Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Palavras de Vida Eterna. Lição nº 01. Página 15.

“Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho." Jesus - Mateus, 9:16.

Não conserves lembranças amargas.

Viste o sonho desfeito.

Escutaste a resposta de fel.

Suportaste a deserção dos que mais amas.

Fracassaste no empreendimento.

Colheste abandono.

Padeceste desilusão.

Entretanto, Recomeçar é Bênção na Lei de Deus.

A possibilidade da espiga ressurge na sementeira.

A água, feita vapor, regressa da nuvem para a riqueza da fonte.

Torna o calor da primavera, na primavera seguinte.

Inflama-se o horizonte, cada manhã, com o fulgor do Sol, reformando o valor do dia.

Janeiro a Janeiro, renova-se o ano, oferecendo novo ciclo ao trabalho.

É como se tudo estivesse a dizer: “Se quiseres, podes recomeçar".

Disse, porém, o Divino Amigo que ninguém aproveita remendo novo em pano velho.

Desse modo, desfaze-te do imprestável.

Desvencilha-te do inútil.

Esquece os enganos que te assaltaram.

Deita fora as aflições improfícuas.  

Recomecemos, pois, qualquer esforço com firmeza, lembrando-nos, todavia, de que tudo volta, menos a oportunidade esquecida, que será sempre uma perda real.

25/12/2015

Na manhã de Natal, o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco proferiu a conferência de celebração do centenário de fundação da Federação Espírita do Estado da Bahia. Mais de 1200 pessoas lotaram o auditório do Hotel Fiesta, em Salvador/BA. O evento foi aberto com apresentações artísticas e um vídeo institucional, que contaram um pouco da história e dos objetivos da Federação baiana (FEEB). Para abordar o tema Transtornos Psiquiátricos, Psicológicos e Obsessivos, Divaldo narrou o trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, considerado por muitos o Pai da Psiquiatria, que libertou os seus pacientes com distúrbios mentais da verdadeira prisão que se lhes constituíam os horríveis espaços que ocupavam no Hospital Bicêtre, para dar-lhes um tratamento mais humano e restituir-lhes a dignidade. O exemplo de Dr. Pinel inspiraria outros eminentes médicos e estudiosos, como William Tuke, fundador de um hospício em York, na Inglaterra, o Dr. Vincenzo Chiarugi, médico italiano de Florença, e Dr. Joseph Daquin, médico francês. O trabalho desses grandes humanistas resultou no que passou a ser conhecido como terapia moral. Dentro de uma retrospectiva histórica das questões em torno do tema proposto, foram destacadas as experiências hipnológicas do Dr. Jean Martin Charcot, médico e cientista francês do século XIX, que trabalhou no Hospital Salpêtrière, em Paris e legou uma enorme contribuição para o melhor conhecimento das doenças do cérebro e dos tratamentos para transtornos psíquicos. Divaldo referiu-se aos estudos de Sigmund Freud sobre o inconsciente e à tese de Carl Gustav Jung sobre os arquétipos, demonstrando, também, os avanços das diversas Ciências que clarearam o entendimento sobre as doenças psiquiátricas e psicológicas, com a consequente evolução dos tratamentos para tais males, como o aparecimento do choque insulínico, do eletrochoque, mais tarde, dos barbitúricos etc. Ainda dentro da perspectiva dos avanços científicos, foram apresentadas as quatro principais escolas da Psicologia –Behaviorista, Psicanalítica, Humanista e Transpessoal -, ressaltando-se o excelente trabalho do psiquiatra tcheco Stanislav Grof, um dos fundadores da Psicologia Transpessoal, e de Viktor Frankl, psiquiatra austríaco e criador da Logoterapia, cujos esforços foram fundamentais para o surgimento de uma abordagem terapêutica mais humana em relação aos pacientes. O palestrante narrou o fato contido nos Evangelhos referente ao endemoninhado gadareno, que sofria de obsessão espiritual por subjugação e que fora curado por Jesus, explicando que, além das causas físicas (endógenas e exógenas), os transtornos psiquiátricos e psicológicos podem ter como gênese as influências negativas e persistentes de Espíritos inferiores sobre os indivíduos. Nesse sentido, foi esclarecido que as obsessões apresentam-se em diferentes formas e níveis e que as de longo curso podem gerar danos profundos nas estruturas neuropsíquicas do ser humano, levando-o às doenças psiquiátricas. Fazendo, portanto, uma abordagem interdisciplinar, Divaldo demonstrou que as descobertas científicas ao longo dos últimos três séculos têm corroborado os ensinamentos espíritas a respeito de Deus, do Espírito imortal, da interação entre os planos físico e espiritual, da reencarnação etc.; foi recordado que, já em 1857, a Ciência Espírita, codificada por Allan Kardec, apresentava as causas dos transtornos psicológicos e psiquiátricos, referindo-se, inclusive, às obsessões espirituais, e propondo terapias de excelência (psicológica, fluidoterápica e mediúnica) , ao lado das não menos importantes terapias médicas e psicológicas tradicionais. Em suas conclusões, o médium afirmou que a mais profunda e eficiente de todas as terapias para quaisquer males da criatura humana está contida no Evangelho de Jesus e resumida na Lei de Amor (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo), de maneira que, nestes dias em que a Humanidade experimenta os mais terríveis tormentos psicológicos, psiquiátricos e obsessivos, o único caminho para a cura real e definitiva é a vivência do amor. A conferência foi encerrada com a exaltação dos relevantes serviços prestados pela Federação Espírita do Estado da Bahia na divulgação do Espiritismo e na ação da caridade, ao longo deste primeiro centenário de sua existência, e, em seguida, com a declamação do Poema da Gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues.

  Texto: Júlio Zacarchenco

  Fotos: Facebook Federação Espírita do Estado da Bahia

(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

Bezerra de Menezes

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" Vivemos a hora da grande crise e vêmo-la presente em todos os seguimentos humanos, cada um deles assinalados por necessidades de modificação, por cujo momento duas culturas enfrentam-se: a que desaparecerá depois de muitas dores e a que se implantará renovadora e fraternal .

A humanidade está exausta de guerras intérminas, que resultam do egoísmo de minorias violentas e desequilibradas, que ainda não entenderam as nobres finalidades da existência física.

A revelação dos imortais objetiva despertar todas as consciências para a compreensão real dos processos da evolução que ocorre apesar das crises de toda ordem. 

Toda ascensão é feita com dificuldade, e nenhuma conquista é lograda sem o contributo do sacrifício. 

Todos aqueles que conhecem e que compartilham do conhecimento imortalista tem o inadiável dever de cooperar em favor do mundo melhor. A responsabilidade cristã neste momento é bem definida, qual ocorreu com os mártires que não recusaram o cálice de fel nem o testemunho com doações da existência, a fim de que os pagãos pudessem constatar que om mundo de ilusões dilui-se antes a gloriosa imortalidade que permanece. 

Todos podemos conviver juntos e afáveis, mesmo quando temos opiniões diferentes, respeitando-nos uns aos outros e colaborando juntos em favor do bem geral. 

Sejam, pois, esquecidas as rivalidades impostas pelo orgulho e pela presunção, por ambições injustificáveis e distonias emocionais. A todos a morte nivela no túmulo, permanecendo diferentes os valores de que cada qual seja possuidor.

Não ha outra alternativa para que a paz se estabeleça entre todos os trabalhadores do Evangelho. Cada um dispute a honra de melhor servir, de apagar-se no anonimato da compaixão pelos mais pobres e sofredores, constituindo-se demonstração da abnegação conforme o exemplo do inolvidável Mestre de Nazaré. 

Em razão da presença de pessoas humildes e amantes deste nosso reduto de socorro, suas preces e preocupações chegaram ao Senhor que ouviu as suas suplicas e atendeu-as, enviando trabalhadores de Mais Alto, para que fossem interrompidas as agressões das Trevas e recuperados os patrimônios de amor e de bondade para com todos. 

Ninguém ruma ao abandono, sempre assistido pelas forças do Bem inonimado, a que se deve entregar sem exigências nem reclamações. Procurando-se entender os desígnios da Divindade, que sempre objetivam o progresso e a felicidade dos Espíritos, torna-se mais fácil a jornada e menos penosas as aflições, mesmo quando é convidado aos resgates mais severos, o que proporciona alegria e bem-estar. 

Concedei ao outro, àquele que se vos opõe, o direito de assim pensar, não se facultado, no entanto, entrar em combate ideológico por vaidade ou desejo de submete-lo, porque a verdade absoluta somente o Pai conhece.

A mídia, que vive e se compraz em vender alucinações e pavor, sem o menor respeito pelos sentimentos humanos, a pretexto de informar, faz verdadeira lavagem cerebral em que o mal predomina, convida aos cidadãos a um alerta armado, porque ele poderá ser a próxima vítima, enquanto estimula esportes radicais sem nenhuma consideração pela existência física, decanta os festivais alucinados de drogas e sexo, que arrebanham centenas de milhares  de jovens e adultos frustrados uns, cansados outros dos próprios excessos, e reinam o medo, a insegurança, a incerteza, o vazio existencial. 

Ainda não atingimos o clímax das dores e conflitos, mas, por outro lado, são inúmeros os resultados eficazes dos esforços empreendidos pelos trabalhadores do Além-túmulo em forma de socorro. 

Combatei, pois, o bom combate, a fim de que, terminada a vossa tarefa terrestre, possais dar conta da vossa administração, como afirmou o apóstolo Paulo, ao encerrar seu luminoso périplo na carne. 

Sede gentis no lar, na rua, na comunidade religiosa e esportiva, no trabalho, onde estiverdes, pois o selo da mansidão do Cristo vos fará conhecidos e imitados. 

Exoramos ao Senhor as Suas bênçãos para este e os momentos futuros, embora reconhecendo que a luta ainda não terminou, porém, agora estais com mais eficientes instrumentos para o combate em nome do bem." 

Bezerra de Menezes

Do livro Perturbações Espirituais (Manoel Philomeno de Miranda)

Psicografia de Divaldo pereira Franco

(Texto recebido em email de [email protected]; em nome de; Jefferson Jornalista [[email protected]])

A evangelizadora, amorosamente, falava com a sua turma de pré-adolescentes.

A abordagem contemplava a questão dos relacionamentos de amor e amizade.

Todos nós queremos ser felizes, mas para isso, devemos ter atitudes coerentes com nossos desejos.

À medida que somos alegres, leais e humanos com as pessoas, somamos simpatia, alegria e felicidade. – Disse.

Nesse momento, uma garota apresentou sua experiência, dizendo que se afastara de uma amiga porque ela estava sempre de mau humor.

Ponderada, a orientadora esclareceu que, habitualmente, quando alguém passa a apresentar constante mau humor, importante verificar se não está vivenciando um problema muito sério.

E, mais especialmente, se se tratar de uma amiga, porque esses são os momentos em que mais necessitamos de amizade sincera.

Mais tarde, a classe toda ficou sabendo que os pais da referida amiga enfrentavam doloroso processo de separação.

*   *   *

O bom senso nos recomenda a atitude paciente da observação cuidadosa e do respeito pela dor alheia, antes de assumirmos posições precipitadas.

Não devemos julgar as aparências. Devemos, sim, conhecer a real razão de ser de atos e fatos que se apresentem.

Salutar que possamos espalhar, ao nosso redor, um clima de compreensão e de amizade sincera.

A simpatia com que tratamos aqueles que se aproximam de nós, os cativa, e cria disposição para um bom diálogo.

A delicadeza e a gratidão que dispensamos, gera um retorno alegre e gentil.

Temos tanto a agradecer, e somos tão econômicos nesse mister.

Se temos amigos, agradeçamos e valorizemos suas companhias.

Se ainda contamos com a presença de nossos pais em nossas vidas, tratemo-los com o carinho que merecem.

Se podemos ter a glória de florir em nossos filhos, vivamos a alegria da convivência amorosa.

Aprendamos a não abdicar da companhia de um afeto em troca de buscas materiais passageiras.

*   *   *

Importante ainda lembrarmos de não ficar reclamando de tudo e de todos, o que nos permite conquistar valiosa virtude.

Não desdenhar, não desprezar é e sempre será, de bom tom.

Compreender, auxiliar, ensinar, doar, esclarecer, iluminar são ações bem-vindas, onde estivermos.

Se desejamos retornos positivos, pensemos, antes de falar ou fazer algo.

Desejando colher flores, observemos as sementes que plantamos.

Almejando estar rodeados de bons amigos, vejamos como tratamos as pessoas.

Lembremos, por fim, que Jesus nos orientou a que amássemos sempre. Amássemos até mesmo nossos inimigos.

Em uma de Suas parábolas destacou aquele que semeia, o que sai a semear, o semeador.

E lecionou ainda sobre a questão de não buscarmos ocupar os primeiros lugares, mas nos posicionarmos no último.

Alteremos para melhor nossa maneira de ver as coisas, e seremos mais felizes.

Sejamos melhores e teremos mais amigos.

Redação do Momento Espírita.
Em 26.12.2015.