Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sábado, 18 de julho de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/          http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/18-07-2015.htm

 

No Blog onde  é  postado diariamente:

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

 

Ou no Facebook

https://www.facebook.com/ismael.gobbo.1

 

 

 

Os últimos 5 emails enviados:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK

 

17-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/17-07-2015.htm

16-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/16-07-2015.htm

15-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/15-07-2015.htm

14-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/14-07-2015.htm

13-07-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/13-07-2015.htm

 

 

 

PUBLICAREMOS EM SEQUENCIA

O Livro dos Espíritos

 

 

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

Cordilheira dos Andes no Chile. Foto Ismael Gobbo

 

 

Jesus está chamando

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Nosso Livro. Lição nº 18. Página 47.

 

Desde a primeira hora do Apostolado Divino, Jesus está chamando Cooperadores para os serviços de extensão do Reino de Deus na Terra.

A princípio, buscou Pedro e André, os pescadores humildes, à tarefa de salvação.

Convocou Mateus, o administrador de impostos, à coleta de bens do Céu.

Trouxe Maria de Magdala, a obsidiada de vários demônios, à necessária renovação.

Convocou Joana, a esposa admirável de ilustre funcionário do bem público, ao concurso fraterno.

Chamou Zaqueu, o mordomo da fortuna, do alto de um sicômoro, ao esforço de benemerência.

Exaltou em Maria da Betânia o valor da meditação.

Requisitou Marta, a preocupada servidora doméstica, às obras do pensamento sublime.

Acordou Nicodemos, o mestre intelectual de Israel, para o ministério da santificação.

Ergueu Lázaro, no sepulcro, para a manifestação do Divino Poder.

E ainda, no último dia e na derradeira hora, despertou um ladrão crucificado para a divina esperança.

Em todos os vinte séculos de Cristianismo que estamos vivendo, O Senhor está chamando Colaboradores para a sua obra excelsa de redenção e aprimoramento.

Há serviço para cada um e degraus iluminativos para todos.

Para onde segues, irmão?

Jesus, por nós, imolou-se na cruz. Que fazemos nós por Ele?

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Sicômoro. Tipo de árvore na qual subiu Zaqueu para ver a passagem de  Jesus.  Jericó, Palestina.  Foto Ismael Gobbo

 

 

FEEB - Comemoração na FEEB (Iguatemi)

Dia da Imprensa Espírita. Salvador, BA

 

 

(Informação recebida em email de Edward Cobem 6 [[email protected]])

 

 

Palestra com Marina Ferri na Instituição Espírita Obreiros do Bem. Osasco, SP

 

 

 

(Informações de Norberto AEPC Facebook)

 

 

Palestra no Centro Espírita Capitão Vendramini

Três Corações, MG

 

 

(Informação recebida em email de Centro Espírita Capitão Vendramini [[email protected]])

 

 

CONEAN 2015- Confraternização Espírita da Alta Noroeste

Penápolis, SP

 

 

(Informação recebida em emails de Sirlei Nogueira, Vera Filgueira, João Marchesi Neto)

 

 

Palestra programada para o C.E. Humildade e Fraternidade Universal. Presidente Venceslau, SP

 

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

Programação do Centro Espírita Allan Karddec

Penápolis, SP

 

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(Informação recebida em emails de Centro Espírita Allan Kardec [[email protected]] e  de João Marchesi Neto)

 

 

SEEB – Tributo a Kardec

Salvador, BA

 

 

(Informação recebida em email de Edward Cobem 7 [mailto:[email protected] e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Evento espírita programado para

Espírito Santo do Pinhal, SP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA

“IRMÃO FLÁCUS”

Rua Rafael Oricchio Neto, n. 890 -Vila São Pedro

4º. FESTIVAL DO LIVRO ESPÍRITA

Tema: “O HOMEM INTEGRAL”

AGOSTO / 2015

 

1.     PALESTRAS ESPÍRITAS__

Sábado, às 20 horas

 

DATA

 

ATIVIDADE

 

01

 

Abertura e “Palestra Espírita Musicada” - Allan Vilches

08

 

Palestra: “Espiritualidade e Educação”

Régis de Morais

22

 

Palestra: “O Homem Integral”

Célio Allan Kardec de Oliveira

LOCAL - Associação Espírita Vicente de Paulo

Rua Pinheiro Machado, n. 55

 

 

2.     FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA__

 

Dia 14, sexta-feira e dia15, sábado das 10 às 22 horas

Dia 16, domingo das 9 às 12 horas

 

Divulgação do “Evangelho no Lar e no Coração” - Claudio/USE

Projeção de vídeos de palestrantes espíritas

Apresentações Musicais

Venda de livro com descontos de 20%

Venda de livros do Clube a R$ 10,00, R$ 5,00 e R$ 2,00

Sorteios de “kit Kardec”

 

LOCAL: “Associação Cultural Antonio Benedicto Machado Florence”

Praça da Independência (antigo Casarão)

Espírito Santo do Pinhal – SP

 

 

(Informação recebida em email de Ary Oswaldo Leite da Silva [[email protected]])

 

 

Palestra no Centro Espírita Francisco de Assis

Avanhandava, SP

 

CONVITE de PALESTRA

Centro Espirita Francisco de Assis - Avanhandava

Rua Tibiriçá nº 522

convida a todos para assistirem a palestra que o 

 

 

FERNANDO CESAR BALBINO.

 

DA CIDADE DE

GUARARAPES

 

Fará  nesta quarta-feira dia 22-07-2015

Às  20,00  horas

Tema:

" O  VALOR  DA  ORAÇÃO "

 

(Informação recebida em email de Luiz Antonio da Silva)

 

 

Leia o informativo do Instituto Chico Xavier

Itú, SP

 

Acesse aqui:

http://www.institutochicoxavier.com/informativo/informativo72/index.htm

 

 

 

Boletim SEI- Serviço Espírita de Informações

Rio de Janeiro, RJ

 

Acesse a edição de Julho/2015

http://boletimsei.blogspot.com/2015/07/sei-de-julho.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ServioEspritaDeInformaes+%28Servi%C3%A7o+Esp%C3%ADrita+de+Informa%C3%A7%C3%B5es%29

 

 

(Com colaboração de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

Palestra e lançamento do livro “Viver é a melhor opção”

Vitória, ES

 

 

 

Viver É a Melhor Opção – A prevenção do suicídio no Brasil e no

Viver é a melhor opção, do jornalista André Trigueiro, foi escrito com uma única convicção:

as informações reunidas nele podem salvar vidas. “A descoberta de que o suicídio é prevenível em 90% dos casos e a necessidade

de se retirar o véu que há séculos encobre esse tema motivaram-me a escrever o livro”, afirma.

 

No livro, da Editora Correio Fraterno, o escritor revela números que dão a dimensão do problema – mais de 800 mil casos registrados no

mundo a cada ano – e analisa as várias causas que levam as pessoas a ceifar suas vidas. Trigueiro acredita que, com informação, planejamento

e, acima de tudo, com a coragem de quebrar o tabu que envolve o assunto, será possível reduzir as estatísticas de autoextermínio.

 

E cita exemplos bem-sucedidos nesse sentido no Brasil e no mundo.

 

O livro também aborda a visão espírita do problema do suicídio, ampliando os horizontes de investigação do assunto, sem nenhuma

conotação proselitista. Na opinião do autor, “não importa a corrente filosófica, humanista ou espiritualista à qual estejamos vinculados. A

luta em favor da vida é a causa comum, o que empresta sentido ao conceito de civilização”.

 

A totalidade dos direitos autorais da obra é destinada ao Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br), associação filantrópica, sem

vinculações políticas ou religiosas, que, desde 1962, realiza um serviço voluntário, gratuito, 24 horas por dia, de apoio emocional e prevenção

do suicídio. Informações na editora, pelo telefone (11) 4109-2939.

 

(Informação recebida em emails de Giovana Campos e de [email protected])

 

Sobre doação de órgãos

 

 

"DOAÇÃO DE ÓRGÃOS MELHOR DO QUE CREMAÇÃO"

 

 

Respondendo a um ouvinte da Rádio Rio de Janeiro que queria saber o que seria  melhor para sua alma quando desencarnasse: doar os seus órgãos ou mandar cremar o corpo, respondi que a decisão seria dele, porém eu, quando renovei a carteira de motorista em anos anteriores, decidi pela doação de todos os órgãos, pois da mesma forma que doamos a nossa  roupa quando não mais precisamos dela, assim também devemos doar o corpo,  quando nossa alma não mais dele necessitar. É um gesto de desprendimento.

 

Ora, porque cremar o corpo,  caro ouvinte da Emissora da Fraternidade, se ele pode ser útil a alguém que precisa de um transplante para voltar a trabalhar e sustentar a família? 

 

Você já pensou nas preces de gratidão que subirão aos céus desse alguém e de seus familiares em seu favor?  Foi justamente o que aconteceu com o espírito do jovem Wladimir Cezar Ranieri, que recebeu preces de gratidão de uma pessoa a quem foram doadas as suas córneas  após a sua desencarnação.

 

Em mensagem através de Chico Xavier, no livro Amor e Saudade, o Espírito  Wladimir, diz do benefício recebido pelas preces que revigoraram suas forças espirituais, e que pôde  então compreender o valor do bem, mesmo feito involuntariamente, pelo fato de ele não ter autorizado a doação quando encarnado. Além da mensagem de Wladimir, existem ainda outras de doadores desencarnados, em: Vozes da Outra Margem, e Continuidade. Todos esses livros estão  disponíveis na Livraria Espírita   Joana de Angelis, rua do Catete, 347, loja 11, tel:  2265-2065, e-mail:  [email protected].

 

Os Benfeitores Espirituais, no livro Entrevistas, dizem ainda, através do médium Chico Xavier, que são favoráveis aos transplantes de órgãos, pois se trata de um problema da ciência, totalmente legítimo, e que naturalmente deve ser levado adiante. Também consideram o transplante de órgãos como algo que não contraria as leis naturais.  Porém, segundo Chico Xavier, se a pessoa for apegada a objetos, aos seus afetos, será melhor não autorizar a doação. Portanto, a decisão de doar os órgãos é do doador, e vai depender do maior ou menor desprendimento das coisas que o cercam neste  mundo.

 

Gerson Simões Monteiro

Presidente da Rádio Rio de Janeiro

e-mail: [email protected]

 

(Texto recebido em email de

 

 

Benefícios do autoconhecimento

 

 

O autoconhecimento é importante em nossas vidas para nos entendermos melhor.

Muitas vezes, ignoramos o real significado de algumas sensações que vivenciamos no nosso cotidiano, por não nos conhecermos profundamente.

Pensamos estar doentes. Buscamos o parecer médico e o resultado nos frustra, porque nada é constatado, em nível físico.

Quantas vezes nos sentimos debilitados, como que enfraquecidos, com sensações desagradáveis a nos invadir? Ou irritados, sem saber a causa?

Quantos são os dias em que acordamos sem vontade de nada, até mesmo, de sair da cama?

E quando nos perguntam o que está acontecendo conosco, nossa resposta é: Nada.

Mas continuamos sem vontade de coisa alguma.

*   *   *

Importante seria que tivéssemos em mente que, além da realidade física e social, temos, atuante em nós, a realidade espiritual.

Muitos não aprendemos ainda, mas à noite, quando dormimos, nos libertamos parcialmente do corpo e, dessa forma, participamos da vida espiritual.

Esses momentos são importantes para nossa realidade espiritual, pois permitem que mantenhamos contato com amigos, amores e mesmo inimigos e desamores do passado de nossas vidas.

Ao acordarmos, no corpo físico, trazemos gravadas no subconsciente as lembranças, acompanhadas de seus efeitos, que se refletem em nosso corpo.

Pode acontecer que algumas dessas sensações interfiram em nosso estado de ânimo, parecendo-nos estar doentes, desanimados. Conscientemente, não sabemos explicar o porquê desse mal estar.

Assim também, os momentos de alegria e disposição especiais, ao acordarmos, dão-nos a certeza de que vivemos bons momentos durante o sono do corpo.

O sono físico é a porta pela qual Deus nos permite também, manter contato com nosso anjo da guarda, que nos aconselha e nos orienta.

Grandes sábios da Humanidade tiveram o seu momento de glória nas suas invenções, depois de terem um sono ou mesmo um cochilo, em que visitaram certos locais espirituais ou receberam determinadas informações da Espiritualidade.

Ou, ainda, sintonizaram com outras mentes criativas que os inspiraram a encontrar a solução para o que planejavam criar, inventar.

Por isso tão importante é o uso de uma boa leitura e a oração sincera, antes de nos entregarmos ao sono, todas as noites.

Essa atitude nos garantirá a presença de amigos espirituais, cujo contato nos haverá de beneficiar.

*   *   *

Nosso corpo funciona retratando o estado de ânimo do Espírito que o habita.

As sensações, que nos parecem estranhas ou sem causa, podem estar ocorrendo em nível espiritual, refletindo-se no corpo físico.

Na busca do autoconhecimento, bom que identifiquemos quem somos, espiritualmente falando, e como vivenciamos essa realidade.

Ou seja: qual a qualidade dos nossos pensamentos e sentimentos, quais as emoções que predominam em nós, quais desejos alimentamos, pois essas são manifestações da alma que nos identificam com almas afins e nos permitem sensações agradáveis ou não.

Com tal estudo, decifraremos muitas questões que nos parecem inexplicáveis e poderemos corrigir imperfeições que nos criam sintonias indesejáveis.

Apliquemo-nos nisso. 

Redação do Momento Espírita.
Em 17.7.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

O sonho de Kekulé para a estrutura do Benzeno

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/August_Kekul%C3%A9#/media/File:Ouroboros-benzene.svg

 

 

O sonho de Kekulé

“Eu estava sentado à mesa a escrever o meu compêndio, mas o trabalho não rendia; os meus pensamentos estavam noutro sítio. Virei a cadeira para a lareira e comecei a dormitar. Outra vez começaram os átomos às cambalhotas em frente dos meus olhos. Desta vez os grupos mais pequenos mantinham-se modestamente à distância. A minha visão mental, aguçada por repetidas visões desta espécie, podia distinguir agora estruturas maiores com variadas conformações; longas filas, por vezes alinhadas e muito juntas; todas torcendo-se e voltando-se em movimentos serpenteantes. Mas olha! O que é aquilo? Uma das serpentes tinha filado a própria cauda e a forma que fazia rodopiava trocistamente diante dos meus olhos. Como se se tivesse produzido um relâmpago, acordei;... passei o resto da noite a verificar as consequências da hipótese. Aprendamos a sonhar, senhores, pois então talvez nos apercebamos da verdade." - Augusto Kekulé, 1865 (Wikipédia)

 

Paseo de los suenõs. Santiago, Chile. Foto Ismael Gobbo

 

 

Homenagem

Luís Olimpio Teles de Menezes

(26-07-1825 – 16-03-1893)

 

Autor: Carlos Bernardo Loureiro

 

Teles de Menezes



Luís Olímpio Teles de Menezes nasceu na cidade do Salvador, aos 26 de julho de 1825 e desencarnou, no Rio de Janeiro, pobre e esquecido, em 1893. Era filho do Capitão graduado Fernando Luís Teles de Menezes e D. Francisca Umbelina de Figueiredo Menezes, integrante da ilustre família dos Menezes, de velhos capitães, magistrados e clérigos portugueses, a qual desde os primórdios do século XVIII, deu entrada no Brasil. Estabilizou-se na Bahia, dando origem a extensa descendência.

 

Teles de Menezes casou-se, em primeira núpcias, aos 23 anos, com D. Ana Amélia Xavier de Menezes, da mesma idade. Nela, Teles de Menezes encontrou a esposa compreensiva e carinhosa de todos os instantes até a sua desencarnação em 28 de agosto de 1865. Foi pródiga a descendência desse primeiro matrimônio – entre filhos, netos, bisnetos e tetranetos, contando-se, ainda hoje, com alguns vivos.

 

Segundo o historiador Dr. Alexandre Passos, embora não seja possível determinar, de fato, a que ramo pertenceu Teles de Menezes, “não resta dúvida, a menor dúvida aliás, que os Menezes, salvo raras exceções, bons serviços prestaram ao Brasil Colônia e ao Brasil Reino”.


Ainda jovem, Teles de Menezes decidiu seguir a carreira do pai. Entrou para o curso de Artilharia em sua cidade natal, porém logo a abandonou por faltar-lhe a vocação. Dedicou-se, então, ao magistério. Participou, ardorosamente, da campanha contra o analfabetismo e ao incentivo da literatura entre os jovens baianos. O ensino das primeiras letras no Brasil decretado desde 1827, ainda não era bem aceito pelo povo, como não o era o próprio, deste sendo exigida muita renúncia e abnegação. Por vários anos, Teles de Menezes foi professor de instrução primária e de Latim. Apreciador do purismo gramatical, publicou um compêndio a que deu o título de “Ortoépia da Língua Portuguesa”.

 

Convivendo nos meio cultos, Teles de Menezes estabeleceu relações com ilustres educadores baianos, tendo diversos deles, mais tarde, colaborado na propaganda do Espiritismo. Entre estes últimos, podem ser citados os nomes de Zacarias Nunes da Silva Freire, José Francisco Lopes, Aureliano Henrique Tosta, Marciano Antônio da Silva Oliveira, Francisco Álvares dos Santos, Gervásio Juvêncio da Conceição e Antônio Gentil Ibirapitanga.


Na Biblioteca Pública da Bahia, fundada em 04 de maio de 1811, a primeira América do Sul, Teles de Menezes desempenhou as funções de “Oficial de Biblioteca”, cargo em que se aposentou, passando a receber magros proventos.


Teles de Menezes, patriota e monarquista, ingressou na Guarda Nacional, criada em 1831, “famosa naqueles tempos e que tão relevantes serviços prestou ao Segundo Império”, onde recebeu e desempenhou, condignamente, o posto de Capitão do Estado Maior do Comando Superior. Homens ilustres como o Visconde de Passé (Francisco Antônio da Rocha Pita e Argollo), Comendador da Ordem da Rosa, e Joaquim Batista Imburama, veterano da Independência, agraciado com a medalha da Campanha da Bahia, e, também, com a veneranda Ordem da Rosa, pertenceram aos seus quadros e apoiaram o movimento espírita na Bahia ao lado de Teles de Menezes que mais tarde foi reformado no posto de Tenente-Coronel.

O JORNALISTA

Teles de Menezes dedicou-se ao jornalismo. Escreveu em vários jornais e revistas da imprensa leiga da Cidade do Salvador. Dentre estes, em 1872, no “Diário da Bahia” (1856-1956) e no “Jornal da Bahia” (1853-1878) liberal o primeiro, conservador o segundo, e ainda, no “Interesse Público” (1860-1870), períodos considerados àquela época, os mais importantes da Bahia.

 

Ainda como jornalista, Teles de Menezes fez parte da redação da “A Época Literária”, sendo o seu principal redator. Nesta revista, publicou, ainda sem muita experiência e quando ainda não era espírita, nas páginas 24 e seguintes, em folhetins até o capítulo VIII, a novela “Os Dois Rivais”, em estilo ultra-romântico, considerada por David Salles uma das primeiras manifestações da ficção na Bahia, embora peque pela não citação do autor.

 

Publicada sobre os auspícios do poeta e estadista Domingos Borges de Barros, o célebre Visconde de Pedra Branca, pertencente ao Conselho de Sua Majestade, o Imperador, e um dos grandes protetores das letras pátrias, “A Época Literária” saía mensalmente, com 32 páginas, impressa a princípio, pela Tipografia de Carlos Poggetti e, pouco depois, pela Tipografia de Epifânio José Pedrosa. Era, então, uma das poucas folhas literárias existentes na Bahia. O analfabetismo reinante em nossa terra não permitia desenvolver, no espírito baiano, o gosto pelas letras pátrias.

Segundo o historiador Pedro Calmón, nos três tomos de “A Época Literária”, encontram-se colaboração dos “melhores espíritos da época”, como: Domingos Borges de Barros (seu diretor), José Martins Pereira de Alencastre, Pedro Antônio de Oliveira Botelho, Antonio Augusto de Mendonça, Laurindo Rabelo, Constantino do Amaral Tavares, Rodrigo Xavier de Figueiredo Ardignac, além do nosso confrade Luís Olímpio Teles de Menezes.

 


Teles de Menezes contava, nessa época, 24 anos de idade e ainda sem projeção nos meios literários e artísticos. Por isso seu nome não constou no frontispício da revista, uma vez que só nomes conhecidos facilitariam a divulgação da mesma. Todavia, o artigo de fundo do primeiro número de “A Época Literária” foi escrito por Teles de Menezes, sob as iniciais L.O.T.M., e se intitulava, simplesmente, “LEDE”.


Nesse artigo, Teles de Menezes inicia lembrando a evolução das nações como Grécia e Roma que galgaram o cume da magnificência para, depois, descambarem na decadência e na ruína. Partindo daí num arrebatamento patriótico próprio dos jovens, passa a analisar a evolução social brasileira, prosseguindo pelos séculos XVI a XIX, até “o brado heróico da liberdade” de 07 de setembro de 1822. Prosseguira Teles de Menezes enaltecendo o Brasil: “O colosso americano começou a caminhar a passos de gigante para o progresso e a civilização, e, consequentemente, muito avulta a sua literatura, por que é esta – o órgão do progresso e da civilização de um povo”.

 

Teles de Menezes vaticinava para o Brasil, num futuro não muito remoto, “o primeiro lugar na Escala das Nações”. Ele, realmente, confiava nos destinos e na grandiosa missão do Brasil.

TELES DE MENEZES CONTINUA A SUA EMPRESA

 

Ao iniciar-se o segundo período (2º semestre) de “A Época Literária”,, volta a inserir outro artigo editorial, datado de 25 de março de 1850, assinando, como no primeiro, com suas iniciais L.O.T.M., e tendo o mesmo título do anterior – “LEDE”, o qual é, aqui, transcrito “in-totum”:
“Se os nossos esforços, empregados no primeiro período, satisfizeram ao público sensato e justo avaliador, preenchendo os deveres da árdua tarefa que nos impusermos, é o que não podemos afirmar.
“Que não nos poupamos a dificuldade alguma, para com pontualidade desempenharmos o que prometemos, - embora não pudéssemos inteiramente tornar o nosso periódico tão interessante como desejávamos, é o que podemos assegurar aos nossos leitores.
“Se o público consciencioso continuar a acolhê-lo com aquela benignidade, com que o há feito, desculpando generosamente a nós, que inda agora estreamos a carreira das letras, então o nosso periódico, escudado – como se acha – por uma das notabilidades literárias da Bahia, irá, assim mesmo despido de todas as galas, modestamente sentar-se no meio das publicações deste gênero, que atualmente se fazem nos diversos pontos do Império Brasileiro.
“ Infelizmente na Bahia – e com profunda mágoa o dizemos! -, ainda um pouco atrasada em civilização (bem entendida), não podem tais empresas encontrar um pleno apoio, tão necessário para a sua animação, desenvolvimento e bom êxito.
“E ordinariamente eis o que sucede:
“Aqui, levantam-se cabeças orgulhosas de sua posição social, que com requintado desdém olham para a nova publicação.
“E por que assim o fazem?
“Porque ocupadas no cultivo da política, deslumbradas pelo futuro que elas lhes promete, anteolha-se-lhes árido e estéril o campo das letras, tanto mais quanto se julgam homens da primeira plana, e este autor não freqüenta a roda a que tanto se ufanam eles de pertencer.
“Ali, surgem outras, que, sem ao menos lerem a obra ou o jornal, previamente o condenam, porque – dizem – não gostam de ler escritos de autor desconhecido, que não tem fama, por isso que estão acostumados a aplaudir as obras, quaisquer que sejam, não pelo seu mérito, mas sim pela nomeada do indivíduo.
“Além, aparecem antagonistas que, ciosos (talvez) de não serem os pais da idéia novamente emitida, buscam com terrível egoísmo cavar a ruína da nascente empresa.
“ – Que devemos pensar de tudo isso?
“ – É questão a que nos forramos de responder, porque nela existe o cunho da ignorância e do amor – próprio mais degenerado.
“É portanto com todos estes obstáculos que o nosso periódico – que nos aprouve chamá-lo “A Época Literária” – tem lutado, e há-de relutar no ir por diante de sua existência; mas desprezando nós tudo quanto com seus envesgados olhos puder tramar a desprezível inveja, e confiando na benevolência do público sensato e justo, - diremos ainda uma vez, cheios de entusiasmo, com o Poeta brasileiro:
...Senhor, propício atende:
Nada por nós, por nossa Pátria tudo;
Fados brilhantes ao Brasil concede.
Bahia, 25 de março de 1850
(L.O.T.M.)”.

 

Em 29 de maio do mesmo ano, D. Romualdo Antônio de Seixas, Metropolitano e Primaz do Brasil, enviou longa missiva à redação de “A Época Literária”, elogiando o trabalho de seus dirigentes:

 

Em julho de 1850, três importantes personalidades da sociedade baiana passaram a integrar a equipe de redação de “A Época Literária”, Dr. Manoel Maria do Amaral Sobrinho, José Álvares do Amaral e Dr. Inácio José da Cunha. O primeiro pertencia a ilustre família de políticos baianos; os outros dois, como veremos posteriormente, tornaram-se, juntamente com Teles de Menezes, pioneiros do movimento espírita no Brasil.

 

Em 15 de janeiro de 1851, Teles de Menezes, em outro artigo de fundo, agradece o interesse dos leitores pela revista; mas apresenta, ao mesmo tempo a dura realidade que " A Época Literária” enfrentava: - dificuldades financeiras prementes. Solicita, então, ajuda dos assinantes amigos, entre os quais se incluíam pessoas de grande projeção na Sociedade baiana. Entretanto, seu apelo foi inútil; não obteve a resposta desejada. E a alma sensível do jovem Teles de Menezes, sofreu o rude golpe de ver “A Época Literária”, depois de pouco tempo, sair de circulação.

O CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO DA BAHIA

A 15 de agosto de 1857, foi instalado o Conservatório Dramático da Bahia, pelo literato e dramaturgo Dr. Agrário de Souza Menezes. Seu corpo de sócios era limitado a cinqüenta, só sendo admitido os que “tivessem dado provas de inteligência cultivada e de gosto pela arte dramática”. Desse conservatório que, segundo Affonso Ruy em “História do Teatro na Bahia” (1959), “arregimentou o escol espiritual da Província, com os bons propósitos de incentivar e elevar as letras dramáticas e o nível moral da cena”, participaram além de Teles de Menezes, destacadas personalidades baianas como: Frei Carneiro da Cunha, Júlio Cesar Leal, Filgueiras Sobrinho, Amaral Tavares, Pinto Paca, Álvares da Silva, Castro Alves, Rui Barbosa, Belarmino Barreto, Guedes Cabral, Cunha Vale, Rodrigues da Costa e Paulino Gil.

 

A sua instalação, o Conservatório da Bahia, que funcionou num dos salões do extinto Teatro São João, compunha-se de 24 sócios.

 

Foi devido a sua sede de cultura e de conhecimento que Teles de Menezes veio a se interessar pelos fenômenos “inexplicáveis” que ocorriam em todos os continentes e que chamaram a atenção da humanidade. Durante toda a fase de implantação da Doutrina Espírita na França, por Allan Kardec, Teles de Menezes manteve relações de amizade com os espíritas franceses.

 

O intercâmbio de idéias e a correspondência epistolar mantidas entre os dois países facilitaram a chegada a terras baianas das tendências filosóficas e culturais que emergiam além-mar.

 

A febre do magnetismo e os fenômenos espíritas explodiam em toda parte e Teles de Menezes interessou-se, vivamente, por esses assuntos, da mesma forma quanto a Allan Kardec e aos trabalhos que este desenvolveu juntamente com os espíritos Codificadores e que culminaram com o lançamento do livro dos Espíritos em 1857.

 

 

Daí Teles de Menezes vir a tornar-se sócio honorário correspondente da Sociedade Magnética da Itália, filiando-se, “igualmente a várias entidades espíritas” e espiritualistas européias.

 

Dentre os distintos confrades com quem Teles de Menezes manteve correspondência, distinguem-se o professor Denizard Hippolyte Leon Rivail e seu secretário A. Deslien.

Em 1860, surgiram no Brasil as primeiras obras espíritas. Cinco anos depois, precisamente às 22,30 horas do dia 17 de setembro de 1865, realizou-se em Salvador, na Bahia, a primeira sessão espírita no Brasil, sob a direção do pioneiro Luís Olímpio Teles de Menezes. Ainda em 1865, o mesmo Teles de Menezes fundou, também na Bahia, o primeiro Centro Espírita brasileiro, o Grupo Familiar do Espiritismo.

 

Essa iniciativa provocou imediata reação da Igreja que encontrou, em Teles de Menezes, um adversário corajoso e honesto. No ao de 1866 foi feito o lançamento, na capital baiana, do opúsculo “O Espiritismo – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”, contendo páginas traduzida por Teles de Menezes da 13ª edição de “O Livro dos Espíritos”, além dum “Apêndice” de outro autor francês e do prefácio “Lede”, em que Teles de Menezes diz do seu júbilo “de ter sido o primeiro na Bahia que, fervorosamente, esposou a doutrina espírita”, afirmando, adiante, ser a sua província natal, “metrópole de todas quantas grandes idéias surgem no Brasil”, a escolhida por Deus para ser o centro donde as idéias espíritas se irradiariam por toda Nação.

O ECHO D’ALÉM-TÚMULO

 

Em 1869 (8 de março), Teles de Menezes reunia seus companheiros no “Grêmio de estudos Espiríticos da Bahia” e anunciou o aparecimento, para breve, do primeiro jornal espírita do Brasil: “O ECHO D’ALÉM-TÚMULO”, o que realmente ocorreu naquele mesmo ano, no mês de julho. Participaram da histórica assembléia de fundação do “Monitor do Espiritismo no Brasil” os seguintes idealistas: Prof. Aureliano Henrique Tosta, Dr. Joaquim Carneiro de Campos, Dr. Manuel Correia Garcia, Dr. Inácio José da Cunha; José Martins Pena e o Prof. José Francisco Lopes.

 

 

Com 56 páginas, in 8º, bimestral, circulava mão só na Bahia, mas em outras partes do território nacional, bem como em Londres, Lyon, Paris, Madrid, Barcelona, Sevilha, Nova Iorque, Bolonha e Catânia. Imprimia-o a Tipografia do “Diário da Bahia”. Este importante jornal, considerado por Aloísio Carvalho Filho (Lulu Parola) “semeador de princípios liberais, viveiro e pouso de brilhantes jornalistas, onde, por sua maior glória, se emplumaram Rui e Vitorino”, foi o primeiro órgão da imprensa brasileira a acolher em suas colunas artigos de caráter espírita escritos por Teles de Menezes.

 

 

E o “ECHO D’ALÉM-TÚMULO” nasce abolicionista, difundindo, em meio a efervescência política da época, os princípios imortais do Espiritismo, sustentados na máxima: igualdade, liberdade e fraternidade. Teles de Menezes deixava transparecer claramente, pelas páginas do jornal espírita que dirigia, sua filiação à obra emancipadora, dos grandes liberais baianos daquele tempo, tais como Souza Dantas, João Barbosa, Saraiva, Rui, César Zama, Castro Alves e Zacarias Nunes da Silva Freire.

 

 

O Professor Antônio Loureiro (de saudosíssima memória) incluiu no seu trabalho “APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA NA BAHIA”, substancial registro sobre o “ECHO D’ALÉM-TÚMULO”, inscrevendo-o, sem nenhum favor, no contexto da história da nossa Imprensa tão rica de realização em prol dos fundamentais princípios que norteiam os notáveis pioneiros.

CONCLUSÃO 

 

Por volta de 1876, Teles de Menezes partiu para o Rio de Janeiro onde fixou residência na Rua Barão de são Félix, 165 – Sobrado, onde viveu com a sua Segunda esposa, D. Elisa Pereira de Figueiredo Menezes e alguns filhos do primeiro matrimônio.

 

Aos 16 de março de 1893, após sofrer os embates de dolorosa e pertinaz enfermidade (nefrite), desencarnou o pioneiro da Imprensa Espírita no Brasil, aos 68 anos de idade. O féretro saiu de sua casa, para o cemitério de S. Francisco Xavier.

 

Teles de Menezes inscreve-se no contexto da Imprensa Espírita, e, historicamente, no da Imprensa Brasileira como um de seus mais lídimos exemplos de idealismo e honradez.

 

 

(Texto copiado do site http://secbahia.blogspot.com.br/2009/05/luis-olimpio-teles-de-menezes.html )

Luis Olimpio Teles de Menezes

Imagem: http://www.autoresespiritasclassicos.com/allan%20kardec/Periodicos%20Espiritas/O%20Echo%20D%20Alem-Tumulo/O%20Echo%20D%E2%80%99Al%C3%A9m-T%C3%BAmulo.htm

Selo comemorativo do Centenário da Imprensa Espírita no Brasil

homenageou Luis Olimpio Teles de Menezes. Imagens Internet

O Écho d’Além-túmulo. Imagem da internet

Prédio histórico da Federação Espírita Brasileira na cidade do Rio de Janeiro

Imagem: Jornal Unificação, USE/SP, setembro/1960, pag. 5

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

 

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