Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, segunda-feira, 20 de julho de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/          http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/20-07-2015.htm

 

No Blog onde  é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

Ou no Facebook

https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

 

 

Os últimos 5 emails enviados:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK

 

18-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/18-07-2015.htm

17-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/17-07-2015.htm

16-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/16-07-2015.htm

15-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/15-07-2015.htm

14-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/14-07-2015.htm

 

 

 

 

PUBLICAREMOS EM SEQUENCIA

O Livro dos Espíritos

 

 

 

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(Copiado do site Febnet)

 

Jesus afastando um  mau espirito da filha da mulher canaanita. Óleo sobre tela de Michael Angelo Immenraet

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Angelo_Immenraet

 

 

O ausente-presente

 

 

Era a derradeira refeição que fariam juntos. É um momento de alegria, pela comemoração da Páscoa judaica.

Recordam-se das agruras da escravidão no Egito e as alegrias da libertação pelo legislador hebreu Moisés.

Os cânticos se sucedem, em obediência ao rito comemorativo. Serve-se o carneiro, o pão sem sal e sem fermento, embebido no molho de ervas amargas.

Recordam-se das bênçãos e a proteção de Yaweh. É também um momento de despedida.

Um pouco e já não mais me vereis, assevera Jesus. E como Bom Pastor, exorta: Meus filhinhos...

E tece recomendações, dizendo das dores que adviriam aos Seus seguidores, a todos aqueles que desejassem levar o archote da Boa Nova na tentativa de iluminar a Terra.

O machado está posto à raiz, dizia o Mestre.

Mas, se falou de dores e sofrimentos, não deixou de declamar esperança e consolo.

Por isso, em observando o ar de tristeza que envolvia os Apóstolos, naquela hora, profetizou:

Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus. Crede também em mim. Eu vou para vos preparar o lugar.

Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais.

O Pastor anuncia Sua viagem, mas apresenta os objetivos dela e afirma o Seu retorno.

A hora avança e Ele ensina:

Um novo mandamento vos dou: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado. Nisso reconhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.

E sentencia:

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

É um momento solene. Os minutos se sucedem ligeiros, como se desejassem que aquela despedida não se alongasse.

Mas o Mestre dos mestres tem algo mais a dizer:

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Tenho-vos chamado amigos, porque tudo o que sei de meu Pai vos transmiti.

Repito-vos: amai-vos uns aos outros.

E, como num testamento, exterioriza Sua doação final: Deixo-vos a paz: a minha paz vos dou.

Não vo-la dou como o mundo a dá.

Amai-vos como eu vos amei.

Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a própria vida pelos seus amigos.

Sereis meus amigos, se fordes amigos uns dos outros.

A noite se envolve em crepe. Talvez a lua tenha escondido sua cara redonda e prateada, para enxugar o próprio pranto.

O Cordeiro vai ser imolado...

*   *   *

Ele voltaria depois da morte para atestar que a morte não existe.

E quando chega, faz-Se visível àquele grupo de homens assustados, como uma equipe sem chefia e os saúda:

Paz seja convosco!

E ficaria com eles por dias e dias.

Dias de sol, noites de estrelas, de luar.

Pelas estradas da Galileia e da Judeia, pelas praias do mar e do lago, nas montanhas, onde os pastores apascentam seus carneiros, nas planícies onde os camponeses cortam o trigo, todos sentem que Ele pode estar, que Ele pode vir, de repente e dizer:

“A paz seja convosco!”

Certeza de Sua presença. Amigo, Mestre, Senhor: presente!

Não nos esqueçamos disso.

Redação do Momento Espírita, com base no 
Evangelho de João, cap. XIV e com parágrafo colhido no 
cap. LXXXII, do livro 
Vida de Jesus, de Plínio Salgado,
ed. Voz do Oeste.
Em 18.7.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

“A Última Ceia”, 2011. Madeira entalhada e policromada com aplicaçoes de tela e estopa.

Erminio José da Silva “Miro”. Carpira, PE, Brasil. Foto Ismael Gobbo  17/07/2015.

Exposição “Grandes Maestros” no Centro Cultural La Moneda. Santiago, Chile.

 

COBEM. Seminário “As dores e as aflições á luz do Espiritismo”

Salvador, BA

 

 

Vamos participar do Amoroso Seminário - Vocês vão Amar de coração

Todas as vezes que questionamos a respeito do sofrimento e aflições do corpo e da alma, frequentemente

não compreendemos a finalidade da dor no processo de evolução espiritual.

A falta de conhecimento e a não aceitação da prova ou expiação podem levar o Ser humano a percorrer caminhos mais difíceis na existência terrena, e até mesmo a duvidar da justiça de Deus.

SEMINÁRIO COBEM - AS DORES E AS AFLIÇÕES À LUZ DO ESPIRITISMO22 e 23/08/2015 - Sábado:19h30min e Domingo: 8h30min às 12h - Salão Doutrinário da COBEM

Inscrição: na Recepção da Cobem

Investimento: 1 lata de leite integral e 25 notas fiscais

 

COBEM - Casa de Oração Bezerra de Menezes

 Rua Bezerra de Menezes, nº 90, Brotas, Salvador-BA

Informações:

Assessoria Recepção Meimei - (71) 33560256

 Curtam a FanPage da Cobem com muito amor

https://www.facebook.com/CasaDeOracaoBezerraDeMenezesCobem

Visitem o site da Cobem com muito amor

www.cobem.org.br

 

(Informação recebida em email de Edward Cobem 7 [[email protected]])

 

 

Palestra no Grupo de Estudos Espíritas “Legionários da Luz”

Nova Friburgo, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

4º. Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, RJ

 

 

(Informação recebida em emails de Gutemberg Paschoal [mailto:[email protected]] e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Allan Vilces na Instituição Espírita “Oficina de Luz”

Carapicuiba, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Regina Bachega)

 

62ª. Semana Espírita no C.E. Irmãos da Nova Era

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

 

25º. Concurso de Poesia da Arte Poética Castro Alves

São Paulo, SP

 

O concorrente participa com uma poesia, digitada, de sua própria autoria, enviada em duas vias, assinada com pseudônimo, dentro de um envelope pequeno, lacrado, com os dados (nome, endereço, CEP, caixa postal, fone, fax, e-mail, e ainda uma cópia do RG e um resumo da biografia), até o dia 30 de setembro de 2015.

 

Endereço: Arte Poética Castro Alves

Caixa Postal 65077, São Paulo (SP), CEP 01318-970.

 

A partir de outubro de 2015, os participantes vão receber a confirmação da inscrição da poesia.

 

A data da festa de entrega do Prêmio Castro Alves aos dez classificados (mais um ou dois classificado (s) na categoria Menção Honrosa), será o dia 25 de novembro de 2015 às 19 horas.

 

O evento contará com a apresentação de Guiomar Sant´Anna e Alexandre Anselmo, com a colaboração de José Damião – todos da Rádio Boa Nova; parte artística de Nelson Dejanny (o Cantor dos Poetas) e Marly Ferreira; declamação de Altamirando Carneiro.

 

(Informação recebida em email de damiao - FEAL [[email protected]])

Castro Alves 14/03/1847 – 06-07-1871

Figura de   Castro Alves  em placa  de bronze ao lado  da de  Paulo Eiró,  lembrados na

comemoração   do 1º. centenário de morte de ambos (1871- 1971).  A placa encontra-se

exposta no  saguão de  ingresso da   Faculdade  de  Direito do Largo  de São  Francisco,

em  São Paulo, Brasil.  Foto Ismael Gobbo

 

 

Ciclo de palestras com Lizst Rangel

Cabo Frio, Araruama, Rio das Ostras, RJ

 

 

(Informação recebida em emails de Nelio Luzze e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Seminário Escola da Doutrina Espírita Caminho da Luz

Salvador, BA

 

 

(Informação recebida em emails de Edward Cobem 7 [mailto:[email protected]] e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Agenda de palestras com Carlos Baccelli

Portugal

 

PALESTRAS DE BACCELLI  AGOSTO  E  SETEMBRO  2015

 

Agosto

LISBOA   

15-8 -15   sábado    17h

“Chico Xavier – Vida e Sabedoria”

CENTRO ESPÍRITA BATUÍRA

Orlando

Tel.21 4121062

 

AVEIRO

17-8-15    2a. feira    21h

“O Jugo Leve”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA ESTRELA DE AVEIRO

Paulo Fonseca

Telf.23 4420455

[email protected]

 

PORTO

18-8-15    3ª.feira   21.30h

“A Missão de Chico Xavier”

NÚCLEO ESPÍRITA  CRISTÃO  (de Laurentino Simões)

Carlos Rocha

Tel.22 5021190

[email protected]

 

ÁGUEDA

19-8-15    4a.feira     20.30h

“ Algumas Curiosidades sobre Nosso Lar”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA MARIA DE NAZARÉ

Joaquim Santos

Tel.23 4194422

Rua António Feliciano de Castilho

[email protected]

 

PORTO

20-8-15      5a.feira     21h

“Influência dos Espíritos em Nossas Vidas”

ASSOCIAÇÃO MIGALHA DE AMOR

Lasalete

22 5082460/22 5025555

[email protected]

Rua Antero de Quintal, 807 , 4200—069

 

AVEIRO

21-8-15     6ª.feira    21.30h

“Transição Planetária”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA LUZ E PAZ

Severino Tem. 93 7016379

Valente 91 2821589

[email protected]

[email protected]

Rua do Recreio Artístico, 9

 

FIGUEIRA DA FOZ

24-8-15     2a.feira      21h

“O Filho Pródigo”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA FIGUEIRA DA FOZ

Fernanda  (Fernandinha)

23 3423644/ 93 4779098

Rua Vasco da Gama, 114   3080—043

 

ÍLHAVO  --  AVEIRO

25-8-15     3a. Feira        21h

“Desencarnação  -- Algumas Reflexões”

ASSOCIAÇÃO CULTURAL PORTO ABRIGO

Cândida

[email protected]

[email protected]

 

VILA NOVA DE POIARES

26-8-15     4ª.FEIRA       21h

“A Ressurreição de Lázaro”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA CRISTÃ ISABEL DE PORTUGAL

Antonio Simões

23 9421682/934431686

Alveite Grande  São Miguel de Poiares  3350-201

  

PÓVOA DO VARZIM

27-8-15      5a.feira     21.30h

“Transição Planetária”

CENTRO ESPÍRITA IRMÃ FILOMENA

91 9238304

[email protected]

[email protected]

Rua Estrada Velha, 116  Beiriz  4495-328

 

 

TORRES VEDRAS

29-8-15        sábado      16h

“A Missão de Chico Xavier”

ASSOCIAÇÃO LUZ, PAZ E AMOR

Marcos

Tem. 96 6794648

[email protected]

 

SETEMBRO

 

LISBOA

1-9-15  3a. feira   20.30h

“Reencarnação  --  Reflexões Importantes”

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA E SOLIDARIEDADE EDUARDO DE MATOS

Lucinda

96 5132006 / 21 8471526

[email protected]

Rua Marcelino Mesquita, 15 (ao Areeiro)

 

ÁGUEDA

2-9-15     4a.feira       20.30h

“Dificuldades na Vida do Médium”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA CONSOLAÇÃO E VIDA

Dr. Luténio Tem. 93 4390997

[email protected]

Rua 15 de Agosto,35 – traseira

 

AVEIRO    Quinta do Gato

3-9-15     5ª. feira     21h    

“Reencarnação  --  Reflexões Importantes”

ASSOCIAÇÃO CULTURAL A.E.E. NOSSO LAR

Dr. Alexandre   919227214

Rua Gago Coutinho

 

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

4-9-15     sexta-feira      21h

“Algumas Curiosidades sobre Nosso Lar”

ASSOCIAÇÃO  CULTURAL  CENTRO ESPÍRITA

Celeste

913698506

[email protected]

 

 

ÁGUEDA

5-9-15        sábado      15.30h  -- 18.30h 

Seminário  “ Mecanismos da Mediunidade”

ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA CONSOLAÇÃO E VIDA

Dr. Luténio   Tem. 934390997

[email protected]

Rua 15 de Agosto, 35  -- traseira

 

LISBOA

6-9-15         domingo    9h

I ENCONTRO INTERNACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER  E  SUA OBRA

Auditório da Faculdade de Medicina Dentária

 

LISBOA

7-9-15      2a. feira    20h

“Desencarnação  --  Algumas Reflexões”

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA E FRATERNIDADE

Mariazinha

Tel.213563062 – 21 9230735

Calçada de santo António, 14 B

 

LISBOA

8 -9-15      4ª. feira       21h

“Parábola do Filho Pródigo” 

CENTRO ESPÍRITA  A CASA DO CAMINHO 

 Rui Marta

Rua D. João de Castro, 45, tel.21 3624913

 

 

(Informação em email de NunoEmanuel)

 

 

Palestra programada para o

Centro Espírita Nossa Senhora de Nazaré. Itupeva, SP

 

Olá, ISMAEL!
Estamos lhe solicitando que divulgue a nossa palestra conforme a imagem abaixo.
Grato,

JOEL FERNANDES (Presidente)



Endereço:

Rua Claudina Zumsteim Betelli, 96
Bairro Santa Fé
ITUPEVA-SP (44591-2285)

 


(Informação recebida em email de "censnterra.com.br" [[email protected]])

 

 

Informações e programaçoes do Light and Peace Spiritist Center

Adelaide, Austrália

 

Acesse:

http://www.lightandpeace.org/

 

 

 

 

Apresentaçao musical na Soc. De Estudos Espíritas “3 de outubro”

São Paulo, SP

 

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(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

 

Boletim da Casa do Caminho de

Macaé, RJ

 

Solicite para:

[email protected]

 

 

(Com colaboração de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Grupo de Estudos Espíritas “Chico Xavier”

Brasília, DF

 

Acesse:

http://grupochicoxavier.com.br

 

 

 

 

Revista eletrônica semanal “O Consolador”

Londrina, PR

 

Acesse:

www.oconsolador.com.br

 

 

 

 

Site “A Voz do Espiritismo”

Araçatuba, SP

 

Acesse:

www.avozdoespiritismo.com.br

 

 

 

Informativo “Agenda Espírita”

Rio de Janeiro, RJ

 

Solicite por email para:

André Gadelha

[email protected]

 

 

 

D. Pedro II

 

Do livro “Novas Mensagens”

Ditado pelo espírito Humberto de Campos

Médium Francisco Cândido Xavier

FEB

 

Enquanto os vivos se reuniam em torno do monumento que o Brasil erigiu ao Patriarca da Independência, no Rio de Janeiro, os grandes "mortos" da Pátria igualmente se colocavam entre os encarnados, aliando-se ao povo carioca nas suas comovedoras lembranças.

Também acorri ao local da festa votiva dos Brasileiros, acompanhado do meu amigo José Porfírio de Miranda, antigo milionário do Pará, que a borracha elevara às culminâncias da fortuna, conduzindo-o em seguida, aos declives da miséria, nos seus caprichosos movimentos.

Os vivos e mortos do Brasil se reuniam na mesma vibração afetiva das recordações suaves, enviando ao nobre organizador da vida política da nacionalidade um pensamento de amizade e de veneração.

Antigo companheiro nosso, também no plano invisível, em plena via pública acercou-se de mim, exclamando:

Chegas um pouco tarde. José Bonifácio já não está presente; mas, poderás ainda conseguir uma proveitosa entrevista para os teus leitores. Sabes quem saiu daqui neste momento?

Quem? Pergunto eu, na minha fome de notícias.

— O Imperador.

D. Pedro II?

Ele mesmo. Após lembrar a grande figura do Patriarca, dirigiu-se com alguns amigos para Petrópolis,a reavivar velhas lembranças...

Em meu íntimo, havia um alvoroço de emoções. Lembrei-me de que, em toda a minha existência de jornalista no mundo, só enxergara um monarca dentro dos meus olhos: o rei Alberto I, dos Belgas, quando, no Clube dos Diários, a elite dos intelectuais do país lhe oferecera a homenagem de uma comovida admiração.

E ponderei se haveria mérito em consultar o pensamento de um rei, no outro mundo, onde todas as majestades desaparecem. Recordei a figura do grande imperador que Victor Hugo considerava o monarca republicano.

Com os olhos da imaginação, vi-o, de novo, na intimidade dos Paços de São Cristóvão: o perfil heráldico, onde um sorriso de bondade espalhava o perfume da tolerância; as barbas compridas e brancas, como as dos santos das oleografias católicas; o olhar cheio de generosidade e de brandura, irradiando as mais doces promessas.

Um vivo, em havendo de ir a Petrópolis, é obrigado ao trajeto penoso dos ônibus, embora as perspectivas maravilhosas do mais belo trecho de todas as estradas do Brasil; os desencarnados, porém, não necessitam de semelhantes sacrifícios. Num abrir e fechar de olhos, eu e o meu amigo nos encontrávamos na encantadora cidade das hortências onde os milionários do Rio de Janeiro podem descansar nas mais variadas épocas do ano.

Não fomos encontrar o Imperador nos antigos edifícios em que estabelecera a residência patriarcal de sua família; mas, justamente num recanto de jardim, contemplando as deliciosas paisagens da Serra da Estrela e apreciando o sabor das recordações amigas e doces.

Acerquei-me da sua individualidade, com um misto de curiosidade e de profundo respeito, procurando improficuamente identificar os dois companheiros que o rodeavam.

Majestade! Tentei chamar-lhe a atenção com a minha palavra humilde e obscura.

Aproximem-se meus amigos! respondeu-me com benevolência e carinho Aqui não existe nenhuma expressão de majestade. Cá estão, fraternalmente comigo, o Afonso 1 e o Luiz 2, como três irmãos, sentindo eu muito prazer na companhia de ambos. Se o mundo nos irmana sobre a Terra, a morte nos confraterniza no espaço infinito, sob as vistas magnânimas do Senhor.

E, fazendo uma pausa, como quem reconhece que há tempo de falar e tempo de ouvir, conforme nos aconselha a sabedoria da Bíblia, exclama o Imperador com bondade:

A que devo o obséquio da sua interpelação?

Majestade! Respondi, confundido com a sua delicadeza desejara colher a sua opinião com respeito ao Brasil e aos Brasileiros. Estamos no limiar do cinqüentenário de República e seria interessante ouvir o vosso conselho paternal para os vivos de boa vontade. Que pensais destes quarenta e tantos anos de novo regime?

Minha palavra Retrucou D. Pedro não pode ter a importância que a sua generosidade lhe atribui. Que poderia dizer do Brasil, senão que continuo a amá-lo com a mesma dedicação de todos os dias? Do plano invisível, para o mundo, prosseguimos no mesmo labor de construção da nacionalidade. As convenções políticas dos homens não atingem os espíritos desencarnados. O exílio termina sempre na sepultura, porque a única realidade é o amor, e o amor, eliminando todas as fronteiras, nos ligou para sempre ao

torrão brasileiro. Não tenho o direito de criticar a República mesmo porque todos os fenômenos políticos e sociais do nosso país tiveram os seus pródomos no mundo espiritual, considerando-se a missão do Brasil dentro do Evangelho. Apenas quero dizer que não só os republicanos, mas também nós os da monarquia, estávamos redondamente enganados. O erro da nossa visão, quando na Terra, foi supor no Brasil o mesmo espírito anglo-saxão que a Inglaterra legara aos Norte-americanos. Eu também fui apaixonado pelo liberalismo, mas a

verdade é que, em nossa terra, prevaleciam outros fatores mesológicos e, até agora, não temos sabido conciliar os interesses da nação com esses imperativos.

A ausência de tradição nos elementos de nossa origem como povo estabeleceu uma descentralização de interesses, prejudicial ao bem coletivo do país. Para a formação nacional, não vieram da metrópole os espíritos mais cultos. Pesando, de um lado, os africanos, revoltados com o cativeiro, e, de outro, os índios, revoltados com a invasão do estrangeiro na terra que era propriedade deles, a balança da evolução geral ficou

seriamente comprometida. Sentimentos excessivos de liberdade não nos permitiram um refinamento de educação política. Todos querem mandar e ninguém se sente na obrigação de obedecer. Quando no Império, possuíamos a autoridade centralizadora da Coroa, prevalecendo sobre as ambições dos grupos partidários que povoavam os nossos oito milhões de quilômetros quadrados; mas, quando os republicanos sentiram de perto o peso

das responsabilidades que tomaram à sua conta, os espíritos mais educados reconheceram o desacerto das nossas concepções administrativas. Enquanto as nações da Europa e os Estados Unidos podiam empregar livremente em nosso país os seus capitais, a título de empréstimos vultosos que desbaratavam compulsoriamente a nossa economia, o Brasil podia descansar na monocultura, fazer a política dos partidos e adiar a solução

dos seus problemas para o dia seguinte, dentro de um regime para o qual não se achava preparado em 1889. Mas, quando se manifestou a crise mundial de 1929, todas as instituições políticas sofreram as mais amplas renovações, dentro dos movimentos revolucionários de 1930. Os capitais estrangeiros não puderam mais canalizar suas disponibilidades para a nossa terra, controlados pelos governos autárquicos dos tempos

que correm, e o Brasil, acordou para a sua própria realidade. Aliás, nós, os desencarnados, há muito tempoprocuramos auxiliar os vivos na sua tarefa.

Quer dizer que também tendes inspirado os labores dos estadistas brasileiros?

Sim, de modo indireto, pois não podemos interferir na liberdade deles. Há alguns anos, procurei auxiliar Alberto Torres nas suas elucubrações de ordem social e política. Em geral, nós os desencarnados, buscamos influenciar, de preferência, os organismos mais sensíveis à nossa ação e Torres era o instrumento de nossas verdades para a administração. A realidade, porém, é que ele falou como Jeremias. Somente a gravidade da situação conseguiu despertar o espírito nacional para novas realizações.

Majestade, as vossas palavras me dão a entender que aprovais o novo estado de coisas do Brasil. Aplaudistes, então, a queda da denominada república velha, sob as vibrações revolucionárias de 1930?

Com as minhas palavras disse ele bondosamente não desejo exaltar a vaidade de quem quer que seja, nem deprimir o esforço de ninguém. Não posso aplaudir nenhum movimento de destruição, pois entendo que, sobre a revolução, deve pairar o sentimento nobre da evolução geral de todos, dentro da maior concórdia espiritual. Considere que, examinando a minha consciência, não me lembro de haver fortalecido nenhum sentimento de rebeldia nos meus tempos de governo; entretanto, muito sofri, verificando que eu poderia ter suavizado a luta entre os nossos estadistas e os políticos da América espanhola. Outra forma de ação poderíamos ter empregado no caso de Rosas e de Oribe e mesmo em face do próprio Solano Lopes 3, cuja inconsciência nos negócios do povo ficou evidentemente patenteada. E note-se que o problema se constituía de graves questões internacionais. O nosso mal foi sempre o desconhecimento da realidade brasileira. Os nossos períodos históricos têm sofrido largamente os reflexos da vida e da cultura européias. Nos tempos do Império, procurei saturar-me dos princípios democráticos da política francesa, tentando aplicá-los, amplamente, ao nosso meio, longe das nossas realidades práticas. Os republicanos, como Benjamin Constante, Deodoro, etc.,

deram-se a estudar a "República Americana", de Bryce, distantes dos nossos problemas essenciais. Quando regressei das lutas terrestres, procurei imediatamente colaborar na consolidação do novo regime, afim de que a divisão e os desvarios de muitos dos seus adeptos não terminassem no puro e simples desmembramento do país. Graças a Deus, conseguimos conduzir Prudente de Morais ao poder constitucional, para acabarmos reconhecendo agora as nossas realidades mais fortes. Devo, todavia, fazer-lhe sentir que não me reconheço com o direito de opinar sobre os trabalhos dos homens públicos do país. Cabe-me, sim, rogar a Deus que os inspire, no cumprimento de seus austeros deveres, diante da pátria e do mundo. O grande caminho da atualidade é a organização da nossa Economia em matéria de política, e o desenvolvimento da Educação, no que concerne ao

avanço sociológico dos tempos que passam. Os demais elementos de nossas expressões evolutivas dependem de outros fatores de ordem espiritual, longe de todas as expressões transitórias da política dos homens.

A essa altura notei que a minha curiosidade jornalística começava a magoar a venerável entidade e mudei repentinamente de assunto.

Majestade, que dizeis da grande figura hoje lembrada?

O vulto de José Bonifácio foi sempre objeto de meu respeito e de minha amizade. E olhe que foi ele o mais sensato organizador da nacionalidade brasileira, cujo progresso acompanha, carinhosamente, com a sua lealdade sincera. Hoje, que se comemora o centenário da sua desencarnação, devemos relembrar o seu regresso de novo ao Brasil, em meados do século passado, tendo sido uma das mais elevadas expressões de cultura, na Constituinte de 1891.

Dispunha-me a obter novos esclarecimentos; mas, o Imperador, acompanhado de amigos, retirava-se quase que abruptamente da nossa companhia, correspondendo fraternalmente a outros apelos sentimentais.

Palavras amigas de adeus e votos de ventura no plano imortal e eu e o meu amigo José Porfírio lá ficávamos com a suave impressão da sua palavra sábia e benevolente.

Daí a momentos, o meu companheiro quebrava o silêncio de minha meditação:

Humberto, os monarquistas tinham razão!... Este velho é um poço de verdade e de experiência da vida! Você deve registrar esta entrevista, oferecendo aos vivos estas palavras quentes de conhecimento e de sabedoria!...

E aqui estou escrevendo para os meus ex-companheiros pelo estômago e pelo sofrimento.

Acreditarão no humilde cronista desencarnado?

Não guardo dúvidas nesse sentido. Penso que obteria mais amplos resultados, se fosse ao Cemitério do Caju e gritasse a palavra do Imperador, para dentro de cada túmulo.

(Recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier)

 

1Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Prêto. Foi presidente do último gabinete ministerial que teve a

monarquia.

2Luiz Felipe Gastão de Orleans, Conde d'Eu. Foi genro de D. Pedro II, por ter casado com a princeza Isabel.

3Alusão às lutas e guerra em que se envolveu o Brasil com as Repúblicas do Uruguai, Argentina e do Paraguai.

 

(Texto copiado do site livrosdechicoxavier.blogspot.com.br/2010/08/download-livro-novas-mensagens.html)

Busto de D. Pedro II em bronze fundido (1846). Autoria de Zépherin Ferrez

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

Busto de José Bonifácio de Andrada e Silva nos jardins do Palácio

da Quinta da Boa Vista. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

Palácio da Quinta da Boa vista com estátua de D. Pedro II. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

Estudo para casamento da Princesa Isabel. Óleo sobre cartão de Vitor Meireles.

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

Estudo para ilustração com as figuras da Princesa Isabel e Conde D’eu. Nanquim e guache de Rodolfo Amoedo

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro. Brasil.  Foto Ismael Gobbo

Estudo para combate naval do Riachiuelo. Vitor Meireles.

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

Episódio, ocorrido em 11 de junho de 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), quando se confrontaram as esquadras Paraguaia e Brasileira.

Busto do Marechal Francisco Solano López

Museu do Ministério da Defesa. Assunção, Paraguai. Foto Ismael Gobbo.

 Foi comandante das Forças Armadas e chefe supremo do seu país durante a Guerra do Paraguai.

 

 

Meu Brasil

 

Pedro de Alcântara

Livro Parnaso do Além Túmulo

Médium Francisco Cândido Xavier

FEB

 

Longe do meu Brasil, triste e saudoso,

Bastas vezes sentia, mal desperto,

Com o coração pulsando, estar já perto.

Do pátrio lar risonho e bonançoso. 

 

E deplorava o rumo escuro e incerto,

Do meu desterro amargo e desditoso,

Desalentado e fraco, sem repouso,

O coração em úlceras aberto. 

 

 Enviava, a chorar, na aura fagueira,

Minhas recordações em terna prece

Ao torrão que adorara a vida inteira;

 

Até que a acerba dor, enfim, pudesse.

Arrebatar-me à vida verdadeira. 

Onde a luz da verdade resplandece. 

 

 

(Copiado do site http://www.acasadoespiritismo.com.br/livrosespiritas/PARNASO%20DO%20ALEM%20TUMULO/pa_51.htm)

 

Quadro com foto de D. Pedro II exposto na Igreja de Santa Luzia. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

A família imperial freqüentou a igreja.

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

 

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