Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

Atenção

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Publicação em sequência

O Livro dos Espíritos

 

 

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CONTINUA...

.................

 

(Texto Copiado do site Febnet)

 

Busto de Giuseppe Verdi  (Roncole 10/10/1813 – Milão 27/01/1901)

Casa de Repouso para os Musicistas. Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

A belíssima Casa de Repouso para os Musicistas mantida pela Fundação Verdi. Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

Casa de Repouso para os Musicistas mantida pela Fundação Verdi. Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

Olhos atentos

 

 

 

                                  

                                                        Richard Simonetti

                                                                  [email protected]

 

Diante da morte.

            O marido falecera num acidente. A viúva dera testemunho de sua fé no velório, mostrando-se resignada e contida, embora, intimamente, sentisse seu mundo desabar. Uma amiga a abraçou.

            – Não há nada que possa amenizar sua dor. Sei quem foi seu marido e o que ele representava para você, luz em seu caminho. Tudo o que posso lhe oferecer, minha querida, é a minha solidariedade. Vim chorar com você.

            E chorou com a amiga e esteve com ela todos os dias, e oraram juntas até que os valores da solidariedade e da fé estancaram a fonte das lágrimas, para que ela retomasse sua vida, em suspenso desde a morte do amado.

 

                                               ***

            No lar.

            Um homem comentava com o amigo que sua esposa parecia muito nervosa. Ele concordou.

            – É verdade. Minha cara-metade anda irritada, soltando os cachorros...

            – Algum problema?

            – Não é nada. Está em TPM.

            – Tensão pré-menstrual?

            – Não, teste de paciência para o marido.

            – Está sendo aprovado?

            – Sem problema. É só passar zíper na boca; dizer sim, querida, e orar.

            Um problema que afeta muitas mulheres, encarado de forma filosófica e bem-humorada pelo marido, o que lhe permitia manter a serenidade, mesmo que ela a tivesse perdido, ajudando-a a reencontrá-la.

                                                           ***

 

            Na escola.

            Aconteceu. Em plena sala de aula o menino de nove anos viu formar-se pequena poça debaixo de sua carteira, enquanto sua calça ficava molhada com o xixi incontrolado.

            Um mico irreparável. Os meninos iriam rir dele pelo resto da vida.  Nunca mais as meninas falariam com ele. Seu coração parecia querer sair-lhe pela boca, tal o seu nervosismo.

            A professora vinha em sua direção. Certamente vira o que acontecera. Desejou com todas as forças de sua alma que o chão se abrisse debaixo de seus pés e ele sumisse. No auge do desespero, viu uma menina, Susie, que surgiu inesperadamente, carregando um aquário cheio d’água que ficava num canto da sala. Aparentemente descuidada, tropeçou na professora e despejou a água no colo do menino.

            Ele fingiu irritação, mas estava mesmo aliviado.  Ao invés de objeto de ridículo, os colegas se compadeciam dele, sem perceber o que tinha acontecido. A professora providenciou-lhe camisa e short, enquanto sua roupa secava. Ao final do dia, quando esperavam o ônibus escolar, o menino caminhou até Susie e sussurrou:

            – Você fez aquilo de propósito, não foi?

            Ela respondeu sorrindo:

            – Sim, eu também fiz xixi na calça uma vez!

 

                                                           ***

            Em qualquer lugar, em qualquer situação, em qualquer horário, sempre há algo que podemos fazer em benefício do próximo. Há anos mantenho contato com pessoas que procuram o Centro Espírita Amor e Caridade, em Bauru, em busca de cura para seus males, solução para seus problemas, alento para suas vidas…

Participam, não raro, de cursos de Espiritismo e Mediunidade. Noto, invariavelmente, que as que se saíram melhor, superando suas angústias e habilitando-se à felicidade, foram as que aprenderam a lição fundamental: felicidade é sinônimo de servir.

É a disposição de manter olhos atentos ante as carências alheias, identificando com a lucidez da solidariedade os tsunamis ocultos que assolam a alma humana, sem jamais deixar passar a oportunidade de algo fazer em seu benefício.

 

 

 

Com o lançamento desse livreto, em 1976, Richard Simonetti articulou a criação de

Clubes do Livro Espírita por todo o Brasil. Colaboração recebida de Leopoldo Zanardi

 

 

Desencarnação de José Issa Filho

Pedro Leopoldo, MG

Jhon Harley M. Marques

 

O Adeus ao Zé Issa

 

No livro O Voo da Garça: Chico Xavier em Pedro Leopoldo (1910-1959), lançado no dia 08 de julho de 2010, falei sobre alguns “voos” efetuados pelo pedroleopoldense Chico Xavier em sua terra natal. Aproveitei a sensibilidade e o registro do poeta e escritor José Issa Filho sobre uma história oral que circulou em nossa cidade sobre as garças, através da interpretação poética de uma antiga benzedeira chamada Maria Tomásia Ferreira, mais conhecida como Sá Tomásia. Fiz uma analogia com esta história dizendo que uma destas garças, Chico Xavier, pousou na cidade de Pedro Leopoldo no dia 02 de abril de 1910, exatamente na Rua de São Sebastião, “trazendo amor e compaixão e, por isso mesmo, transformou as noites de muitos angustiados e aflitos em dias ensolarados de esperanças e alegrias”, finaliza o inspirado Zé Issa.

Entretanto, pensando melhor, tomo a liberdade de ampliar esta história dizendo que além da garça Chico Xavier, outras garças aqui também estiveram e permaneceram em nossa cidade, trazendo suavidade e leveza para todos nós. José Issa Filho, mais conhecido como Zé Issa, foi uma destas garças, pousando na cidade de Pedro Leopoldo no dia 11 de abril de 1923 e permanecendo com este seu jeito mineirinho de ser, sua simplicidade e carinho todo especial. Um típico e clássico mineiro. Um contador de histórias que cresceu amando sua cidade e seu país.

Em minhas atividades acadêmicas, muitas vezes, utilizei o filme “Hook: A Volta do Capitão Gancho”, sob a direção de Steven Spielberg e interpretações de Robin Williams, Dustin Hoffman e Julia Roberts. Segundo a proposta do diretor do filme, é preciso crescer, mas precisamos ficar atentos para não “matarmos” a criança que existe dentro de nós, pois todo adulto que “mata” esta criança interna se transforma em “pirata”. Pirata, portanto, é todo e qualquer adulto triste, chato, moralista... Convivendo um pouco com ele, mas conhecendo suas produções literárias, diria que Zé Issa viveu intensamente seu lado criança. Em minha opinião, uma das pessoas que melhor descreveu a humanidade de Chico Xavier. Um homem de bem com a vida, com os homens e consigo mesmo.

Infelizmente, em razão de compromissos profissionais, não pude comparecer às últimas homenagens prestadas, merecidamente, pelo povo de Pedro Leopoldo a José Issa, mas como pedroleopoldense que também ama a sua cidade, gostaria de agradecê-lo, onde ele estiver, por suas histórias, seus casos, sua alegria de viver, vivendo intensamente e amorosamente a sua humanidade.

Por onde esta garça estiver que continue retratando, como uma criança, as belezas que a vida nos oferece.

 

Jhon Harley

 

(Recebido em email de Jhon Harley M. Marques)

 

 

Informações em português e dinamarquês da

 Casa Espírita – AEAK.  Dinamarca

 

Informação sobre a nossa Casa Espírita AEAK.dk

 

Caro Ismael, segue abaixo informações sobre as atividades de nossa Casa Espírita, AEAK - Dinamarca. Estou encaminhando informações em português e em dinamarquês. Caso não seja necessário as informações em dinamarquês, me avise para que eu encaminhe informaçõess, somente em português. Muito obrigada pela sua gentileza e caso vc necessite maiores infos ou fotos para incluir neste Boletin, avise-me por favor. 

 

AEAk.dk

Coordenadoria



Spiritist Association Allan Kardecs - SAAK.dk
Associacao Espírita Allan Kardec - AEAK.dk

Adresse/Endereco:
Kroghsgade 3 - Kbh - Østerbro
2100 - Danmark
(10 meter fra søerne)
ved døren/clicar - Yoga Kroghen

Dag/Dia: Om Tirsdagen / Tercas feiras
Tid/Horário: 19:00 - 22:30

Kontakt/Contato:
E.mail: [email protected]
Tlf.: 0045 20952437

PALESTRAS EM PORTUGUÊS:
Todas às 3as. feiras - sala 2
19:hs às 19:45 hs
(favor chegar 15 m antes)

FOREDRAG PÅ DANSK:
Om tirsdagen - lokale 1
kl. 19 til kl. 19:45
(ankomst 15 m. før)

Aplicacao de Passe (para os interessados)
Todas as tercas feiras, após palestra. 

Healing (til interesserede)
Om tirsdagen efter foredraget. 

Atendimento Fraterno (para os interessados)
agendar na sua chegada ou através mobil: 0045 20 95 24 37 

Spirituel vejledning samtale (til interesserede)
booking ved ankomst og ved mobil: 0045 20 95 24 37

ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita 

(em português - sala 2, em inglês sala 2)
Todas às tercas feiras das 20:30 às 21:30 hs. 

Todos as atividades oferecidas são gratuitas.
Alle aktiviteter vi tilbyder er gratis.

DOACAO/DONATION:
Toda doacao é bem vinda, donativos seráo utilizados para pagamento do aluguel do local e ou eventos Espíritas.

Donation er velkommet, indsamlet af donation vil blive bruge til at betale huslejen og eller spirituelt event.

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•Mobile Pay 0045 20 95 24 37.

 

 

(Informações recebidas em email de roseli biker [[email protected]])

 

 

32ª. Feira do Livro Espírita de

Guaxupé, MG

 

 

(Informação recebida em email de Fabiana Pacheco [[email protected]])

 

 

Programações da USE/SP

São Paulo, SP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Informação à Imprensa – Press-release 065 – 29/09/2015.

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USE comemora sesquicentenário

na abertura do Mês de Kardec

 

Comemorações pelos 150 anos de O Céu e o Inferno, quarta obra do Pentateuco Kardequiano,  incluem palestra da oradora gaúcha Sandra Della Pola e tarde de autógrafos com Adriano Calsone, autor de Em Nome de Kardec.

 

 

Neste 3 de outubro, a USE promove em sua sede -- na Rua Dr. Gabriel Pizza, 433, em Santana -- mais um evento em comemoração aos 150 anos de publicação de O Céu e o Inferno, quarta obra do Pentateuco Kardequiano, com palestra da oradora gaúcha Sandra Della Pola.

 

A tarde festiva será aberta com apresentações artísticas diversas, enquanto o comunicador Adriano Calsone estará autografando, na Livraria USE, o recém-lançado Em Nome de Kardec, mais uma homenagem ao mestre lionês no dia que marca os 211 anos de seu nascimento. Segundo a diretora Rosana Gaspar, o livro estará à venda com descontos especiais.

 

O evento abre as comemorações do Mês de Kardec, juntando-se a outros eventos comemorativos nas Regionais Grande ABC e São Paulo, incluindo a Distrital Freguesia do Ó, que receberá também Sandra Della Pola no seu 28º Encontro da Família Espírita, na manhã de 4 de outubro. 

 

Serviço

Comemorações pelos 150 Anos de O Céu e o Inferno

Data – 3 de outubro de 2015 – às 15h30.

Local: Sede da USE – Rua Dr. Gabriel Pizza, 433 – Santana - Capital

Informações: 11 2950-6554 – [email protected]

 

Assessoria de Imprensa:

Rubens Toledo (MTb 13776)

Tel. (19) 3837-2035– Cel. (19) 9 9705-9059 (VIVO)

e (19) 9 8129-6159 (TIM) [email protected]

 

 

 

 

 (Informação recebida em email de Rubens Toledo)

 

 

Informativo semanal do Centro Espírita Zilda Gama

São Paulo, SP

 

AVISOS

 

Venha comemorar conosco neste domingo 04/10, as 16h o primeiro ano da  Juventude Zilda Gama com participação especial de Deusa Samu.

 

·       Grupo da Melhor Idade – sextas-feiras, as 8h30. Convidamos todos a participar dessa nova atividade. Diversão, arte, vivência, porque a vida merece ser vivida intensamente sempre!

 

Palestra de hoje 29/09                                  20h – Reunião Pública

Orador: Fernando Reis                                      CE Zilda Gama                 

Tema: O Reino de Deus

 PRÓXIMAS PALESTRAS

 

30/09/2015 – Próxima Quarta                     20h – Reunião Pública

Oradora: Andrea Murad Basile                           Centro Renovação espiritual

Tema: Pai e amigo

 

03/10/2015 – Próximo Sábado                    15h – Reunião Pública

Orador: Antenor de Morais                                LEADE 

Tema: Livre

 

06/10/2015 – Próxima Terça                        20h – Reunião Pública

Orador: Sérgio dos Santos                                 FEESP

Tema: Livre

 

CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

[email protected]

www.zildagama.org.br

 

 

 

Seminário no Lar Amélie Boudet

Marília, SP

 

 

(Informação recebida em email de Marilia Espirita [[email protected]])

 

 

Programação na União Espírita “João de Camargo”

Marília, SP

 

 

(Informação recebida em email de Marilia Espirita [[email protected]])

 

 

 

Programações do 41º. Mês de Kardec- 2015

Franca, SP

 



--

USEFRANCA

União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Franca

R. Major Claudiano, 2185

Centro, Franca, SP

1637243178

Curtir: www.facebook.com/usefranca

 

 

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USEFRANCA

União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Franca

R. Major Claudiano, 2185

Centro, Franca, SP

1637243178

Curtir: www.facebook.com/usefranca

 

 

(Informações recebidas em emails da USE/Franca)

 

 

Palestras e Seminário com Sebastião Camargo

Patrocínio Paulista e Franca, SP. Cássia e Passos, MG

 

 

MAIS INFORMAÇÕES: [email protected]

 

(Informação recebida em email de Cirlei [[email protected]])

 

 

Evento Espírita da FERGS

Porto Alegre, RS

 

 

(Informação recebida em email de [email protected]; em nome de; ADE Regional Jau [[email protected]])

 

 

Feira do Livro Espírita

Santos Dumont, MG

 

 

(Informações recebidas em email de Ademir Mendes)

 

 

Jornal Momento Espírita do CEAC- 10/2015

Bauru, SP

 

Acesse:

http://issuu.com/ceac/docs/jme_outubro_2015

 

 

 

 

Convite para Almoço - Creche Lar do Alvorecer

Diadema, SP

 

Queridos amigos,

 

A Creche Lar Do Alvorecer, linda obra deixada pela Dra. Marlene Nobre, tem o prazer de convidá-los para almoço beneficente, que acontecerá  em 04 de outubro de 2015,

  Domingo, a partir das 12h

 

                           Cardápio

 

 

        Frango com quiabo, vaca atolada, canjiquinha, costelinha, típica comida mineira, e vários tipos de saladas... além de muitos doces.

 

Convites disponíveis no local: R$ 25,00




     Muito bom, vamos participar!!!!!!!

   Um forte abraço, até lá

    Sandra Claro

 

 

 

(Informação recebida em email de sandra claro [[email protected]])

 

 

Maria

 

 

     Junto da cruz, o vulto agoniado de Maria produzia dolorosa e indelével impressão. Com o pensamento ansioso e torturado, olhos fixos no madeiro das perfídias humanas, a ternura materna regredia ao passado em amarguradas recordações. Ali estava, na hora extrema, o filho bem-amado.

     Maria deixava-se ir na corrente infinda das lembranças. Eram as circunstâncias maravilhosas em que o nascimento de Jesus lhe fora anunciado, a amizade de Isabel, as profecias do velho Simeão, reconhecendo que a assistência de Deus se tornara incontestável nos menores detalhes de sua vida. Naquele instante supremo, revia a manjedoura, na sua beleza agreste, sentindo que a Natureza parecia desejar redizer aos seus ouvidos o cântico de glória daquela noite inolvidável. Através do véu espesso das lágrimas, repassou, uma por uma, as cenas da infância do filho estremecido, observando o alarma interior das mais doces reminiscências.

     Nas menores coisas, reconhecia a intervenção da Providência Celestial; entretanto, naquela hora, seu pensamento vagava também pelo vasto mar das mais aflitivas interrogações.

     Que fizera Jesus por merecer tão amargas penas? Não o vira crescer de sentimentos imaculados, sob o calor de seu coração? Desde os mais tenros anos, quando o conduzia à fonte tradicional de Nazaré, observava o carinho fraterno que dispensava a todas as criaturas. Freqüentemente, ia buscá-lo nas ruas empedradas, onde a sua palavra carinhosa consolava os transeuntes desamparados e tristes. Viandantes misérrimos vinham a sua casa modesta louvar o filhinho idolatrado, que sabia distribuir as bênçãos do Céu. Com que enlevo recebia os hóspedes inesperados que suas mãos minúsculas conduziam à carpintaria de José!... Lembrava-se bem de que, um dia, a divina criança guiara a casa dois malfeitores publicamente reconhecidos como ladrões do vale de Mizhep. E era de ver-se a amorosa solicitude com que seu vulto pequenino cuidava dos desconhecidos, como se fossem seus irmãos. Muitas vezes, comentara a excelência daquela virtude santificada, receando pelo futuro de seu adorável filhinho.

     Depois do caricioso ambiente doméstico, era a missão celestial, dilatando-se em colheita de frutos maravilhosos. Eram paralíticos que retomavam os movimentos da vida, cegos que se reintegravam nos sagrados dons da vista, criaturas famintas de luz e de amor que se saciavam na sua lição de Infinita Bondade.

     Que profundos desígnios haviam conduzido seu filho adorado à cruz do suplício?

     Uma voz amiga lhe falava ao espírito, dizendo das determinações insondáveis e

justas de Deus, que precisam ser aceitas para a redenção divina das criaturas. Seu coração rebentava em tempestades de lágrimas irreprimíveis; contudo, no santuário da consciência, repetia a sua afirmação de sincera humildade: “Faça-se na escrava a vontade do Senhor!”

     De alma angustiada, notou que Jesus atingira o último limite dos padecimentos inenarráveis. Alguns dos populares mais exaltados multiplicavam as pancadas, enquanto as lanças riscavam o ar, em ameaças audaciosas e sinistras. Ironias mordazes eram proferidas a esmo, dilacerando-lhe a alma sensível e afetuosa.

      Em meio de algumas mulheres compadecidas, que lhe acompanhavam o angustioso transe, Maria reparou que alguém lhe pousara as mãos, de leve, sobre os ombros.

     Deparou-se-lhe a figura de João que, vencendo a pusilanimidade criminosa em que haviam mergulhado os demais companheiros, lhe estendia os braços amorosos e reconhecidos. Silenciosamente, o filho de Zebedeu abraçou-se àquele triturado coração maternal. Maria deixou-se enlaçar pelo discípulo querido e ambos, ao pé do madeiro, em gesto súplice, buscaram ansiosamente a luz daqueles olhos misericordiosos, no cúmulo dos tormentos. Foi aí que a fronte do divino supliciado se moveu vagarosamente, revelando perceber a ansiedade daquelas duas almas em extremo desalento.

     —  Meu filho! Meu amado filho!... —  exclamou a mártir, em aflição diante da serenidade daquele olhar de melancolia intraduzível.

     O Cristo pareceu meditar no auge de suas dores, mas, como se quisesse demonstrar, no instante derradeiro, a grandeza de sua coragem e a sua perfeita comunhão com Deus, replicou com significativo movimento dos olhos vigilantes:

      —  Mãe, eis aí teu filho!...  — E dirigindo-se, de modo especial, com um leve aceno, ao Apóstolo, disse:  —  Filho, eis aí tua mãe!

     Maria envolveu-se no véu de seu pranto doloroso, mas o grande evangelista compreendeu que o Mestre, na sua derradeira lição, ensinava que o amor universal era o sublime coroamento de sua obra. Entendeu que, no futuro, a claridade do Reino de Deus revelaria aos homens a necessidade da cessação de todo egoísmo e que, no santuário de cada coração, deveria existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar, senão também para todos os necessitados do mundo, e que no templo de cada habitação permaneceria a fraternidade real, para que a assistência recíproca se praticasse na Terra, sem serem precisos os edifícios exteriores, consagrados a uma solidariedade claudicante. Por muito tempo, conservaram-se ainda ali, em preces silenciosas, até que o Mestre, exânime, fosse arrancado à cruz, antes que a tempestade mergulhasse a paisagem castigada de Jerusalém num dilúvio de sombras.

 

***

 

     Após a separação dos discípulos, que se dispersaram por lugares diferentes, para a difusão da Boa Nova, Maria retirou-se para a Betanéia , onde alguns parentes mais próximos a esperavam com especial carinho.

     Os anos começaram a rolar, silenciosos e tristes, para a angustiada saudade de seu coração.

     Tocada por grandes dissabores, observou que, em tempo rápido, as lembranças do filho amado se convertiam em elementos de ásperas discussões, entre os seus seguidores. Na Batanéia, pretendia-se manter uma certa aristocracia espiritual, por efeito dos laços consangüíneos que ali a prendiam, em virtude dos elos que a ligavam a José. Em Jerusalém, digladiavam-se os cristãos e os judeus, com veemência e acrimônia. Na Galiléia, os antigos cenáculos simples e amoráveis da Natureza estavam tristes e desertos.

     Para aquela mãe amorosa, cuja alma digna observava que o vinho generoso de Caná se transformara no vinagre do martírio, o tempo assinalava sempre uma saudade maior no mundo e uma esperança cada vez mais elevada no Céu.

   Sua vida era uma devoção incessante ao rosário imenso da saudade, às lembranças mais queridas. Tudo que o passado feliz edificara em seu mundo interior revivia na tela de suas lembranças, com minúcias somente conhecidas do amor, e lhe alimentavam a seiva da vida.

     Relembrava o seu Jesus pequenino, como naquela noite de beleza prodigiosa, em que o recebera nos braços maternais, iluminado pelo mais doce mistério. Figurava-se- -lhe escutar ainda o balido das ovelhas que vinham, apressadas acercar-se do berço que se formara de improviso. E aquele primeiro beijo, feito de carinho e de luz? As reminiscências envolviam a realidade longínqua de singulares belezas para o seu coração sensível e generoso. Em seguida, era o rio das recordações desaguando, sem cessar, na sua alma rica de sentimentalidade e ternura. Nazaré lhe voltava à imaginação, com as suas paisagens de felicidade e de luz. A casa singela, a fonte amiga, a sinceridade das afeições, o lago majestoso e, no meio de todos os detalhes, o filho adorado, trabalhando e amando, no erguimento da mais elevada concepção de Deus, entre os homens da Terra. De vez em quando, parecia vê-lo em seus sonhos repletos de esperança. Jesus lhe prometia o júbilo encantador de sua presença e participava da carícia de suas recordações.

     A esse tempo, o filho de Zebedeu, tendo presentes as observações que o Mestre lhe fizera da cruz, surgiu na Batanéla, oferecendo àquele espírito saudoso de mãe o refúgio amoroso de sua proteção. Maria aceitou o oferecimento, com satisfação imensa.

     E João lhe contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde as idéias cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca olvidara as recomendações do Senhor e, no íntimo, guardava aquele título de filiação como das mais altas expressões de amor universal para com aquela que recebera o Mestre nos braços veneráveis e carinhosos.

     Maria escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de ventura.

     João continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia consigo, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho desvelado, enquanto receberia de sua alma generosa a ternura maternal, nos trabalhos do Evangelho. Demorara-se a vir, explicava o filho de Zebedeu, porque lhe faltava uma choupana, onde se pudessem abrigar; entretanto, um dos membros da família real de Adiabene, convertido ao amor do Cristo, lhe doara uma casinha pobre, ao sul de Éfeso, distando três léguas aproximadamente da cidade. A habitação simples e pobre demorava num promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens e no altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade e, como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal.

     Maria aceitou alegremente.

     Dentro de breve tempo, instalaram-se no seio amigo da Natureza, em frente do oceano. Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam de novos núcleos de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros.

     Maria externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o Apóstolo comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos. Vezes inúmeras, a reunião somente terminava noite alta, quando as estrelas tinham maior brilho. E não foi só. Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e generoso. A notícia de que Maria descansava, agora, entre eles, espalhara um clarão de esperança por todos os sofredores. Ao passo que João pregava na cidade as verdades de Deus, ela atendia, no pobre santuário doméstico, aos que a procuravam exibindo-lhe suas úlceras e necessidades.

     Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”.

     O fato tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando:

     — Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e nossa Mãe Santissima!”

     A tradição criou raízes em todos os espíritos. Quem não lhe devia o favor de uma palavra maternal nos momentos mais duros? E João consolidava o conceito, acentuando que o mundo lhe seria eternamente grato, pois fora pela sua grandeza espiritual que o Emissário de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da críatura. Na sua humildade sincera, Maria se esquivava às homenagens afetuosas dos discípulos de Jesus, mas aquela confiança filial com que lhe reclamavam a presença era para sua alma um brando e delicioso tesouro do coração. O título de maternidade fazia vibrar em seu espírito os cânticos mais doces. Diariamente, acorriam os desamparados, suplicando a sua assistência espiritual. Eram velhos trôpegos e desenganados do mundo, que lhe vinham ouvir as palavras confortadoras e afetuosas, enfermos que invocavam a sua proteção, mães infortunadas que pediam a bênção de seu carinho.

     — Minha mãe — dizia um dos mais aflitos — , como poderei vencer as minhas dificuldades? Sinto-me abandonado na estrada escura da vida...

     Maria lhe enviava o olhar amoroso da sua bondade, deixando nele transparecer toda a dedicação enternecida de seu espírito maternal.

     — Isso também passa! — dizia ela, carinhosamente — só o Reino de Deus é bastante forte para nunca passar de nossas almas, como eterna realização do amor celestial.

     Seus conceitos abrandavam a dor dos mais desesperados, desanuviavam o pensamento obscuro dos mais acabrunhados.

     A igreja de Éfeso exigia de João a mais alta expressão de sacrifício pessoal, pelo que, com o decorrer do tempo, quase sempre Maria estava só, quando a legião humilde dos necessitados descia o promontório desataviado, rumo aos lares mais confortados e felizes. Os dias e as semanas, os meses e os anos passaram incessantes, trazendo-lhe as lembranças mais ternas. Quando sereno e azulado, o mar lhe fazia voltar à memória o Tiberíades distante. Surpreendia no ar aqueles perfumes vagos que enchiam a alma da tarde, quando seu filho, de quem nem um instante se esquecia, reunindo os discípulos amados, transmitia ao coração do povo as louçanias da Boa Nova. A velhice não lhe acarretara nem cansaços nem amarguras. A certeza da proteção divina lhe proporcionava ininterrupto consolo. Como quem transpõe o dia em labores honestos e proveitosos, seu coração experimentava grato repouso, iluminado pelo luar da esperança e pelas estrelas fulgurantes da crença imorredoura. Suas meditações eram suaves colóquios com as reminiscências do filho muito amado.

     Súbito recebeu notícias de que um período de dolorosas perseguições se havia aberto para todos os que fossem fiéis à doutrina do seu Jesus divino. Alguns cristãos banidos de Roma traziam a Éfeso as tristes informações. Em obediência aos éditos mais injustos, escravizavam-se os seguidores do Cristo, destruíam-se-Ihes os lares, metiam-nos a ferros nas prisões. Falava-se de festas públicas, em que seus corpos eram dados como alimento a feras insaciáveis, em horrendos espetáculos.

      Então, num crepúsculo estrelado, Maria entregou-se às orações, como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias do coração, por amor de seu filho.

     Embora a soledade do ambiente, não se sentia só: uma como força singular lhe banhava a alma toda. Aragens suaves sopravam do oceano, espalhando os aromas da noite que se povoava de astros amigos e afetuosos e, em poucos minutos, a Lua plena participava, igualmente, desse concerto de harmonia e de luz.

     Enlevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto de um pedinte.

     — Minha mãe — exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho —, venho fazer-te companhia e receber a tua bênção.

     Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino lhe falou do Céu, confortando-a delicadamente. Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se empolgada por tocante surpresa. Que mendigo seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçorosos? Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no íntimo as mais santas consolações. Onde ouvira noutros tempos aquela voz meiga e carinhosa?! Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta carícia? Seus olhos se umedeceram de ventura, sem que conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade.

     Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo acento de amor:

     — Minha mãe, vem aos meus braços!”

     Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplício. Não pôde mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria:

     —  Meu filho! meu filho! as úlceras que te fizeram!...

     E precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pelo último lançaço, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a carícia de suas mãos. Não conseguiu dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém, levantando-a, cercado de um halo de luz celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte:

     — Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu Reino a Rainha dos Anjos...

     Maria cambaleou, tomada de inexprimível ventura. Queria dizer da sua felicidade, manifestar seu agradecimento a Deus; mas o corpo como que se lhe paralisara, enquanto aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do Anjo, qual se a entoassem mil vozes cariciosas, por entre as harmonias do Céu.

     No outro dia, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir aos últimos instantes daquela que lhes era a devotada Mãe Santíssi- ma.

     Maria já não falava. Numa inolvidável expressão de serenidade, por longas horas ainda esperou a ruptura dos derradeiros laços que a prendiam à vida material.

 

***

 

     A alvorada desdobrava o seu formoso leque de luz quando aquela alma eleita se elevou da Terra, onde tantas vezes chorara de júbilo, de saudade e de esperança. Não mais via seu filho bem-amado, que certamente a esperaria, com as boas-vindas, no seu Reino de amor; mas, extensas multidões de entidades angélicas a cercavam cantando hinos de glorificação.

     Experimentando a sensação de se estar afastando do mundo, desejou rever a Galiléia com os seus sítios preferidos. Bastou a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré, de maravilhosa beleza. Reviu todos os quadros do apostolado de seu filho e, só agora, observando do alto a paisagem, notava que o Tiberíades, em seus contornos suaves, apresentava a forma quase perfeita de um alaúde. Lembrou-se, então, de que naquele instrumento da Natureza Jesus cantara o mais belo poema de vida e amor, em homenagem a Deus e à Humanidade. Aquelas águas mansas, filhas do Jordão marulhoso e calmo, haviam sido as cordas sonoras do cântico evangélico.

     Dulcíssimas alegrias lhe invadiam o coração e já a caravana espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale das sombras, à espera das claridades definitivas do Reino de Deus. Emitindo esse pensamento, imprimiu novo impulso às multidões espirituais que a seguiam de perto. Em poucos instantes, seu olhar divisava uma cidade soberba e maravilhosa, espalhada sobre colinas enfeitadas de carros e monumentos que lhe provocavam assombro. Os mármores mais ricos esplendiam nas magnificentes vias públicas, onde as liteiras patrícias passavam sem cessar, exibindo pedrarias e peles, sustentadas por misérrimos escravos. Mais alguns momentos e seu olhar descobria outra multidão guardada a ferros em escuros calabouços. Penetrou os sombrios cárceres do Esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratavam padecimentos atrozes. Os condenados experimentaram no coração um consolo desconhecido.

     Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembléia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes. Eram anciães que confiavam no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o conforto do lar, jovens que depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança. Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?! Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido:

     — Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!... Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!..

     A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração. De olhos extáticos, contemplando o firmamento luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria, cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus, em que traduzia sua gratidão pelas dores que lhe eram enviadas, transformando todas as suas amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho.

     Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa Mãe Santíssima.

 

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     Por essa razão, irmãos meus, quando ouvirdes o cântico nos templos das diversas famílias religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer no coração um brando silêncio, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume!

 

Estátua representando  Maria no pátio da  Basílica da Anunciação em  Nazaré, Israel.  Foto: Ismael Gobbo

Presépio na Noite de Natal na Praça de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo

Quadro na Igreja da Dormição. Monte Sião, Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

File:Sir John Everett Millais 002.jpg

Jesus em casa com a família. Óleo sobre tela de Sir John Everett Millais. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sir_John_Everett_Millais_002.jpg

Ficheiro:The disciples chosen and sent out.jpg

Jesus escolhe os  apóstolos

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_disciples_chosen_and_sent_out.jpg

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Sermão  da Montanha. Óleo sobre tela Carl Heinrich Bloch

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bloch-SermonOnTheMount.jpg

Jesus curando o cego nas proximidades de Jericó. Óleo sobre painel de Eustache Le Sueur

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eustache_Le_Sueur_003.jpg

A crucificação de Jesus por Jacopo Tintoretto.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_Tintoretto_-_The_Crucifixion_of_Christ_-_WGA22477.jpg

File:Nolimetangerecorregio.jpg

Quadro “Noli me Tangere”  (Jesus e Maria Madalena)  de Correggio

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Nolimetangerecorregio.jpg

Efésus na Turquia. Foto Angel  Salvador

Turistas visitando o local difundido como da Casa da Virgem Maria. Efésus, Turquia.

Foto Angel Salvador.  

Este obelisco situado no calçadão de Tiberíades mostra o  formato do Lago de Tiberíades, ou Mar da

Galiléia,  ou Lago de Genesaré, ou Lago Kineret, etc,  parecido ao de uma viola ou de uma pera. 

Trata-se de um reservatório natural de água doce formado pelo  Rio Jordão que entra no

 lago a  - 208,80 m  e dele sai a - 213,00m em relação ao nível do Mar  Mediterrâneo.

O Rio Jordão nasce no Monte Hermon  e deságua no Mar Morto.

As dimensões máximas do lago são de 19kms de comprimento  por 13 km de largura.

A profundidade varia de 55 a 77m.   Foto Ismael Gobbo

Roma. O Coliseu e área do Fórum Romano e Palatino. Foto Ismael Gobbo

Humberto de Campos, espírito que ditou, e, Francisco Cândido Xavier,

o médium que psicografou o livro Boa Nova, da Editora FEB.

 

 

Maria Callas -  “Ave Maria”

 

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http://www.youtube.com/watch?v=l5cF5GGqVWo&feature=related

 

 

 

Generosidade e superação

 

 

Ele é reconhecido como um dos dez melhores contadores de histórias do mundo.

Sua própria história rendeu um livro. E um filme, premiado pela UNESCO. Hoje, ele é um pedagogo de quase cinquenta anos, pai adotivo de vinte e cinco filhos.

Aos seis anos, foi parar na extinta Fundação para o Bem-estar do Menor, levado por sua mãe, que achava que aquele seria o caminho para, um dia, ter um filho doutor.

Quando começou a sofrer maus-tratos, fugiu. Ele tinha sete anos e foi a primeira de cento e trinta e duas fugas.

Acabou sendo transferido para outras cidades e perdeu o contato com a família. Aos treze anos, foi tachado de irrecuperável.

No entanto, um ato generoso mostrou àquele menino que ele poderia fazer a sua história diferente. A pedagoga francesa, Margherit, visitando a instituição, não se conformou com aquela sentença.

Ela olhou profundamente nos olhos de Roberto Carlos e conversou com ele. Foi a primeira vez que alguém lhe disse: Com licença, Por gentileza.

Margherit quebrou os prognósticos estabelecidos para aquele garoto fujão: o analfabetismo e a marginalidade.

Ela o ensinou a ler, o adotou e o levou para morar com sua família, em Marseille, na França. E na escola, Roberto Carlos conheceu outras realidades.

Ele contava a sua história, sempre se colocando como vítima. No entanto, conheceu filhos de exilados, órfãos de países orientais, crianças que haviam vivido e presenciado guerras.

Descobriu que ele poderia continuar a ser vítima ou buscar construir uma história diferente para si.

Inspirado por aquela mulher, ele voltou, posteriormente, ao Brasil, reconhecendo que no seu país era o seu verdadeiro lugar.

Voltou para Minas Gerais, a terra natal, reencontrou a mãe e os irmãos. Formou-se em pedagogia. E foi fazer estágio na mesma FEBEM, em que fora um dos internos.

Seu maior objetivo: tirar dali o máximo de meninos, para que tivessem a chance de refazer as suas vidas. Em dois anos e meio, adotou seus primeiros oito filhos.

E os ajudou a reescrever a própria história, utilizando a regra: ter sonhos e planos.

Comenta ele: Ninguém dorme tranquilo sabendo que o próximo está mal. Eu precisava fazer algo.

Nossa família foi formada com a ideia de que, se a ajuda de alguém foi fundamental para nós, é preciso que seja retribuída e compartilhada. Assim, todos se tornam responsáveis uns pelos outros.

E o contador de histórias diz que acredita que toda história pode ter final feliz. A prova disso, conclui, é que a história que mais conto é a minha.

Aprendi que, antes de ser respeitado, eu precisava me respeitar.

E foram as minhas experiências que me tornaram o que sou, um contador de histórias e palestrante internacional.

Meu trabalho, hoje, só existe porque conto esta minha narrativa de generosidade e superação. O ser humano tem predisposição para o bem. É só olhar direito para ver que todos possuem uma capacidade de superação fantástica.

*   *   *

A história do menino, recordista de fugas da FEBEM, é verdadeiramente fantástica. E tudo mudou a partir de um ato de generosidade.

Depois foi superação, autoestima elevada e vontade de retribuir o bem recebido.

Redação do Momento Espírita, com base no texto
 
Recontador de histórias, de Jaqueline Li, da 
revista 
Sorria, de dez 2013/jan.2014, ed. MOL.
Em 29.9.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Assista ao Trailer de “O Contador de Histórias”

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=1Aqn_jO_HAM

 

 

 

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