Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 6 - 1863

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Conclui na próxima postagem)

 

(Texto copiado do site Febnet)

Albi, capital do departamento de Tarn, no sudoeste da França, mostrando a Pont Vieux ("ponte velha") sobre o rio Tarn e a catedral de Sainte-Cécile ao fundo. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albi2007a.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JANEIRO/05-01-2019_arquivos/image007.jpg

“O Angelus”. Óleo sobre tela por Jean-François Millet. 1857/1859.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Angelus_(painting)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JANEIRO/05-01-2019_arquivos/image008.jpg

Velha orando. Óleo sobre tela por Theophile M. Lybaert. 1915.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Theophile_Lybaert_-_Old_Flanders.jpeg

 

Prece do “Pai Nosso”. Aquarela por James Tissot

Imagem/fonte:

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Brooklyn_Museum_-_The_Lord%27s_Prayer_%28Le_Pater_Noster%29_-_James_Tissot.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/13-02-2019_arquivos/image008.jpg

O rio Saône e a colina de Fourviére no século XVIII. Lião, França.

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Lyon_la_Saone_et_fourviere.JPG

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/13-02-2019_arquivos/image011.jpg

Placa  em avenida de Lião, França, dedicada  a Allan Kardec. Foto Ismael Gobbo

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JANEIRO/22-01-2019_arquivos/image011.jpg

Uma visão de Paris da Pont Neuf. 1763. Óleo sobre tela de Jean-Baptiste Raguenet.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-Baptiste_Raguenet_-_A_View_of_Paris_from_the_Pont_Neuf_-_71.PA.26_-_J._Paul_Getty_Museum.jpg

 

A terrível megera

É muito comum, ainda, o desespero tomar conta dos familiares quando a sombra da morte paira sobre o lar e arrebata um dos seus membros.

Pais ficam desarvorados, como se o chão lhes tivesse sido retirado e eles não têm onde pisar.

Meu filho era a razão da minha vida! Não consigo viver sem ele! – Dizem, entre a revolta e a angústia.

Mães insistem em deixar o quarto, o escritório, todos os pertences do filho amado, exatamente como se encontravam, no momento da partida dele para o além.

É como se nutrissem a esperança de seu regresso, a qualquer momento, para continuar a se utilizar de tudo o que se servia até há pouco.

Esposos lesados com a ausência do cônjuge derramam lágrimas intermináveis sobre o cadáver, quando não fazem indagações em tom de acusação: Por que você fez isso comigo? Por que me deixou?

Essas atitudes e outras assemelhadas têm a ver com a forma como fomos educados. E, consequentemente, educamos nossos filhos.

Ora, a única certeza que se tem, neste mundo, é de que quem nasce, mais dia, menos dia, haverá de morrer.

De forma paradoxal, é aquilo com que menos nos preocupamos. Não falamos a respeito da morte, não explicamos aos pequenos o que é a morte.

Se morre o seu bichinho de estimação, depressa vamos comprar outro, igualzinho, a fim de que a criança não perceba o que aconteceu.

Melhor seria deixá-la ter o contato com o fenômeno, utilizando o momento ideal para a educação para a morte.

A criança poderá chorar, mas entenderá que todos os seres vivos morrem um dia. E dentro de si, com o amparo dos pais, poderá muito bem administrar a dor da ausência.

Um exercício que lhe servirá no futuro porque ela caminhará no mundo como quem sabe que a vida física não é eterna.

Dessa forma, quando a morte abraçar alguém que ela ama, sofrerá a ausência, chorará a dor da distância que se apresenta, mas não se deixará sorver pelo caos mental, por saber que esse é o ciclo normal da vida.

Determinada propaganda que valoriza o correto processo educacional mostra uma criança olhando o peixinho no aquário.

Ele está imóvel, de barriga para cima. A mãozinha miúda bate no aquário, como tentando despertá-lo.

A mãe se aproxima e agora o cenário passa para imagens que ela descreve: o peixinho abre os olhos e percebe peixes alados que voam entre nuvens.

Às costas de um deles, realiza um breve percurso. Despede-se, quando chega a um grande portal, sugerindo um local de delícias.

Logo mais reencontra uma fêmea de sua mesma espécie.

Tocam-se as barbatanas e assim, adentram o grande portal da felicidade.

A cena retorna para a criança e a mãe. Os olhos do pequeno brilham, ele sorri e diz:

Que legal, mãe! Então, foi isso que aconteceu?

E um grande abraço conclui o diálogo.

Eis aí a desmistificação da morte como a megera terrível, insaciável, que arrebata os amores e os transporta a lugares ignorados.

Pensemos nisso e comecemos a elaborar quadros mentais a respeito da morte, diversos desses sombrios com que sempre a vestimos.

Vamos além e comecemos a ensinar aos nossos filhos o que é o fenômeno natural da morte e o adentrar na vida imortal.

 Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP.
Em 11.9.2019.

 

 (Copiado do site Feparana)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/04-02-2019_arquivos/image019.jpg

Capa do livro: “Quem tem medo da morte?” do saudoso escritor Richard Simonetti

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/04-02-2019_arquivos/image020.jpg

“A serenidade da morte”. Escultura em mármore de túmulo no Cemitério do Araçá, em São Paulo. Foto Ismael Gobbo .

http://www.noticiasespiritas.com.br/2016/OUTUBRO/20-10-2016_arquivos/image009.jpg

Vista do Cemitério Monumental. Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

Programação no C.E. Nova Era

São Paulo, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

 

Publicação do Correio Fraterno

Participe do Setembro Amarelo! Alguém muito próximo pode estar precisando de você!

 

29º Concurso de Poesia com Temática Espírita, da Arte Poética Castro Alves.  São Paulo, SP

29o. Concurso de Poesia com Temática Espírita

Estão abertas as inscrições para o 29o. Concurso de Poesia com Temática Espírita, da Arte Poética Castro Alves.

Ultimos dias até o dia 30 de setembro de 2019, os concorrentes deverão endereçar as poesias (por carta ou por e-mail), para o endereço: por carta: Caixa Postal 65077, CEP 01318-970, São Paulo (SP).  Por e-mail:
[email protected] , com os seguintes dados: nome e endereço completo, uma pequena biografia e cópia do RGO Prêmio Castro Alves será entregue aos contemplados no dia 23 de novembro, (sábado) às 15 horas, no Salão Bezerra de Menezes, da Federação Espírita do Estado de São Paulo,   Rua Santo Amaro, 370, Bela Vista, São Paulo (SP), em evento que será apresentado por José Damião, Vanessa Cavalcanti e Guiomar Sant'Anna, da Rádio Boa Nova e TV Mundo Maior. Parte artística: Vânia Rosa Malandrino, pianista.

 

 

(Informação recebida em email de Jose Damiao [[email protected]])

 

Palestra com André Trigueiro

Matão, SP

 

 

(Com informaçôes de Orson Peter Carrara)

 

Entrevista com atores do filme Divaldo Franco

Acesse o link 

 

Clique :

https://www.youtube.com/watch?v=adY0TiV_6N0&feature=share&fbclid=IwAR3DWMzlAViaulEMSZx4dzlaepfwnEAN0XyC1iGIde30yZMB1QvgPSkFrZU

 

 

 

 

(Com informação de Erondina Moura)

 

II Seminário sobre Envelhecimento e Espiritualidade

Sorocaba, SP

 

Olá amigos da AME Sorocaba,

 

Convidamos a todos para o II Seminário de Envelhecimento e Espiritualidade da Associação Médico Espírita de Sorocaba

 

20 DE OUTUBRO DE 2019 (DOMINGO)

das 08h as 12h30

 

TEMAS CENTRAIS

# DEMÊNCIA DE ALZHEIMER

# CUIDADORES: um olhar sobre quem cuida

# A ARTE DE ENVELHECER COM SAÚDE

 

LOCAL: S.E.C.E. GABRIEL DELANNE    (Rua Portugal, 146 – Sorocaba / SP)

 

Valor de Inscrição Antecipada R$ 20,00 (até dia 14/10) - APENAS pelo link

https://www.sympla.com.br/ii-seminario-de-envelhecimento-e-espiritualidade-da-ame-sorocaba__635371

 

Contamos com sua presença e agradecemos se puderem nos auxiliar na divulgação,

 

Atenciosamente

Equipe de Divulgação da AME Sorocaba

 

--

AME SOROCABA - Associação Médico-Espírita de Sorocaba

 

 

 

 

 

(Informação recebida em email de AME SOROCABA [[email protected]])

 

GEBEM – Palestras da semana

Guarulhos, SP

 

 

 

(Informações em

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2864362860243697&set=pcb.2403772689839118&type=3&theater&ifg=1)

 

46a. Semana Espírita de

Guarulhos, SP

 

Boa noite Ismael,...

Neste próximo sábado iniciaremos aqui em Guarulhos a 46ª Semana Espírita de Guarulhos. Serão feitas palestras em 29 casas espíritas e por isto precisei fazer a divulgação em quatro placas.

 

 

 

 

(Informações recebidas em email de Luiz Gouveia)

 

Prossegue a 42a. Jornada de Confraternização Espírita de

Assis, SP

 

(Informação recebida em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]])

 

Site da FEB – Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Acesse :

https://www.febnet.org.br/

 

 

 

2ª Caminhada pela prevenção ao suicídio

 

Ocorrerá no dia 28 de setembro com o tema “Compartilhe a sua dor”, a 2ª Caminhada pela prevenção ao suicídio, em Mato Grosso do Sul, com o apoio da Federação Espírita do Mato Grosso do Sul (FEMS). A concentração inicia às 8h na Praça Ary Coelho. Informações: (67) 99203-6671 e pelo site www.fems.org.br

 

 

(Informação em https://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/2a-caminhada-pela-prevencao-ao-suicidio/)

 

Programação do C.E. Allan Kardec

Penápolis, SP

 

 

(Com informações de João Marchesi Neto)

 

XXIII Semana Espírita de

São Bernardo do Campo, SP

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(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

Jornal Mundo Maior

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Feijoada Beneficente

Guarulhos, SP

 

(Informação recebida em email de Claudio Palermo)

 

Pizzada Beneficente do Fraternidade Espírita Gina.

São Paulo, SP

 

(Vide informações em

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206424002274603&set=gm.486010722231897&type=3&theater)

 

Política Divina

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Vinha de Luz. Lição nº 59. Página 131.

 

"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." Jesus. Lucas, 22:27.

 

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.

Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.

Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no código da vida eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

 

 

(Recebido em email do divulgador Antonio Sávio de Belo Horizonte, MG)

A luz. Foto Ismael Gobbo

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/06-11-2018_arquivos/image053.jpg

O Bom Samaritano. Óleo sobre tela por Eugène Delacroix.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Good_Samaritan_(Delacroix_1849).jpg

 

Auta de Souza

(1876 – 1901)

File:Auta de souza.jpg

Auta de Souza

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Auta_de_souza.jpg

 

Auta de Souza nasceu em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, em 12 de setembro de 1876; educou-se no colégio "São Vicente de Paula", em Pernambuco, sob a direção de religiosas francesas; e faleceu em 7 de fevereiro de 1901, na cidade de Natal. Uma biografia simples como os seus versos e o seu coração... Ela não conheceu os obstáculos que encheram de tormento a existência de Marcelline Desborde-Valmore. Desde muito cedo, porém, sentiu todo o horror da morte. Aos quatorze anos, quando lhe apareceram os primeiros sintomas do mal que a vitimou, não havia senão sombras em seu espírito; era já órfã de pai e mãe, tendo assistido ao espetáculo inesquecível do aniquilamento de um irmão devorado pelas chamas, numa noite de assombro. Assim, desde a infância, o destino lhe apareceu como um enigma sem a possibilidade de outra decifração que o luto. Salvaram-na do desespero a fé religiosa e o resignado exemplo da ignorada heroína para quem escreveu o soneto A minha Avó, publicado neste volume. Horto é, pois, a história de uma grande dor. Formou-o a autora recordando, sentindo, penando. Em casa, o luto sucessivo; no colégio, as litanias da Igreja; mais tarde, no campo, onde passou o melhor tempo da atormentada existência, a paisagem triste do sertão nos longos meses de seca, a compaixã A primeira edição do Horto, publicada em 1900, esgotou-se em dois meses. O livro foi recebido com elogios pela melhor crítica do país; leram-no os intelectuais com avidez; mas a verdadeira consagração veio do povo, que se apoderou dele com devoto carinho, passando a repetir muitos de seus versos ao pé dos berços, nos lares pobres e, até, nas igrejas, sob a forma de "benditos" anônimos. Auta, sem pensar e sem querer, reproduzira a lápis, na chaise longue onde a prostrara a doença, as emoções mais íntimas de nossa gente: encontrará no próprio sofrimento a expressão exata do sofrimento alheio. E antes de finar-se ouviu da boca de centenas de infelizes muitos dos versos que traçara com os olhos lacrimosos, não raro para esquecer o desgosto de se sentir vencida em plena mocidade. Não teve cultura literária vasta. Recordando cenas da meninice, vejo-a neste momento, aos oito anos, curvada sobre as paginas da História de Carlos Magno, outrora muito popular nas fazendas do Norte, livro cheio de façanhas inverossímeis, sem medida, sem arte, escrito no pior dos estilos, - mas delicioso para quem o conheceu na infância. Lia-o Auta no campo, os olhos ingenuamente maravilhados, para o mais ingênuo dos auditórios, composto de mulheres do povo e de velhos escravos, todos filhos d'esse formoso sertão que exerceu em seu espírito tão salutar influência Depois, chegou a vez das Primaveras, de Casimiro de Abreu. Um pouco mais tarde, no colégio, não leu outra cousa que os compêndios de estudo e as obras de prêmio, de feição religiosa e sentimental. Nesse tempo, o seu livro predileto foi um romance profundamente triste, Tebsima, episódio lendário da primeira Cruzada. Ao sair do internato, onde aprendera bem as línguas francesa e inglesa e adquirira boas noções de música e de desenho, começou a ler alguns autores brasileiros, especialmente Gonçalves Dias e Luiz Murat. Estes dois grandes sonhadores, porém, não tiveram ação decisiva sobre seu espírito. Não sei mesmo como ela, que detestava a feitura clássica de certos estilos, podia ler com satisfação crescente o poeta dos Tymbiras. Nunca me explicou também o motivo por que os versos tumultuosos de Luiz Murat constituíam verdadeiro encanto para a sua alma tão meiga, tão cheia de religiosa ternura. Nos últimos anos, as horas que podia dispensar ao convívio dos autores, consagrava-as aos místicos, a Th. de Kempis, a Lamartine, a S. Theresa de Jesus. A estes, associava Marco Aurélio, cujos Pensamentos muito concorreram para aumentar a tolerância e a simpatia com que encarava os seres e as cousas. Tal é a história da sua formação intelectual. Pode-se, entretanto, dizer sem exagero que o sofrimento foi o seu melhor guia. A influência das Irmãs de "São Vicente "Não vês? Minh'alma é como a pena branca 0"Que o vento amigo da poeira arranca '"E vai com ela assim, de ramo em ramo, "Para um ninho gentil de gaturamo... "Leva-me, ó coração, como esta pena "De dor em dor até à paz serena." A tormenta se desfizera ao pé do túmulo; e do naufrágio em que se abismou esta singular existência, resta o Horto, livro de uma santa." HENRIQUE CASTRICIANO Paris, 4 de Agosto de 1910. Extraida da 3ª edição do livro HORTO, 1936) Auta de Souza (do livro Auta de Souza) Nasceu em Macaíba, então Arraial, depois cidade do Rio Grande do Norte a 12 de setembro de 1876, era magrinha, calada, de pele clara, um moreno doce à vista como veludo ao tato. Era filha de ELOI CASTRICIANO DE SOUZA, desencarnado aos 38 anos de idade e de Dona HENRIQUETA RODRIGUES DE SOUZA, desencarnada aos 27 anos, ambos tuberculosos. Antes dela ter completado 3 anos ficou órfã de mãe e aos 4 anos de pai. A sua existência, na terra foi assinalada por sofrimentos acerbos. Muito cedo conheceu a orfandade e ainda menina, aos dez anos, assistiu a morte de seu querido irmão IRINEU LEÃO RODRIGUES DE SOUZA, vitimado pelo fogo produzido pela explosão de um lampião de querosene, na noite de 16 de fevereiro de 1887. Auta de Souza e seus quatro irmãos foram criados em Recife no velho sobrado do Arraial, na grande chácara, pela avó materna Dona SILVINA MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA RODRIGUES, vulgarmente chamada Dindinha e seu esposo FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES, que desencarnou quando Auta tinha 6 anos. Antes dos 12 anos, foi matriculada no Colégio São Vicente de Paulo, no bairro da Estância, onde recebeu carinhosa acolhida por parte das religiosas francesas que o dirigiam e lhe ofereceram primorosa educação: Literatura, Inglês, Música, Desenho e aprendeu a dominar também o Francês, o que lhe permitiu ler no original: Lamartine, Victor Hugo, chateubriand, Fénelon. De 1888 a 1890, a jovem Auta estuda, recita, verseja, ajuda as irmãs do Colégio, aprimora a beleza de sua fé, na leitura constante do Evangelho. Aos 14 anos, ainda no Educandário Estância, em 1890, manifestaram-se os primeiros sintomas da enfermidade que lhe roubou, em plena juventude, o viço e foi a causa de sua morte, ocorrida na madrugada de 7 de fevereiro de 1901 - Quinta-feira à uma hora e quinze minutos, na cidade de Natal, exatamente com 24 anos, 4 meses e 26 dias de idade. Os médicos nada puderam fazer e Dindinha retornou com todos para a terra Norte-Rio Grandense. Ei-los todos em Macaíba. Foi sepultada no cemitério do Alecrim e em 1906, seus restos mortais foram transladados para o jazigo da família, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba, sua terra natal. O forte sentimento religioso e mesmo a doença não impediram de ter uma vida absolutamente normal em sociedade. Era católica, mas não submissa ao clero. Ela não se macerou, não sarjou de cilícios a pele, não jejuou e jamais se enclastou. Era comunicativa, alegre, social. A religiosidade dela era profunda, sincera, medular, mas não ascética, mortificante, mística. Seu amor por Jesus Cristo, ao Anjo da Guarda, não a distanciaram de todos os sonhos das donzelas: Amor, lar, missão maternal. Com 16 anos, ao revelar o seu invulgar talento poético, enamorou-se do jovem Promotor Público de Macaíba, João Leopoldo da Silva Loureiro, com a duração apenas de um ano e poucos meses. Dotada de aguda sensibilidade e imaginação ardente dedicava ao namorado amor profundo, mas a tuberculose progredia e seus irmãos convenceram-na a renunciar. A separação foi cruel, mas apenas para Auta. O Promotor não demonstrou a menor reação.... É verdade que gostava de ouvi-la nas festas caseiras a declamar com sua belíssima voz envolvente, aveludada e com ela dançar quadrilhas, polcas e valsas, mas não era o homem indicado para amar uma alma tão deli cada e sonhadora como Auta de Souza. Faltava-lhe o refinamento espiritual para perceber o sentimento que extravasava através dos olhos meigos da grande Poetisa. Essa sucessão de golpes dolorosos, marcou profundamente sua alma de mulher, caracterizada por uma pureza cristalina, uma fé ardente e um profundo sentimento de compaixão pelos humildes, cuja miséria tanto a comovia. Era vista lendo para as crianças pobres, para humildes mulheres do povo ou velhos escravos, as páginas simples e ingênuas da "História de Carlos Mágno", brochura que corria os sertões, escrita ao gosto popular da época. A orfandade da Poetisa ainda criança, o desencarne trágico de seu irmão, a moléstia contagiosa e a frustração no amor, esses quatro fatores amalgamados à forte religiosidade de Auta, levaram-na a compor uma obra poética singular na História da Literatura Brasileira "Horto", seu único livro, é um cântico de dor, mas, também, de fé cristã. A primeira edição do Horto saiu do prelo em 20 de Junho de 1900. O sofrimento veio burilar a sua inata sensibilidade, que transbordou em versos comovidos e ternos, ora ardentes, ora tristes, lavrados à sombra da enfermidade, no cenário desolador do sertão de sua terra. Em 14 de novembro de 1936, houve a instalação da Academia Norte-Rio Grandense de Letras, com a poltrona XX, dedicada a Auta de Souza. Livre do corpo, totalmente desgastado pela enfermidade, Auta de Souza, irradiando luz própria, lúcida e gloriosa alçou vôo em direção à Espiritualidade Maior. Mas a compaixão que sempre sentira pêlos sofredores fez com que a poetisa em companhia de outros Espíritos caridosos, visitasse, constantemente a crosta da terra. Foi através de Chico Xavier, que ela, pela primeira vez revelou sua identidade, transmitindo suas poesias enfeixadas em 1932, na primeira edição do "PARNASO DE ALÉM TÚMULO", lançado pela Federação Espírita Brasileira. Em sua existência física, Auta de Souza foi a AVE CATIVA que cantou seu anseio de liberdade; o coração resignado que buscou no Cristo o consolo das bemaventuranças prometidas aos aflitos da terra. Além do túmulo, é o pássaro liberto e feliz que, tornado ao ninho dos antigos infortúnios, vem trazer aos homens a mensagem de bondade e esperança, o apelo à FÉ e a CARIDADE, indicando o rumo certo para a conquista da verdadeira vida.

 

(Texto copiado de http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2016/02/Auta-de-Souza.pdf)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/FEVEREIRO/07-02-2019_arquivos/image045.jpg

Auta de Souza

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Auta_de_souza.jpg

 

Agora

 

Auta de Souza

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

 

Agora, enquanto é hoje, eis que fulgura
O teu santo momento de ajudar!...
Derrama, em torno, compassivo olhar
Estende as mãos aos filhos da amargura...

Repara!... Aqui e além, a desventura
Caminha ao léu, sem pão, sem luz, sem lar,
Acende o próprio amor! Faze brilhar
A tua fé tranquila, doce e pura.

Agora! eis o minuto decisivo! ...
Abre o teu coração ao Cristo Vivo,
Não permitas que o tempo marche em vão.

E ajudando e servindo sem cansaço,
Alcançarás, subindo passo a passo,
A glória eterna da Ressurreição.

 

Soneto extraído do livro Auta de Souza, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela Editora IDEAL.

 

(Copiado de

https://www.mensagemespirita.com.br/chico-xavier/auta-de-souza/agora-auta-de-souza-e-chico-xavier)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/FEVEREIRO/11-02-2017_arquivos/image012.jpg

Jesus curando o cego de Betsaida. Óleo sobre tela por El Greco.

Imagem/fonte: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_curando_o_cego_de_Betsaida#/media/File:El_Greco_-_Christ_Healing_the_Blind_-_WGA10420.jpg

 

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