Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 11 de abril de 2018

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 2 - 1859

 

 

 

 

 

 

(Texto copiado do site Febnet)

A Bruxa de Endor, de Sadducismus Triumphatus por Joseph Glanvill

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Endor.jpg

Ilustração sobre levitação infantil.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Child-levitation-witchcraft-Saducismus-Triumphatus.jpg

 

Uma criança levitando na frente de testemunhas devido à influência da feitiçaria. Esta ilustração em xilogravura aparece no canto inferior esquerdo de uma página do frontispício do livro Saducismus Triumphatus, de autoria de Joseph Glanvill e publicado pela primeira vez em 1681 em Londres.  (Wikimedia no link acima)

Joseph Glanvill.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Glanvill#/media/File:Joseph_Glanvill.jpg

 

Henry More

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henry_More.jpg

Eton College em 1690 em uma gravura de David Loggan.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Eton_College

Eton e Castelo : em primeiro plano, o Castelo de Windsor ; atrás dele, a estação de trem Windsor & Eton Riverside ; mais atrás, a ponte de Windsorsobre o rio Tamisa e a cidade de Eton .

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eton_and_Castle.JPG

                                                           

REPUBLICAÇÃO

Entrevista

Enrique Eliseo Baldovino

POR JÚLIA NEZU Julia Nezu – [email protected]

PUBLICADA NA REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO

JANEIRO, 2011 

 

 

                                           

Tradução inédita da Revista Espírita para o Espanhol

Foram publicados os dois primeiros anos da Revista Espírita – 1858 e 1859, de Allan Kardec, e o terceiro volume encontra-se em fase de conclusão, a ser lançado, oficialmente, também, pela EDICEI, em 2011. Ao final da tradução, o 1° volume traz 309 notas do tradutor e o seguinte, 428, como resultado de estudo e pesquisa de todos os livros do Codificador, ao longo de 25 anos.

 

 

enriquebaldovino

 

 

Enrique Eliseo Baldovino, 43, natural de Avellaneda – província de Buenos Aires, Argentina, professor superior de Música Clássica, pela Escola de Belas Artes “Carlos Morel” de Quilmes, casado há 20 anos com a psicopedagoga brasileira, Regina Helena M. Baldovino, com quem tem 3 filhos brasileiros, é o tradutor do francês para o espanhol da Revista Espírita, de Allan Kardec, dos anos 1858, 1859 e finalizando o 1860. Participa, há 20 anos, do movimento espírita da 13ª URE – União Regional Espírita que abrange Foz do Iguaçu-PR e região, órgão da FEP – Federação Espírita do Paraná e, como jornalista, vem contribuindo com a difusão doutrinária através da mídia. Além da Revista Espírita, de Allan Kardec, traduziu, do português para o espanhol, livros de Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul Teixeira, Zêus Wantuil e Francisco Thiesen. É articulista do “Mundo Espírita”, da FEP; “Reformador”, da FEB;  “Revista Internacional de Espiritismo – RIE”; O Clarim; “Presença Espírita”, da LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora; “La Revista Espírita”, do CEI – Conselho Espírita Internacional, entre outros.

 

RIE – Quanto tempo reside no Brasil e o que o levou ao Espiritismo?

Enrique Eliseo Baldovino – Resido no Brasil há 20 anos, neste país extraordinário, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho, que tanto me tem dado e feito crescer em todos os aspectos. Venho de uma família espírita: meus pais argentinos, Belisario Baldovino e Olga Abud (desencarnada em 1990), se conheceram em um Centro Espírita de Avellaneda, e, desde cedo, bebi das águas lustrais da veneranda Doutrina Espírita. Devo aos meus amados genitores esse contato muito cedo com o Espiritismo, que fui praticando nas tarefas doutrinárias do único Centro Espírita de Quilmes, cidade da Grande Buenos Aires, onde morei, posteriormente, na minha infância. Atualmente, participo como diretor doutrinário do Centro Espírita Allan Kardec, de Santa Terezinha de Itaipu-PR (município a 24 km de Foz); o CEAK comemora, no mês de dezembro de 2010, os seus 25 anos de fundação e é filiado à FEP – Federação Espírita do Paraná, desde 10/12/1985.

 

RIE – Que atividades vem exercendo no movimento espírita?

Enrique – Sempre estive ligado à difusão doutrinária do Espiritismo, através da mídia gráfica. Até hoje, somos responsáveis pela publicação da página Opinião Espírita, no jornal leigo A Gazeta do Iguaçu, de grande circulação na Terra das Cataratas e na Tríplice Fronteira, que, há 18 anos, vem sendo veiculada, ininterruptamente, com grande repercussão, graças ao apoio da FEP. Outras atividades pelas quais sou verdadeiramente apaixonado são a exposição doutrinária e as traduções, do português e do francês ao espanhol, onde vertemos ao castelhano essas pérolas da Doutrina, em forma de livros, cuja comunidade internacional possui nada menos que 400 milhões de hispano-falantes em todo o mundo.

 

RIE – Quais livros traduzidos para o Espanhol já foram publicados?

Enrique – Tenho a alta honra de haver traduzido livros de Allan Kardec, Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul Teixeira, Zêus Wantuil e Francisco Thiesen. Por ordem de publicação, as traduções são as seguintes: 1º) Vereda Familiar, Thereza de Brito/Raul Teixeira, do português ao espanhol (FRÁTER, 1995, em 2ª edição, 2007, com 204 pp.); 2º) Revista Espírita – Periódico de Estudios Psicológicos (Año 1, 1858), de Allan Kardec, do francês ao espanhol (EDICEI, 2005, com 356 págs. e 309 Notas do Tradutor); 3º) Sublime Expiación, Victor Hugo/Divaldo Franco, do português ao espanhol (LEAL, 2006, em 2ª edição pela EDICEI, 10/2010, com 217 págs.); 4º) Allan Kardec: el Educador y el Codificador, de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, em 2 volumes, 900 págs., do português e do francês – mais de 500 trechos originais – ao espanhol (EDICEI, 11/2007); 5º) Aprenda a conversar con su Ángel, Levy/Raul Teixeira, do português ao espanhol (FRÁTER, 2007, livro infanto-juvenil com 23 págs.); 6º) Revista Espírita (Año 2, 1859), de Kardec, do francês ao espanhol (EDICEI, 2009, em 2ª edição, 10/2010, com 369 págs. e 428 N. do T.); 7º) Camino, Verdad y Vida, Emmanuel/Chico Xavier, do português ao espanhol (EDICEI, 04/2010, em 2ª edição, 10/2010, com 402 págs.); 8º) Pan Nuestro, Emmanuel/Chico Xavier, do português ao espanhol (EDICEI, 10/2010, 396 págs.).

 

RIE – Conte-nos sobre o fragmento de uma sonata, ditado pelo Espírito Mozart ao médium contemporâneo de Kardec, Brion D’ Orgeval.

 

Enrique – Na Revista Espírita de maio de 1859 (EDICEI), no seu artigo II, intitulado Música de Além-Túmulo (RE mai. 1859–II: Música del Más Allá, págs. 123-125), há o valioso registro de que Kardec fez executar, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE), que, à época, tinha um piano, o Fragmento de uma Sonata, ditado pelo Espírito Mozart ao médium da SPEE, o Sr. Brion D´Orgeval. Primeiramente, a título de comparação e, ao mesmo tempo, de controle doutrinário, Kardec solicita à Srtª. de Davans (também integrante da SPEE), distinta pianista e aluna de Chopin, que interpretasse uma música de Mozart, quando encarnado, e depois, a Sonata mediúnica. Todos os integrantes foram unânimes em reconhecer, na segunda música, não somente o estilo inconfundível de Mozart, como também a superioridade da composição espírita.

 

RIE – E além da Revista Espírita de Allan Kardec, de 1859, os demais anos dessa Revista estão sendo traduzidos?

Enrique – Encontra-se em fase de conclusão a tradução, do francês ao castelhano, da Revista Espírita (Año 3, 1860), de Kardec, também pela EDICEI, 3º volume a ser lançado, oficialmente, em 2011. Na Revue, o próprio Kardec faz centenas de remissões e interconexões com as demais obras da sua autoria, indicando a leitura prévia de tal ou qual artigo, a fim de compreender melhor esse complemento doutrinário da Revista, que amplia, desenvolve e ilustra os elevados ensinos dos Espíritos. Assim como os demais Livros, a Revue é uma Obra que merece todo o nosso respeito e a árdua dedicação integral na tradução da língua francesa, que é difícil e bem demorada, na sua complexidade, o que leva, em média, – no meu caso – 3 anos por volume, devido às várias leituras preparatórias para a abordagem de cada artigo, que faço, diariamente, em cada uma das 30 Obras Completas Kardequianas, supervisadas pelos Espíritos Superiores, para me aprofundar ainda mais em cada artigo, a fim de entendê-lo, na sua mais profunda acepção, com o objetivo de poder vertê-lo, da melhor forma, ao nobre idioma de Cervantes. Esses estudos e aprofundamentos em todos os Livros da Doutrina são plasmados nas centenas de Notas do Tradutor (N. do T.), colocadas no final da tradução, que constituem pesquisas nas próprias Obras de Kardec, as quais têm todas elas relação direta com a Revista Espírita, o que nos obriga, como espíritas, o dever de conhecer e estudar, profundamente, os 12 volumes da Revue Spirite – Journal d’Études Psychologiques, que possui, no seu original francês, nada menos que 4 409 páginas. Há mais de 25 anos, que venho lendo, relendo e estudando, ininterruptamente, essas 30 Obras Completas, contando cada volume da Revista como uma Obra, tamanha a sua contribuição individual; volumes com mais de 350 páginas cada um e com contextos diferentes. A tradução integral para o espanhol, da Revue Spirite, é um projeto para, aproximadamente, 30 anos de trabalho ininterrupto, e já nos encontramos em um quarto dessa hercúlea tarefa que temos a honra de continuar.

 

RIE – No 6° Congresso Espírita Mundial, em Valência, Espanha, você executou as sonatas de Mozart ao piano;  uma, quando encarnado, e outra, psicografada. O estilo musical de Mozart desencarnado guardou semelhança ao de encarnado? Tecnicamente, como você explicaria?

Enrique – Segundo os meus estudos musicais, realizados no Conservatório de Belas Artes, os estilos entre ambas as composições referidas são realmente de uma semelhança impressionante, confirmada essa similitude nas cadências, nos compassos, nas variações de tonalidade e no andamento tipicamente mozartiano. Os 5 fac-símiles desse histórico e raríssimo Fragmento de uma Sonata encontram-se somente em nossa tradução castelhana da Revista de 1859, às páginas 365 a 369 (EDICEI, 2009), juntamente com os devidos créditos a todos aqueles que ajudaram a conseguir as partituras em um Museu de Londres (e à FEB). Lembramos aos leitores que essas partituras foram queimadas no Auto-de-fé de Barcelona, de 9/10/1861. Haver sido convidado para tocar ao piano essa Sonata mediúnica, na cidade de Valência, a 350 km de Barcelona, foi para mim uma grande honra, que jamais esquecerei.

 

RIE – A sua tradução para o espanhol da Revista de 1859, além de conter as partituras da Sonata de Mozart, contém também um Prefácio, ditado, em castelhano, pelo Espírito José María Fernández Colavida, chamado “o Kardec espanhol”, ao médium Divaldo Franco. O que diz esse Prefácio?

Enrique – Nosso dileto irmão Divaldo nos enviou o citado Prefácio em 5/09/2008, o qual tivemos a elevada honra de incluí-lo na Revista de 1859. As palavras do Benfeitor, intituladas En homenaje a la Revista Espírita, são todas para exaltar a beleza das páginas Kardequianas da Revue Spirite e da sua urgente necessidade de estudo e vivência, o que constituiu, sobremaneira, um grande estímulo às nossas tarefas tradutórias.

 

RIE – Suas considerações finais

Enrique – Agradecemos a gentil entrevista da RIE, desejando aos nossos irmãos brasileiros e de outras terras o urgente mergulho doutrinário nas páginas de Luz da Revista Espírita, obra indispensável para a compreensão e vivência integral do Espiritismo.

 

 

DVDs e CDs da autoria do entrevistado:

 

1) “Homenagem à Revista Espírita e à SPEE” (FEP, 2008, www.livrariamundoespirita.com.br).

2) DVD DO 5º CEM (na Colômbia): Exposição de EEB sobre a Introdução de “O Livro dos Espíritos” (TVCEI, 2007, www.edicei.com).

3) DVD ENTREVISTAS - 9 Grandes Temas Espíritas: “Tradução de Obras Espíritas” (TVCEI, 2007, www.tvcei.com).

4) DVD DO 6º CEM (na Espanha): Filmagem da Sonata de Mozart ao piano, na Cerimônia de Abertura, antes da Conferência inaugural de Divaldo Franco (TVCEI, 2010, www.ceilivraria.com.br).

 

 

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Somos todos irmãos

Em tempos de tantas lutas por igualdade, por inclusão social; em tempos que quase tudo é levado à conta de discriminação sexual, social, racial, é bom recordar Albert Schweitzer.

Esse pianista, cirurgião, um trabalhador do bem, nos deixou, com suas letras e com seu exemplo, lições extraordinárias.

Na África, onde foi servir aos seus irmãos, ele foi carpinteiro, construtor, capataz da turma de pá e picareta.

Construiu um hospital, em grande parte, com as próprias mãos. Alegremente, o reconstruiu quando, após longa ausência, o encontrou tomado pela selva.

O escritor, o pianista, levantava cercas, pintava de cal as paredes, gastava dias numa canoa, de aldeia em aldeia, para obter folhas de palmeira para cobrir casas.

Arrastando grandes toras, certa feita, chamou um nativo vestido de branco para ajudá-lo. Recebeu como resposta: Eu sou intelectual. Não arrasto madeira pelo mato.

Sem se perturbar, retrucou Schweitzer: Você é um felizardo. Eu também quis ser um intelectual, mas não tive jeito.

E era assim. Os próprios negros, que ele alimentava e tratava, se estendiam à sombra das árvores, descansando, numa indiferença de enlouquecer.

E à pergunta Como gostamos deles, apesar dos aborrecimentos que nos dão? – Dizia que era preciso ter amor e paciência bastante para compreendê-los.

Ele se identificava com cada paciente, sofria com seu sofrimento, atormentava-se com suas ansiedades.

Um deles, depois de submetido a uma cirurgia, recuperando a consciência, olhou com espanto ao redor e exclamou, repetidas vezes: Não sinto mais dor! Não sinto mais dor!

Sua mão procurou a do benfeitor e a segurou, com força.

Então, pacientemente, Schweitzer se deixou ficar ali, tendo entre as suas as negras mãos agradecidas.

Aproveitou a oportunidade e começou a dizer a ele e a todos os demais que estavam no mesmo dormitório escassamente iluminado:

Foi o Senhor Jesus quem me mandou para cá, e a minha mulher, que é minha auxiliar. E quem dá o dinheiro para que possamos ficar aqui, tratando todos os doentes, é gente branca da Europa.

Os nativos ficaram espantados e o crivaram de perguntas. Desejavam saber mais sobre essa tal gente branca. Onde vivia, o que fazia e como sabia que os nativos sofriam tantas doenças e precisavam de tratamento.

O sol africano brilhou, inclemente, lá fora e penetrou na escura barraca, onde todos se encontravam.

Ali estavam sentados, lado a lado, brancos e negros. Uns desejavam saber, outro explicava, informava, esclarecia, como um pai amoroso ensinando aos filhos coisas básicas, corriqueiras.

Algo especial parecia a todos envolver. Uma atmosfera de amizade, de compaixão, de compreensão.

Naquele momento, naquele ambiente, todas aquelas almas sentiram, por experiência própria, o alto significado das palavras: Somos todos irmãos.

*   *   *

Somos todos irmãos! Irmãos porque descendentes de um único Pai Criador, amoroso e bom.

Irmãos porque vivemos no mesmo único lar que nos abriga: o planeta Terra.

Irmãos, independente da cor da pele, da crença religiosa, do partido político, do status social, da nação onde vivamos.

Oxalá em breve todos nos conscientizemos firmemente dessa grande verdade: somos todos irmãos. E vivamos dessa forma.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1,
do livro 
O profeta das selvas, de Hermann Hagedorn,
ed. Fundação Alvorada.
Em 10.4.2018.

 

 (Copiado do site Feparana)

Albert Schweitzer.

Imagem/fonte: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10219838g

 

 28o. Concurso de Poesia com Temática Espírita

São Paulo, SP

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

                                                           

 Registro : Comemorações sobre Chico Xavier

São Paulo, SP

 

O dia 2 de abril, a data de nascimento de Chico Xavier, foi comemorado em vários locais.

No Centro Espírita União, em São Paulo, houve com entrevista no dia 2 com Nena Galves, dirigente da Casa e anfitriã de Chico em S.Paulo, gravada para TV; e no dia 9, ocorreu palestra com Antonio Cesar Perri de Carvalho. Ambos autografaram livros de suas autorias.

Em Pedro Leopoldo (MG), terra natal de Chico Xavier, a Fundação Chico Xavier lançou o vídeo: roteiro "Caminhos de Luz Chico Xavier", que tem o objetivo de recuperar, preservar e divulgar os locais historicamente mais significativos na vida de Chico Xavier naquela cidade. Aquela cidade também homenageou seu cidadão ilustre, disponibilizando dois telefones em ruas. Ele toca e ao atenderem há uma gravação de Chico Xavier lendo um de suas mensagens psicográficas. (http://grupochicoxavier.com.br/mensagem-de-chico-xavier-em-telefone/; http://grupochicoxavier.com.br/caminhos-de-chico-xavier-em-pedro-leopoldo/)

No Grupo Espírita Batuíra, em São Paulo, dentro da programação do XII Ciclo de Palestras Espíritas. À tarde houve apresentação de Oceano Vieira de Melo sobre o tema: "Chico Xavier: Caso Humberto de Campos". À noite, houve palestra de Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB e da USE-SP, sobre o tema "O papel dos romances históricos de Emmanuel", houve apresentação da pianista Elisa Corazza Galassi. Ocorreram autógrafos dos livros dos expositores.

A União Municipal Espírita de Parnaíba (Pi) promoveu a XVII Semana Espírita Chico Xavier, com palestras nos dias 2 até 7 de abril, em rodízio pelos centros espíritas, encerrando no auditório da UESPI.

A USE Intermunicipal de Franca promoveu uma semana de palestras. A USE Intermunicipal de Itapeva concluiu sua programação em homenagem a Chico Xavier no dia 8 de abril, com palestras por Wagner Tadeu Dias e Allan Vilches, no Serviço Assistencial Espírita Dona Lurdinha, em Itapeva (SP).

(CEU: casal Nena e Francisco Galves, CEU- César Perri autografando e o casal Galves; Parnaíba-PI: SECX-Osmir Freire, Samuel Aguiar;  São Paulo- Palestra com Cesar Perri no Batuira.)

 

(Informações recebidas em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

                                                                                          

 Kardec Play

Canal de vídeos de estudos

https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/44685/1515763621/$tpvckoy875i

 

https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/44685/1519732684/$tvv1gftrep

Olá ,

O Mês está no comecinho, mas já estamos com muitos vídeos novos no KARDEC Play.

Compartilhe com seus colegas, use nos seus estudos, divulgue Kardec!

 

https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/44685/1522929557/$qfm44v8tjsd

 

Mediunidade e Cura

Apresenta a classificação dos diversos tipos de mediunidade segundo a obra "O Livro dos Médiuns".

Estuda a qualidade dos fluidos e a mediunidade de cura.

 

Assistir Agora 📱

 

Veja um trecho do vídeo...

 

https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/44685/1522931195/$x06ozmgpf1o

 

Bons Estudos!

 

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O KARDEC Play é um projeto do IDEAK - Associação sem fins lucrativos, que destina toda a renda para Divulgação do Espiritismo no Brasil e no mundo.

 

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 Relação de Casas Espíritas no Distrito Federal

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Palestra no Núcleo Espírita Chico Xavier

Niteroi, RJ

Núcleo Espírita Chico Xavier - NECX

Rua das Tainhas, nº 10 - Jardim Imbuí

Piratininga - Niterói (RJ)

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(Informação recebida em email de Núcleo Espírita Chico Xavier [[email protected]])

                                                           

Palestra no Centro Espírita Joana D’Arc

Assis, SP  

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]])

                                                    

Palestra no dia Municipal do Espiritismo

Pojuca, BA

 

 


(Informação recebida em email de Edward Nunes [[email protected]])

                                                           

 Palestra programada para o

SEJA- Seara Espírita Joanna de Ângelis. Campinas, SP

 

A Seara também está no Facebook: aqui

 

 

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Seara Espírita Joanna de Ângelis   
Rua Dr. João Keating, 107 
Jd. Novo Botafogo - Campinas - SP
Mais informações e localização pelo site:

www.searajoannadeangelis.org.br

                                                                                                                                                                    

Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, Portugal.

 

 

Lei Moral do Amor, Justiça e Caridade

 

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência espírita subordinada ao tema "Lei Moral do Amor, Justiça e Caridade", com o convidado João Gonçalves.

 

Esta conferência terá lugar na 6ª feira, dia 13 de Abril de 2018, pelas 21h00, na sede desta associação, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - www.cceespirita.wordpress.com).

As entradas são livres e gratuitas.

 

Fonte: Centro de Cultura Espírita

_ _

 

António Luís

[email protected]

(+351) 914 269 532

 

"Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo." - André Luíz

 

 

(Informação recebida em email de António Luís [[email protected]])

                                                                                                                

 Palestra/Seminário no CEJK

São Paulo, SP

***       Participe   das   nossas  Atividades      ***

Passes: Segundas às 20 horas  /  Quartas às 15:30 horas

 

Cursos 2018 - Quartas às 20 horas:


- Estudo da Doutrina Espírita (módulo 4): O Livro dos Espíritos e O Evangelho Segundo o Espiritismo 

- Curso Temático da Doutrina Espírita  

 

Facebook: https://www.facebook.com/centrojesusekardec/ 


 

***      Visite nossa Livraria Espirita     *** 

Aberta de segunda a sexta das 10hs às 18hs e aos sábados das 9hs às 13hs

 

Telefone: 11 3675-7205

Centro Espirita Jesus e Kardec

 

(Informação recebida em emails de Centro Espiríta Jesus e Kardec [[email protected]]  e de Regina Bachega [[email protected]])

                                                                                                 

 Programação do C.E. Allan Kardec

Penápolis, SP


Obs.: Se não deseja receber este Boletim Semanal envia a palavra "CANCELAR" para e-mail [email protected] , pelo que muito agradeceremos.

 

--

 

Centro Espírita Allan Kardec

Avenida Luís Osório, 1262

Penápolis - SP

allankardecpenapol[email protected]

https://www.facebook.com/allankardecpenapolis

 

(Informações recebidas em emails do CEAK e de João Marchesi Neto)

                                                                                                                                                                             

 Seminário de Passe no SEOB de

Palmares Paulista, SP

 

 

(Informação recebida em email de abrart [[email protected]])

 

Feira do Livro Espírita

Lins, SP

 

(Informação recebida em email de José Roberto [[email protected]])

                                                                                                                                                                                                   

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Nelson

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(Mensagem recebida em email de Didi Pelegrini [[email protected]])

                                           

 Escola de Doutrina Espírita Caminho da Luz

Salvador, BA

     Escola da Doutrina Espírita Caminho da Luz 

       R. Paulo Freire, 18 - Stella Maris, Salvador - BA

 

                                                           

 Instituto Chico Xavier

Itu, SP

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           CLUBE DO LIVRO EMMANUEL                                     7 ANOS DE EXISTÊNCIA

 

No mês de aniversário do Clube, o associado receberá o livro do mês + um livro brinde, apenas no mês de abril.
Se associe em nosso site e veja o resumo do livro de abril

SE ASSOCIE

 

Será possível encontrarmos a causa dos sofrimentos atuais em outras vidas? Poderia a reencarnação explicar por que nascem pessoas cegas, aleijadas, órfãs e abandonadas? Qual seria a justificativa para a exploração cruel de alguns seres? Qual o motivo de haver crianças assassinas ou famílias infelizes?
SE ASSOCIE AGORA

 

Nosso mais profundo agradecimento a você que acompanha nosso site e aprecia as matérias de divulgação do Espiritismo contidas no site. É com grande alegria e dedicação que fazemos este trabalho para levar a todos consolo e esclarecimento!
Muita paz a todos!
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 Teatro : A vida após a vida

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

                                                                                                                

Informações do GEPAR

Niterói, RJ

 

ACESSE AQUI:

https://www.gepar.org.br/so/9MAg8IZO?cid=9279d831-9ad6-4aa3-bb56-3361c1dffa22

 

 

 

 Instituto Espírita Batuira de Saúde Mental pede ajuda

Goiânia, GO

 

 

Saudações, muita paz, luz e saúde!

 

Você é nosso convidado para prestigiar mais um evento social no Batuíra neste domingo, dia 15 de abril das 15 as 17 horas.

 

Traga sua família. Convide seus amigos. Divulgue o evento para seus contatos.

 

Estamos precisando de 19 padrinhos e madrinhas para os potes de sorvete.

Cada pote custa R$ 50,00.

 

Convites individuais ao preço de R$ 7,00 podem ser adquiridos na recepção.

 

Contas bancárias para ajudar:

 

Banco do Brasil, Agência 1242-4 Conta Corrente 115747-7 Caixa Econômica Federal, Agência 1575 Conta Corrente 75600-2

 

CNPJ: 01.653.450/0001-46

 

Antecipo agradecimentos.

 

Fraternal abraço,

 

Sérgio Luís Haas

3281 0655

 

*-*-*-*-*

 

Batuíra convida para seu Festival de Sorvete neste domingo, dia 15 de abril

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental convida toda a sociedade para mais um evento beneficente em prol da Entidade.

 

Traga a sua família e venha degustar mais um delicioso sorvete e ainda colaborar com o Batuíra.

 

Será neste domingo, dia 15 de abril, das 15 horas às 17 horas nas dependências da Entidade.

 

O músico e cantor Roberto Moreira estará animando o evento.

 

No mesmo local e horário acontecerá mais um bazar beneficente com itens a partir de R$ 2,00.

 

Marque na sua agenda:

 

Dia: 15 de abril das 15 h às 17 h

Local: Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental

Endereço: Avenida Eurico Viana, Quadra 44, Setor Jardim Goiás, próximo ao Flamboyant Shopping Center Convite no local: R$ 7,00

 

Informações: www.batuira.org.br ou 3281 0655 ou twitter: @BatuiraGO

 

Prestigie e colabore com mais essa importante iniciativa. A renda será revertida para a reforma das enfermarias marculinas.

 

Com R$ 50,00 você pode colaborar apadrinhando potes de sorvete.

 

Contas bancárias para ajudar:

 

Banco do Brasil, Agência 1242-4 Conta Corrente 115747-7 Caixa Econômica Federal, Agência 1575 Conta Corrente 75600-2

 

CNPJ: 01.653.450/0001-46

 

*-*-*-*-*

 

O Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental respeita a sua privacidade e utiliza o e-mail como forma de divulgação das suas atividades, oferecendo uma oportunidade de apresentar seu trabalho para a sociedade e buscando incentivar as pessoas e empresas a colaborarem com uma entidade séria e com mais de 68 anos de serviços prestados aos carentes portadores de transtorno mental, sem distinção de credo, cor ou sexo.

Caso não queira mais receber nossos informativos, responda este e-mail e informe o assunto: Remover. Muitos pacientes que atendemos, nem mesmo tem consciência de quanto você pode compartilhar, mas você tem.

 

 

 Abençoa

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 66. Pagina 183.

Estudos e Dissertações em torno da Substância Religiosa de “O Livro dos Espíritos”.  Questão nº 752.

Reunião pública de 21/09/1959.

 

Deixa que a bênção de Deus te alumie o coração para que saibas abençoar.

Ninguém prescinde do amor para viver.

Observa os que marcham, desdenhosos, ignorando-te a presença, habituados à convicção de que o ouro pode comprar a felicidade. Abençoa-os e passa. Ninguém conhece o rochedo em que o barco da ilusão lhes infligirá o derradeiro travo de angústia.

Vês, inquieto, os que se desmandam no poder. Abençoa-os e passa. Muitos deles simplesmente arrastam as paixões que os arrastarão para o gelo do ostracismo ou para a cinza do esquecimento.           Contemplas, espantado, os que são portadores de títulos preciosos, a te exigirem considerações e tributos especiais. Abençoa-os e passa. O tempo cobrar-lhes-á aflitivo imposto da alma pelas distinções que lhes conferiu.

Ouves, triste, os que injuriam e amaldiçoam. Abençoa-os e passa. São eles tão infelizes que ainda não podem assinalar as próprias fraquezas.          

Fitas, admirado, os que fazem tábua rasa dos mais altos deveres para desfrutarem prazeres loucos, enquanto a vitalidade lhes robustece o corpo jovem. Abençoa-os e passa. Amanhã, surgirão acordados, em mais elevado nível de entendimento.

Se alguém te fere, abençoa. E se esse mesmo alguém volta a ferir-te, abençoa outra vez. Não te prevaleças da crueldade para mostrar a justiça, porque a justiça integral é de Deus e todos viverão para conhecê-la.

Se teu filho é rebelde e insensato, abençoa teu filho, porque teu filho viverá.

Se teus pais são irresponsáveis e desumanos, abençoa teus pais, porque teus pais viverão.

Se o companheiro aparece ingrato e desleal, abençoa teu companheiro, porque continuará ele vinculado à existência.

Se há quem te calunia ou persegue, abençoa os que perseguem e caluniam, porque todos eles viverão.

Humilhado, batido, esquecido ou insultado, abençoa sempre.

Basta a vida para retificar os erros da consciência.

Inquirido, certa vez, pelo Apóstolo quanto ao comportamento que lhe cabia perante a ofensa, afirmou Jesus: - “Perdoarás não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.”

          Com isso o Divino Mestre desejava dizer que ninguém precisa vingar-se, porque o autor de qualquer crueldade tê-la-á como fogo nas próprias mãos.

 

(Recebido em email do divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG)

 

Entrada triunfal do Cristo em Jerusalém. Óleo sobre tela por Jean-Léon Gérôme.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:G%C3%A9r%C3%B4me_-_L%27entr%C3%A9e_du_Christ_%C3%A0_J%C3%A9rusalem_-_cadre.jpg

Judas, á direita, retirando-se da Última Ceia. Pintura por  Carl Bloch

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariot#/media/File:The-Last-Supper-large.jpg

A crucificação vista a partir da Cruz. Aquarela por James Tissot

Imagem/fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_What_Our_Lord_Saw_from_the_Cross_(Ce_que_voyait_Notre-Seigneur_sur_la_Croix)_-_James_Tissot.jpg 

                                                                           

REPUBLICAÇÃO

 

        Nossas homenagens a Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.

29-08-1831/ 11-04-1900

Ficheiro:Augusto Rodrigues Duarte - Bezerra de Menezes (detalhe).jpg

Detalhe de um retrato pintado a óleo de Bezerra de Menezes, por  Augusto Rodrigues Duarte

 ofertado como homenagem dos súditos portugueses residentes na Corte.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bezerra_de_Menezes

 

 

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

 

 

23 DE AGOSTO DE 2016

(AMEB)

Ensina-nos o Dr. Bezerra de Menezes: “A vida, sob qualquer aspecto considerado, é dádiva de Deus que ninguém pode perturbar. Todos os seres sencientes desenvolvem um programa na escala da evolução demandando a plenitude, a perfeição que lhes é meta final.

Preservar a vida, em todas as suas expressões é dever inalienável, que assume a consciência humana no próprio desenvolvimento da sua evolução. 
Quando alguém levanta a clava para interromper propositalmente o ciclo da vida, faz-se um novo Caim, jogando sobre si mesmo a condenação da consciência de culpa e experimentando, no remorso, hoje ou mais tarde, a necessidade de depurar-se, reabilitando-se, ao nadar nos rios das lágrimas.”

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti

Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, desencarnou em 11 de abril de 1900 no estado do Rio de Janeiro.

A Infância e a Família

Seu pai, Antônio Bezerra de Menezes, capitão das antigas milícias e então tenente-coronel da Guarda Nacional, tinha fazendas de criação de gado; sua mãe chamava-se Fabiana de Jesus Maria Bezerra e era senhora do lar. Antônio era importante fazendeiro local que “nunca mediu sacrifícios, na hora de socorrer àqueles que lhe estendiam a mão”. Tanta generosidade acabou por levar sua fortuna material e em determinada altura as dívidas alcançaram níveis insuportáveis. 

Antônio foi então procurar cada um de seus credores decidido a entregar seus bens para saldar as dívidas. Os credores, contudo, reuniram-se e decidiram que o coronel Bezerra continuaria com seus bens. Assinaram um documento que afirmava com força legal que o velho Bezerra ficasse com eles e “que gozasse deles e pagasse como e quando quisesse, que eles, credores, se sujeitariam aos prejuízos que pudessem ter.” O velho Bezerra, contudo, não aceitou tal decisão. 

Depois de muita discussão, resolveu que daquela data em diante seria simplesmente um administrador dos bens para seus credores. Retirava apenas o extremamente necessário para o sustento da família e muitas vezes passou privações. A esta altura, o menino Adolfo, último filho do casal, já estava terminando o então chamado curso preparatório. Os dois filhos mais velhos tinham se formado em direito e o terceiro ainda cursava o segundo ano na Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco. 

O pequeno Adolfo Bezerra de Menezes tinha sete anos de idade quando foi levado pela mãe para ser matriculado na escola pública da Vila do Frade. Em dez meses o menino aprendeu a ler, escrever e fazer contas simples. Quatro anos depois, quando o pai estava sendo alvo de perseguição política, a família mudou-se para o Rio Grande do Norte. O pequeno Adolfo “foi matriculado na aula pública de latinidade, que funcionava na Serra dos Martins e era dirigida por padres jesuítas” em Maioridade, hoje cidade de Imperatriz. Após dois anos, o rapaz tornou-se tão bom na matéria que chegou a substituir o professor. 

Em 1846, o velho Bezerra voltou para a capital do Ceará, onde o pequeno Adolfo foi matriculado no Liceu, que era dirigido pelo seu irmão mais velho. Terminando seus estudos, mostrou a vontade de ser médico, e não advogado como os irmãos. Como não havia faculdade de medicina no Nordeste do país, o pai foi obrigado a mandá-lo para a então sede da Corte, a cidade do Rio de Janeiro; contou-lhe tudo que havia acontecido com os bens da família, explicando a pobreza por que passavam. Os parentes cotizaram-se e levantaram quatrocentos mil réis para pagar a viagem até o Rio. Foi assim que Adolfo Bezerra de Menezes pôde pegar o navio e chegar na então sede do Império.

O Sacerdócio na Medicina

Aos vinte e dois anos, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes.

Como não tinha dinheiro para montar um consultório, entrou em acordo com um colega de faculdade que possuía mais recursos e passou a dividir uma sala no centro comercial da cidade. Durante os meses em que o consultório ficou aberto, quase não houve pacientes. Mas a casa onde morava o médico Bezerra ficava repleta de doentes. Começou a atender aos componentes da família e depois aos amigos. Sua fama correu pelo bairro e os clientes apareciam; mas ninguém pagava, pois eram todos gente pobre e o dinheiro nunca foi mencionado. 

Foi então que um amigo e médico militar, Dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, chefe do corpo de saúde do Exército, resolveu contratá-lo como médico militar. Dr. Feliciano era chefe da clínica cirúrgica do Hospital da Misericórdia, hospital este onde o Dr. Bezerra tinha sido praticante e interno em 1852, quando ainda cursava o segundo ano de faculdade. Ainda em 1856, o governo imperial fez a reforma do Corpo de Saúde do Exército e nomeou o Dr. Feliciano como cirurgião-mor. Ele, então, chamou Bezerra para ser seu assistente e foi assim que, com um emprego remunerado estável, começou o caminho do médico dos pobres. 

Bezerra continuava atendendo gratuitamente aqueles que não podiam pagar. Sua fama continuava a se espalhar e o consultório do centro da cidade começou a ficar movimentado, também com clientes que pagavam. O dinheiro que recebia no consultório era gasto com os seus pobres em remédios, roupas ou simplesmente auxílio em dinheiro. 

Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida."

O Casamento e a Iniciação Política

Com a vida mais organizada, resolveu casar tendo encontrado o amor na pessoa de D. Maria Cândida Lacerda; casaram-se em 6 de novembro de 1858. Nesta época, tinha posição social: além de médico, era jornalista, escrevendo para os principais jornais da cidade; no meio militar era muito respeitado. Não demorou muito até que lhe oferecessem um lugar na chapa de um partido para as eleições do Poder Legislativo. 

D. Maria foi uma das maiores incentivadoras da candidatura de Bezerra de Menezes. Os habitantes de São Cristóvão, bairro onde morava e clinicava, também queriam tê-lo como representante na Câmara Municipal; foi assim que em 1860 foi eleito por um grupo de São Cristóvão. Mas houve uma tentativa de impugnar seu diploma sob o pretexto de que um militar não poderia ser eleito. Bezerra teve então de escolher entre a carreira militar e a política. Seguindo os conselhos de sua esposa, renunciou à patente militar e abraçou a vida política de vez. 

Contudo, o destino reservava-lhe uma difícil provação para o ano de 1863. Depois de uma doença rápida e repentina, sua esposa desencarnava em menos de vinte dias no outono deste ano. Deixava o marido com dois filhos: um com três anos e outro com um ano de idade. 

O golpe da viuvez moveu os sentimentos religiosos que a dor sempre traz à tona. Em busca de consolação, Dr. Bezerra passou a ler a Bíblia com freqüência. Verificava a expansão vertical que a dor oferece às almas dos que sofrem, ligando-os a Deus.

Re-Conhecendo Doutrina Espírita

No mundo, o Espiritismo estava a se expandir. Em 1869 desencarnava Allan Kardec em Paris, deixando consolidada para a humanidade a Codificação Espírita. As idéias de Kardec eram revolucionárias e atraíam a atenção de sérios investigadores e cientistas mundo afora. Desencarnado o Codificador, restava a Obra a arregimentar novos espíritas. 

No Brasil, principalmente na Capital, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, as influências européias modificavam a vida local. A homeopatia popularizava-se aos poucos, principalmente nos meios espíritas. Teve como um dos seus primeiros experimentadores o baluarte da República José Bonifácio de Andrada e Silva; “Desde 1818, o Brasil principiara a ouvir falar da homeopatia. O Patriarca da Independência correspondia-se com Hahnemann”, o criador da Homeopatia. Como médico, as discussões sobre a terapêutica homeopática também interessaram ao Dr. Bezerra de Menezes e notícias de curas creditadas a essa terapêutica chegaram a seus ouvidos.

O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

 Medicina e Espiritismo 

A Doutrina Espírita difundia-se, em muito ajudada pelas práticas de médicos homeopatas e espíritas, que passaram a prestar a Caridade também através de sua mediunidade . Um desses médicos era João Gonçalves do Nascimento ; muitos colegas de Bezerra de Menezes falavam das curas operadas através deste médium e tanto falaram que um dia Bezerra resolveu pedir-lhe uma receita enviando um pedaço de papel que dizia: “Adolfo, tantos anos, residente na Tijuca”). Logo recebeu uma resposta com o diagnóstico correto de seu problema de estômago. 

Ficou tão impressionado que resolveu pedir receitas também para pessoas que apresentavam problemas psíquicos — a loucura foi uma das áreas que Dr. Bezerra mais estudou. Acompanhou o desenvolvimento do tratamento em seus pacientes e depois de simplesmente assistir aos trabalhos desobsessivos, resolveu participar ativamente nesse tipo de tratamento. Na visão da Doutrina Espírita, os portadores de doenças psíquicas são pessoas que podem apresentar problemas mentais devido às causas biológicas detectáveis pela ciência humana e também devido à influência de espíritos de desencarnados, também doentes.

Segundo Casamento e a Carreira Política

Em 1864, Bezerra foi reeleito vereador e casou-se com D. Cândida Augusta de Lacerda Machado , irmã materna da sua primeira esposa. Com ela, sua esposa até o leito de morte, teve sete filhos. 

Deu continuidade à sua carreira política. Em 1867 foi aclamado e eleito deputado geral. Em 1878 foi reeleito deputado, tornou-se presidente da Câmara Municipal (correspondente ao atual cargo de Prefeito Municipal) e líder do seu partido, permanecendo no cargo até 1881. Manteve diversas lutas políticas, sendo conhecido como homem público que não comprometia seus princípios para colher favores ou posições.

A exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa. 

Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão.

Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.

A Organização do Movimento Espírita

O amor e dedicação de Bezerra pela Doutrina Espírita deram bons frutos e ele veio a exercer papel fundamental no Movimento Espírita brasileiro. Nessa época o Espiritismo no Brasil buscava organizar-se: em 1876 surgia a primeira sociedade espírita no Rio de Janeiro; em 1883, Augusto Elias da Silva , interessado na difusão dos ensinos espíritas, fundava a revista O Reformador e punha-se a procurar colaboradores. 

O espiritismo sofria perseguições e era combatido veementemente. A imprensa era fonte diária de críticas ferozes; os sermões enchiam os púlpitos de insultos e insinuações contra a Doutrina. Elias da Silva foi então buscar em Bezerra de Menezes conselhos sobre como revidar toda a animosidade contra o Movimento Espírita. A resposta dada pelo Dr. Bezerra foi o de não seguir o caminho do ataque, de não combater o ódio com o ódio, mas antes combater o ódio com o amor . A tônica deste conselho norteou toda a vida e o trabalho de Bezerra, dentro e fora do Movimento Espírita brasileiro.

Pela Unificação do Movimento Espírita

Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que, por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível.

A cisão era profunda entre os chamados "místicos" e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam simplesmente pelo lado científico e filosófico.

No dia 27 de dezembro de 1883, Augusto Elias da Silva faz uma reunião com os 12 companheiros que o ajudavam no REFORMADOR. Nesse encontro, eles decidem fundar uma nova instituição, que não fosse nem mística, nem científica, deveria ser ideologicamente neutra.

Assim, no dia 1° de janeiro de 1884 foi fundada a Federação Espírita Brasileira (FEB), que promoveria a doutrinação, a disciplina e o intercâmbio de experiências entre os diversos centros já existentes. Bezerra foi um dos primeiros a ser convidado para assumir a posição de presidente da organização, mas não aceitou por não se considerar capaz de tamanha responsabilidade. Seu primeiro presidente foi o Marechal Ewerton Quadros e o REFORMADOR torna-se o órgão oficial da FEB.

Em 1887, o Médico dos Pobres passou a escrever uma série chamada “Espiritismo — Estudos Filosóficos”, que saía aos domingos no jornal “O País ”, com o pseudônimo de Max . Vale lembrar que na época esse era o jornal mais lido no Brasil. Continuaria a série de artigos até o Natal de 1894. Escreveria depois, com o mesmo pseudônimo, em outros dois jornais sempre em defesa dos postulados do Cristo Jesus, calcado na visão espírita.

Em 1888, logo no início da série de artigos, Dr. Bezerra perdeu dois filhos. Reagiu e continuou trabalhando. Durante cinco anos, escreveu sobre a Doutrina, elucidou muitas pessoas e arrebanhou outras tantas para as fileiras espíritas.

Em 1889, o Marechal Ewerton Quadros foi transferido para Goiás, ficando impossibilitado de permanecer à frente da FEB.

Para seu lugar, foi eleito o famoso médico e deputado Adolfo Bezerra de Menezes, que, há cerca de três anos, havia chocado a sociedade carioca com a sua conversão ao Espiritismo. A intenção dos febianos era colocar um elemento de grande prestígio e força moral na presidência, a fim de fortalecer o processo de unificação.

Em 1889, o Dr. Bezerra tornou-se presidente da Federação Espírita, onde tentou a todo custo promover a união de todos os espíritas, inspirado principalmente por mensagem ditada mediunicamente por Allan Kardec em janeiro do mesmo ano, através do médium Frederico Júnior , chamada “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil”.

Bezerra lutou muito para apaziguar as diferenças dentro do meio espírita e tinha como objetivo promover uma liderança que abrigasse todos os espíritas do Brasil. Quanto mais aumentavam as dissensões, mais aumentava também seu esforço e trabalho.

Na falta de pregadores espíritas cristãos, assumiu ele mesmo a função. Iniciou uma sessão semanal na Federação para o estudo de O Livro dos Espíritos no dia 23 de maio de 1889 e os resultados obtidos foram os melhores possíveis, com o grande número de pessoas que lá compareciam.

Além disto, realizava conferências e reuniões em uma casa espírita chamada União. Em outra casa chamada “Centro”, que ele mesmo fundara para promover o estudo do Evangelho e de O Livro dos Espíritos, tentava conciliar as diferentes correntes de pensamento espírita. E ainda em um outro grupo, participava dos trabalhos de desobsessão.

 A mensagem “Instruções”, de Kardec, fornecia as diretrizes para o trabalho do Dr. Bezerra . A certa altura Kardec pergunta: “Onde está a escola de médiuns?” e esse ponto ficou gravado na mente de Bezerra. Na realidade, ele não encontrou uma escola de médiuns em parte alguma. A solução encontrada foi fundar ele mesmo a tal escola.

Muitos se opuseram à idéia, mas ele terminou por instalar a “Escola de Médiuns” no “Centro ”. Foi quando se viu só, pois nem mesmo os próprios membros da diretoria desta instituição freqüentavam a escola. Chamou a todos, mas ninguém comparecia.

Contudo, a Doutrina ganhava terreno em outras áreas. “A Federação inaugurava o seu período áureo, preparando-se para a projeção formidável que iria ter no futuro”. Instituiu-se o serviço filantrópico de “Assistência aos Necessitados”, que atraiu muita gente. 

Bezerra continuava esquecido no “Centro”, mas mesmo assim manteve firme seus propósitos. A situação chegou a um ponto em que a despesa e os gastos da instituição tornaram-se insustentáveis, e Bezerra já não podia usar de seus próprios recursos. Convocou por carta cada um dos membros da diretoria, para buscar a solução do problema. Ninguém atendeu ao chamado.

Na semana seguinte, convocou-os novamente. Ninguém veio. Foi à casa de um por um para convocar uma última reunião que fosse. Nem mesmo assim eles queriam comparecer. Bezerra foi então sozinho procurar abrigo em outra casa espírita, onde foi bem recebido. Mas a boa acolhida não durou muito tempo, já que apareceriam novamente as dissensões entre as correntes de pensamento espírita. O Movimento Espírita carecia de união.

A Proibição do Espiritismo

O Brasil seguia em frente fazendo sua História. Em 1889, a República foi proclamada. Nosso país não mais seria governado por um imperador, mas por um presidente eleito pelo voto.

Em outubro de 1890, entrou em vigor o então Novo Código Civil . A recém proclamada República vivia com receio de conspiração daqueles contrários ao novo regime e por isso o Código Civil impunha limites às associações das pessoas, dentre as quais as reuniões espíritas. Reuniões de qualquer natureza eram denunciadas à polícia sob suspeita de conspiração.

O Reformador teve sua publicação suspensa; as casas espíritas chegaram a fechar.

O receio fez com que as diversas organizações espíritas se unissem e tomassem uma atitude, encabeçadas pela Federação . No final de 1890, enviaram todas unidas uma “Carta Aberta” ao Ministro da Justiça e um grupo de representantes ao Governo, que entrou com recursos à Constituinte.

Na Europa, o Espiritismo vivia um clima muito voltado à pesquisa dos fenômenos mediúnicos, tendência que chegou também ao Brasil. Todos os estudos ficaram voltados para o fenômeno , dando uma menor importância aos princípios morais enfocados pela doutrina codificada por Kardec. E o Evangelho ficou relegado a um segundo plano.

Dr. Bezerra, “que não podia compreender Espiritismo sem fé religiosa”, manteve-se no seu trabalho devocional, totalmente isolado das tendências da moda. Continuava escrevendo os artigos doutrinários no “País”, ia ao “Centro Ismael ”, e trabalhou até mesmo em um romance chamado “Lázaro, o Leproso”, publicado em 1892.

Em 1893, a situação ficou crítica. Dr. Bezerra estava só e desprovido de recursos materiais. Nunca havia se preocupado muito com suas finanças e assim chegou ao fim de suas reservas. Por sua vez, a situação política do país estava muito conturbada no final daquele ano pela Revolta da Armada, e as tropas estavam acampadas nas ruas. Já em setembro, houve o fechamento de todas as sociedades, espíritas ou não. No Natal do mesmo ano Bezerra encerrou a série de "Estudos Filosóficos" que vinha publicando no "O Paiz".

Reconstruindo o Movimento Espírita

Em 1894, apesar das divergências, as diferentes correntes restauraram a Federação, e em seguida, retomaram a publicação do Reformador. As novas diretrizes tencionavam alcançar o meio termo entre Fé e Ciência , Amor e Razão ; mas as lutas entre os irmãos espíritas continuavam. 

Com as desavenças, Dias da Cruz, o então presidente da Federação, deixou o cargo. Em 1895, o presidente seguinte, Júlio Leal , também o deixou. Restaram o cargo vago e a dúvida sobre quem convocar para ocupar a presidência.

O único nome que surgiu como consenso foi o de Bezerra de Menezes, e, em julho de 1895, um grupo de membros da diretoria da Federação bateu à sua porta. Bezerra estava cansado, doente, abatido pela dissensão entre os irmãos espíritas; apesar de todos os argumentos apresentados, não aceitou o convite. “Com a perspectiva de poder conciliar a grande família espírita em torno do ideal cristão, o venerando ancião prometeu pensar”. 

No dia seguinte, foi como sempre à sessão das sextas-feiras do Grupo Ismael , onde dirigia os trabalhos. Abriu os trabalhos, mas parecia aflito, com a cabeça entre as mãos. Depois da prece de abertura, feita por Bittencourt Sampaio, permaneceu na mesma posição. Quando por fim se levantou, estava transtornado e ficou assim durante a primeira etapa dos trabalhos, que consistia do recebimento de mensagens psicografadas. No momento da explanação dos temas evangélicos, Bezerra falou visivelmente emocionado das desavenças no Movimento Espírita e sobre o convite que havia recebido. Confessou-se fraco para assumir a posição àquela altura dos acontecimentos.

Terminou a explanação pedindo auxílio à Espiritualidade e prometeu seguir o que lhe fosse indicado. Pouco depois, o espírito Agostinho manifestou-se pelo médium Frederico Júnior, o mesmo médium que anos antes havia sido instrumento de Allan Kardec (Espírito) para ditar as “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil ”. Agostinho instruiu que Bezerra tomasse o cargo da presidência e se pusesse como elemento conciliador capaz de unir e erguer a família espírita, prometendo auxiliá-lo em mais esta tarefa. Naquela mesma noite Bezerra de Menezes anunciou aceitar o cargo, permanecendo presidente até 1900, quando voltou a pátria espiritual.

Desencarne

Em janeiro de 1900, Dr. Bezerra sofreu violento derrame cerebral, que o prostrou em uma cama. Durante três meses Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti agonizou sem poder falar ou se movimentar. Só os olhos ainda se moviam. A notícia correu a cidade e causou verdadeira peregrinação à casa do médico, no subúrbio modesto. Assim como acontecia no seu consultório, pobres e ricos misturaram-se em sua casa para visitar o doente. 

A cena era singular: cada pessoa entrava uma a uma no quarto onde estava Bezerra, sentava-se em uma cadeira, não falava nada,— já que ele não poderia responder — ficava alguns minutos e saía comovida pelo olhar que Bezerra lhe dirigia. A procissão seguiu-se dia e noite. 

No dia 11 de abril de 1900, na casa da Rua 24 de maio, Bezerra passou suavemente para a Vida Maior. A cidade agitou-se com o seu desencarne, esteve presente no sepultamento do Médico dos Pobres e prestou-lhe homenagens. 

Na Espiritualidade, Bezerra foi recebido pelas hostes do bem com louros de amor. Os anos de trabalho como verdadeiro servo do Cristo encarnado na terra transformaram-se em luzes para seu espírito, conferiram-lhe verdadeiro galardão espiritual. “Bezerra desprendeu-se do orbe, tendo consolidado a sua missão”.

Um “Causo” do Dr. Bezerra

Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.

Desesperado – uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida – e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.

Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.

Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.

O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.

No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.

Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:

Bezerra – Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.

Bittencourt Sampaio – O trabalhador da vinha é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.

Bezerra – De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.

Bittencourt – E por que não te tornas médico homeopata? 

Bezerra – Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.

Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:

S.Agostinho – Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.

Bezerra – Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?

S.Agostinho – Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática…

 Referências Bibliográficas:

Xavier, Chico; “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”
Acquarone, Francisco; “Bezerra de Menezes o Médico dos Pobres”, Aliança.

Abreu, Canuto; “Bezerra de Menezes”, FEESP.

Soares, Sylvio; “Vida e Obra de Bezerra de Menezes”, FEB.

Gama, R. “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”. São Paulo, Lake.

Movimento Espírita Kardecista:

http://www.movimentoespirita.hpg.ig.com.br/

Portal do Espírito 

http://www.espirito.org.br/portal/biografias/adolfo-bezerra.html

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Da página eletrônica da Associação Médico Espírita do Brasil:http://www.amebrasil.org.br/html/perfil_bezerra.htm 

 

 

 

(Texto copiado em http://grupochicoxavier.com.br/dr-adolfo-bezerra-de-menezes/

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Quadro por Nair Camargo (São Paulo)

Foto Ismael Gobbo

bezerra e seus dois filhos

Dr. Bezerra de Menezes com os filhos.

Imagem http://canteiroideias.blogspot.com.br/2013/01/os-filhos-de-bezerra-de-menezes.html

 

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No Rio de Janeiro antigo os bondes eram puxados por burros.

Imagem: http://www.onibusparaibanos.com/2013/08/serie-historica-historia-do-transporte.html

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Sobrado onde  funcionou a clínica de Dr. Bezerra de Menezes,  no Rio de Janeiro, RJ. Foto Ismael Gobbo

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Dr. Joaquim Carlos Travassos.

Tradutor das obras básicas do Espiritismo para o português, Joaquim Carlos Travassos presentou Dr. Bezerra de Menezes com um exemplar  de O Livro dos Espíritos. Bezerra  se tornaria um dos principais e mais conhecidos vultos do Espiritismo no Brasil.

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Sede histórica da FEB. Rio de Janeiro. Foto Ismael Gobbo

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Túmulo de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

Cemitério de São Francisco Xavier,  também conhecido como Cemitério do Caju.

Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

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