Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sábado, 29 de junho de 2019

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 5 - 1862

 

 

 

 

 

 

 

 

(Texto copiado do site Febnet)

A Viagem da Vida. Infância. Óleo sobre tela de Thomas Cole.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Voyage_of_Life

A Viagem da Vida. Juventude. Óleo sobre tela de Thomas Cole.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Voyage_of_Life

A Viagem da Vida. Masculinidade. Óleo sobre tela de Thomas Cole.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Voyage_of_Life

A Viagem da Vida. Velhice. Óleo sobre tela de Thomas Cole.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Voyage_of_Life

 

O argumento

 

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Seara dos Médiuns. Lição nº 06. Página 29.

Estudos e Dissertações em torno da Substância Religiosa de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec.

Questão nº 29. Reunião Pública de 22.01.1960.

 

 Ante os amados que te não compreendem, estimarias que todos cressem conforme crês.

Alguns jazem desesperados nas trevas do pessimismo.

Outros caem, pouco a pouco, no abismo da negação.

Há muitos que te lançam insulto em rosto, como se a tua convicção fosse passo à loucura.

E surpreendes, em cada canto, aqueles que te falam pelo diapasão da ironia.

Mergulhas-te, muitas vezes, no oceano revolto das palavras veementes que os opositores, de imediato, não podem admitir; em outras ocasiões, desejas acontecimentos inusitados, que lhe alterem o modo de pensar e de ser.

Entretanto, recordemos o Cristo.

Ninguém, quanto ele, deixou na retaguarda tantas demonstrações de poder celeste.

Deu nova estrutura à forma dos elementos.

Apaziguou as energias desvairadas da Natureza.

Reaqueceu corpos que a morte imobilizava.

Restituiu a visão aos cegos.

Restaurou paralíticos.

Limpou feridentos.

Curou alienados mentais.

Operou maravilhas, somente atribuíveis à ciência divina.

Contudo, não foi pelos deslumbramentos produzidos que se converteu em mentor excelso da Humanidade.

Jesus agiganta-se, na esteira dos séculos, pela força do exemplo.

Anjo - caminhou entre os homens.

Senhor do mundo - não reteve uma pedra para repousar a cabeça.

Sábio - foi simples.

Grande - alinhou-se entre os pequenos.

Juiz dos juízes - espalhou a misericórdia.

Caluniado - lançou bênçãos.

Traído - não reclamou.

Acusado -  humilhou a si mesmo.

Ferido - esqueceu toda ofensa.

Injuriado - silenciou.   

Crucificado - pediu perdão para os próprios verdugos.

Abandonado - voltou para auxiliar.

Ação é voz que fala à razão.

Se aspiras, assim, a convencer os que te rodeiam, quanto à verdade, não olvides que, acima de todos os fenômenos passageiros e discutíveis, o único argumento edificante de que dispões é o de tua própria conduta, no livro da própria vida.

 

 

(Recebido em email do divulgador Antonio Sávio de Belo Horizonte, MG)

A visão de Jesus a partir da cruz em aquarela por James Tissot.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Asseenfromthecross-vi.jpg

O sepultamento de Jesus. Carl H. Bloch.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Bloch#/media/File:BurialofChrist_CarlBloch.jpg

Cristo aparece a Maria Madalena. Óleo sobre tela de Pietro da Cortona.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pietro_da_Cortona_-_Cristo_appare_a_Maria_Maddalena.jpg

Estrada para Emaús. Óleo sobre tela por Jan Wildens.

Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jan_Wildens_-_Landscape_with_Christ_and_his_Disciples_on_the_Road_to_Emmaus_-_WGA25745.jpg

 

Francisco Cândido Xavier

(02-04-1910 / 30-06-2002)

 

TRAÇOS BIOGRÁFICOS - NASCIMENTO - SUA INICIAÇÃO ESPÍRITA:

 

O maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo em todas as épocas nasceu em Pedro Leopoldo, modesta cidade de Minas Gerais, Brasil, em 2 de abril de 1910. Vive, desde 1959, em Uberaba, no mesmo Estado. Completou o curso primário, apenas. Pais: João Cândido Xavier e Maria João de Deus, desencarnados em 1960 e 1915, respectivamente. Infância difícil; foi caixeiro de armazém e modesto funcionário público, aposentado desde 1958. Em 7 de maio de 1927 participa de sua primeira reunião espírita. Até 1931 recebe muitas poesias e mensagens, várias das quais saíram a público, estampadas à revelia do médium em jornais e revistas, como de autoria de F. Xavier. Nesse mesmo ano, vê, pela primeira vez, o Espírito Emmanuel, seu inseparável mentor espiritual até hoje.

 

O MENINO CHICO

 

Desde os 4 anos de idade o menino Chico teve a sua vida assinalada por singulares manifestações. Seu pai chegou, inclusive, a crer que o seu verdadeiro filho havia sido trocado por outro... Aquele seu filho era estranho!... De formação católica, o garoto orava com extrema devoção, conforme lhe ensinara D. Maria João de Deus, a querida mãezinha, que o deixaria órfão aos 5 anos. Dentro de grandes conflitos e extremas dificuldades, o menino ia crescendo, sempre puro e sempre bom, incapaz de uma palavra obscena, de um gesto de desobediência. As "sombras" amigas, porém, não o deixavam... Conversava com a mãezinha desencarnada, ouvia vozes confortadoras. Na escola, sentia a presença delas, auxiliando-o nas tarefas habituais. O certo é que os seus primeiros anos o marcaram profundamente; ele nunca os esqueceu... A necessidade de trabalhar desde cedo para auxiliar nas despesas domésticas foi em sua vida, conforme ele mesmo o diz, uma bênção indefinível.

 

Sim, a doença também viera precocemente fazer-lhe companhia. Primeiro os pulmões, quando trabalhava na tecelagem; depois os olhos; agora é a angina.

 

COMEÇO DO SEU MEDIUNATO :

 

Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) iniciou, publicamente, seu mandato mediúnico em 8 de julho de 1927, em Pedro Leopoldo. Contando 17 anos de idade, recebeu as primeiras páginas mediúnicas. Em noite memorável, os Espíritos deram início a um dos trabalhos mais belos de toda a história da humanidade. Dezessete folhas de papel foram preenchidas, celeremente, versando sobre os deveres do espírita-cristão.


Depoimento de Chico Xavier: (...) "Era uma noite quase gelada e os companheiros que se acomodavam junto à mesa me seguiram os movimentos do braço, curiosos e comovidos. A sala não era grande, mas, no começo da primeira transmissão de um comunicado do mais Além, por meu intermédio, senti-me fora de meu próprio corpo físico, embora junto dele. No entanto, ao passo que o mensageiro escrevia as dezessete páginas que nos dedicou, minha visão habitual experimentou significativa alteração. As paredes que nos limitavam o espaço desapareceram. O telhado como que se desfez e, fixando o olhar no alto, podia ver estrelas que tremeluziam no escuro da noite. Entretanto, relanceando o olhar no ambiente, notei que toda uma assembléia de entidades amigas me fitavam com simpatia e bondade, em cuja expressão adivinhava, por telepatia espontânea, que me encorajavam em silêncio para o trabalho a ser realizado, sobretudo, animando-me para que nada receasse quanto ao caminho a percorrer."

 

EMMANUEL E DUAS ORIENTAÇÕES PARA O RESTO DA VIDA:

 

Emmanuel, nos primórdios da mediunidade de Chico Xavier, deu-lhe duas orientações básicas para o trabalho que deveria desempenhar. Fora de qualquer uma delas, tudo seria malogrado. Eis a primeira.

 

- "Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?"

 

- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem... -respondeu o médium.

 

- Não será você desamparado - disse-lhe Emmanuel - mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.

 

- E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? - tornou o Chico.

 

- Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço... Porque o protetor se calasse o rapaz perguntou:

 

- Qual é o primeiro? A resposta veio firme:

 

- Disciplina.

 

- E o segundo?

 

- Disciplina.

 

- E o terceiro?

 

- Disciplina.

 

" A segunda mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada: - "Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo.

 

Em 1932 publica a FEB seu primeiro livro, o famoso "Parnaso de Além-Túmulo"; hoje as obras que psicografou vão a mais de 400. Várias delas estão traduzidas e publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego, etc.

 

De moral ilibada, realmente humilde e simples, Chico Xavier jamais auferiu vantagens, de qualquer espécie, da mediunidade. Sua vida privada e pública tem sido objeto de toda especulação possível, na informação falada, escrita e televisionada. Ápodos e críticas ferinas, têm-no colhido de miúdo, sabendo suportá-los com verdadeiro espírito cristão.

 

Viajou com o médium Waldo Vieira aos Estados Unidos e à Europa, onde visitaram a Inglaterra, a França, a Itália, a Espanha e Portugal, sempre a serviço da Doutrina Espírita.

 

Chico Xavier é hoje uma figura de projeção nacional e internacional, suas entrevistas despertam a atenção de milhares de pessoas, mesmo alheias ao Espiritismo; tem aparecido em programas de TV, respondendo a perguntas as mais diversas, orientando as respostas pelos postulados espíritas.

 

Já recebeu o título de Cidadão Honorário de várias cidades: Rio Preto, São Bernardo do Campo, Franca, Campinas, Santos, Catanduva, em São Paulo; Uberlândia, Araguari e Belo Horizonte, em Minas Gerais; Campos, no Estado do Rio de Janeiro, etc., etc.

 

Dos livros que psicografou já se venderam mais de 12 milhões de exemplares, só dos editados pela FEB, em número de 88. "Parnaso de Além-Túmulo", a primeira obra publicada em 1932, provocou (e comprovou) a questão da identificação das produções mediúnicas, pelo pronunciamento espontâneo dos críticos, tais como Humberto de Campos, ainda vivo na época, Agripino Grieco, severo crítico literário, de renome nacional, Zeferino Brasil, poeta gaúcho, Edmundo Lys, cronista, Garcia Júnior, etc. Prefaciando "Parnaso de Além-Túmulo", escreveu Manuel Quintão: "Romantismo, Condoreirismo, Parnasianismo, Simbolismo, aí se ostentam em louçanias de sons e de cores, para afirmar não mais subjetiva, mas objetivamente, a sobrevivência de seus intérpretes.

 

É ler Casimiro e reviver 'Primaveras'; é recitar Castro Alves e sentir 'Espumas Flutuantes'; é declamar Junqueiro e lembrar a 'Morte de D. João'; é frasear Augusto dos Anjos e evocar 'Eu'." Romances históricos formam a série Romana, de Emmanuel, composta de: "Há 2000 Anos...", "50 Anos Depois", "Ave, Cristo!", "Paulo e Estevão", provocando a elaboração do "Vocabulário Histórico-Geográfico dos Romances de Emmanuel", de Roberto Macedo, estudo elucidativo dos eventos históricos citados nas obras. "Há 2000 Anos..." é o relato da encarnação de Emmanuel à época de Jesus. De Humberto de Campos (Espírito), aparece, em 1938, o profético e discutido "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", uma história de nossa pátria e dos fatos e ela ligados, em dimensão espiritual. A série André Luiz é reveladora, doutrinária e científica; com obras notáveis e a maioria completa, no tocante à vida depois da desencarnação, obras anteriores, de Swedenborg, A. Jackson Davis, Cahagnet, G. Vale Owen e outros.

 

Pertencem a essa série: "Nosso Lar", "Os Mensageiros", "Missionários da Luz", "Obreiros da Vida Eterna", "No Mundo Maior", "Agenda Cristã", "Libertação", "Entre a Terra e o Céu", "Nos Domínios da Mediunidade", "Ação e Reação", "Evolução em dois Mundos", "Mecanismos da Mediunidade", "Conduta Espírita", "Sexo e Destino", "Desobsessão", "E a Vida Continua...". De parceria com o médium Waldo Vieira, Chico Xavier psicografou 17 obras.

 

A extraordinária capacidade mediúnica de Chico Xavier está comprovada pela grande quantidade de autores espirituais, da mais elevada categoria, que por seu intermédio se manifestam. Vários de seus livros foram adaptados para encenação no palco e sob a forma de radionovelas e telenovelas. O dom mediúnico mais conhecido de Francisco Xavier é o psicográfico. Não é, todavia, o único. Tem ele, e as exercita constantemente, outras mediunidades, tais como: psicofonia, vidência, audiência, receitista, e outras.

 

Sua vida, verdadeiramente apostolar, dedicou-a, o médium, aos sofredores e necessitados, provindos de longínquos lugares, e também aos afazeres medianeiros, pelos quais não aceita, em absoluto, qualquer espécie de paga. Os direitos autorais ele os tem cedido graciosamente a várias Editoras e Casas Espíritas, desde o primeiro livro. Sua vida e sua obra têm sido objeto de numerosas entrevistas radiofônicas e televisadas, e de comentários em jornais e revistas, espíritas ou não, e em livros dos quais podemos citar: o opúsculo intitulado "Pinga-Fogo, Entrevistas", obra publicada pelo Instituto de Difusão Espírita, de Araras; "Trinta Anos com Chico Xavier", de Clóvis Tavares; "No Mundo de Chico Xavier", de Elias Barbosa; "Lindos Casos de Chico Xavier", de Ramiro Gama; "40 Anos no Mundo da Mediunidade", de Roque Jacinto; "A Psicografia ante os Tribunais", de Miguel Timponi; "Amor e Sabedoria de Emmanuel", de Clóvis Tavares; "Presença de Chico Xavier", de Elias Barbosa; "Chico Xavier Pede Licença", de Irmão Saulo, pseudônimo de Herculano Pires; "Nosso Amigo Xavier", de Luciano Napoleão; "Chico Xavier, o Santo dos Nossos Dias" e "O Prisioneiro de Cristo", de R. A. Ranieri; "Chico Xavier - Mandato de Amor", da U.E.M.; "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior, etc.

 

O CASO HUMBERTO DE CAMPOS:

 

Desencarnado em 1934 o festejado escritor brasileiro Humberto de Campos, o Espírito deste iniciou, em 1937, pela mediunidade de Chico Xavier, a transmissão de várias obras de crônicas e reportagens, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, entre as quais sobressai "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho". Eis senão quando, em 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressa em juízo, movendo um processo, que se torna célebre, contra a Federação Espírita Brasileira e Francisco Cândido Xavier, no sentido de obter uma declaração, por sentença, de que essa obra mediúnica "é ou não do ‘Espírito' de Humberto de Campos", e que em caso afirmativo, se apliquem as sanções previstas em Lei. O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do País. Para que tenhamos uma idéia do que representou o referido processo na divulgação dos postulados espíritas, resumimos aqui alguns dos principais depoimentos da época extraídos da obra do Dr. Miguel Timponi, o principal advogado que trabalhou na defesa do médium e da FEB. Antes, porém, sintamos a beleza das palavras a seguir, enfeixadas no livro A Psicografia ante os Tribunais: "Entretanto, lá do Nordeste, desse Nordeste de encantamentos e de mistérios, a voz cheia de ternura e de emoção, de uma velhinha santificada pela dor e pelo sofrimento, D. Ana de Campos Veras, extremosa mãe do querido e popular escritor, rompeu o silêncio para ofertar ao médium de Pedro Leopoldo a fotografia do seu próprio filho, com esta expressiva dedicatória: 'Ao Prezado Sr. Francisco Xavier, dedicado intérprete espiritual do meu saudoso Humberto, ofereço com muito afeto esta fotografia, como prova de amizade e gratidão. Da crª. atª. Ana de Campos Veras Parnaíba, 21-5-38.' Conforme se vê da edição de 'O Globo' de 19 de julho de 1944, essa exma. senhora confirma que o estilo é do seu filho e assegura ao redator de 'O Povo' e 'Press Parga': "- Realmente - disse dona Ana Campos - li emocionada as Crônicas de Além-Túmulo, e verifiquei que o estilo é o mesmo de meu filho. Não tenho dúvidas em afirmar isso e não conheço nenhuma explicação científica para esclarecer esse mistério, principalmente se considerarmos que Francisco Xavier é um cidadão de conhecimentos medíocres. Onde a fraude? Na hipótese de o Tribunal reconhecer aquela obra como realmente da autoria de Humberto, é claro que, por justiça, os direitos autorais venham a pertencer à família. No caso, porém, de os juízes decidirem em contrário, acho que os intelectuais patriotas fariam ato de justiça aceitando Francisco Cândido Xavier na Academia Brasileira de Letras... Só um homem muito inteligente, muito culto, e de fino talento literário, poderia ter escrito essa produção, tão identificada com a de meu filho." Na noite de 15 de julho de 1944, quando o processo atingia o clímax, o Espírito Humberto de Campos retorna pelo lápis do médium Chico Xavier, tecendo, no seu estilo inconfundível, uma belíssima e emocionante página sobre o triste problema levantado pela incompreensão humana, página que pode ser devidamente apreciada no livro "A Psicografia ante os Tribunais". Daí por diante, ele passou a assinar-se, simplesmente, Irmão X, versão evangelizada do Conselheiro XX, como era conhecido nos meios literários quando encarnado. A Autora, D. Catarina Vergolino de Campos, foi julgada carecedora da ação proposta, por sentença de 23 de agosto de 1944, do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8ª Vara Cível do antigo Distrito Federal. Tendo ela recorrido dessa sentença, o Tribunal de Apelação do antigo DF manteve-a por seus jurídicos fundamentos, tendo sido relator o saudoso ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa.

 

O AMOR DE CHICO XAVIER POR JESUS:

 

Depoimento de Chico Xavier: "(...) Deus nos permita a satisfação de continuar sempre trabalhando na Grande Causa d'Ele, Nosso Senhor e Mestre. Desde criança, a figura do Cristo me impressiona. Ao perder minha mãe, aos cinco janeiros de idade, conforme os próprios ensinamentos dela, acreditei n'Ele, na certeza de que Ele me sustentaria. Conduzido a uma casa estranha, na qual conheceria muitas dificuldades para continuar vivendo, lembrava-me d'Ele, na convicção de que Ele era um amigo poderoso e compassivo que me enviaria recursos de resistência e ao ver minha mãe desencarnada pela primeira vez, com o cérebro infantil sem qualquer conhecimento dos conflitos religiosos que dividem a Humanidade, pedi a ela me abençoasse segundo o nosso hábito em família e lembro-me perfeitamente de que perguntei a ela: - Mamãe, foi Jesus que mandou a senhora nos buscar? Ela sorriu e respondeu: - Foi sim, mas Jesus deseja que vocês, os meus filhos espalhados, ainda fiquem me esperando... Aceitei o que ela dizia, embora chorasse, porque a referência a Jesus me tranqüilizava. Quando meu pai se casou pela segunda vez e a minha segunda mãe mandou me buscar para junto dela, notando-lhe a bondade natural, indaguei: - Foi Jesus quem enviou a senhora para nos reunir? Ela me disse: - Chico, isso não sei... Mas minha fé era tamanha que respondi: - Foi Ele sim... Minha mãe, quando me aparece, sempre me fala que Ele mandaria alguém nos buscar para a nossa casa. E Jesus sempre esteve e está em minhas lembranças como um Protetor Poderoso e Bom, não desaparecido, não longe mas sempre perto, não indiferente aos nossos obstáculos humanos, e sim cada vez mais atuante e mais vivo." Não se pode negar o sentimento de veneração que envolve a nobre figura de Ismael, guia espiritual do Brasil. A responsabilidade que detém, na condição de mentor da Federação Espírita Brasileira suscita, da parte da comunidade espírita nacional, um profundo respeito, aliado a um imenso carinho e uma suave ternura. Certa vez, indagaram a Chico Xavier: - Como se processam os encontros, nas esferas resplandecentes da Espiritualidade, de Emmanuel com Ismael? Qual a postura do admirável Espírito do ex-senador romano, diante da também luminosa entidade a quem confiou Jesus os destinos do Brasil? Resposta do médium, curta, serena e firme: - De joelhos!

 

BREVES DEPOIMENTOS SOBRE O MÉDIUM CHICO XAVIER:

 

A bibliografia mediúnica, que foi acrescida à literatura espírita, nestes últimos cinqüenta anos, nascida do lápis de Chico Xavier - e o espaço não nos permite, sequer, considerações ligeiras sobre suas páginas -, é vultosa, considerável. É qualitativamente admirável. Poderíamos, sem dificuldade, num exame sereno e com absoluta isenção, dividir a obra mediúnica, orientada por Emmanuel, igualmente em fases perfeitamente delineadas, dentro de duas grandes divisões: a primeira, provando a sobrevivência e a imortalidade do espírito - 'Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho' - seguida de uma panorâmica da História universal - 'A Caminho da Luz' e de alguns manuais do maior valor: 'Emmanuel, Dissertações Mediúnicas', 'O Consolador', 'Roteiro', etc. Enfim, muitos estudos interessantes e instrutivos virão, a seu tempo. E a obra de Francisco Cândido Xavier, criteriosamente traduzida, estará, tempestivamente, à disposição dos leitores do mundo inteiro, juntamente com a de Allan Kardec e da dos autores que cuidaram dos escritos subsidiários e complementares da Codificação. Mas, enquanto isso, e para que tudo ocorra com a tranqüilidade que se almeja na difusão conscienciosa e responsável da Doutrina dos Espíritos, seria de bom alvitre não perder de vista o fato de que Chico Xavier jamais teria obtido êxito, como instrumento do Alto, se não tivesse seguido a rígida disciplina que lhe foi sugerida por Emmanuel, testemunhando e permanecendo na exemplificação do amor ao próximo e do amor a Deus, vivendo o Evangelho.

 

Francisco Thiesen Presidente da Federação Espírita Brasileira" (Fonte: "Revista Internacional de Espiritismo", número 6, Ano LII, julho de 1977.) "

 

"..Não me considero à altura para escrever algo sobre o Chico. Dele, dão testemunho (e que testemunho!) as belas obras que semeou e semeia por esse Brasil afora, com reflexos benéficos em diversas nações do mundo. E quando digo 'obras', refiro-me não só à palavra escrita e falada, como também aos seus exemplos de caridade, de perdão, de fé, de humildade, aos seus diálogos fraternos e frutíferos, enfim, à sua multiforme vivência evangélica junto a pobres e ricos, num trabalho diário de edificação e levantamento de espíritos." "Conheço o Chico há bastante tempo. Nos seus livros mediúnicos encontrei forças, luz e paz, e através de suas cartas pude senti-lo e amá-lo bem no fundo do seu ser. Por várias vezes chorei com suas preocupações e sua dor, vivendo-lhe as graves responsabilidades e lamentando a incompreensão dos homens. Mas sempre orei pedindo ao Senhor que não lhe tirasse o pesado fardo dos ombros e, sim, que o ajudasse a carregá-lo. Graças a Deus, o nosso caro Chico tem vencido todas as dificuldades e todos os óbices do caminho, numa maratona hercúlea que realmente o dignifica aos olhos dos homens e aos olhos do Pai."

 

(Trechos da carta do Sr. Zêus Wantuil, 3° secretário da Federação Espírita Brasileira, à presidente da União Espírita Mineira) (Fonte: "O Espírita Mineiro", número 172, maio/julho de 1977.)

 

A PALAVRA DE CHICO XAVIER AO COMPLETAR QUARENTA ANOS DE MEDIUNIDADE:

 

"Estes quarenta anos de mediunidade passaram para o meu coração como se fossem um sonho bom. Foram quarenta anos de muita alegria, em cujos caminhos, feitos de minutos e de horas, de dias, só encontrei benefícios, felicidades, esperanças, otimismo, encorajamento da parte de todos aqueles que o Senhor me concedeu, dos familiares, irmãos, amigos e companheiros. Quarenta anos de felicidade que agradeço a Deus em vossos corações, porque sinto que Deus me concedeu nos vossos corações, que representam outros muitos corações que estão ausentes de nós. Agora, sinto que Deus me concedeu por vosso intermédio uma vida tocada de alegrias e bênçãos, como eu não poderia receber em nenhum outro setor de trabalho na Humanidade. Beijo-vos, assim, as mãos, os corações. Quanto ao livro, devo dizer que, certa feita, há muitos anos, procurando o contato com o Espírito de nosso benfeitor Emmanuel, ao pé de uma velha represa, na terra que me deu berço na presente encarnação, muitas vezes chegava ao sítio, pela manhã, antes do amanhecer. E quando o dia vinha de novo, fosse com sol, fosse com chuva, lá estava, não muito longe de mim, um pequeno charco. Esse charco, pouco a pouco se encheu de flores, pela misericórdia de Deus, naturalmente. E muitas almas boas, corações queridos, que passavam pelo mesmo caminho em que nós orávamos, colhiam essas flores, e as levavam consigo com transporte de alegria e encantamento. Enquanto que o charco era sempre o mesmo charco. Naturalmente, esperando também pela misericórdia de Deus, para se transformar em terra proveitosa e mais útil. Creio que nesses momentos, em que ouço as palavras desses corações maravilhosos, que usaram o verbo para comentar o aparecimento desses cem livros, agora cento e dois livros, lembro este quadro que nunca me saiu da memória, para declarar-vos que me sinto na condição do charco que, pela misericórdia de Deus, um dia recebeu essas flores que são os livros, e que pertencem muito mais a vós outros do que a mim. Rogo, assim, a todos os companheiros, que me ajudem através da oração, para que a luta natural da vida possa drenar a terra pantanosa que ainda sou, na intimidade do meu coração, para que eu possa um dia servir a Deus, de conformidade com os deveres que a Sua infinita misericórdia me traçou. E peço, então, permissão, em sinal de agradecimento, já que não tenho palavras para exprimir a minha gratidão. Peço-vos, a todos, licença para encerrar a minha palavra despretensiosa, com a oração que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou.

 

(Fonte: "O Espírita Mineiro", número 137, abril/maio/junho de 1970.)

 

NA TAREFA MEDIÚNICA:

 

"Pergunta - Em seu primeiro encontro com Emmanuel, ele enfatizou muito a disciplina. Teria falado algo mais?

 

Resposta - Depois de haver salientado a disciplina como elemento indispensável a uma boa tarefa mediúnica, ele me disse: 'Temos algo a realizar.' Repliquei de minha parte qual seria esse algo e o benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!' Considerei, então: como avaliar esta informação se somos uma família sem maiores recursos, além do nosso próprio trabalho diário, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!... Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria, eu acrescentei: será que meu pai vai tirar a sorte grande? Emmanuel respondeu: 'Nada, nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providência de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!' Algum tempo depois, enviando as poesias de 'Parnaso de Além- Túmulo' para um dos diretores da Federação Espírita Brasileira, tive a grata surpresa de ver o livro aceito e publicado, em 1932. A este livro seguiram-se outros e, em 1947, atingimos a marca dos 30 livros. Ficamos muito contentes e perguntei ao amigo espiritual se a tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: 'Agora, começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe novamente se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados e eu me encontrava quase de mudança para a cidade de Uberaba, onde cheguei a 5 de janeiro de 1959. O grande benfeitor explicou-me, com paciência: 'Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior, perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe chegar ao limite de cem livros.' Fiquei muito admirado e as tarefas prosseguiram. Quando alcançamos o número de 100 volumes publicados, voltei a consultá-lo sobre o termo de nossos compromissos. Ele esclareceu, com bondade: 'Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora, estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristãos, permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, à disposição das entidades espirituais que possam colaborar na execução das mensagens e livros, enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.' Muito desapontado, perguntei: então devo trabalhar na recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida atual? Emmanuel acentuou: 'Sim, não temos outra alternativa!' Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos portadores do livre arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos? Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e me cientificou: 'A instrução a que me refiro é semelhante a um decreto de desapropriação, quando lançado por autoridade na Terra. Se você recusar o serviço a que me reporto, segundo creio, os orientadores dessa obra de nos dedicarmos ao Cristianismo Redivivo, de certo que eles terão autoridade bastante para retirar você de seu atual corpo físico!' Quando eu ouvi sua declaração, silenciei para pensar na gravidade do assunto, e continuo trabalhando, sem a menor expectativa de interromper ou dificultar o que passei a chamar de 'Desígnios de Cima."

 

(Fonte: "O Espírita Mineiro", número 205, abril/junho de 1988.)

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 

Em 1997, Chico Xavier completou 70 anos de incessante atividade mediúnica, da maior significação espiritual, em prol da Humanidade, abrangendo seus mais diversos segmentos. Até a presente data, outubro de 1997, Francisco Cândido Xavier psicografou mais de 400 (quatrocentas) obras mediúnicas, de centenas de autores espirituais, abarcando os mais diversos e diferentes assuntos, entre poesias, romances, contos, crônicas, história geral e do Brasil, ciência, religião, filosofia, literatura infantil, etc.

 

Dias e noites têm sido por ele ofertados aos seus semelhantes, com sacrifício da própria saúde. Problemas orgânicos acompanharam-lhe a mocidade e a madureza. Hoje, nos abençoados 87 anos de sua vida corporal, as dificuldades físicas continuam trazendo-lhe problemas. Releva observar que as doenças oculares a as intervenções cirúrgicas jamais o impediram de cumprir, fiel e dignamente, sua missão de amparo aos necessitados. Sua postura é uma só, obedece a uma só diretriz: amor ao próximo, desinteresse ante os bens materiais, preocupação exclusiva e constante com a felicidade do próximo. Ricos e pobres, velhos e crianças, homens e mulheres de todos os níveis sociais têm encontrado, no homem e no médium Chico Xavier, tudo quanto necessitam para o reajuste interior, para o crescimento, em função do conhecimento e da bondade. Francisco Cândido Xavier é um presente do Alto ao século XX, enriquecendo-lhe os valores com a sua vida de exemplar cidadão, com milhares de mensagens psicografias que, em catadupas de paz e luz, amor e esclarecimento, vêm fertilizando o solo planetário, sob a luminar supervisão do Espírito Emmanuel.

 

NOTA DA FEB - No presente trabalho, foram consultadas e utilizadas as seguintes obras:

A Psicografia ante os Tribunais. / Miguel Timponi. / FEB - 5ª ed.,

Brasil, Mais Além! / Duílio Lena Bérni. / FEB - 5ª ed., 1994.

Chico Xavier - Mandato de Amor. / União Espírita Mineira, 1992.

Chico Xavier - Mediunidade e Coração. / Carlos A. Bacelli.

Instituto Divulgação Ed. André Luiz, 1985

Espiritismo Básico. / Pedro Franco Barbosa. / FEB - 4ª ed., 1995

 

A Desencarnação de Chico Xavier


A 30 de junho de 2002, por volta das 19h30, desencarnava em Uberaba o médium mineiro Francisco Cândido Xavier, em meio às vibrações de alegria do povo brasileiro pela conquista de mais um troféu mundial de futebol, como se o Plano Espiritual Superior quisera, propositadamente, diluir as repercussões que a partida do médium, por certo, viria causar em todos os segmentos da nossa sociedade. À medida que a notícia da desencarnação se espalhava pela cidade, centenas de pessoas se dirigiam para a casa do médium, de onde saiu o corpo, por volta das 23h, para ser velado no Grupo Espírita da Prece, ali permanecendo por cerca de 48 horas para receber as homenagens derradeiras do povo que ele tanto amou.

 

Durante todo o tempo em que ficou exposto em câmara ardente, filas quilométricas se faziam nas vizinhanças do Grupo Espírita da Prece, compostas por pessoas de todas as idades, sem distinção de raça e de condição social, professando os mais diferentes credos religiosos, numa espantosa demonstração de solidariedade e indisfarçadp reconhecimento pelo grande obreiro que partia para o Além. O Governador Itamar Franco decretou luto oficial de três dias no Estado de Minas Gerais e fez-se representar no velório pelo Secretário de Indústria e Comércio, Marcelo Prado.

 

Uma hora antes de o corpo do médium deixar o Grupo Espírita da Prece, o Presidente da Federação Espírita Brasileira, Nestor João Masotti, a convite, proferiu uma prece, depois de falar brevemente acerca da vida e da obra de Francisco Cândido Xavier, seguida posteriormente por outras manifestações de apreço do Prefeito Municipal de Uberaba, Marcos Montes, e de autoridades presentes, além dos líderes da comunidade espírita local e de outras cidades e Estados, amigos e companheiros do médium.

 

Às 17h do dia 2 de julho, conduzidos pela viatura do Corpo de Bombeiros, os restos mortais do médium deixaram o Grupo Espírita da Prece, acompanhados por uma multidão incalculável, que seguia a pé e em silêncio, em direção ao Cemitério de São João Batista, em Uberaba, sem falar no sem-número de criaturas que, espremidas, se dispunham de ambos os lados das ruas por onde passava o cortejo. Em várias ocasiões, pétalas de rosas em grande profusão derramavam-se sobre o cortejo, lançadas por um helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais.

 

Cálculos das autoridades militares dão conta de que mais de cem mil pessoas compareceram ao sepultamento. No cemitério foram prestadas as honras militares de estilo, inclusive uma salva de 21 tiros de fuzil, a cargo do 4º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, cuja banda tocou as músicas Amigos para sempre e Nossa Senhora. Por volta das 19 horas, o corpo do médium baixou à tumba, após o que a multidão se dispersou, lenta e silenciosamente.

 

Fonte:Reformador julho/2002 - Edição especial

 

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

 

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.

 

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

 

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

 

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

 

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

 

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

 

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

 

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais, ou justificativas para os seus atos.

 

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seus líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referências para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

 

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

 

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

 

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

 

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

 

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

 

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

 

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que acontecia à sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

 

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmetne desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.

 

Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável.

 

...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua Bondade, asseverando-lhe:

 

- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

 

Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

 

 

 

(Textos copiados do site Feparana)

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FOTOS: TODAS COLHIDAS NO SITE www.universoespirita.org.br ILUSTRAM FASES DA VIDA DE CHICO XAVIER

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chicoRua São Sebastião 1920Fabrica de Tecidos anos 30

FOTOS: QUANDO ISMAEL FAZIA A ENTREVISTA COM D. CIDÁLIA XAVIER CARVALHO,  FOTOGRAFOU-A EM SEU JARDIM, OFERECENDO A ROSA DA FOTO PARA O IRMÃO CHICO XAVIER; D. CIDALIA DEFRONTE DE SUA CASA QUE FOI MUITO FREQUENTADA POR CHICO XAVIER,  PRÓXIMA DA FABRICA DE TECIDOS;  RUA SÃO SEBASTIÃO EM PEDRO LEOPOLDO COM A CASA ONDE CHICO NASCEU – A PRIMEIRA DE DUAS ÁGUAS À ESQUERDA DA FOTO; FÁBRICA DE TECIDOS CACHOEIRA GRANDE, ONDE CHICO COMEÇOU A TRABALHAR AOS NOVE ANOS.

 (FOTOS EM PRETO E BRANCO DO  ARQUIVO GERALDO LEÃO, PEDRO LEOPOLDO, MG,  E AS COLORIDAS DE ISMAEL GOBBO)

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AINDA COM SOL FORTE, ESCALDANTE, A MULTIDÃO VAI CHEGANDO APRESSADA PARA SUPERLOTAR AS MODESTAS DEPENDÊNCIAS DO GRUPO ESPÍRITA DA PRECE, EM UBERABA, MG. CHICO CHEGA, A MULTIDÃO SE ACOTOVELA, O TRABALHO ABENÇOADO SE REALIZA SOB A PROTEÇÃO DE JESUS E DOS EMISSÁRIOS SUPERIORES. CHICO PACIENTE RECEBE SEUS VISITANTES QUERIDOS, OSCULA-LHES AS MÃOS E,  FELIZ, VOLTA PARA CASA COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA, TRANQUILA COMO SEMPRE  FOI. FOTOS ISMAEL GOBBO  

 

LEIA O ESPECIAL DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

ACESSE AQUI:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2010_04_02_archive.html

 

 

Nesta sexta feira foi encerrada a programação comemorativa dos 70 anos da Aliança Espírita “Varas da Videira”. Araçatuba, SP

 

O evento contou com palestra da oradora Jane Maiolo de Jales, SP, que desenvolveu o tema “Jesus na casa de Marta e Maria”.  A Use Intermunicipal de Araçatuba fez a gravação que será postada brevemente. Ao final houve o lanche de confraternização. Texto e fotos Ismael Gobbo.

 

 

Programação do Centro Espírita Allan Kardec

Penápolis, SP

 

(Recebido em email de João Marchesi Neto)

 

Publicação do jornal Momento Espírita. CEAC. 07/2019.

Bauru, SP

 

 

(Recebido de Sidney Fernandes)

 

Agenda Brasil Espírita

Acesse no link

 

Clique aqui:

https://www.facebook.com/agendaespiritabrasil/

 

 

 

 

Palestra na Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec.

Birigui, SP

 

 

(Informações em https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2342590529159697&set=a.102468126505293&type=3&theater)

 

CONESPB- IX Congresso Espírita Paraibano

João Pessoa, PB

 

De 10 a 12 de janeiro de 2020 ocorrerá o IX Congresso Espírita Paraibano com o tema “O Cristo vive em mim”, no Teatro Pedra do Reino, em João Pessoa (PB). Os palestrantes convidados são Arthur Valadares, Cintia Vieira, Denise Lino, Divaldo Franco, Frederico Menezes, Haroldo Dutra, Jorge Godinho, Miriam Dusi, Rossandro Klinjey, Sandra Borba e Severino Celestino. Para mais informações e inscrições, acesse: www.9conespb.fepb.org.br

 

 

 

(Informações copiadas de https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/ix-congresso-espirita-paraibano/)

 

 21º. Seminário de Unificação do Movimento Espírita

do Estado do Ceará. Fortaleza

 

O seminário de Unificação do Movimento Espírita do Ceará está na 21ª edição. Este ano ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho na sede da Federação Espírita do Estado, na Rua Princesa Isabel, 255, Centro, Fortaleza. Informações: (85) 3212-1092.

 

 

 

 

(Informações copiadas em

https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/unificacao-do-movimemento-espirita-do-ceara/)

 

Congresso Espírita “Léon Denis”

Uberlândia, MG  

 

 

(Informações copiadas em em https://www.facebook.com/events/216384279305663/)

 

Palestra Lítero-Musical no Grupo Socorrista Maria de Nazaré

Boituva, SP  

 

(Informações em email de Didi Pelegrini [[email protected]])

 

Palestra no C.E. Esperança e Caridade

Araçatuba, SP

 

(Com informações de Katia Calciolari)

 

Programação do Centro Espírita Zilda Gama

São Paulo, SP

 

 

 

 

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CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

[email protected]

 

Nossa missão: "Acolher e auxiliar fraternalmente o indivíduo no seu desenvolvimento espiritual, por meio da Divulgação, do Ensino, da Prática da Doutrina Espírita e das parcerias com grupos terapêuticos de reconhecido valor espiritual"

 

 

(Recebido em email de Centro Espírita Zilda Gama [[email protected]])

 

Palestra no C.E. Mário. F. Barreira

Cândido Mota, SP

 

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]])

 

Encontro Espírita de Inverno

Poços de Caldas, MG

 

 

(Informações recebidas em email de Domingos B. Rodrigures [[email protected]])

 

Informações da Sociedade Espírita de Virgínia

EUA

 

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Join us Today at the SSVA!

Join us as we celebrate the SSVA 12th anniversary with 12 hours of service!

Sunday, June 23rd from 9 a.m. to 9 p.m.

*Please feel free to attend any session(s) throughout the day

*Fraternal counseling and passes available after each session

*A delicious fundraising lunch ($20 adults/$10 children) will be served at 1pm including chicken stroganoff, Brazilian cheese bread and brigadeiro (vegetarian and gluten-free options available)

*Snacks and refreshments available throughout the day

 

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Spiritist Society of Virginia

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Abrigo Ismael – Feijoada Beneficente

Araçatuba, SP

 

A busca do amor

Em plena juventude, como fruto verde que aguarda a primavera, esperei intensamente pelo amor.

Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.

E porque ele demorasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.

Andei por muitos caminhos e por estradas solitárias. Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe.

Corria e o que conseguia ver eram somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.

Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos.

Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar; casais trocando juras; crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.

Em todos estava o amor. Somente eu prosseguia solitário e triste.

Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.

De longe, pude sentir o perfume dos lírios. Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.

Você voltou! – Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.

Seja bem vindo! – Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.

É bom tê-lo de volta. – Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.

Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis. As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.

Uma emoção me invadiu a alma. Abri as portas e janelas do meu ser.

Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, vi o amor passar em frente à minha porta.

Apressadamente, coloquei flores de laranjeira na casa do meu coração. Atapetei o chão para que ele entrasse, iluminando a escuridão da minha soledade.

Agora, tremo de ternura. Já não sofro desejo, nem aflição.

Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.

Há tanta beleza no amor que me emociono.

Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.

Em razão disso, descubro de verdade o que é o amor e não o retenho.

Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada. Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.

Aprendi a amar.

*   *   *

Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.

Feliz o que leu e entendeu o ensino de Francisco de Assis, que foi, posteriormente, sintetizado nos versos que convidam a procurar mais consolar, do que ser consolado; mais compreender, do que ser compreendido.

Resumindo: amar mais do que ser amado.

Isso porque o amor preenche todos os vazios, torna felizes todas as horas e engrandece a quem o exercita para consigo mesmo e para com o seu semelhante.

Por isso mesmo, o Mestre dos mestres convidou ao amor, muitas e muitas vezes:

Amai-vos como Eu vos amei.

Amai-vos uns aos outros.

E afirmando que os Seus discípulos seriam conhecidos por muito se amar.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. LVII,
do livro 
Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore,
psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 28.6.2019.

 

 (Copiado do site Feparana)

São Francisco de Assis. Óleo sobre tela de Cigoli.

Imagem/fonte: https://it.wikipedia.org/wiki/File:Cigoli,_san_francesco.jpg

 

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