Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  sábado, 24 de abril de 2021

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

           

         http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/24-04-2021.htm

 

No Blog onde é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

Ou no Facebook:

https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

   

 

Os últimos 5 emails enviados     

 

DATA                                       ACESSE CLICANDO NO LINK

 

23-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/23-04-2021.htm

22-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/22-04-2021.htm

21-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/21-04-2021.htm

20-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/20-04-2021.htm

19-04-2021  http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/19-04-2021.htm

 

 

 

Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 11 - 1868

 

http://www.febnet.org.br/ba/image/revistaespirita/11.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2016/JULHO/11-07-2016_arquivos/image014.jpg

Judas Iscariotes, à direita se  retira da última ceia. Pintura de Carl H. Bloch do final do século XIX.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariot#/media/File:The-Last-Supper-large.jpg

 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ed/Caravaggio_%28Michelangelo_Merisi%29_-_Ecce_Homo_-_Google_Art_Project.jpg/818px-Caravaggio_%28Michelangelo_Merisi%29_-_Ecce_Homo_-_Google_Art_Project.jpg

Ecce homo. Pintura a óleo de Caravaggio

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecce_Homo_(Caravaggio)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/DEZEMBRO/04-12-2018_arquivos/image027.jpg

Jesus crucificado. Óleo em painel por Eugène Delacroix.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eug%C3%A8ne_Delacroix_Christ_on_the_Cross_(sketch)_1845.jpg

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/23-09-2014_arquivos/image026.jpg

Jantar em Emaús. Diego Velázquez

Imagem Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diego_Vel%C3%A1zquez_009.jpg

 

 

Discípulos de Emaús é uma das primeiras aparições de Jesus após a ressurreição, logo após a sua crucificação e à descoberta do túmulo vazio[1][2]. Tanto o "Encontro na estrada para Emaús" quanto o subsequente Jantar em Emaús, que relata uma refeição que Jesus teve com os dois discípulos após o encontro na estrada, se tornaram temas muito populares na arte. Adicionalmente, o evento se tornou um ponto de inspiração para batizar diversos movimentos religiosos, serviços e atividades cristãs.

O episódio está descrito em Lucas 24:13-35, onde se lê também a expressão “fica conosco, Senhor” (em latimMane nobiscum Domine), que inspirou diversos textos, orações e canções.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Disc%C3%ADpulos_de_Ema%C3%BAs

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/17-04-2018_arquivos/image101.png

Jesus,  em quadro de Maria Tereza Braga, e,  Allan Kardec, Codificador do Espiritismo (Wikipedia)

 

 

Bom aviso

 

Pelo Espírito José Xavier.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Instruções Psicofônicas. Lição nº 27. Página 129.

 

Rematando as nossas tarefas, na noite de 09 de setembro de 1954, José Xavier, nosso amigo espiritual, senhoreou as faculdades psicofônicas do médium, passando a conversar conosco em versos.

Alguns de nossos companheiros, antes da reunião, haviam encaminhado a palavra, em nosso templo de preces, para assuntos menos edificantes, relacionando queixumes e reprovações com apontamentos picantes de permeio.

José Xavier, contudo, veio ao nosso encontro, e, alertando-nos para os nossos deveres, deixou-nos a excelente advertência que ficou intitulada “Bom Aviso”.

 

José Xavier: Presidente do Centro Espírita “Luiz Gonzaga”, em Pedro Leopoldo, de 1928 a 1939. Desencarnou em 1939. O recém fundado Centro Espírita Luís Gonzaga, funcionava num barracão, onde também morava o seu irmão José Xavier.

 

Meus irmãos, em benefício

De nossas reuniões,

Preparando as nossas preces,

Lavemos os corações.

 

Já que na Terra é difícil

Viver sem o “leva-e-traz”,

Pelo menos, por minutos,

Preservemos nossa paz.

 

Alcançando as seis da tarde,

Para que o mal nos esqueça,

Desinfetemos a boca

E arejemos a cabeça.

 

Se a discussão nos procura

Com razão ou sem razão,

Pronunciemos palavras

De bondade e de perdão.

 

Se a política exigir-nos

Opiniões e contatos,

Oremos na paz de Deus

Por todos os candidatos.

 

Risinhos e anedotários

Com pimenta malagueta,

Situemos, sem alarde,

No silêncio da sarjeta.

 

Aflições da parentela

E chagas do pensamento

Resguardemos, apressados,

No cesto do esquecimento.

 

Censuras, reprovações,

Orgulho, mágoa e capricho,

Conservemos, com cuidado,

No depósito de lixo.

 

Ante as doenças e as provas

Guardemos conformação,

Tratando-as, sem desespero,

Na farmácia da oração.

 

Finda a tarefa, porém,

Na jornada costumeira,

Cada qual lavre o seu campo

E viva à sua maneira.

 

Entretanto, relembremos,

Em nossas lutas e tratos,

Que sempre receberemos

De acordo com os nossos atos.

 

Quanto ao mais, Deus nos perdoe,

Socorrendo a nossa fé.

É a bênção que vos deseja

O vosso mano José.

 

(Texto recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, Belo Horizonte, MG)

Francisco Cândido Xavier ladeado pelo repórter de O Globo, Clementino de Alencar

e seu irmão José Xavier. No ano de 1935 O Globo publicou dezenas de reportagens  tirando

Chico do anonimato. Foto contida no livro Notáveis Reportagens com Chico Xavier, editada pelo IDE, Araras, SP

 

Centro Espírita Luiz Gonzaga. Pedro Leopoldo, MG (*)

 

(*) Fotos do livro "O ESPIRITISMO NO BRASIL (ECOS DE UMA VIAGEM)" 2° volume, de Isidoro Duarte Santos, todas datadas de 03 de junho de 1955Colaboração recebida de Leopoldo Zanardi.

 

 

Francisco Cândido Xavier psicografando no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em  Pedro Leopoldo, MG

Imagem/fonte: http://professorricardovieira.blogspot.com.br/2014/04/biografia-de-chico-xavier.html

 

Busto de Chico Xavier na praça que leva o seu nome em Pedro Leopoldo, MG. Ao fundo a Banca do Livro Espírita da Aliança Municipal Espírita. Foto Ismael Gobbo. 2009.

Placa na Praça Francisco Cândido Xavier. Pedro Leopoldo, MG. Foto Ismael Gobbo. 2009.

Açude do Capão. Pedro Leopoldo, MG. Local onde Emmanuel se apresentou pela primeira vez ao médium  Chico Xavier.

Foto Ismael Gobbo

 


 

100 anos de Espiritismo em Araçatuba – Homenagem a pioneiros

 

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

 

 

Centenário da União Espírita “Paz  e Caridade”

 e do Movimento Espírita de Araçatuba, SP

 

PROGRAMAÇÕES

 

 

 

 

(Recebido de Sirlei Nogueira)

    

 

Lançamento: Entrelinhas: o olhar espírita dos fatos

Autor: Cássio Leonardo Carrara

 

 

Fatos e notícias do dia a dia, paradigmas da sociedade e sentimentos individuais estão em constante e cada vez mais acelerada transformação. Conjugam-se num emaranhado confuso, provocando angústia e a sensação de que não estamos conseguindo compreender todas as mudanças da atualidade.
Viver é uma arte, das mais complexas, mas também grande fonte de prazer e aprendizado se dela soubermos extrair sua melhor parte, aquela que nos faz progredir moral e intelectualmente.
Conversando com a ciência, a filosofia e guiado pela moral religiosa, o Espiritismo pode ampliar os horizontes, fazendo-nos enxergar os fatos que nos cercam de outra perspectiva.
Permita-se abrir os olhos para enxergar as entrelinhas da vida e mergulhe nesta empreitada de sabedoria.

 

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Ou pelo WhatsApp: 16 99270-6575

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 logo

Cássio Carrara
Jornalista Responsável
[email protected]

www.oclarim.com.br
Telefone: (16) 3382-1066
WhatsApp: (16) 99270-6575
Facebook: casaeditoraoclarim
Instagram: o.clarim

 

 

 

 

 

 

(Recebido em email de Cássio - Casa Editora O Clarim [[email protected]])

 

 

Estudo e prática do bem

 

Na tarde do dia 22 de abril, houve mais uma reunião virtual de vibrações de equipe do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo. Leila Ortiz fez a exposição do evangelho comentando depoimento da vivência da médium Yvonne A.Pereira sobre sua preocupação em conhecer a Doutrina e praticar o bem em qualquer momento que fosse necessário. As vibrações foram feitas pela dirigente do grupo, Alcina Ribas; a prece de encerramento por Fumico Yashima; a coordenação por Glória Martins Miranda e as músicas ao piano por Margarida Helena Garabedian.

 

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

 

 

Pai Nosso na visão espírita

 

Em transmissão do Instituto Espírita de Educação, de São Paulo, na tarde do dia 20 de abril, Célia Maria Rey de Carvalho proferiu palestra virtual sobre o tema “O Pai Nosso”.

Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=HWg6RzJSCFE

 

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

 

 

Rádio Uruguay

Evangelho em Casa

 

SEGUNDA, QUARTA E SEXTA-FEIRA

 

 

(Copiado de  Iberoamérica Espírita no https://web.whatsapp.com/)

 

 

A  educação dos sentimentos

Live com Juselma Coelho

 

 

(Recebido de Claudia Santos pelo Whatsapp)

 

 

Assista o vídeo da palestra com Elisete Lourenço Yoshida

Acesse no link

 

Assistir

https://www.youtube.com/watch?v=jaSMzO8D80w&ab

 

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(Recebido em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]])

 

 

Palestra no YouTube do CEAC-

Centro Espírita Amor e Caridade. Birigui, SP

 

 

 

 

Próximos eventos

Informações de Elsa Rossi  (Londres, Reino Unido)

 

cover Casa Pomar ENGLISH.png

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ROBERTO WATANABE 1 MAY - Made with PosterMyWall.jpg

 

Gratidao

www.buss.org.uk

 PPlease do not print this unless you really need to.

 

 

 

 

(Recebido em email de Elsa Rossi)

 

 

Ajude o Abrigo Ismael. Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

Assista o vídeo explicativo:

https://www.facebook.com/abrigoismael/videos/351170289469588

 

 

A imagem pode conter: 1 pessoa

 

(Com informações do presidente Emerson Francisco Gratão)

 

 

Amorterapia

 

David é um americano, aposentado, que, há uns dez anos, precisou ir a um hospital devido a uma lesão em uma das suas pernas.

Sensibilizou-se com os bebês internados.

Naquele exato momento, decidiu perguntar se poderia realizar um trabalho voluntário e, a partir de então, dedica-se duas vezes por semana junto a eles.

O seu trabalho consiste em lhes oferecer colo e carinho. Afaga-os delicadamente, conversando, para que sintam uma presença protetora.

Aconchego, delicadeza, doçura fazem parte de sua relação com esses pequeninos.

Pode parecer um gesto simples, no entanto, tem consequências profundas, com efeitos de longo prazo no seu desenvolvimento.

Esse transbordar de amor cria um vínculo especial entre David e cada bebê atendido. Um verdadeiro vínculo de amor.

Um amor sem interesse pessoal. Um amor que simplesmente ama...

*   *   *

A identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas as formas vivas.

O amor é profundamente transformador.

Podemos desenvolver essa força poderosa, descobrindo esse hálito do amor, que alterará o curso das nossas vidas.

Também podemos contribuir com a transformação de outras vidas.

Ao descobrirmos essa potência íntima, trabalhando-a em nós, podemos canalizá-la de forma terapêutica a benefício do próximo.

A isso podemos chamar de terapia do amor.

Amorterapia é o processo mediante o qual se pode contribuir conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, mais justa e nobre.

Essa terapia decorre do autoamor, quando o ser se enriquece de estima por si mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e, esplendente de alegria reparte com as demais pessoas esse sentimento.

A conquista do amor começa pela prática da solidariedade, da afetividade sem interesse, da participação social em prol do outro.

Todos podemos conquistá-lo e todos podemos oferecê-lo aos que nos cercam, a quem desejarmos.

O mundo necessita muito de amor para melhorar as relações entre as criaturas, para nos reconhecermos como irmãos, para sermos mais gentis e interessados pelo bem-estar dos outros.

Suas manifestações melhoram qualquer ambiente em que se manifeste. Sua presença ameniza os quadros de desespero.

Quando alguém sofre intensamente e encontra quem lhe ofereça amor, poderá desabafar o que lhe vai na alma, sem medo de ser julgado fraco ou tolo.

O amor tem o poder de emitir ondas de paz.

Não foi por outro motivo que o Celeste Amigo recomendou que nos amássemos uns aos outros.

Porque o amor é uma grande potência que oferece segurança e sustenta o ânimo de quem está quase a perecer pelo peso que carrega nos próprios ombros.

O amor transmite segurança, gera bem-estar, proporciona alegria de viver e saúde, como efeito da fonte de onde se origina.

Podemos nos tornar um dínamo produtor dessa força, que irradia ondas harmoniosas. Todos os que se aproximem se beneficiarão e onde nos encontrarmos, faremos a diferença.

Pensemos nisso e coloquemos em prática o convite do Mestre Jesus: Amai-vos como Eu vos amei.

Redação do Momento Espírita, com base em fato,
e no cap. 13, item 
Amorterapia, do livro Amor,
imbatível amor, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.

Em 23.4.2021.

 

 

 

 (Copiado do site Feparana)

Pestalozzi com os órfãos em Stans 

Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e2/Pestalozzi.jpg 

 

Órfãos. Óleo sobre tela por Thomas Benjamin Kennington.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Thomas_Benjamin_Kennington_-_Orphans.jpg

 

A criança doente. Óleo sobre tela de Gabriel Metsu

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gabri%C3%ABl_Metsu_-_Het_zieke_kind_-_Google_Art_Project.jpg

 

 

 

 

 

José Carlos Carvalho
(06/11/1906 - 06/10/1999)

 

 

José Carlos Carvalho

Imagem do livro Obra de Vultos, 2.

 

Biografia elaborada por
 Edinei de Carvalho

José Carlos Carvalho, filho de Antônio Carlos e Dona Francisca Ferreira Martins, nasceu em União-MG, em 06 de novembro de 1906.

Veio para Araçatuba, por volta de 1924, para trabalhar na derrubada de matas, quando foi ajustado pelo empreiteiro de mão-de-obra Laurindo, um desses conhecidos “gatos”, que arregimentava trabalhadores temporários.

Os acertos com os contratados, como ocorreu com José Carlos, se dava no momento da descida dos trens e, posteriormente, eram levados para as fazendas que se abriam ao longo da noroeste, em troca de cama, comida e minguadas remunerações, isto quando as recebiam. No caso do nosso biografado, assim como ocorreu com a maioria dos trabalhadores contratados por Laurindo, decorridos mais de noventa dias, nada receberam, até porque Laurindo, misteriosamente desapareceu.

O trabalho, além de penoso, era extremamente insalubre, exigindo o convívio permanente com o espectro da maleita, doença insidiosa que ceifava a vida de grande número de trabalhadores, tanto pela falta de remédios como pela ausência quase total de cuidados médicos. José Carlos foi uma dessas vítimas.

Trazido para Araçatuba, foi deixado na própria estação ferroviária, de onde, por não ter dinheiro algum, acabou indo para um cômodo da cadeia pública, onde recebeu de alguém, ao que parece um preso, uma importância em dinheiro de aproximadamente cinco contos de réis, com a finalidade de lhe amenizar os sofrimentos..

O óbolo generoso permitiu-lhe ir para o hotel de Dona Rita, na rua Quinze de Novembro, perto da estação, onde ficou por uma noite e caiu de febre. Conduzido ao Hospital Francisco Barbosa, da NOB, foi atendido pelo enfermeiro José Guiomar e pelo Dr. Arlindo Raposo de Melo, que passaram a lhe tratar à base das injeções chamadas de 914.

Logo que melhorou, passou a prestar serviços no próprio hospital, ajudando nos serviços de limpeza e de funerária por vários meses. Quando saiu do nosocômio, continuou trabalhando por mais algum tempo com o Dr. Raposo, até alcançar a sua cura definitiva.

Reabilitado fisicamente, foi admitido na agência Chevrolet, cujo proprietário era o Sr. João Camargo. Na oficina, que se situava onde localiza-se a agência da Nossa Caixa Nosso Banco, trabalhou como lavador de carros. Depois de alguns anos, deixou esse serviço para se iniciar na profissão de motorista de caminhão, puxando café do Córrego do Elísio para a ­cidade.

Seu trabalho seguinte foi com o Sr. João Vasconcelos, que tinha uma lenhadora na rua Olavo Bilac, onde hoje está situado o Supermercado Botinho, como motorista, puxando lenha do mato para ser vendida na cidade através de carroças. Ali permaneceu por vários anos, morando em quartinho edificado nos fundos da lenhadora.

Quando João Vasconcelos comprou uma “jardineira” que fazia o trajeto entre Araçatuba e Valparaiso e, mais tarde, chegou até as Alianças, José Carlos Carvalho foi chamado a servir como motorista da empresa.

Em 1927, voltou para a oficina Chevrolet, agora como mecânico, e, em 1928 passou a trabalhar como motorista de praça, usando o carro do patrão, Sr. João Camargo que, após algum tempo, acabou por fechar a oficina.

No dia 3 de dezembro de 1931, casou-se com Maria Rister, filha de Carlos Rister e Luiza Borella. Dessa união nasceram os seus sete filhos: Enídia, Enedina, Hélio, Edinei, Eunice, Edson e Edno, sendo que os dois últimos já são desencarnados. A esposa Maria Rister desencarnou em 2 de dezembro de 1974.

Além dos sete filhos, o casal tomou para si a educação de duas sobrinhas: Fátima, casada e residente em São Paulo e Edinamar, casada, morando em Cuiabá-MT.

Como seu último emprego na condição de empregado, trabalhou na oficina mecânica do sr. João Geraldi, estabelecida no início da rua Floriano Peixoto, esquina com a praça Rui Barbosa, onde permaneceu por longo período. Ao sair da oficina, em 1934, reiniciou como motorista de praça, agora com carro próprio, ao lado de companheiros de profissão como os Srs. Leobino e Sebastião Pereira, no ponto da Praça Rui Barbosa, bem no início da Rua Oswaldo Cruz.

 

A Vida Espírita

No movimento espírita, José Carlos teve uma participação bastante ativa. No ano de 1950, fez parte do Grupo Espírita Fraterno de Estudos Evangélicos, fundado por João Antônio e D. Yolanda e outros companheiros como Adalberto da Silva Braga, Heitor de Oliveira, João e Luíza Neves e Raul Lino.

Freqüentou o grupo espírita liderado por “Manoel Caneca”, na casa daquele e de Dona “Nina”, no Bairro Santana, junto com Dona Maria Luzia da Silva Pires; D. Maria de Souza, mãe da primeira e já falecida; D. Edwiges Luciana de Farias Cesário; Rosa Tagliacol da Silva; Maria Joana da Costa; Benedita de Oliveira; Ambrósia Alves Pereira ; Braulina Tereza da Conceição e Dolores Garcia.

No Abrigo Ismael, departamento da União Espírita “Paz e Caridade”, dedicado à assistência de velhinhas internadas, a trajetória de José Carlos foi longa e profícua, trabalhando por mais de 35 anos em diversos setores e nas mais diversas atividades, entre as quais: reuniões de estudos doutrinários, aplicação de passes e variado trabalho assistencial, onde conheceu os seus primeiros companheiros no Espiritismo: Srs. Adalberto da Silva Braga e Francisco Graton. Teve estreita convivência com outros grandes espíritas de Araçatuba, como Joaquim Castilho, Brasil Nogueira, Lauro Bittencourt e Francisco Martins Filho.

Quando a diretoria do Abrigo Ismael resolveu criar uma farmácia para oferecer às internas e aos inúmeros necessitados que batiam à porta da casa, amostras grátis de medicamentos prescritos pelos médicos, José Carlos e Francisco Graton formaram uma dupla perfeita para percorrer os consultórios médicos em busca daqueles remédios. Esse trabalho, que de início era realizado pelo Sr. Francisco Graton, em uma charrete, logo passou a ser desenvolvido por ele e José Carlos, agora no automóvel deste último, facilitando-lhes enormemente o meritório trabalho.

Freqüentou o Abrigo até começo de 1998, quando, tendo se agravado antigo problema auditivo, sentiu-se impossibilitado para prosseguir no trabalho junto àquela casa que tão generosamente o acolheu e ele, de forma desprendida e amorosa, tanto ajudou. Mas, ainda assim, já com as forças físicas combalidas pela idade e pela doença, continuou a ler as obras da codificação com o mesmo interesse e entusiasmo e pregando, como sempre o fez e exemplificou, os princípios da caridade e de amor incondicional ao próximo.

O companheiro Celso Souto, que conviveu no Abrigo com o Sr. José Carlos, tem lembranças interessantes daquele valoroso seareiro. Uma delas diz respeito à atividade de aplicação de passes, na qual José Carlos denotava características muito peculiares. Diz-nos Celso: “Zé Carlos conseguia junto àqueles que atendia ao ministrar passes, identificar detalhes que, aos demais, eram invisíveis. Parecia estranho!. Homem de limitadíssima cultura, já envolto em uma surdez que veio para ficar, superava-se ao aplicar passe e, por incrível que pareça, quando atendia as pessoas, era capaz de ouvir até os sussuros, se alguém os balbuciasse...”

Outro episódio lembrado por Celso é antigo, quando José Carlos nem espírita era, mas já tinha as faculdadades mediúnicas em franco desabrochar: “... Certa feita, revelou-me que, quando era recém-chegado a Araçatuba, precisou ir ao encontro de uma pessoa, lá pelos lados do Bairro São João. Caminhava pela Rua Tupinambás, uma rua muito deserta naquela época, e no trecho por onde andava, viu-se meio perdido e sentiu certo temor. Iniciou uma prece e prosseguiu caminhando, quando, repentinamente surge-lhe a poucos metros, simpática moça, de bonitos traços, que lhe perguntou: “Procuras por alguém? “. Surpreso, respondeu-lhe que procurava uma pessoa para tratar de trabalho, pronunciando seu nome. De imediato, a jovem indicou-lhe o caminho e a casa que ficava nas proximidades. Após lhe agradecer, dirigiu-se confiante para o local, porém, andando alguns passos, olhou para trás e não a viu mais! Este episódio em muito lhe marcou. Veio a entendê-lo depois de muito tempo, ao entregar-se ao Espiritismo e tornar-se um valoroso trabalhador”.

Materialmente de classe média, José Carlos era extremamente rico sob o aspecto moral, uma herança que deixa aos filhos, netos e bisnetos, os quais, em momento algum, deixarão de sentir orgulho do pai, avô e bisavô que na Terra conheceram.

Viveu até os 92 anos, perfeitamente lúcido e respeitado pelos familiares e conhecidos. Faleceu na Santa Casa de Araçatuba, às 15 h, do dia 06 de outubro de 1999, tendo sido sepultado no Cemitério Parque “Jardim da Luz”.

 

 

(Copiado de:   http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/jose_carlos_carvalho.htm        )

José Carlos Carvalho

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2.

José Carlos Carvalho, sentado à frente com familiares.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 2,

Carro de boi. Imagem do acervo da Câmara Municipal de Araçatuba.

Panorama do centro de Araçatuba com a Praça Rui Barbosa e a Estação Ferroviária da NOB ao fundo.

Foto do acervo da Câmara Municipal de Araçatuba.

 

Francisco Gratão, amigo muito próximo de José Carlos Carvalho no trabalho junto à União Espírita Paz e Caridade e

seu departamento Abrigo Ismael. Uma das atividades que desenvolviam era a arrecadação de amostras grátis de medicamentos junto aos consultórios médicos para distribuir na farmácia do Abrigo Ismael.

Imagem copiada do livro Obra de Vultos, volume 1.

 

MANOEL CLEMENTE GONÇALVES E DONA NINA

Sr. Manoel Clemente Gonçalves e dona Maria Bogalho Gonçalves  *

Imagem do acervo da Associação das Senhoras Cristãs.  

 

 

* Foram dois trabalhadores  muito próximos de  dona Benedita Fernandes na Associação das

Senhoras Cristãs e também participaram da União Espírita Paz e Caridade  e seu departamento Abrigo Ismael

 

Leia a biografia de Manoel Clemente Gonçalves:

http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/manoel_clemente_goncalves.htm

Fachada da União Espírita Paz e Caridade e Abrigo Ismael na década de 1960.

Imagem do arquivo da União Espírita Paz e Caridade.

 

 

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