Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

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27-11-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/27-11-2018.htm

26-11-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/26-11-2018.htm

24-11-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/24-11-2018.htm

23-11-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/23-11-2018.htm

22-11-2018     http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/22-11-2018.htm

 

 

Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 4 - 1861

 

 

 

 

 

(Copiado do site Febnet)

 

Barcaças no Sena. Óleo sobre tela de Pierre-Auguste Renoir.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pierre-Auguste_Renoir_-_Chalands_sur_la_Seine.jpg

Rio Sena e Torre Eiffel. Paris, França. Foto Ismael Gobbo.

Um otimista e um pessimista. Óleo na madeira por Vladimir Makovsky.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%D0%9E%D0%BF%D1%82%D0%B8%D0%BC%D0%B8%D1%81%D1%82_%D0%B8_%D0%BF%D0%B5%D1%81%D1%81%D0%B8%D0%BC%D0%B8%D1%81%D1%82.jpg

 

Curiosidades da Codificação

 

 

 

"Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso... "

 

UMA CARTA PARA O SR. ALLAN KARDEC - Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado.
Fazia frio.
Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.
A pressão aumentava...
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.
Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail - a doce Gabi -, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.
O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. E leu.
"Sr. Allan Kardec:
Respeitoso abraço.
Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo.
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano.
Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.
Minhas forças fugiam.
Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. "Seria fácil, não sei nadar"- pensava.
Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a ponte Marie.
Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.
Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera.
Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça do poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:
"Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. - A. Laurent."
Estupefato, li a obra - "O Livro dos Espíritos" - ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver."
Ainda constava da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de "O Livro dos Espíritos" ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:
"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. - Joseph Perrier."
Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...
Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...
Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima..."

(Hilário Silva - O Espírito da Verdade, 52, FEB)

 

(Texto copiado do site Rede Amigo Espírita)

 

 

 

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Ponte Marie, Paris, França. Foto Lucas Gobbo

 

 

 

O Evangelho de Lucas

Capítulo IX

 

Lucas -  Capítulo IX

 

1 E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demónios, para curarem enfermidades.

2 E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos.

3 E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas.

4 E em qualquer casa em que entrardes, ficai ali, e de lá saireis.

5 E se em qualquer cidade vos não receberem, saindo vós dali, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.

6 E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte.

7 E o tetrarca Herodes ouviu todas as coisas que por ele foram feitas, e estava em dúvida, porque diziam alguns que João ressuscitara dentre os mortos; e outros que Elias tinha aparecido;

8 E outros que um profeta dos antigos havia ressuscitado.

9 E disse Herodes: A João mandei eu degolar; quem é, pois, este de quem ouço dizer tais coisas? E procurava vê-lo.

10 E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida.

11 E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura.

12 E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem que comer; porque aqui estamos em lugar deserto.

13 Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo.

14 Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em ranchos de cinqüenta em cinqüenta.

15 E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos.

16 E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão.

17 E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze alcofas de pedaços.

18 E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou?

19 E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou.

20 E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus.

21 E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,

22 Dizendo: É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.

23 E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

24 Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.

25 Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?

26 Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.

27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus.

28 E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar.

29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente.

30 E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias,

31 Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém.

32 E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele.

33 E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia.

34 E, dizendo ele isto, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram.

35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi.

36 E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.

37 E aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro uma grande multidão;

38 E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho.

39 Eis que um espírito o toma e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado.

40 E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.

41 E Jesus, respondendo, disse: O geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me aqui o teu filho.

42 E, quando vinha chegando, o demónio o derrubou e convulsionou; porém, Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai.

43 E todos pasmavam da majestade de Deus. E, maravilhando-se todos de todas as coisas que Jesus fazia, disse aos seus discípulos:

44 Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos, porque o Filho do homem será entregue nas mãos dos homens.

45 Mas eles não entendiam esta palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca desta palavra.

46 E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.

47 Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pó-lo junto a si,

48 E disse-lhes: Qualquer que receber este menino em meu nome, recebe-me a mim; e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.

49 E, respondendo João, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demónios, e lho proibimos, porque não te segue conosco.

50 E Jesus lhes disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós.

51 E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propôsito de ir a Jerusalém.

52 E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada,

53 Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.

54 E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?

55 Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.

56 Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.

57 E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.

58 E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

59 E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.

60 Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

61 Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.

62 E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.

 

 

(Copiado do site http://biblia.com.br/joao-ferreira-almeida-atualizada/lucas/lc-capitulo-9/ )

 

São Pedro e João curando o homem coxo. Óleo sobre tela de Nicolas Poussin.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Saints_Peter_and_John_Healing_the_Lame_Man_MET_DP340180.jpg

Episódio bíblico da Multiplicação dos pães e dos peixes. Óleo sobre tela de Juan de Flandes.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Juan_de_Flandes,_%27Multiplicaci%C3%B3n_de_los_panes_y_los_peces%27,_Palacio_Real_de_Madrid.png

Festa de Herodes. Óleo sobre tela de Mattia Preti.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mattia_Preti_-_Feast_of_Herod_-_Google_Art_Project.jpg

Imagens da Igreja da Multiplicação em Tabga, Galiléia, Israel. Local mencionado como o da

multiplicação dos pães e peixes entre o Monte das Bem-aventuranças e o Mar da Galiléia.

Fotos Margarida Lopes de Araujo.

Monte Tabor em foto no século XIX

Imagem/fonte:

FOTOGRAFIA COLORADA DE MONTAGEM TABOR TOMADA NO SÉCULO XIX, DO FOTÓGRAFO FRANCÊS BONFILS

 

No Monte Tabor ocorreu o fenômeno da Transfiguração de Jesus.

A transfiguração. Aquarela de James Tissot.

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_The_Transfiguration_(La_transfiguration)_-_James_Tissot_-_overall.jpg

Igreja no topo do Monte Tabor descrito pelo Evangelho como  local da Transfiguração. Foto Ismael Gobbo

Foto de cima do Monte Tabor. Israel. Foto Ismael Gobbo.

O Sermão das Bem-aventuranças. Aquarela por James Tissot

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:TissotBeatitudes.JPG

 

Nossas cruzes

 

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro da Esperança. Lição nº 80. Página 212.

 

“... Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” Jesus - Marcos, 8: 34. (A presente citação foi extraída dos textos evangélicos)

 

“Rejubilai-vos, diz Jesus, quando os homens vos odiarem e perseguirem por minha causa, visto que sereis recompensados no Céu. Podem traduzir-se assim estas verdades: Considerai-vos ditosos, quando haja homens que, pela sua má vontade para convosco, vos dêem ocasião de provar a sinceridade da vossa fé, porquanto o mal que vos façam redundará em proveito vosso. Lamentai-lhes a cegueira, porém, não os maldigais. ” Cap. 24, 19. (A presente citação foi extraída de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.)

 

Julgávamos, antigamente, que nossas cruzes, as que devemos carregar, ao encontro do Senhor, se constituíam, unicamente daquelas dos exercícios louváveis, mas incompletos da piedade religiosa.

E perdemos, em parte, muitas reencarnações, hipnotizados por sentimentalismo enfermiço, ilhando-nos, sem perceber, nas miragens da própria imaginação para esbarrar, em seguida, com os pesadelos do tempo largado inútil.

Com a Doutrina Espírita, que nos revela o significado real das palavras do Cristo, aprendemos hoje que não bastam fugas e omissões do campo de luta a fim de alcançarmos a meta sublime.

Assevera Jesus que se nos dispomos a encontrá-lo, é preciso renunciar a nós mesmos e tomar nossa cruz.

Essa renúncia, porém, não será semelhante à fonte seca. É necessário que ela demonstre rendimento de valores espirituais, em nosso favor e a benefício daqueles que nos cercam, ensinando-nos o desapego ao bem próprio pelo bem de todos.

À face disso, nossas cruzes incluem todas as realidades que o mundo nos oferece, dentro das quais somos convocados a esquecer-nos na construção da felicidade geral.

Os fardos que nos cabem transportar, a fim de que venhamos a merecer o convívio do Mestre, bastas vezes contêm as dores das grandes separações; as farpas do desencanto; as provações em família; os sacrifícios mudos, em que os entes amados nos pedem largos períodos de aflição; os desastres do plano físico que nos cortam a alma; o abandono daqueles mesmos que nos baseavam todas as esperanças; o cativeiro a compromissos pela sustentação da harmonia comum; as tarefas difíceis, em cuja execução, quase sempre, somos constrangidos a marchar, aguardando debalde o concurso alheio.

Não nos enganemos.

O próprio Cristo transportou o madeiro que a nossa ignorância lhe atribuiu, palmilhando senda marginada de exigências, injúrias, pancadas e deserções.

Ninguém abraça o roteiro do Evangelho para estirar-se em redes de fantasia.

O cristão é chamado a melhorar e elevar o nível da vida e para quem efetivamente vive em Cristo, a vida é um caminho pavimentado de esperança e trabalho, alegria e consolo, mas plenamente aberto às surpresas e ensinamentos da verdade, sem qualquer ilusão.

 

 (Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Cristo carregando a cruz. El Greco

Imagem/fonte:  

https://en.wikipedia.org/wiki/Christ_Carrying_the_Cross#/media/File:Cristo_abrazado_a_la_cruz_(El_Greco,_Museo_del_Prado).jpg

 

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Dona Aparecida Conceição Ferreira (19-05-1917/22-12-2009), fiel servidora co Cristo em Uberaba, MG, fundadora do Hospital do Fogo Selvagem. Foto Ismael Gobbo.

 

 

Entrevista por Ismael Gobbo

Aparecida Conceição Ferreira (Dona Cida)

Publicada originalmente  no jornal

Folha Espírita, São Paulo, 09/1999.

aparecidaconceicaoferreira

D. Aparecida C. Ferreira

19-05-1917/22-12-2009

Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 

A cidade de Uberaba, além de sua beleza e prosperidade,  abriga,  em seu seio,  importantes personagens do movimento   espírita       brasileiro.      Uma     delas,       que trabalhou ao lado de Chico Xavier,  é Dona Aparecida  Conceição Ferreira, que se projetou nacionalmente pela

Fundação do "Hospital do Fogo Selvagem", especializado no tratamento dos portadores do "Pênfigo Foliáceo", uma doença cujos sintomas se assemelham a labaredas que percorrem o corpo e deixam na pele verdadeiras marcas de queimadura.

"Dona Cida"   começou esse trabalho no ano de 1957,  quando trabalhava como enfermeira no Isolamento da Santa Casa de Uberaba. Como o tratamento do Pênfigo era difícil e dispendioso,  o hospital acabou por suprimi-lo. A abnegada servidora de Jesus não titubeou: levou os doentes para a sua própria casa.

Pedindo esmolas nas vias públicas e recorrendo aos meios de comunicação, sobretudo com a ajuda dos jornalistas Moacir Jorge e Saulo Gomes, este,  através da extinta TV Tupi, e contando com o irrestrito apoio de Chico Xavier, Dona Cida ergueu o grande complexo hospitalar destinado ao tratamento da insidiosa enfermidade.

Depois, com a alteração dos estatutos  surgiu o "Lar da Caridade",  que chegou a abrigar mais de trezentos desamparados ao mesmo tempo.

Embora conhecesse Chico Xavier,  e dele recebesse ajuda desde o início, tornou-se espírita somente  em  1964. Foi o Chico quem a incentivou a fundar o  Centro Espírita "Deus e Caridade",  onde ele comparecia para transmitir passes e receber mensagens psicografadas, grande parte delas assinadas por Maria Dolores e Jesus Gonçalves. 

Em visita à abençoada seareira, agraciada com o título de Cidadã Uberabense por seus méritos, a "Folha Espírita" dela obteve longa entrevista,  da qual destaca alguns lances de sua maravilhosa existência. 

 

As  origens: " De acordo com os assentamentos nasci  em Igarapava, Estado de São Paulo, filha de Maria Abadia de Almeida, às 4 horas da manhã, no dia 19 de maio de 1917. Meus avós maternos foram Manoel Inocêncio Ferreira e Joaquina Angélica de Jesus. Pelos registros  tenho a idade de 82 anos,  mas acredito que tenha  86.  Nunca vi meu pai e fui criada por avô e tio. Casei-me em Igarapava,  no dia 14 de junho de  1934,  com Clarimundo Emidio Martins. Lá fiquei até a idade de 36 anos,  onde  tive meus cinco filhos. De Igarapava  fui para Nova Ponte,  onde exerci o magistério na zona rural."

 

 

Em  Uberaba:  "De Nova Ponte,  vim para Uberaba,  onde fiz de tudo para manter  minha família. Até limpeza de cisternas,  porque quando cheguei  na chácara onde fui morar  não havia o que comer. Então,  saía limpando cisternas. Eu descia no fundo dos poços,   e eles puxavam o barro. Depois,  me dediquei à horta. Os médicos da Beneficência Portuguesa vinham comprar as verduras e com isso não precisava  sair vendendo."

 

Enfermeira:  "O dono da chácara foi candidato a Prefeito e perdeu a eleição. Dizia ele que gostava do meu trabalho,  mas não daqueles que vinham à minha casa. Verdade seja dita,  eu não trabalhei na campanha dele. E eu lhe falava:  "Quem vem na minha casa é melhor que eu", e procurei um jeito de sair de lá. Foi uma cabeçada, sofri bastante.  Certo dia,  o  Dr. Jorge  me convidou para trabalhar no hospital. Relutei muito, porque o quadro que eu presenciei no Isolamento era terrível: doentes com tuberculose, tétano,  febre amarela... Mas acabei aceitando porque a oferta ia subindo, subindo... Afinal,  me oferecerem três mil e trezentos,  enquanto meu marido ganhava cento e oitenta."

 

Problemas:  "Eu trabalhava no hospital havia dois  anos e alguns meses. Venceu o mandato daquela diretoria,  e entrou outra. A eleição foi dia 4,  e dia 6 eles tomaram posse. Os novos diretores parece que tinham  alguma rixa com nosso médico, que era irmão do Pedro Aleixo e partidário  da UDN. A turma que ganhou era do PTB. Falaram para mim: "Olha, hoje não tem almoço para os doentes, pode mandar todos pra casa".  "Como?" , eu disse, "eles não têm dinheiro, estão ruins." "Ordem dada, ordem executada", replicaram. Ou seja,  não havia  apelação, os doentes estavam na rua."

 

Em busca de socorro: "Eu procurava consolar os doentes dizendo-lhes: "Não chorem,  não, nós vamos fazer uma passeata e o povo vai nos ajudar" .  Fui a  uma rádio pediram-me para "refrescar a cabeça", noutra,  a mesma coisa, no jornal,  igual. Eu não sabia que estava brigando com a nata da cidade: Prefeito, Escola de Medicina, Saúde Pública. Me mandaram pra casa e fui muito triste, nervosa, matutando como fazer. Eram doze doentes. Fomos para minha casa."

 

Momento de decisão: "Em casa,  um de meus filhos me  disse: "A senhora escolhe, ou nós ou os doentes". Não vacilei e respondi: "Hoje,  fico com os doentes, porque eles têm  Deus e eu por eles, vocês estão crescidos e vão se virar".  Chamei todos eles para dentro,  e entraram chorando. E aí os vizinhos me davam um caixote; o outro,  um colchão;  outro uma tábua;  e eu agasalhei os doze. Fui fazer o almoço,  eram  três ou quatro horas da tarde. A gente estava só com o café da manhã. Enquanto fazia comida, gritava para minhas filhas esquentarem água para eles tomarem banho na lata de querosene e assim permanecemos ali por dois dias."  

 

Asilo São Vicente de Paulo:  "No fim de dois dias,  chegaram os diretores da Escola de Medicina e da Saúde Pública para ver as condições, que eram precárias. E aí arrumaram o Asilo São Vicente de Paulo, para que ficássemos  dez dias porque, no final de dez dias, como prometiam, iriam arrumar  alguma coisa melhor. Foram dez anos, nunca mais vi eles. Foi o tempo que eu levei para construir isso aqui, com a graça de Deus e a ajuda  do povo."

 

Preconceitos:   "Havia muito preconceito para com os doentes. Eu saía para pedir esmolas com três deles. Muita gente nos via e descia da calçada. Eu falava: "Não saiam não, porque se vocês saírem, apanham".  Se nós entrávamos nos ônibus, o pessoal descia.  Fomos pedir em uma casa daqui, cuja dona se dizia espírita e os  meninos tocaram no portão. Antes que  subíssemos,  ela mandou passar álcool no portão para desinfetar. A doença do pênfigo é triste, é horrorosa, o doente na primeira fase é um pedaço de carne podre. E o povo tinha medo, porque ninguém conhecia, nós vencemos. Para fazer esta casa aqui foi uma luta, tantos foram  os abaixo-assinados para que não fosse feita..."

 

Oito dias no xadrez:  "Aqui não tem um grão de areia dado pela Prefeitura, nem pelo Estado ou a União. Foi o povo quem me ajudou. O pessoal espírita daqui fazia a campanha "Auta de Souza" e traziam as coisas  para mim. Mas não dava para manter a casa, porque no final de um mês eu tinha trinta e cinco doentes. Fui para São Paulo e ficava no Viaduto do Chá, em frente da Light. Punha um lençol, as meninas segurando, e eu com um sino dizia: "Me dêem uma esmola pelo amor de Deus, para os doentes do Fogo Selvagem de Uberaba".  E aí o povo ia jogando níqueis.  Na época,  foram dois vereadores daqui passear em São Paulo: um advogado e um médico. Achando que eu estava desmoralizando Uberaba,  fizeram Ofícios  para o Chateaubriand (*)  e para a Delegacia. Fiquei oito dias no xadrez, até que uma advogada,  Doutora Izolda, me tirou. Quem mandou ela me tirar,  não sei até hoje,  pois ela já morreu."

 

No Palácio dos Campos Elíseos com Scheilla:  "Um dia,  eu e o Lauro (*)  estávamos andando na  Avenida Rio Branco, nos Campos Elíseos,  e eu o convidei  para entrar. Atônito,   ele disse: "Você está doida, nós estamos sujos, fedendo a suor, entrar aí  no palácio do governador?".   Mostrei as fotos dos doentes ao policial da portaria, ele ficou muito revoltado e me mandou segui-lo. ... Passamos por saguões, escadas e tapetes vermelhos. Dona Leonor (*)  estava conversando com um senhor. Em outra poltrona,   estava sentado Don Evaristo e  na terceira, nós. Ela acabou de conversar com os dois,   e chegou nossa vez. Quando ela  ia fazer menção de se sentar eu  disse: "A  Scheilla quebrou um vidro de perfume". Entre nós e a Dona Leonor ficou igual neblina e aquele perfume sufocando. Precisamos procurar ar.  Quando melhorou,  ela perguntou o que queríamos e lhe disse que pedia ajuda para o Hospital do Pênfigo.  Ela disse: "Eu não posso ajudar, porque a senhora mora em Minas,  e eu sou de São Paulo". Mas acabou me dando uma máquina de costura, duas peças de cretone e dez contos. Mas fiquei pensando: "O Chico não está aqui, como é que veio aquele perfume?"

 

O primeiro passe:  "No mesmo dia em que estivemos com Dona Leonor, à noite,   eu e o Lauro fomos a um Centro Espírita, uma casa velha, com muita gente. Logo que começou,  o presidente da mesa  falou:  "A  pessoa do fogo selvagem que estiver aí  faça o favor de se dirigir à mesa". Não fui. Quando acabaram os trabalhos,  todos foram saindo,  menos aqueles da mesa. O presidente tornou a falar sobre a pessoa do "Fogo Selvagem". Eu me apresentei,  e ele pediu-me  desculpas porque não sabia quem eu era e falou que o "Mentor da Casa" tinha dito que era para eu dar um passe na Presidente do Centro,  que já fazia três meses estava entrevada.  Eu nunca tinha dado passe,  mas agüentei firme. Subimos aquela escada de madeira em caracol e lá chegamos.  Ela se chamava Mafalda, uma portuguesa.  Estava sob um cortinado "chic", a turma rodeou a cama dela, e me puseram frente-a-frente. Eu iniciei a oração, senti algo estranho e pensei: "Nossa Senhora, agora vai sair bobagens aqui". Dei o passe e fomos embora. Dizem que em  três dias ela andou.  Aí,  eu falei: "Preciso ser Espírita,  porque a coisa está me apertando. A comida, ganhamos do  povo espírita, agora a Scheilla  me deu essa permissão,  esse passe". Dona Mafalda me ajudou muito, fazia bingos, rifas, jantares, até quando morreu de câncer." 

 

Chico Xavier: "Tantos e tantos foram os episódios interessantes que pude vivenciar com Chico Xavier. Certa vez,  eu estava fazendo campanha em  São Paulo, a situação estava difícil, e aquele dia não estava bom para pedir esmolas. Estava na Avenida Paulista,  em frente da Televisão, amargurada,  fazendo minha oração,  triste,  porque não estava rendendo nada.  De repente,   eu olho e vejo o Chico na outra calçada.  Até que eu procurasse um lugar para passar e ir de encontro com o Chico, cadê o Chico?  Que Chico, nada...  Mas,  daquela hora em diante,  as coisas melhoraram para mim, desci a Brigadeiro e fui para o  Anhangabaú, e ali a mina nasceu...

Meu primeiro encontro com o Chico foi quando eu tinha uma doente muito obsediada;   na época,  eu dizia que ela  estava doida. Fazia quinze dias que ela  não dormia e nem deixava ninguém dormir. O Chico  tinha acabado de chegar aqui. Um acadêmico de Medicina,  Aldroaldo, me convidou para levar a doente ao  Chico.  Eu disse: "Sou  católica,  não queria ser espírita, porque tinha comigo que para servir a Deus não precisava mudar de seita, em qualquer delas se pode servir".  Então,  o Aldroaldo apareceu com uma "chimbica"  junto com outro estudante. A doente queria saltar pela janela, a colocamos no meio. Chegamos lá no Chico, o quarto era pequeno e estava repleto de gente.  O Chico estava de pé,  escrevendo. Mas eu não vi o Chico, eu vi o Castro Alves. Nem me lembrei que Castro Alves tinha morrido.  Falei:  "Que Chico, que nada, é Castro Alves, com cabelo à " la garçon",  grisalho". Por fim,  eu disse: "Vamos embora, vamos embora". Na volta,  a doente veio moderada, entrou dentro do carro sozinha e dormiu a noite toda..."

 

O Espiritismo: "Eu detestava o Espiritismo. Só a partir de 1964 é que me aproximei do Espiritismo, quando estava fazendo a campanha de tijolos para esta casa.  Como  já disse, fiquei pensando, não é possível, o povo faz campanhas de mantimentos e os trazem para mim, o povo me agrada, me dão dinheiro, a Scheilla me  aparece em São Paulo. Naquela noite,  eu não dormi, matutando: "Eu vou lá na mulher, nunca tinha dado passe na vida, me mandam dar passe, só virando espírita". E o Espiritismo não é brincadeira, é coisa muito séria, não se pode  brincar com o Espiritismo.  Às vezes,  você vai em um Centro pensando que vai levar e você volta carregada.  Eu não brinco".

 

Uma mensagem  aos Espíritas:  "Aos  que buscam  desenvolver algum trabalho,  a minha mensagem é de que tenham muito amor, muita sinceridade e que façam  as coisas para si  e não para os outros verem. Porque a maioria faz as coisas para os outros verem. E não importa o que os outros falam, porque todas as pessoas que vão fazer a caridade levam o título de "ladrona". Meu título era de ladrona.  Alguém foi perguntar para o Chico,  porque todos diziam que eu estava roubando. Porque quando eu comprava um terreno,  diziam: "Comprou mais um terreno para o filho". Comprava outro,  era a mesma coisa.  Então,  o  Chico disse  àqueles que foram lhe falar: "Me digam onde ela roubou,  que eu vou ajudar ela a roubar". A partir daí,  o povo foi parando de falar que eu roubava." 

 

(*)  Lauro- (acompanhante de campanha);  Leonor-  (primeira dama, esposa do governador Ademar de Barros); Chateaubriand (jornalista Assis Chateaubriand).  

 

Sobre a vida e obra de Aparecida Conceição Ferreira  sugerimos a leitura do excelente livro:  "Uma Vida de Amor e Caridade", de Izabel Bueno, Editora Espírita Cristã Fonte Viva, Belo Horizonte-MG.

 

 

 

aparecidaconceicaoferreira

D. Aparecida Conceição Ferreira,  lendo a entrevista acima, publicada na Folha Espírita.

Foto Ismael Gobbo 08-2006

APARECIDA CONCEIÇAO FERREIRA 1

Aparecida Conceição Ferreira, dona Cida, segunda a partir da esquerda,  recebendo caravaneiros no

Hospital do Fogo Selvagem , em Uberaba, MG, no ano de 1998. Foto Ismael Gobbo

APARECIDA CONCEIÇAO FERREIRA 2

Aparecida Conceição Ferreira, dona Cida, segunda a partir da esquerda,  recebendo caravaneiros no

Hospital do Fogo Selvagem , em Uberaba, MG, no ano de 1998. Acervo de Ismael Gobbo

DSC02056

Viaduto do Chá com o prédio da Light à esquerda. São Paulo. Foto Ismael Gobbo

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Palácio dos Campos Elíseos na Av. Rio Branco, em São Paulo, ora passando por restauração interna. Foto Ismael Gobbo

 

Programação de palestra no GEBEM- Grupo Espírita

Dr. Bezerra de Menezes. Guarulhos, SP

 

Palestras desta semana no GEBEM

Terça às 19h e às 20h30
Quarta às 14h45
Quinta às 19h e às 20h30 - com palestrante da USE Intermunicipal De Guarulhos
Quinta às 20h Assistência Familiar
Sábado às 16h e às 18h

 

 

(Com informações de GEBEM - Grupo Espírita Dr. Bezerra de Menezes [[email protected]])

 

Feal – Feirão de Natal

São Paulo, SP

 

Feirão de Natal André Luiz

O natal está se aproximando e nada melhor do que aproveitar a ocasião dessa data tão especial de celebração com os amigos e a família e entrar em sintonia com o sentimento de solidariedade, que faz tão bem ao coração.

Dias 1 e 2, 8 e 9 de dezembro a Fundação Espírita André Luiz, o Centro Espírita Nosso Lar e as Casas André Luiz convidam você para o Feirão de Natal André Luiz!

Os melhores preços em artesanatos, artigos de decoração, roupas, calçados e livros novos e seminovos para presentear com estilo e economia, e ainda ajuda no trabalho de atendimento gratuito aos pacientes das Casas André Luiz e nos projetos de divulgação do bem da Fundação Espírita André Luiz.

Uma ótima oportunidade para encontrar presentes diferenciados para presentear no natal aqueles que você ama e ainda com ótimos preços.

O Feirão acontece das 10hrs às 18hrs na Rua Duarte de Azevedo, 691, Santana, em São Paulo, na sede do Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz.

Venha compartilhar conosco do Feirão de Natal Solidário da André Luiz!

 

Serviço

Dias 1 e 2, 8 e 9 de dezembro das 10hrs às 18hrs

Rua Duarte de Azevedo, 691, próximo ao metrô Santana, São Paulo

 

 

 

(Informação recebida em email de Erika Silveira - FEAL [[email protected]])

 

Seminário sobre A Gênese em São Caetano do Sul

 

O Seminário "A Gênese: 150 anos – resgate histórico", foi realizado na Seara das Fraternidades, em São Caetano do Sul, realização da USE Municipal de São Caetano do Sul e apoio da USE Regional do Grande ABC, dia 25/11, domingo, das 8h30 às 12h30, com a ex-presidente da USE-SP Júlia Nezu e Paulo Francisco (SP).

 

(Seminário: Paulo Francisco e Júlia Nezu)

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

 

Informações do C.E. Zilda Gama

São Paulo, SP

 

 

Para garantir que nossos comunicados cheguem em sua caixa de entrada,
adicione o e-mail 
[email protected]  ao seu catálogo de endereços.

Respeitamos a sua privacidade e somos contra o spam na rede.
Se você não deseja mais receber nossos e-mails, responda esta mensagem  solicitando a retirada do mailing e faremos isso imediatamente.

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CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

[email protected]

 

Nossa missão: "Acolher e auxiliar fraternalmente o indivíduo no seu desenvolvimento espiritual, por meio da Divulgação, do Ensino, da Prática da Doutrina Espírita e das parcerias com grupos terapêuticos de reconhecido valor espiritual"

 

 

Palestra programada para o Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal  

 

 

Já vivemos antes

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma palestra espírita alusiva ao tema "Já vivemos antes".

Esta conferência terá lugar na 6ª feira, dia 30 de Novembro de 2018, pelas 21h00, na sede desta associação, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - www.cceespirita.wordpress.com).

As entradas são livres e gratuitas.

Fonte: Centro de Cultura Espírita

_ _

 

António Luís

[email protected]

www.facebook.com/antonioluisremax

(+351) 914 269 532

https://docs.google.com/uc?export=download&id=195Kl0OO3oexUSIXpLFyC8-3QR9WrPwzS&revid=0BxOLofvfqktYSTg4QW1BNjNLbDVxbTl5RU5qUDV6VDhXNkFNPQ

"Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo." - André Luíz

 

 

Programação no Fraternidade Espírita Auta de Souza

São Paulo, SP  

Olá,

Boa tarde!

Convidamos à todos, para nossa Reunião Pública, que acontecerá nesta sexta-feira

dia 30 de novembro, a  partir das 20 horas, aqui na FEAS.

 

Na ocasião contaremos com a presença de nossa amiga Júlia Nezu

que irá proferir a palestra-tema: A Nova Geração

 

Antes, porém, as 19:45 horas teremos a apresentação de nosso coral, o CorAuta

 

PRESTIGIE, COMPAREÇA, PARTICIPE, DIVULGUE...

 

 

 

Marcos Marsulo

9-7546-5392

[email protected]

[email protected]

www.feas.com.br

[email protected]

 

 

(Informação recebida em email de Estação História{Marsulo} [[email protected]])

 

Palestra programada para a AEAK

Copenhague, Dinamarca  

(em português abaixo)
Kærer venner,

Aeaks aktiviteter den 27.11.2019:

Fra kl. 19 til 20
Oplag om "Spiritisme grundlæggende"

Efterfølgende "Gerneralt Healing"

Jeg håber vi ses!

Kærlig Hilsen, 
Koordinatorerne

Queridos amigos,

As atividades da Aeak no dia 27.11.2019:

Das 19 às 20
Palestra: O Poder da Fé - com 
Luciano Bucek

À seguir Aplicacao de Passe

Espero ve-los lá.

Com carinho, 
Coordenadoria

Ver Tradução

 

 

(Com informações re Roseli Adorni)

 

Site da FEB- Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Acesse:

http://www.febnet.org.br/

 

 

 

CEEJA: Conferência de Divaldo Pereira Franco programada para Cartagena, Colômbia  

 

--

Jorge Berrio Bustillo

Presidente

 

(Informação recebida em email de C. E. E. J. A. [[email protected]])

 

Site da Federação Espírita do Estado da Bahia

Acesse no link

 

Clicar aqui:

http://www.feeb.org.br/

 

 

47ª. Feira do Livro Espírita de

Sertãozinho, SP

 

(Com informações de Mário Gonçalves [[email protected]])

 

Informativo Elo Fraterno

Três Lagoas, MS 

 

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre. Tal é a Lei”

INFORMATIVO ELO FRATERNO PANORÂMICO 532

TRÊS LAGOAS/MS – 26 A 30/NOVEMBRO/2018

RESENHA DE EVENTOS DE TODO O PLANETA

POSTAGENS DIÁRIAS...ACOMPANHE!

envie eventos: [email protected]

VEJA MUITO MAIS EM:

https://infopanespirita.wordpress.com/

 

 

=SÃO PAULO=

CAPITAL

BELA VISTA / BROOKLIN / CAMPO BELO / CAMPO GRANDE / ITAIM PAULISTA /

JABAQUARA / JAÇANÃ / JD AEROPORTO / JD PREVIDÊNCIA / JD STA TEREZINHA /

MORUMBI / PARADA INGLESA / PQ VITÓRIA / SANTANA / STA TEREZINHA /

SÃO MIGUEL / TUCURUVI / VL GUSTAVO / VL INDUSTRIAL / VL PRIMAVERA

https://infopanespirita.wordpress.com/sao-paulo-capital/

 

 

SÃO PAULO INTERIOR

AMERICANA / ARAÇATUBA / ARAÇOIABA DA SERRA / BAURU / BIRIGUI /

BOITUVA / CARDOSO / ESTRELA D’OESTE

https://infopanespirita.wordpress.com/sao-paulo-interior-a-a-e/

FERNANDÓPOLIS / FRANCA / GETULINA / GUARULHOS / IBITINGA / ITANHÁEM  /

JALES / JAÚ / MATÃO / MOGI MIRIM

https://infopanespirita.wordpress.com/sao-paulo-interior-f-a-n/

OURINHOS / PALMARES PAULISTA / PALMITAL / PENÁPOLIS / RANCHARIA /

RIBEIRÃO PIRES / SALTO / SALTO DEPIRAPORA / SANTO ANDRÉ / SANTOS

https://infopanespirita.wordpress.com/sao-paulo-interior-o-a-santos/

SÃO BERNARDO DO CAMPO / SERTÃOZINHO / SEVERÍNIA / SOROCABA /

TAUBATÉ / VOTORANTIM

https://infopanespirita.wordpress.com/sao-paulo-interior-sao-a-w/

 

=RIO DE JANEIRO=

CAPITAL > COLÉGIO / MEIER

https://infopanespirita.wordpress.com/rio-de-janeiro-capital/

INTERIOR > APERIBÉ / ARARUAMA / CABO FRIO / SÃO PEDRO DA ALDEIA /

TRÊS RIOS

https://infopanespirita.wordpress.com/rio-de-janeiro-interior/

 

=BRASIL: REGIÃO SUDESTE=

ESPIRITO SANTO > VITÓRIA

MINAS GERAIS > BELO HORIZONTE / CAMPO BELO / ESTRELA DO SUL/

JUIZ DE FORA / STA RITA DO SAPUCAI / SETE LAGOAS / UBERLÂNDIA

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-sudeste-es-e-mg/

 

=BRASIL: REGIÃO SUL=

PARANA > ANTONINA / CAMBÉ / CURITIBA / IBIPORÃ / JACAREZINHO  /

LONDRINA / RIBEIRÃO DO PINHAL / ROLÂNDIA

RIO GRANDE DO SUL > BENTO GONÇALVES / PORTO ALEGRE /

SANTO ÂNGELO / SÃO LEOPOLDO

SANTA CATARINA > BARRA VELHA / FLORIANÓPOLIS / PENHA

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-sul-pr-rs-sc/

 

=BRASIL: REGIÃO CENTRO OESTE=

DISTRITO FEDERAL > BRASÍLIA

GOIÁS > GOIÂNIA

MATO GROSSO DO SUL > RIBAS DO RIO PARDO / ROCHEDO

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-centro-oeste-df-go-mt-ms/

 

=BRASIL: REGIÃO NORDESTE=

BAHIA > SALVADOR

SERGIPE > ARACAJU

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-nordeste-1-al-ba-pe-se/

 

MARANHÃO > SÃO LUIZ

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-nordeste-2-ce-ma-pb-pi-rn/

 

=BRASIL: REGIÃO NORTE=

PARÁ > ICOARACI

https://infopanespirita.wordpress.com/regiao-norte-ac-ap-ama-pa-ro-rr-to/

 

=INTERNACIONAL=

BOLÍVIA > LA PAZ / SANTA CRUZ DE LA SIERRA

ESTADOS UNIDOS > DANBURY / NEW YORK

FRANÇA > PARIS

PERU > LIMA

SUIÇA > WINTERTHUR

https://infopanespirita.wordpress.com/internacionais/

 

 

IRMÃOS ZANOLI – palestra e música

http://irmaoszanoli.blogspot.com.br/

NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/  - [email protected]

ESPIRITISMO COM KARDEC

https://www.facebook.com/groups/Espiritismo.COM.Kardec/

REVISTA O CONSOLADOR

http://www.oconsolador.com.br/ano9/420/principal.html

 

solicitar exclusão:

[email protected]

 

Jornal da  CCEPA

Porto Alegre, RS

 

 

Acesse aqui:

https://www.mensagex.com.br/envios/12284/110958_ACEB6C4CA8E2.html?contato.id=318174932&envio.id=110958

 

 

 

 10º. Bazar de Natal da Instituição Nosso Lar

Araçatuba, SP

 

 

Rua São Vicente, 290, Araçatuba, SP

 

 

Mais informações:

https://www.facebook.com/events/1015789691941060/

 

 

Bazar de Natal do Gepar

Niterói, RJ

 

LEIA AQUI TODAS AS INFORMAÇÕES:

https://shoutout.wix.com/so/4dMTHkV-t?cid=3d2110bb-3c29-4437-85d9-877d112e9827#/main

 

 

 

 

Dores da alma

Ela ultrapassara as oito décadas de existência. Embora nascida no Brasil, mantinha um sotaque bem característico de sua origem italiana.

Foi durante uma das nossas visitas que ela nos falou da sua infância e da tristeza que trazia na alma, desde aqueles dias.

Ela nascera e crescera no ambiente rural. Menina, alimentava sonhos. Na pobreza em que vivia sonhava que, um dia, poderia ganhar um brinquedo. E o que ela mais desejava era uma boneca.

Mas os Natais se sucediam, os aniversários também, sem que nada lhe chegasse. No entanto, ela continuava aguardando.

Finalmente, no seu aniversário de seis anos, recebeu um pacote. E ela imaginou que seria a boneca tão esperada. O embrulho era simples mas o que importava era o que estava dentro.

Ela desenrolou, quase rasgando o papel, e as lágrimas jorraram abundantes. O que ela estava recebendo era uma enxada. Uma enxada para ela trabalhar a terra.

Foi um choque brutal. E porque chorasse muito, foi repreendida. Afinal, disseram os pais, aquele instrumento não fora barato e ela precisava dele para ajudá-los.

Para sua alegria, ela foi matriculada na escola. Quatro quilômetros de distância. Quatro para ir, quatro para voltar.

Mas ela não se importava. Fazia o trajeto feliz da vida. Conhecer as letras, aprender a juntá-las, descobrir o segredo das palavras. Uma alegria sem fim.

Aluna aplicada, as suas eram sempre notas boas, com tarefas caprichadas, escritas à luz de um pequeno lampião.

E se ela ficava à tarde trabalhando na lavoura, de enxada na mão, as manhãs eram gloriosas.

Era como entrar num conto de fadas com letras, histórias, relevos, desenhos.

Foram três anos de felicidade. As agruras dos dias quentes, as mãos pequenas calejadas pela enxada tinham a compensação no manejo do lápis.

E ela já se imaginava cursando outra escola, maior, na cidade. E, quem sabe, se tivesse algum lugar onde ela pudesse ficar o dia inteiro estudando.

Entretanto, no início do quarto ano, a escola mandou pedir aos pais que comprassem alguns materiais: um caderno, um lápis.

Ela repetiu várias vezes: Era só um caderno e um lápis. Mas, meu pai se negou a gastar qualquer valor.

Para quê? – disse ele. Mulher não precisa disso. Já era muito ter ficado tantos anos estudando.

E isso assinalou a sua retirada da escola.

Nunca mais conseguiu voltar. Ao longo do tempo, as dificuldades foram se fazendo maiores e maiores.

Ela continuou a ler tudo que lhe caía nas mãos: jornais, propagandas impressas, anúncios, bulas de remédios.

E escrevia e escrevia. Uma letra bonita, quase desenhada, de quem realmente ama o que faz.

Os anos se passaram. Ela casou, teve filhos, mudou para a cidade onde o acesso a livros se fez mais fácil.

Livros que ela devorava, alimentando a alma.

Mas, a sua grande tristeza nunca a deixou. Ficou-lhe na alma, como marcada a ferro.

*   *   *

Se desfrutamos das bênçãos da escola, agradeçamos a Deus!

Se gozamos da ventura de aprender a ler, escrever, contar, sejamos gratos à vida.

Sobretudo agradeçamos aos pais que nos permitiram o acesso aos bancos escolares, iluminando nossas mentes, alimentando nossa inteligência.

E, por fim, utilizemos muito bem todas essas benesses, escrevendo somente o bem, divulgando o útil e lendo o que nos possa propiciar progresso.

Redação do Momento Espírita.
Em 27.11.2018.

 

(Copiado do site Feparana)

 

Menina com boneca. Óleo sobre tela de um pintor alemão anônimo.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Girl_with_doll_German_ca_1800.jpg

Na roça. Óleo sobre tela por Benjamin Parlagreco. Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

 

 

Em absoluto respeito à sua privacidade, caso não mais queira receber este boletim de notícias do movimento espírita, envie-nos um email solicitando a exclusão do seu endereço eletrônico de nossa lista. Nosso endereço: [email protected]