Houve um pequeno intervalo nas considerações afetuosas, depois do que, sem mesmo perceber inteiramente o alcance de suas palavras, Bartolomeu interrogou:

     — Mestre, os vossos esclarecimentos dissipam os meus pesares; mas o Evangelho exige de nós a fortaleza permanente?

     — A verdade não exige: transforma, O Evangelho não poderia reclamar estados especiais de seus discípulos; porém, é preciso considerar que a alegria, a coragem e a esperança devem ser traços constantes de suas atividades em cada dia. Por que nos firmarmos no pesadelo de uma hora, se conhecemos a realidade gloriosa da eternidade com o nosso Pai?

     — E quando os negócios do mundo nos são adversos? E quando tudo parece em luta contra nós? perguntou o pescador, de olhar inquieto.

     Jesus, todavia, como se percebesse, inteiramente, a finalidade de suas perguntas, esclareceu com bondade:

     — Qual o melhor negócio do mundo, Bartolomeu? Será a aventura que se efetua a peso de ouro, muita vez amordaçando-se o coração e a consciência, para aumentar as preocupações da vida material, ou a iluminação definitiva da alma para Deus, que se realiza tão-só pela boa-vontade do homem, que deseje marchar para o seu amor, por entre as urzes do caminho? Não será a adversidade nos negócios do mundo um convite amigo para a criatura semear com mais amor, um apelo indireto que a arranque às ilusões da Terra para as verdades do Reino de Deus?

     Bartolomeu guardou aquela resposta no coração, não, todavia, sem experimentar certa estranheza. E logo, lembrando-se de que sua genitora partira, havia pouco tempo, para a sombra do túmulo, interpelou ainda, ansioso:

     — Mestre: não será justificável a tristeza quando perdemos um ente amado?

     — Mas, quem estará perdido, se Deus é o Pai de todos nós?... Se os que estão sepultados no lodo dos crimes hão de vislumbrar, um dia, a alvorada da redenção, por que lamentarmos, em desespero, o amigo que partiu ao chamado do Todo-Poderoso? A morte do corpo abre as portas de um mundo novo para a alma. Ninguém fica verdadeiramente órfão sobre a Terra, como nenhum ser está abandonado, porque tudo é de Deus e todos somos seus filhos. Eis por que todo discípulo do Evangelho tem de ser um semeador de paz e de alegria!...

     Jesus entrou em silêncio, como se houvera terminado a sua exposição judiciosa e serena.

     E, pois que a hora já ia adiantada, Bartolomeu se despediu. O olhar do Mestre oferecia ao seu, naquela noite, uma luz mais doce e mais brilhante; suas mãos lhe tocaram os ombros, levemente, deixando-lhe uma sensação salutar e desconhecida.

 

* * *

 

     Embora nascido em Caná da Galiléia, Bartolomeu residia, então, em Da!manuta, para onde se dirigiu, meditando gravemente nas lições que havia recebido. A noite pareceu-lhe formosa como nunca. No alto, as estrelas se lhe afiguravam as luzes gloriosas do palácio de Deus à espera das suas criaturas, com hinos de alegria. As águas do Genesaré, aos seus olhos, estavam mais plácidas e felizes. Os ventos brandos lhe sussurravam ao entendimento cariciosas inspirações, como um correio delicado que chegasse do céu.

     Bartolomeu começou a recordar as razões de suas tristezas intraduzíveis, mas, com surpresa, não mais as encontrou no coração. Lembrava-se de haver perdido a afetuosa genitora; refletiu, porém, com mais amplitude, quanto aos desígnios da Providência Divina. Deus não lhe era pai e mãe nos céus? Recordou os contratempos da vida e ponderou que seus irmãos pelo sangue o aborreciam e caluniavam. Entretanto, Jesus não lhe era um irmão generoso e sincero? Passou em revista os insucessos materiais. Contudo, que eram as suas pescarias ou a avareza dos negociantes de Betsaida e de Cafarnaum, comparados à luz do Reino de Deus, que ele trabalhava por edificar no coração?

     Chegou a casa pela madrugada. Ao longe, os primeiros clarões do Sol lhe pareciam mensageiros ao conforto celestial. O canto das aves ecoava em seu espírito como notas harmoniosas de profunda alegria. O próprio mugido dos bois apresentava nova tonalidade aos seus ouvidos. Sua alma estava agora clara; o coração, aliviado e feliz.

     Ao ranger os gonzos da porta, seus irmãos dirigiram- -lhe impropérios, acusando-o de mau filho, de vagabundo e traidor da lei. Bartolomeu, porém, recordou o Evangelho e sentiu que só ele tinha bastante alegria para dar a seus irmãos. Em vez de reagir asperamente, como de outras vezes, sorriu-lhes com a bondade das explicações amigas. Seu velho pai o acusou, igualmente, escorraçando-o. O Apóstolo, no entanto, achou natural. Seu pai não conhecia a Jesus e ele o conhecia. Não conseguindo esclarecê-los, guardou os bens do silêncio e achou-se na posse de uma alegria nova. Depois de repousar alguns momentos, tomou as suas redes velhas e demandou sua barca. Teve para todos os companheiros de serviço uma frase consoladora e amiga. O lago como que estava mais acolhedor e mais belo; seus camaradas de trabalho, mais delicados e acessíveis. De tarde, não questionou com os comerciantes, enchendo-lhes, aliás, o espírito de boas palavras e de atitudes cativantes e educativas.   

      Bartolomeu havia convertido todos os desalentos num cântico de alegria, ao sopro regenerador dos ensinamentos do Cristo; todos o observaram com admiração, exceto Jesus, que conhecia, com júbilo, a nova atitude mental de seu discípulo.

 

* * *

 

     No sábado seguinte, o Mestre demandou as margens do lago, cercado de seus numerosos seguidores. Ali, aglomeravam-se homens e mulheres do povo, judeus e funcionários de Ântipas, a par de grande número de soldados romanos.

     Jesus começou a pregar a Boa Nova e, a certa altura, contou, conforme a narrativa de Mateus, que “o Reino dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto num campo, foi achado e escondido por um homem que, movido de gozo, vendeu tudo o que possuía e comprou aquele campo”.

     Nesse instante, o olhar do Mestre pousou sobre Bartolomeu que o contemplava, embevecido; a luz branda de seus olhos generosos penetrou fundo no íntimo do apóstolo, pela ternura que evidenciava, e o pescador humilde compreendeu a delicada alusão do ensinamento, experimentando a alma leve e satisfeita, depãis de haver alijado todas as vaidades de que ainda se não desfizera, para adquirir o tesouro divino, no campo infinito da vida.

     Enviando a Jesus um olhar de amor e reconhecimento, Bartolomeu limpou uma lágrima. Era a primeira vez que chorava de alegria. O pescador de Dalmanuta aderira, para sempre, aos eternos júbilos do Evangelho do Reino.

 

Rua de Caná, Israel. Foto Ismael Gobbo

Apelo do comércio de Caná, Israel,  evoca o episódio da transformação da Água em vinho por Jesus. Foto Ismael Gobbo.

 

Capela de São Bartolomeu. Caná, Galiléia, Israel.  Foto Ismael Gobbo.

Cena em  quadro alusiva à transformação da água em vinho. Se encontra 

na chamada  Igreja das Bodas, em  Caná, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

Mar da Galiléia em Cafarnaum, Galiléia, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

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