Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sexta-feira, 10 de julho de 2020

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 8 - 1865

 

 

 

 

 

 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/aa/Davenport_brothers.jpg/800px-Davenport_brothers.jpg

Esta fotografia de 1870 mostra os irmãos e William Fay em frente ao "armário dos espíritos".

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Davenport_brothers

 

 

Irmãos Davenport

Ira Erastus Davenport (17 de setembro de 1839 - 8 de julho de 1911) [1] e William Henry Davenport (1 de fevereiro de 1841 - 1 de julho de 1877), [1] conhecidos como irmãos Davenport , eram mágicos americanos no final do século XIX. , filhos de um policial de Buffalo , Nova York . Os irmãos apresentaram ilusões de que eles e outros afirmavam ser sobrenaturais .

Leia mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Davenport_brothers

Arquivo: Buffalo 1813.jpg

Buffalo* em 1813.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Buffalo_1813.jpg

 

Em Bufallo nasceram os irmãos Davenport

Leia aqui:

https://en.wikipedia.org/wiki/Davenport_brothers

 

 

File:Salvador Brasil 1875.jpg

Vista de Salvador, Bahia, em 1875.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador

 

Salvador

Salvador é um município brasileiro e capital do estado da Bahia. Situada na Zona da Mata da Região Nordeste do Brasil, Salvador é notável em todo o país pela sua gastronomiamúsica e arquitetura,[9] também reconhecidas internacionalmente. A influência africana em muitos aspectos culturais da cidade a torna o centro da cultura afro-brasileira.[10][11][12] Primeira sede da administração colonial portuguesa do Brasil, a cidade é uma das mais antigas da América e uma das primeiras cidades planejadas no mundo, ainda no período do Renascimento.[13][14] Sua fundação em 1549 por Tomé de Sousa ocorreu por conta da implantação do Governo-Geral do Brasil pelo Império Português.[15] Situa-se nos hemisférios austral e ocidental no cruzamento do paralelo de 12 graus ao sul com meridiano de 38 graus a oeste, cujas coordenadas mais específicas são determinadas a partir do marco da fundação da cidade, no Forte de Santo Antônio da Barra.[3]

Leia mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador

Ficheiro:Salvador bahia panorama 1870.jpg

Salvador, capital da província da Bahia, c.1870.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Salvador_bahia_panorama_1870.jpg

Luiz Olympio Telles de Menezes

Luis Olimpio Teles de Menezes

Imagem:

http://www.autoresespiritasclassicos.com/allan%20kardec/Periodicos%20Espiritas/O%20Echo%20D%20Alem-Tumulo/O%20Echo%20D%E2%80%99Al%C3%A9m-T%C3%BAmulo.htm

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b8/Eco_de_alem_tumulo.jpg

O Écho d´Além-Tumulo

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_%C3%89cho_d%27Al%C3%AAm-Tumulo

 

 

O Écho d'Alêm-Tumulo[1] (em grafia atual, O Eco d'Além-Túmulo) foi um periódico brasileiro, publicado na segunda metade do século XIX. Destacou-se por ser o primeiro de conteúdo espírita publicado no país.[2]

 

História:

Editado em Salvador, na então Província da Bahia, a sua primeira edição veio a público em julho de 1869, doze anos após o lançamento de "O Livro dos Espíritos", na França. A sua publicação deu início à divulgação, em língua portuguesa, da doutrina espírita no país, uma vez que, até então, os textos disponíveis eram todos em língua francesa.[3]

O periódico era bimestral, com 56 páginas, tendo chegado a ser distribuído em Nova IorqueLondresParisLyonMadridBarcelonaSevilhaBolonha e na Catânia. Tinha como pilares a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. Não tinha fins lucrativos, e parte das suas vendas era destinada à causa abolicionista.[2]

O seu editor, redator e distribuidor era Luís Olímpio Teles de Menezes, reconhecido pela sua ousadia, uma vez que, à época, a religião oficial do Estado, conforme estabelecido pela Constituição brasileira de 1824, era o catolicismo.[2] Por essa razão, as outras religiões só poderiam ser cultuadas em ambientes domésticos.

Leia mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/O_%C3%89cho_d%27Al%C3%AAm-Tumulo

Salvador, Bahia. Foto Jorge Moehlecke

Salvador, Bahia. Foto Jorge Moehlecke

Salvador, Bahia. Foto Jorge Moehlecke

Divaldo Pereira Franco. Salvador, Bahia. Foto Jorge Moehlecke.

 

Luís Olimpio Teles de Menezes

(26-07-1825 – 16-03-1893)

 

Autor: Carlos Bernardo Loureiro

 

luiz_olimpio_menezes

Teles de Menezes



Luís Olímpio Teles de Menezes nasceu na cidade do Salvador, aos 26 de julho de 1825 e desencarnou, no Rio de Janeiro, pobre e esquecido, em 1893. Era filho do Capitão graduado Fernando Luís Teles de Menezes e D. Francisca Umbelina de Figueiredo Menezes, integrante da ilustre família dos Menezes, de velhos capitães, magistrados e clérigos portugueses, a qual desde os primórdios do século XVIII, deu entrada no Brasil. Estabilizou-se na Bahia, dando origem a extensa descendência.

 

Teles de Menezes casou-se, em primeira núpcias, aos 23 anos, com D. Ana Amélia Xavier de Menezes, da mesma idade. Nela, Teles de Menezes encontrou a esposa compreensiva e carinhosa de todos os instantes até a sua desencarnação em 28 de agosto de 1865. Foi pródiga a descendência desse primeiro matrimônio – entre filhos, netos, bisnetos e tetranetos, contando-se, ainda hoje, com alguns vivos.

 

Segundo o historiador Dr. Alexandre Passos, embora não seja possível determinar, de fato, a que ramo pertenceu Teles de Menezes, “não resta dúvida, a menor dúvida aliás, que os Menezes, salvo raras exceções, bons serviços prestaram ao Brasil Colônia e ao Brasil Reino”.


Ainda jovem, Teles de Menezes decidiu seguir a carreira do pai. Entrou para o curso de Artilharia em sua cidade natal, porém logo a abandonou por faltar-lhe a vocação. Dedicou-se, então, ao magistério. Participou, ardorosamente, da campanha contra o analfabetismo e ao incentivo da literatura entre os jovens baianos. O ensino das primeiras letras no Brasil decretado desde 1827, ainda não era bem aceito pelo povo, como não o era o próprio, deste sendo exigida muita renúncia e abnegação. Por vários anos, Teles de Menezes foi professor de instrução primária e de Latim. Apreciador do purismo gramatical, publicou um compêndio a que deu o título de “Ortoépia da Língua Portuguesa”.

 

Convivendo nos meio cultos, Teles de Menezes estabeleceu relações com ilustres educadores baianos, tendo diversos deles, mais tarde, colaborado na propaganda do Espiritismo. Entre estes últimos, podem ser citados os nomes de Zacarias Nunes da Silva Freire, José Francisco Lopes, Aureliano Henrique Tosta, Marciano Antônio da Silva Oliveira, Francisco Álvares dos Santos, Gervásio Juvêncio da Conceição e Antônio Gentil Ibirapitanga.


Na Biblioteca Pública da Bahia, fundada em 04 de maio de 1811, a primeira América do Sul, Teles de Menezes desempenhou as funções de “Oficial de Biblioteca”, cargo em que se aposentou, passando a receber magros proventos.


Teles de Menezes, patriota e monarquista, ingressou na Guarda Nacional, criada em 1831, “famosa naqueles tempos e que tão relevantes serviços prestou ao Segundo Império”, onde recebeu e desempenhou, condignamente, o posto de Capitão do Estado Maior do Comando Superior. Homens ilustres como o Visconde de Passé (Francisco Antônio da Rocha Pita e Argollo), Comendador da Ordem da Rosa, e Joaquim Batista Imburama, veterano da Independência, agraciado com a medalha da Campanha da Bahia, e, também, com a veneranda Ordem da Rosa, pertenceram aos seus quadros e apoiaram o movimento espírita na Bahia ao lado de Teles de Menezes que mais tarde foi reformado no posto de Tenente-Coronel.

O JORNALISTA

Teles de Menezes dedicou-se ao jornalismo. Escreveu em vários jornais e revistas da imprensa leiga da Cidade do Salvador. Dentre estes, em 1872, no “Diário da Bahia” (1856-1956) e no “Jornal da Bahia” (1853-1878) liberal o primeiro, conservador o segundo, e ainda, no “Interesse Público” (1860-1870), períodos considerados àquela época, os mais importantes da Bahia.

 

Ainda como jornalista, Teles de Menezes fez parte da redação da “A Época Literária”, sendo o seu principal redator. Nesta revista, publicou, ainda sem muita experiência e quando ainda não era espírita, nas páginas 24 e seguintes, em folhetins até o capítulo VIII, a novela “Os Dois Rivais”, em estilo ultra-romântico, considerada por David Salles uma das primeiras manifestações da ficção na Bahia, embora peque pela não citação do autor.

 

Publicada sobre os auspícios do poeta e estadista Domingos Borges de Barros, o célebre Visconde de Pedra Branca, pertencente ao Conselho de Sua Majestade, o Imperador, e um dos grandes protetores das letras pátrias, “A Época Literária” saía mensalmente, com 32 páginas, impressa a princípio, pela Tipografia de Carlos Poggetti e, pouco depois, pela Tipografia de Epifânio José Pedrosa. Era, então, uma das poucas folhas literárias existentes na Bahia. O analfabetismo reinante em nossa terra não permitia desenvolver, no espírito baiano, o gosto pelas letras pátrias.

Segundo o historiador Pedro Calmón, nos três tomos de “A Época Literária”, encontram-se colaboração dos “melhores espíritos da época”, como: Domingos Borges de Barros (seu diretor), José Martins Pereira de Alencastre, Pedro Antônio de Oliveira Botelho, Antonio Augusto de Mendonça, Laurindo Rabelo, Constantino do Amaral Tavares, Rodrigo Xavier de Figueiredo Ardignac, além do nosso confrade Luís Olímpio Teles de Menezes.

 


Teles de Menezes contava, nessa época, 24 anos de idade e ainda sem projeção nos meios literários e artísticos. Por isso seu nome não constou no frontispício da revista, uma vez que só nomes conhecidos facilitariam a divulgação da mesma. Todavia, o artigo de fundo do primeiro número de “A Época Literária” foi escrito por Teles de Menezes, sob as iniciais L.O.T.M., e se intitulava, simplesmente, “LEDE”.


Nesse artigo, Teles de Menezes inicia lembrando a evolução das nações como Grécia e Roma que galgaram o cume da magnificência para, depois, descambarem na decadência e na ruína. Partindo daí num arrebatamento patriótico próprio dos jovens, passa a analisar a evolução social brasileira, prosseguindo pelos séculos XVI a XIX, até “o brado heróico da liberdade” de 07 de setembro de 1822. Prosseguira Teles de Menezes enaltecendo o Brasil: “O colosso americano começou a caminhar a passos de gigante para o progresso e a civilização, e, consequentemente, muito avulta a sua literatura, por que é esta – o órgão do progresso e da civilização de um povo”.

 

Teles de Menezes vaticinava para o Brasil, num futuro não muito remoto, “o primeiro lugar na Escala das Nações”. Ele, realmente, confiava nos destinos e na grandiosa missão do Brasil.

TELES DE MENEZES CONTINUA A SUA EMPRESA

 

Ao iniciar-se o segundo período (2º semestre) de “A Época Literária”,, volta a inserir outro artigo editorial, datado de 25 de março de 1850, assinando, como no primeiro, com suas iniciais L.O.T.M., e tendo o mesmo título do anterior – “LEDE”, o qual é, aqui, transcrito “in-totum”:
“Se os nossos esforços, empregados no primeiro período, satisfizeram ao público sensato e justo avaliador, preenchendo os deveres da árdua tarefa que nos impusermos, é o que não podemos afirmar.
“Que não nos poupamos a dificuldade alguma, para com pontualidade desempenharmos o que prometemos, - embora não pudéssemos inteiramente tornar o nosso periódico tão interessante como desejávamos, é o que podemos assegurar aos nossos leitores.
“Se o público consciencioso continuar a acolhê-lo com aquela benignidade, com que o há feito, desculpando generosamente a nós, que inda agora estreamos a carreira das letras, então o nosso periódico, escudado – como se acha – por uma das notabilidades literárias da Bahia, irá, assim mesmo despido de todas as galas, modestamente sentar-se no meio das publicações deste gênero, que atualmente se fazem nos diversos pontos do Império Brasileiro.
“ Infelizmente na Bahia – e com profunda mágoa o dizemos! -, ainda um pouco atrasada em civilização (bem entendida), não podem tais empresas encontrar um pleno apoio, tão necessário para a sua animação, desenvolvimento e bom êxito.
“E ordinariamente eis o que sucede:
“Aqui, levantam-se cabeças orgulhosas de sua posição social, que com requintado desdém olham para a nova publicação.
“E por que assim o fazem?
“Porque ocupadas no cultivo da política, deslumbradas pelo futuro que elas lhes promete, anteolha-se-lhes árido e estéril o campo das letras, tanto mais quanto se julgam homens da primeira plana, e este autor não freqüenta a roda a que tanto se ufanam eles de pertencer.
“Ali, surgem outras, que, sem ao menos lerem a obra ou o jornal, previamente o condenam, porque – dizem – não gostam de ler escritos de autor desconhecido, que não tem fama, por isso que estão acostumados a aplaudir as obras, quaisquer que sejam, não pelo seu mérito, mas sim pela nomeada do indivíduo.
“Além, aparecem antagonistas que, ciosos (talvez) de não serem os pais da idéia novamente emitida, buscam com terrível egoísmo cavar a ruína da nascente empresa.
“ – Que devemos pensar de tudo isso?
“ – É questão a que nos forramos de responder, porque nela existe o cunho da ignorância e do amor – próprio mais degenerado.
“É portanto com todos estes obstáculos que o nosso periódico – que nos aprouve chamá-lo “A Época Literária” – tem lutado, e há-de relutar no ir por diante de sua existência; mas desprezando nós tudo quanto com seus envesgados olhos puder tramar a desprezível inveja, e confiando na benevolência do público sensato e justo, - diremos ainda uma vez, cheios de entusiasmo, com o Poeta brasileiro:
...Senhor, propício atende:
Nada por nós, por nossa Pátria tudo;
Fados brilhantes ao Brasil concede.
Bahia, 25 de março de 1850
(L.O.T.M.)”.

 

Em 29 de maio do mesmo ano, D. Romualdo Antônio de Seixas, Metropolitano e Primaz do Brasil, enviou longa missiva à redação de “A Época Literária”, elogiando o trabalho de seus dirigentes:

 

Em julho de 1850, três importantes personalidades da sociedade baiana passaram a integrar a equipe de redação de “A Época Literária”, Dr. Manoel Maria do Amaral Sobrinho, José Álvares do Amaral e Dr. Inácio José da Cunha. O primeiro pertencia a ilustre família de políticos baianos; os outros dois, como veremos posteriormente, tornaram-se, juntamente com Teles de Menezes, pioneiros do movimento espírita no Brasil.

 

Em 15 de janeiro de 1851, Teles de Menezes, em outro artigo de fundo, agradece o interesse dos leitores pela revista; mas apresenta, ao mesmo tempo a dura realidade que " A Época Literária” enfrentava: - dificuldades financeiras prementes. Solicita, então, ajuda dos assinantes amigos, entre os quais se incluíam pessoas de grande projeção na Sociedade baiana. Entretanto, seu apelo foi inútil; não obteve a resposta desejada. E a alma sensível do jovem Teles de Menezes, sofreu o rude golpe de ver “A Época Literária”, depois de pouco tempo, sair de circulação.

O CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO DA BAHIA

A 15 de agosto de 1857, foi instalado o Conservatório Dramático da Bahia, pelo literato e dramaturgo Dr. Agrário de Souza Menezes. Seu corpo de sócios era limitado a cinqüenta, só sendo admitido os que “tivessem dado provas de inteligência cultivada e de gosto pela arte dramática”. Desse conservatório que, segundo Affonso Ruy em “História do Teatro na Bahia” (1959), “arregimentou o escol espiritual da Província, com os bons propósitos de incentivar e elevar as letras dramáticas e o nível moral da cena”, participaram além de Teles de Menezes, destacadas personalidades baianas como: Frei Carneiro da Cunha, Júlio Cesar Leal, Filgueiras Sobrinho, Amaral Tavares, Pinto Paca, Álvares da Silva, Castro Alves, Rui Barbosa, Belarmino Barreto, Guedes Cabral, Cunha Vale, Rodrigues da Costa e Paulino Gil.

 

A sua instalação, o Conservatório da Bahia, que funcionou num dos salões do extinto Teatro São João, compunha-se de 24 sócios.

 

Foi devido a sua sede de cultura e de conhecimento que Teles de Menezes veio a se interessar pelos fenômenos “inexplicáveis” que ocorriam em todos os continentes e que chamaram a atenção da humanidade. Durante toda a fase de implantação da Doutrina Espírita na França, por Allan Kardec, Teles de Menezes manteve relações de amizade com os espíritas franceses.

 

O intercâmbio de idéias e a correspondência epistolar mantidas entre os dois países facilitaram a chegada a terras baianas das tendências filosóficas e culturais que emergiam além-mar.

 

A febre do magnetismo e os fenômenos espíritas explodiam em toda parte e Teles de Menezes interessou-se, vivamente, por esses assuntos, da mesma forma quanto a Allan Kardec e aos trabalhos que este desenvolveu juntamente com os espíritos Codificadores e que culminaram com o lançamento do livro dos Espíritos em 1857.

 

 

Daí Teles de Menezes vir a tornar-se sócio honorário correspondente da Sociedade Magnética da Itália, filiando-se, “igualmente a várias entidades espíritas” e espiritualistas européias.

 

Dentre os distintos confrades com quem Teles de Menezes manteve correspondência, distinguem-se o professor Denizard Hippolyte Leon Rivail e seu secretário A. Deslien.

Em 1860, surgiram no Brasil as primeiras obras espíritas. Cinco anos depois, precisamente às 22,30 horas do dia 17 de setembro de 1865, realizou-se em Salvador, na Bahia, a primeira sessão espírita no Brasil, sob a direção do pioneiro Luís Olímpio Teles de Menezes. Ainda em 1865, o mesmo Teles de Menezes fundou, também na Bahia, o primeiro Centro Espírita brasileiro, o Grupo Familiar do Espiritismo.

 

Essa iniciativa provocou imediata reação da Igreja que encontrou, em Teles de Menezes, um adversário corajoso e honesto. No ao de 1866 foi feito o lançamento, na capital baiana, do opúsculo “O Espiritismo – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”, contendo páginas traduzida por Teles de Menezes da 13ª edição de “O Livro dos Espíritos”, além dum “Apêndice” de outro autor francês e do prefácio “Lede”, em que Teles de Menezes diz do seu júbilo “de ter sido o primeiro na Bahia que, fervorosamente, esposou a doutrina espírita”, afirmando, adiante, ser a sua província natal, “metrópole de todas quantas grandes idéias surgem no Brasil”, a escolhida por Deus para ser o centro donde as idéias espíritas se irradiariam por toda Nação.

O ECHO D’ALÉM-TÚMULO

 

Em 1869 (8 de março), Teles de Menezes reunia seus companheiros no “Grêmio de estudos Espiríticos da Bahia” e anunciou o aparecimento, para breve, do primeiro jornal espírita do Brasil: “O ECHO D’ALÉM-TÚMULO”, o que realmente ocorreu naquele mesmo ano, no mês de julho. Participaram da histórica assembléia de fundação do “Monitor do Espiritismo no Brasil” os seguintes idealistas: Prof. Aureliano Henrique Tosta, Dr. Joaquim Carneiro de Campos, Dr. Manuel Correia Garcia, Dr. Inácio José da Cunha; José Martins Pena e o Prof. José Francisco Lopes.

 

 

Com 56 páginas, in 8º, bimestral, circulava mão só na Bahia, mas em outras partes do território nacional, bem como em Londres, Lyon, Paris, Madrid, Barcelona, Sevilha, Nova Iorque, Bolonha e Catânia. Imprimia-o a Tipografia do “Diário da Bahia”. Este importante jornal, considerado por Aloísio Carvalho Filho (Lulu Parola) “semeador de princípios liberais, viveiro e pouso de brilhantes jornalistas, onde, por sua maior glória, se emplumaram Rui e Vitorino”, foi o primeiro órgão da imprensa brasileira a acolher em suas colunas artigos de caráter espírita escritos por Teles de Menezes.

 

 

E o “ECHO D’ALÉM-TÚMULO” nasce abolicionista, difundindo, em meio a efervescência política da época, os princípios imortais do Espiritismo, sustentados na máxima: igualdade, liberdade e fraternidade. Teles de Menezes deixava transparecer claramente, pelas páginas do jornal espírita que dirigia, sua filiação à obra emancipadora, dos grandes liberais baianos daquele tempo, tais como Souza Dantas, João Barbosa, Saraiva, Rui, César Zama, Castro Alves e Zacarias Nunes da Silva Freire.

 

 

O Professor Antônio Loureiro (de saudosíssima memória) incluiu no seu trabalho “APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA NA BAHIA”, substancial registro sobre o “ECHO D’ALÉM-TÚMULO”, inscrevendo-o, sem nenhum favor, no contexto da história da nossa Imprensa tão rica de realização em prol dos fundamentais princípios que norteiam os notáveis pioneiros.

CONCLUSÃO 

 

Por volta de 1876, Teles de Menezes partiu para o Rio de Janeiro onde fixou residência na Rua Barão de são Félix, 165 – Sobrado, onde viveu com a sua Segunda esposa, D. Elisa Pereira de Figueiredo Menezes e alguns filhos do primeiro matrimônio.

 

Aos 16 de março de 1893, após sofrer os embates de dolorosa e pertinaz enfermidade (nefrite), desencarnou o pioneiro da Imprensa Espírita no Brasil, aos 68 anos de idade. O féretro saiu de sua casa, para o cemitério de S. Francisco Xavier.

 

Teles de Menezes inscreve-se no contexto da Imprensa Espírita, e, historicamente, no da Imprensa Brasileira como um de seus mais lídimos exemplos de idealismo e honradez.

 

 

(Texto copiado do site http://secbahia.blogspot.com.br/2009/05/luis-olimpio-teles-de-menezes.html )

Luiz Olympio Telles de Menezes

Luis Olimpio Teles de Menezes

Imagem:

http://www.autoresespiritasclassicos.com/allan%20kardec/Periodicos%20Espiritas/O%20Echo%20D%20Alem-Tumulo/O%20Echo%20D%E2%80%99Al%C3%A9m-T%C3%BAmulo.htm

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Selo comemorativo do Centenário da Imprensa Espírita no Brasil

homenageou Luis Olimpio Teles de Menezes. Imagens Internet

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Prédio histórico da Federação Espírita Brasileira na cidade do Rio de Janeiro

Imagem: Jornal Unificação, USE/SP, setembro/1960, pag. 5

 

Na lei do bem

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Justiça Divina. Lição nº 54. Página 129.

Estudos e Dissertações em torno da substância religiosa de “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec.

1ª parte, Capítulo VIII, Item 12.

Reunião pública de 28/08/1961.

 

Perguntas, muita vez, de alma inquieta, que vem a ser o bem, tão diversas surgem as interpretações, ao redor do bem, por toda parte.

Entendamos, contudo, que o bem genuíno será sempre o bem que possamos prestar na obra do bem aos outros.

Colheste pedradas, na construção a que te dedicas; no entanto, compadeces-te da mão que te ultraja, interpretando-lhe os golpes por sintomas de enfermidade.

Ouviste frases insultuosas, em torno do teu nome, e registras a agressão por loucura daqueles que as pronunciam, sem alterar-te no auxílio a eles.

Sofreste assalto, na tarefa que realizas, mas não te revoltas contra a injúria dos que te invadem a seara de esforço nobre, trabalhando sem mágoa, no clima da tolerância.

Podes falar, com razão, a palavra acusadora contra o adversário que te feriu; contudo, reconheces a ofensa por crise de ignorância e, nem de leve, te afastas da desculpa irrestrita.

Tens bastante merecimento para destaque e ocultas-te, na atividade silenciosa, sem fugir à cooperação, junto daqueles que te dirigem.

Conservas a possibilidade de reter o melhor quinhão de vantagens e não te lembras disso, ofertando o melhor de ti mesmo aos que te comungam a experiência.

O bem é luz que se expande, na medida do serviço de cada um ao bem de todos, com esquecimento de todo mal.

Sem afetação de santidade, ajudemos o próximo, a fim de que o próximo aprenda a ajudar-se.

Sem cartaz de virtude, olvidemos as faltas alheias, reconhecendo que poderiam ser nossas, diante das fraquezas que carregamos ainda.

Recorda que, se há espíritos transviados ou injustos, em decúbito moral, através do caminho, são eles tão necessitados da parcela de teu amor quanto os famintos, a quem dás espontaneamente o prato de pão.

A felicidade real nasce, invariável, daquela felicidade com que tornamos alguém feliz.

Façamos, assim, aos outros o que desejamos nos façam eles, na convicção de que, se cuidamos da Lei do Bem, a Lei do Bem cuidará de nós.

 

 

  

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Assistência e caridade - Cartão para o painel central do tríptico “Deveres da Cidade” do Palácio Pedro Ernesto - Rio de Janeiro. Lápis de cera, giz e papel de Eliseu Visconti.

Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:EliseuVisconti-D737-Assist%C3%AAncia_e_caridade_%E2%80%93_Cart%C3%A3o_para_o_painel_central_do_tr%C3%ADptico_%E2%80%9CDeveres_da_Cidade%E2%80%9D_do_Pal%C3%A1cio_Pedro_Ernesto_%E2%80%93_Rio_de_Janeiro.jpg

 

 

 

Montaigne em visita a Torquato Tasso na prisão. Óleo sobre tela de François Marius Granet

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Montaigne_visitant_Le_Tasse_en_prison_-_Fran%C3%A7ois_Marius_Granet_-_MBA_Lyon_2014_(cropped).jpg

Arquivo: Visitando o sick.jpg

Visitando os doentes. Biblioteca do Congresso.

Copiado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Visiting_the_sick.jpg

 

RESUMO: A impressão mostra Charles Fox sentado em uma poltrona, obviamente doente. De um lado, a sra. Fitzherbert, vestida de abadessa e segurando um rosário; do outro lado, um bispo de roupão e mitra. Na frente de Fox, o príncipe de Gales segura o lenço na cara. Sheridan, de pé atrás do bispo, aconselha o bispo a entender que a emancipação católica não é possível. Howick, Petty, Windham e Moira estão todos angustiados; Grenville e Sidmouth estão saindo da sala esperando que a Fox expire. A Sra. Fox desmaia em uma cadeira e é atendida por Lord Derby.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Visiting_the_sick.jpg

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/27-05-2019_arquivos/image046.jpg

A palavra aos surdos-mudos. Óleo sobre tela por Oscar Pereira da Silva.

Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/ABRIL/20-04-2020_arquivos/image017.jpg

Quadro intitulado “Ressurreição da filha de Jairo”. Pintura de Paolo Veronese.

Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo.

 

 

35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? 36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente. 37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago. 38 E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam. 39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. 40 E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada. 41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te. 42 E logo a menina se levantou e andava, pois  tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto. 43 E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.

Marcos: 5:35

https://www.biblegateway.com/passage/?search=Marcos+5%3A21-43&version=ARC

 

 

Bate papo com Marcel Souto Maior na

Rádio Rio de Janeiro

OLá Ismael

Boa tarde

 

Por favor coloca o texto e se der o vídeo na lista? Gratidão

 

 

"Nesta sexta-feira, dia 10/07, o programa "Movimento Espírita em Foco da Rádio Rio de Janeiro"  recebe o jornalista, escritor e roteirista Marcel Souto Maior para um bate-papo sobre as obras publicadas por ele e que contam a história de dois dos maiores personagens da Doutrina Espírita: Allan Kardec e Chico Xavier.

Co-criador dos programas “Profissão Repórter”, com Caco Barcellos, e “Na Moral”, com Pedro Bial, Marcel concilia o trabalho na TV com a redação de livros, como os best-sellers “As Vidas de Chico Xavier” e ‘Kardec”, adaptados para o cinema e que contribui com a divulgação da mensagem espírita para todos os públicos.

 

Com apresentação de Cláudia Dutra, o programa Movimento Espírita em Foco destaca os fatos marcantes do Espiritismo, como o que acontece nas Casas Espíritas do Rio de Janeiro e do Brasil, além de divulgar os eventos e a arte Espírita. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras, às 14 horas (horário de Brasília) através das ondas da Rádio Rio de Janeiro em 1400 AM ou pelo site em www.radioriodejaneiro.am.br

 

Assessoria Zook Comunicação

Contato: Magali Bischoff (11) 98912-9798

 

 

(Com informações de Magali  Bischoff)

 

Vídeo Diálogo Inter-Religioso (Virtual) - As Tranformações Atuais do Mundo na Visão das Religiões.

 

ACESSE:

https://www.youtube.com/watch?v=XCDkKyX7T0A&feature=youtu.be

 

 

 

 

Vídeo com palestra por Dr. Sérgio Thiesen

Acesse no link

 

 

CLIQUE AQUI:

https://www.youtube.com/watch?v=EEQAQ3xqasE&feature=youtu.be&fbclid=IwAR23XmmaIZVGiln_FDLYt_djsdFMYnwfdujT7qyyYnzItGiQ1FalHzyCUsY

 

 

Conferencia especial: Los caminos de la cura, del cuerpo y del alma - Sergio Thiesen

 

 

 

CEAC – Centro Espírita Amor e Caridade no Youtube

Birigui, SP  

 

Acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=6Xwhq7mlBCU

 

 

 

 Vídeo com Rener Cunha

Refletindo com  Joanna (51)

 

Acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=XGqvnNu6gGA&list=PLZ3eQbY0Rt-Qh4-lliQXc0L1KDelVqnCU&index=56&t=31s

 

 

 Encontro em live internacional. 17º. Encontro Espírita da Família

Acesse nos links abaixo

 

CLIQUE AQUI:

https://youtu.be/dXX4KhgT_do

 

 

 

 

CLIQUE AQUI:

https://pt.familyspiritistretreat.org/

 

 

 

(Com informações de Leopoldo Zanardi)

 

 Programação da BUSS

Londres, Reino Unido

 

(Com informações de Elsa Rossi)

 

Revista “Atração”

30ª. Edição

Segue agora o rosto da Capa da Revista Atração:

Segue abaixo o link para aqueles que desejarem percorrer as páginas da Revista:

https://www.yumpu.com/pt/document/view/63601558/30-edicao-revista-atracao 

Segue o rosto da Capa: 

Paz e luz!

Emmanuel Correia

 

 

 

 

Núcleo Espírita “O Semeador”

Encontro mensal de Harmonização Pessoal e Familiar

 

 

(Com informações de Cláudio Palermo)

 

Palestra por Vanessa Anseloni. 11/07/2020. Transmissão pela Kardec Radio e Web Rádio fraternidade.

 

 

 

 

(Com informações de Elsa Rossi)

 

 Jornal Mundo Maior

Acesse nos links

 

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Publicação da Casa Editora O Clarim

Matão, SP

Caso não esteja visualizando, acesse o preview aqui.

 

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Nossa dádiva

 O sol buscava a linha do horizonte e o manto escuro da noite já se espalhava pelos campos, quando o trabalhador deixou a lavoura e tomou o caminho de volta para casa.

Caminhava a passos largos com a colheita do dia às costas, quando notou que, em sentido contrário, vinha luxuosa carruagem revestida de estrelas.

Contemplando-a fascinado, viu-a parar junto dele e, quase assustado, reconheceu a presença do Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas...

O quê? Refletiu espantado. O Senhor da Vida a rogar auxílio a mim, que nunca passei de mísero escravo na aspereza do solo?

Mas, como o Senhor continuava esperando, mergulhou a mão no alforje de trigo que trazia e entregou ao Divino Pedinte apenas um grão da preciosa carga.

O Senhor agradeceu e partiu.

Quando, porém, o pobre homem do campo voltou a si do próprio assombro, observou que doce claridade vinha do alforje poeirento...

O grão de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola transformado em uma pedra de ouro luminescente...

Deslumbrado gritou:

Louco que fui!... Por que não dei tudo o que tenho ao Senhor da Vida?

*   *   *

O apólogo retrata um pouco da atual realidade da Terra.

Quando o materialismo compromete edificações veneráveis da fé, no caminho dos homens, o Cristo pede cooperação para a sementeira do Seu Evangelho, junto ao Seu rebanho sofrido.

No entanto, nós costumamos agir como o lavrador.

Não estamos dispostos a ofertar a nossa dádiva em benefício do bem comum. E quando fazemos, damos apenas uma pequena migalha.

O Senhor da Vida não necessita das coisas materiais porque todas lhe pertencem, no entanto, solicita a nossa autodoação em prol da edificação de um mundo moralmente melhor.

Assim como o verme executa sua tarefa embaixo do solo, a chuva e o vento fazem seu papel no contexto da natureza.

Assim como o sol, a lua e os demais astros trabalham para que haja harmonia no Universo...

Assim como as abelhas e outros insetos fazem a tarefa da polinização, possibilitando a fecundação da vida... assim também o Senhor da Vida espera de nós a dádiva da polinização do Seu amor junto aos Seus filhos.

A pequena dádiva da paciência e da tolerância...

A esmola convertida em salário justo, dignificando o homem...

Uma migalha de afeto doada com sinceridade...

O sorriso capaz de despertar a alegria em alguém....

Um minuto de atenção a um enfermo solitário...

A palavra sincera capaz de esclarecer e consolar...

Uma semente de esperança plantada no coração de alguém que sofre... São nossas pequenas dádivas que se converterão em luz a iluminar nossa própria caminhada.

*   *   *

O Senhor da Vida está sempre a solicitar a nossa colaboração para que Seus objetivos nobres se concretizem na face da Terra.

Sabedores de que nossas pequenas dádivas se converterão em tesouros eternos, não as economizemos como o lavrador. Agindo assim não teremos que dizer:

Louco que fui!... Por que não dei tudo o que tenho ao Senhor da Vida?

 

Redação do Momento Espírita com base no cap. Dedicatória,
do livro 
Cartas e crônicas, pelo Espírito Irmão X,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 9.7.2020.

 

 

 (Texto copiado do site Feparana)

 Uma descrição de Mammon da edição de 1863 daobrade Jacques Collin de Plancy , Dictionnaire  Infernal , como ilustrado por Louis Le Breton .

Copiado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mammon.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/OUTUBRO/31-10-2017_arquivos/image005.jpg

  A adoração de Mamon. Óleo sobre tela por Evelyn De Morgan.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_worship_of_Mammon.jpg

 

CEAC- Bauru, pede ajuda

 

Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

Publicação do jornal Momento Espírita do CEAC-Bauru, SP

Julho/2020

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

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