Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 10 de março de 2022

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui:

           

           https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/10-03-2022.htm

 

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Os últimos 5 emails enviados     

 

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09-03-2022  https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/09-03-2022.htm

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Publicação em sequência

O Livro dos Médiuns. Copiado do site Febnet.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROSSEGUE NA PRÓXIMA EDIÇÃO COM O CAPÍTULO III

 

 

(O Livro dos Médiuns, copiado do site FEBNET)

https://www.noticiasespiritas.com.br/2017/DEZEMBRO/23-12-2017_arquivos/image011.jpg

A ressurreição da filha de Jairo. Óleo em papel montado em painel por Paolo Veronese.

Museu do Louvre, Paris. Foto Ismael Gobbo.

 

 

O Espiritismo atribui o fenômeno da ressurreição Da filha de Jairo  a possível caso de

catalepsia, letargia ou morte aparente.

 

Prometeu traz fogo à humanidade ou a criação do homem por Prometeu. Óleo sobre tela de Heinrich Füger

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Prometeu

 

 

 

Prometeu

Prometeu (em grego: Προμηθεύς, transl.: Promēthéus, "antevisão"), na mitologia grega,[nota 1] é um titã (da segunda geração), filho de Jápeto (filho de Urano; um incesto entre Urano e Gaia[4]) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio.[5][6] Algumas fontes citam sua mãe como sendo Tétis, enquanto outras, como Pseudo-Apolodoro, apontam para Ásia[5] oriental, também chamada de Clímene, filha de Oceano. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e dá-lo aos mortais.[nota 2] Zeus, que temia que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses o teria então punido por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado — que se regenerava no dia seguinte. O mito foi abordado por diversas fontes antigas (entre elas dois dos principais autores gregos, Hesíodo e Ésquilo[10]), nas quais Prometeu é creditado — ou culpado — por ter desempenhado um papel crucial na história da humanidade.

Leia mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Prometeu

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/OUTUBRO/09-10-2020_arquivos/image014.jpg

Benjamin Franklin extraindo eletricidade do céu. Óleo sobre ardósia de Benjamin West.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Franklin

 

Benjamin Franklin

Benjamin Franklin (Boston, 17 de janeiro de 1706Filadélfia, 17 de abril de 1790) foi um polímata estadunidense.[1] Foi um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade. Foi ainda o primeiro embaixador dos Estados Unidos em França.

Religioso, calvinista, e uma figura representativa do iluminismo. Correspondeu-se com membros da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal Society. Em 1771,[1] Franklin tornou-se o primeiro Postmaster General (ministro dos correios) dos Estados Unidos.

Leia mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Benjamin_Franklin

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/OUTUBRO/09-10-2020_arquivos/image015.jpg

Experiência da Pipa de Franklin, junho de 1752.
Demonstrando a identidade de Lightning and Electricity, a partir da qual ele inventou o Lightning Rod.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Para-raios

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/OUTUBRO/03-10-2018_arquivos/image012.jpg

Quadro retratando o episódio bíblico: “Josué comandando o sol para ficar parado sobre Gibeão”. Óleo sobre tela por John Martin.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:JoshuaSun_Martin.jpg

 

 

Josué

Josué, serviu como assistente de Moisés nos livros de Êxodo e Números, e mais tarde sucedeu Moisés, e se tornou o líder das tribos israelitas no livro de Josué. Wikipédia

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/MAIO/10-05-2018_arquivos/image012.jpg

S. Giuseppe da Copertino eleva-se em volta da Basílica de Loreto. Pintura de Ludovico Mazzanti. Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:San_Giuseppe_da_Copertino_si_eleva_in_volo_alla_vista_della_Basilica_di_Loreto.jpg

 

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/MAIO/10-05-2018_arquivos/image014.jpg

O jornal mensal “Le Chercheur”, de Paris, França, 01/1888,  traz ilustração de Daniel Dunglas Home levitando.

Imagem/fonte: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k96914488.texteImage

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/MAIO/10-05-2018_arquivos/image015.jpg

Nossa Senhora de La Salette com os videntes Mélanie e Maximin.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Salete#/media/File:Eglise_de_Corps-statue-82.JPG

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/SETEMBRO/08-09-2018_arquivos/image008.jpg

A feiticeira de Endor e o  “fantasma” de Samuel invocado por Saul. Pintura por Nikiforovich Dmitry Martynov

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Witch_of_Endor_(Martynov).jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/MARCO/31-03-2017_arquivos/image004.jpg

Lúcia Santos e os primos, Jacinta e Francisco Marto, os três meninos que teriam

presenciado aparições na Cova de Iria, em Fátima, Portugal..

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/ChildrensofFatima.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/MARCO/31-03-2017_arquivos/image006.jpg

Um quadro da  Virgem  de Fátima e os pastorinhos no Santuário de Fátima  em  Portugal.

Foto Aparecida de Fátima Michelin

 

 

Não deixemos para amanhã

 

 O teste fora marcado há meses pelo professor.

Os quatro amigos postergaram, pouco estudaram. Preferiram as noites de festa e de diversões até alta madrugada e, por vezes, nem compareciam às aulas.

Na noite que antecedia a prova, foram a uma festa, retornando muito tarde.

Tendo consciência de que não estavam preparados para a avaliação, resolveram inventar uma história.

Pela manhã, sujaram-se com graxa e rasgaram partes de suas roupas.

Apresentaram-se dessa forma para o professor, alegando que, na noite anterior, foram a um casamento. Todavia, no retorno para casa, o pneu do carro no qual estavam estourou e eles fizeram todo o caminho de volta, empurrando o carro.

Afirmaram, assim, que não estavam em condições de fazer o teste. O professor permitiu que eles realizassem a prova dali a três dias, a fim de que pudessem se recuperar.

Eles agradeceram e garantiram que, na data combinada, estariam presentes para a realização do teste.

Passados os dias, apresentaram-se ao professor. Ele explicou que, como fariam a prova, em uma condição especial, a realizariam em salas separadas.

Como haviam se informado com os colegas do conteúdo da avaliação, estavam muito confiantes e não se importaram.

Prontos, o professor entregou o teste, que valia cem pontos. Eram apenas três questões:

Escreva seu nome. Valor: um ponto.

Qual o nome do casal que o convidou para o casamento? Valor: nove pontos.

Qual pneu estourou no retorno para casa: esquerdo dianteiro, esquerdo traseiro, direito dianteiro ou direito traseiro? Valor: noventa pontos.

*   *   *

O Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, questionou aos emissários divinos:

Onde está escrita a Lei de Deus?

E recebeu a certeira resposta: Na consciência.

A Terra, nosso grande planeta-escola, é campo fértil de inúmeros aprendizados.

De cada conquista, de cada alegria, de toda lágrima que se anuncia, colocamo-nos diante de profundas lições.

Para as conquistas, a alegria do esforço empregado. A gratidão a quantos nos auxiliaram.

Para a alegria, a humildade de compreendermos a misericórdia divina agindo sempre a nosso favor.

Para as lágrimas, a prece, a busca do fortalecimento moral, o teste da fé.

Por vezes, enganamos ou tentamos enganar a nós mesmos, não abraçando nossas responsabilidades.

No entanto, para cada um de nossos atos, existe um implacável juiz a quem não podemos enganar: nossa consciência.

Diariamente, as provas nos são apresentadas. São situações difíceis umas, mais árduas outras. Não podemos garantir que passaremos com louvor em todas elas.

Porém, podemos assegurar, com absoluta certeza, que é possível oferecermos nosso melhor.

Bastará que o desejemos, que não deixemos para mais tarde, que aproveitemos o momento que se apresenta.

As provas são o remédio amargo de que necessitamos para a cura de nossas consciências manchadas por nossas mazelas morais.

Pensemos nisso! Não deixemos para amanhã!

Redação do Momento Espírita, com base em conto
de autoria desconhecida e transcrição da pt. 3, cap. I,
 questão 621, de 
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
 ed. FEB.
Em 9.3.2022.

 

ESCUTE O ÁUDIO DESTE TEXTO

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6648&stat=0

 

(Do site Feparana)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/MAIO/10-05-2018_arquivos/image067.jpg

Relógio de flores. Viña del Mar, Chile. Foto Ismael Gobbo

Consciência, Judas. Óleo sobre tela de Nicolai Ge.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nikolaj_Nikolajewitsch_Ge_002.jpg

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/JULHO/21-07-2021_arquivos/image012.jpg

O luar. Guatambú, município de Birigui, SP. Foto Ismael Gobbo.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JULHO/17-07-2019_arquivos/image018.jpg

Quadro de Allan Kardec de grandes dimensões na Librairie et Editions LeymarieParis, França.

Fonte: https://www.facebook.com/librairieleymarie/photos/a.1799741960063337/1799746110062922/?type=3&theater

 

 

 

Problemas de um médium

 

Pelo Espírito Irmão X (Humberto de Campos).

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Histórias e Anotações. Lição nº XIV. Página 87.

 

O médium Calixto iniciou a tarefa com verdadeira compreensão da responsabilidade que lhe competia. Criatura simples e de coração voltado para o dever, recebia as páginas dos mensageiros espirituais com a infantilidade do menino de boa índole que recebe um recado para transmitir, obediente e humilde. Vestia-se pobremente e, nos pés, não exibia outro calçado que não fossem tamancos rústicos. Recebendo-lhe, contudo, os trabalhos que psicografava, a maioria dos entendidos proclamavam sem rebuliços:

- É um ignorantão!... Não conjuga cinco palavras com acerto. Puro jogral de espertalhões do mundo livresco, a serviço de fanáticos do espiritismo.

Humilhado pelos repetidos insultos, Calixto mobilizou as próprias necessidades, de modo a diminuir os sarcasmos que, a propósito dele, se atiravam à Consoladora Doutrina de que se fizera pregoeiro. Trajou-se com mais apuro e queimou as pestanas, estudando a gramática. Sabia agora conversar com relativa elegância e expor os princípios que os Espíritos Superiores lhe ditavam, com facilidade e clareza.

Todavia, logo se lhe percebeu a modificação, o parecer público enunciou, solene:

- Vejam só! É um homem genial. Produz em plano superior, através da própria inteligência. Quem revela, assim, tamanha cultura, escreverá com mais propriedade que os literatos mortos... E os investigadores atilados concluíam, rematando:

- Embuste, pastiche e mais nada.

O rapaz, embora surpreendido, continuou a tarefa. Evitou a multidão e fugiu às manifestações de público. Não seria mais justo recolher as bênçãos, na intimidade dos irmãos? Confinou-se ao campo doméstico dos princípios redentores que abraçara. Contudo, ainda aí, a censura vigorou, subtil e contundente.

Se Calixto recebia mensagens, relacionando verdades duras, apontavam-no, sem piedade:

- É um mistificador, obsediado pela mania de grandeza e virtude.

Claro que os emissários da Esfera Superior não menoscabam o poder da gentileza e ninguém por haver transposto as fronteiras da morte encontra alegria em acusar os semelhantes, mas se um amigo espiritual temperava os conceitos em sal de estímulo, buscando o soerguimento dos companheiros encarnados, indicavam-no, com acrimoniosa atitude:

- É um bajulador infeliz que se demora, sob a influência de perversos doadores de lisonja.

Sob perplexidades consecutivas, o médium satisfazia as exigências do ministério, no entanto, era preciso interromper-se a cada passo para destrinçar enigmas pequeninos.

Se os viajores do Reino da Morte vinham falar da majestade do Céu, o intermediário era apontado por instigador da fantasia; se comentavam problemas da Terra, era definido à conta de cretino.

Jornalistas e escritores “mortos” utilizavam-lhe as faculdades a se fazerem sentir claramente, entretanto, as respectivas famílias, receiando-lhes a intromissão, ameaçavam o medianeiro, através de processos espetaculosos e humilhantes. Citado nos órgãos judiciários por miserável impostor, Calixto recolhia-se em prece, suplicando aos missionários invisíveis providências contra a perturbação estabelecida, mas enquanto os Espíritos Benevolentes adotavam pseudônimo, a fim de lançaram idéias renovadoras, com a facilidade possível, os companheiros de fé observavam-lhe, risonhos e irônicos:

- Onde iremos? Os “mortos” também usam máscara?

O confundido trabalhador era objeto de geral exame, dia e noite. O zelo com que atendia ao serviço pela própria manutenção era interpretado por excessiva defesa na vida material, mas se era encontrado fora da atividade comum por algumas horas, era categorizado por garimpeiro de vantagens especiais.

Tentava isolar-se por desincumbir-se das obrigações com mais segurança e eficiência, no entanto, era apontado, de imediato, por orgulhoso e frio, ante os sofrimentos alheios. Calixto passava, então, a comunicar-se com todos, entretanto, suas palavras convertiam-se em objeto de exploração aviltante e escandalosa.

Discutido, atormentado, fustigado e seguido pela crítica incessante, através do todas as maneiras pelas quais procurava solucionar os compromissos a que se devotava, chegou o dia em que se deitou desanimado, à maneira do burro que arreia sob a carga pesada.

Não seria razoável parar? Como seguir adiante?

Foi então que lobrigou, de olhos nublados de lágrimas, a presença de um mensageiro divino.

Endereçou-lhe sentida súplica, mas notou assombrado que o emissário se mantinha sorridente ao ouvi-lo.

Finda a rogativa, entrecortada de soluços, o anunciador das Boas Novas Celestiais falou-lhe, bem-humorado:

- Calixto, levante-se e não se aflija! Banhe-se uma vez por dia, tome refeições regulares e faça o que puder. O Senhor não exige o impossível. Habitue-se a auxiliar por amor ao bem, contando com a incompreensão natural do mundo. A calúnia não piora ninguém, tanto quanto a bajulação não nos aperfeiçoa qualidade alguma. Quanto ao mais, meu amigo - e, nesse ponto, o mensageiro riu-se francamente - se Jesus retirou-se do mundo pelas portas sangrentas do sacrifício na cruz, será mesmo que você pretende ausentar-se da Terra nas fofas almofadas dum automóvel?

Com a interrogação, interrompeu-se a singular entrevista e Calixto, copiando os movimentos de uma muar resignado, ergueu-se de novo, e retornou o passo para o que desse e viesse.

 

 (Texto recebido em email do pesquisador e  divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

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Primeira foto de Chico Xavier publicada em reportagem de Clementino Alencar em 1/5/1935
Fonte: Notáveis reportagens com Chico Xavier, Ide, Araras, 2002

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/25-08-2015_arquivos/image022.jpg

Chico Xavier participando do Culto do Evangelho no Lar da família Perácio.

Imagem cedida por Oceano Vieira de Melo

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/14-05-2019_arquivos/image014.jpg

O ainda jovem médium espírita Francisco Cândido Xavier lendo mensagem recebida

no Centro Espírita Luiz Gonzaga em Pedro Leopoldo, MG. Foto publicada em “O Globo”

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/02-04-2018_arquivos/image019.jpg

Chico Xavier (D)  no ano de 1941,  na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, MG,

 recebendo visita de dama da sociedade paulista. Foto do arquivo de Geraldo Leão.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/14-05-2019_arquivos/image015.jpg

Chico Xavier psicografando no programa Pinga Fogo

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Pq4s8otVhFk

 

 

Benedita Fernandes interagia com lideranças

Antonio Cesar Perri de Carvalho

A fundadora da Associação das Senhoras Cristãs, que completa 90 anos de existência, mantinha contatos com lideranças espíritas da cidade e de várias regiões.

Os contatos de Benedita Fernandes com Cairbar Schutel, dinâmico divulgador do Espiritismo, de Matão, aconteceram desde os primeiros anos da Associação, com notícias no jornal O Clarim, por ele dirigido.

            Eis alguns registros: em 30 de março de 1935, O Clarim divulgou a nova diretoria da Associação, presidida por Benedita Fernandes. Aos 03 de agosto de 1935, noticia a visita de caravana de Penápolis, liderada por João Marchesi, presidente do Centro Espírita Discípu­los de Jesus, e o carceiro Padial. Ambos foram responsáveis pela cura de Benedita em Penápolis. Em O Clarim de 15 de fevereiro de 1936, Benedita informa sobre o Natal realizado na Associação, com o comparecimento de 186 crianças, convidados da cidade, de Penápolis, do Bairro do Goulart e de Jaú.

            Há informações sobre palestras: do representante desse jornal, Leonardo Severino, voltando de viagem a Mato Grosso, em 1937, proferiu conferências na Associação, na União Espírita Paz e Caridade e na Rádio Cultura de Araçatuba; em 1941, sobre João Leão Pitta - um dos propagandistas do jornal -, que proferiu palestras na Associação das Senhoras Cristãs e no Córrego da Prata.

            Informações sobre a desencarnação de Benedita aparecem em comentários de Leopoldo Machado, professor de Nova Iguassu (RJ), amigo e admirador de Benedita, em O Clarim, de 08 de novembro de 1947, reportando-se à última visita que ele fez à pioneira:

            "Fomos a Araçatuba, porque recebemos inte­ressante carta dela, dizendo de sua geral decepção, quase, com os espíritas de cartaz. Gostaria de decepcionar-se conosco. Não podia visitar-nos, porque estava velha e doente. Pedia, portanto, que a visitássemos, pois, gostaria de conhecer-nos, antes de seu desencarne. Que fôssemos, assim, a Araçatuba. [...] E com ela passamos cinco dias, a ouvi-la nas suas experiências e observações; a admirá-la e a que­rê-la muito, de perto".

            Há registros sobre a presença de Benedita em reunião sobre tratamento de doentes mentais, em Marília, e, em confraternização em Cruzeiro.

            Além da efeméride sobre as tarefas assistenciais, neste ano também transcorrerão 80 anos de outra ação marcante e pioneira de Benedita. Aos 30 de agosto de 1942, juntamente com espíritas locais, aprova­ram em assembleia, os Estatutos da União Espírita Re­gional da Noroeste, que teria a finalidade de divulgar a Doutrina e aproximar os espíritas de toda a região servida pela N.O.B. Estes objetivos começaram a ser alcançados algumas décadas depois, com a fundação da USE-SP.

Esse vulto de Araçatuba tornou-se um marco de respeito e de exemplo na região e atualmente no país.

Síntese de artigo do autor:

Carvalho, Antonio Cesar Perri. Bendita obra pioneira, 90 anos depois. Revista internacional de espiritismo. Março de 2022.

 

Benedita, o Clarim e lideranças.

Foto recebida de Cesar Perri

 

 

Folha Espírita 

Mulheres que escreveram a história da Doutrina Espírita

 

 

https://open.spotify.com/episode/079HYD8yphWkF4c74iBb8z?si=4uAsrn8gRdmlDt7sjmPNnw

 

 

 

(Informações da jornalista Claudia Santos)

 

 

Estudo sobre máximas do Novo Testamento em “O Evangelho segundo o Espiritismo”

 

O Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo, de São Paulo, iniciou no dia 08 de março o estudo virtual com o objetivo de analisar as máximas do Novo Testamento contidas em “O Evangelho segundo o Espiritismo” pelas vertentes de cultura, pesquisa e de estudo. O programa é coordenado por Flávio Rey de Carvalho e Antonio Cesar Perri de Carvalho, com atuação de Célia Maria Rey de Carvalho. Os três expositores fizeram a apresentação do projeto e responderam a indagações; Pedro Nakano fez a saudação em nome do CCDPE; as preces foram proferidas, na abertura por Deusa Samu e no encerramento por Cármine Maglio Neto. As reuniões que serão realizadas sempre às terças-feiras, das 20h às 21h, utilizando a plataforma Google Meet, em formato on-line e serão abertas a todos os interessados, mediante inscrição gratuita pelo e-mail: [email protected]

 

 

(Recebido em email de Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier [[email protected]])

 

 

Jornal Correio Espírita

Acesse no link

 

Clique:

https://campanha.correioespirita.org.br/a/o.php?e=imHs&a=vKfMq&v=iqVRa

 

 

 

Jornal Mundo Maior

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior e leia outras mensagens:

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“Primeiro Mês Espírita Mundial”

FraterTV

A FraterTV sente alegria em participar do “Primeiro Mês Espírita Mundial”. O abençoado trabalho é divulgar o Espiritismo para os países de língua hispânica, portuguesa, e onde podem ser atingidos pelos idiomas inglês e francês. O evento chega no momento em que o planeta atravessa tempos difíceis. Os temas escolhidos são atualíssimos e nos encanta a participação de mais de 36 países em vídeos gravados e traduzidos nos vários idiomas

Transmissão no BRASIL pela TV MUNDO MAIOR - FEAL - FUNDAÇÃO ESPIRITA ANDRE LUIZ

https://www.youtube.com/TVMundoMaior

 

(Com Informações em email de Elsa Rossi, Londres)

 

 

Jornal Mundo Espírita

Acesse no link

 

Amigos

 

O Jornal Mundo Espírita, edição março 2022, está disponível.

 

http://www.feparana.com.br/jornal/

 

Neste mês, destacamos:

 

O Espírito Protetor da Federação Espírita do Paraná http://www.feparana.com.br/jornal/#page/3

Nossa homenagem à heroína da nossa Independência, pelos 200 anos de sua desencarnação http://www.feparana.com.br/jornal/#page/10

Cerntenário de Centro Espírita em Foz do Iguaçu e outras notícias das UREs http://www.feparana.com.br/jornal/#page/12

Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro/Irmandade da Santa Casa de Misricórdia de Curitiba http://www.feparana.com.br/jornal/#page/14

 

Caso prefiram a versão on-line, igualmente disponível, sem ônus algum http://www.mundoespirita.com.br/

 

Boa leitura. Muita paz.

 

 

 

 

Informe Luz Espírita

Acesse no link:

 

https://espiritismoemmovimento.blogspot.com/2022/03/aniversario-do-portal-luz-espirita-14.html

 

 

 

Programação do C.E. Raymundo Mariano Dias

Birigui, SP

 

 

.🎤 Palestra Presencial - Centro Espírita Raymundo Mariano Dias

Rua Bandeirantes nº 183, Centro, Birigui - SP

🗓️ SEXTA-FEIRA - 11/03/2022 - às 20hs
📖 TEMA: "Jesus, Guia e Modelo da Humanidade"

🗣️ PALESTRANTE: Denis Furlan
.

À partir das 19h30min inicia o ️ ATENDIMENTO FRATERNO

À partir das 20hs inicia a 👧👦EVANGELIZAÇÃO Infantil e Pré-Mocidade.

.
⚠️ CUIDADOS
😷 Todos usando máscara
🧍🏼‍♀️. 🧍🏾. 🧍🏻‍♂️ Distanciamento

🙌🏻 Higiene das Mãos

A palestra também será transmitida pelo Facebook do C. E Raymundo Mariano Dias:

https://www.facebook.com/ceraymundomarianodias

.

Sejam Bem Vindos(as)!!!

.

https://docs.google.com/uc?export=download&id=1uTNjIyF2IQaO2-LJ0QdmN8Dp73O6pkwb&revid=0BydqGnBfssLgNC9rRjVCZEk2Mi9xNzM1NWNTU2hhQldSVlZzPQ

 

 

(Recebido em email de C E Raymundo Mariano Dias [[email protected]])

 

 

Programação do Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal

 

 

Exmºs Srs,

 

As nossas mais cordiais saudações.

 

1 - O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha (CCE) informa que no próximo dia 11 de Março de 2022, sexta-feira, pelas 21h, vai levar a cabo um documentário subordinado ao tema "O poder do pensamento: o tetraplégico que anda" com José Lucas.

2 - Estão abertas as inscrições (no local ou pelo e-mail 
[email protected]) para o curso sobre o "Perispírito", com início em 26 de Março de 2022 (gratuito). 

    3 - Estão igualmente à venda os bilhetes (12,50€) para as XVI Jornadas de Cultura Espírita do Oeste, a

    decorrer no CCC, em 30 de Abril e 1 de Maio de 2022, subordinadas ao tema "Ciência e Espiritismo".

 

Esta associação fica na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c (Bº das Morenas - Caldas da Rainha).

 

Fonte: Centro de Cultura Espírita

https://docs.google.com/uc?export=download&id=1JILOC6A0CYXE83txd7c6wBpEii-xWzD3&revid=0ByiJGbdtuc_SSnM5c0ZMTmRvQUp1L2NsbjQrZE9hOFRod3RBPQ

 

Tel: 938 466 898; 966 377 204; 

www.cceespirita.wordpress.com   -   E-mail: [email protected]
www.youtube.com/c/CentrodeCulturaEspíritaCaldasdaRainha
www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Espírita-de-Caldas-da-Rainha-195515483836343/

 

 

 

(Informação recebida em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [[email protected]])

 

 

Programação do Centro Espírita Amor a Cristo

Rio de Janeiro  RJ

 

 

(Com informações de Décio Bressanin)

 

 

Programações da BUSS. Com informações de Elsa Rossi

Londres, Reino Unido.

 

 

30 ANOS DE ATIVIDADES DO CONHECIDO MUNDIALMENTE FRATERNITY SPIRITIST SOCIETY EM LONDRES, integrada oficialmente a nossa federativa BUSS. ( www.buss.org.uk )

Acompanhem as palestras pelo FaceBook do Grupo, confiram a programação das palestras no MÊS de Aniversário, presencial.

(4) Fraternity Spiritist Society - Registered Charity Nº 1143361 | Facebook

https://www.facebook.com/fraternityspiritistsociety

 na foto, Domingo passado, Danusa Rangel de Londres, sua palestra sobre a PAZ.

 

  

 

Link Spiritual Light sobre a PAZ-UK BUSSAUDIOVISUALS 

https://youtu.be/Ghdv_1kLgD0 

e Facebook da BUSS  https://www.facebook.com/UK.BUSS

 

 Teremos ainda esse mês, dois momentos inigualáveis:  

Confiram, pelo FB e YOUTUBE - anotem em seus diários, e estejam conosco. 

Dra Lucia Moyses, Pedagogia Espírita  e Dra Laura Moryama, médica neurologia.

 legenda sera em Inglês.

 

 somente em Inglês.

 

ATENÇÃO:  O Francis of Assisi Spiritist Society, estudos em Portugues, voltou presencial, em novo dia da SEMANA,  quinta feira (temporariamente)  confira as notícias e updates no Facebook do grupo Assisi Londres.

 

https://www.facebook.com/francisassisiuk

Em breve todas essas notícias estarão na nossa BUSS Newsletter, em Ingles. www.buss.org.uk 

 

 

(Informações recebidas em email de Elsa Rossi [[email protected]])

 

 

USE/SP. Reabertas as inscrições

18º. Congresso Estadual de Espiritismo

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Convite

Estão reabertas as inscrições para o 18º Congresso Estadual de Espiritismo promovido pela União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de Junho de 2022.

Confira os palestrantes convidados que já confirmaram presença e farão palestras no nosso auditório central.

Alberto Almeida

André Trigueiro

Haroldo Dutra

Rossandro Klinjey

Alberto Almeida, André Trigueiro, Haroldo Dutra e Rossandro Klinjey são alguns dos nossos palestrantes já confirmados. Conheça a programação completa no Site do Congresso.

Aproveitem nosso preço especial de reabertura (R$ 290,00) + hospedagem opcional direto no hotel oficial. Garanta já sua presença!!

https://dim.mcusercontent.com/cs/d6b29de57d5a7cec0bff0f8b6/images/ba44c80d-35dc-b1d7-c1fc-384268efdb77.png?w=564&dpr=2

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(Recebido em email de USE SP - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo [[email protected]])

 

 

Site da FEB- Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

 

ACESSE:

https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

 

Site Feparana- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Acesse:

http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

top1

 

União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

 

 

Domingos Filgueiras

(10-03-1846 / 29-03-1906)

 


Nasceu Domingos de Barros Lima Filgueiras na cidade do Rio de Janeiro, a 10 de Março de 1846, dois anos antes que os Espíritos do Senhor dessem início, na cidade de Hydesvile (E.U. A. ), à maior revolução do século XIX.
Aos 10 de Abril de 1869, foi ele aceito como guarda da Alfândega da ex-Capital Federal, chegando mais tarde, por promoções sucessivas, de acordo com a lei, a 29 Comandante dos Guardas, posto que ocupou até a sua desencarnação...
Filgueiras naquele tempo já estava casado, visto que o fizera aos 19 anos de idade, com uma senhorinha meiga, carinhosa e dedicada, tal como seu espírito já formado idealizara. A Sra. Amélia Rosa Filgueira Lima deu à luz quatro filhos, que receberam educação esmerada, dentro dos princípios da moral espírita, e que souberam honrar o nome venerado do pai. Nomeá-les-emos segundo a ordem de nascimento: Carlos, que foi corretor de navios; Luísa, que se consorciou com um subdiretor do Telégrafo Nacional;
Otávio, que exerceu o cargo de escriturário da Alfândega de Santos; e, por fim, o Dr. Nestor Filgueiras Lima, subdiretor aposentado do Tesouro Nacional, espiritista culto e distinto.
A este senhor, que nos atendeu gentilmente em sua residência, é que devemos boa parte dos dados que aqui coordenamos, inclusive o retrato de seu pai.
Corre o tempo... Certo dia, apontam em Filgueiras faculdades mediúnicas.
Aconselho de um espírita, ele procura João do Nascimento, e é sob a direção deste médium muito conhecido que aquelas são desenvolvidas.
Posteriormente recebe a orientação de Bittencourt Sampaio, o eminente apóstolo  do Espiritismo. A modéstia, modéstia que, no dizer de um seu biógrafo, tocava as raias da mais infantil timidez, a humildade e a alma bondosa do exemplar funcionário público cativaram de imediato o sublime cantor de «A Divina Epopéia », que o prezou para sempre como um dos seus melhores discípulos.
Pouco depois, revela-se no médium a sua verdadeira missão, árdua, mas bela, qual a de beneficiar a saúde orgânica do próximo, indiretamente concorrendo para o despertamento espiritual de muitos.
Seus serviços de médium curador, receitista, como intermediário do Espírito do Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, que fora professor catedrático na Faculdade de Medicina e que desencarnou em 1878, iniciou- os em 1886, prestando-os ininterruptamente até o fim de sua existência.
A princípio, apenas alguns consulentes paupérrimos o procuram, mas as curas conseguidas são tão extraordinárias, que o nome do médium ràpidamente se propala de boca em boca, e, em pouco tempo, o humilde medianeiro do Alto se vê quase que perseguido por multidões de todas as classes sociais, em todos os cantos em que aparecia, até mesmo no seu lar.

«E com que carinho e solicitude - informou um companheiro dele - a todos atendia!
Como se lhe iluminava o rosto de um largo sorriso de bondade e satisfação todas as vezes que um doente grave e desenganado pelos médicos lhe era confiado, e que de seu amoroso guia recebia animadores prognósticos! Ele compreendia que todo triunfo, em tal sentido conquistado, era um triunfo, não para ele, modesto e obscuro, de si mesmo nada podendo, mas para a Doutrina, que amava com enternecido carinho.
«Quantas vezes - continua quem de perto o conheceu - o vimos chorar de ternura e de reconhecimento, pelo êxito de uma cura dificílima! O seu amor pela Doutrina, porém, não era esse apego cego e fanático que tem muito de orgulho e pouco de verdadeira dedicação. Se ele se regozijava com as curas, como vitórias palpáveis para o Espiritismo, de que era apóstolo fiel, não o fazia menos pelo amoroso interesse que lhe mereciam, um por um, todos os seus doentes, cujas dores aliviadas eram também alívio para a sua
própria alma.»
Diariamente, como era seu costume, levantava-se às cinco da manhã, e já a essa hora o pequeno jardim de sua residência, à rua Álvaro (hoje rua Joaquim Távora) nº. 6 (Engenho Novo), recebia os primeiros necessitados que vinham pedir receitas, antes de o médium sair para o trabalho na Alfândega.
Sua fama chegou a tal ponto, que os doentes insistiam em procurá-la naquela repartição, a fim de obterem um lenitivo ou uma cura para as suas enfermidades.
Mais tarde, com a aquiescência do guarda-mar Luís da Gama Berquó, que havia também sido curado homeopàticamente pelo médium Filgueiras, a este foi autorizado servir-se de uma saleta, que não tinha uso algum, para, nos momentos de descanso, atender ao receituário de maior urgência. A simpatia e a estima em que o tinham os seus chefes permitiram, logo depois, que essa tolerância se estendesse até mesmo durante as horas do expediente de Filgueiras, desde, que isso não estorvasse as suas obrigações.
A coisa ia bem, quando o ajudante-inspetor José Joaquim Fernandes, que não cria em caridade de além - túmulo, se insurgiu contra tais liberdades, achando-as por demais abusivas.
A fim de evitar desentendimentos que poderiam prejudicar seu chefe e amigo, Filgueiras resolveu suspender o exercício de sua mediunidade na Alfândega.
Transcorre algum tempo... E eis que agora a peste bubônica grassa no Rio de Janeiro, duplicando, triplicando o trabalho dos médiuns. Um filho do citado ajudante-inspetor, posteriormente o distinto advogado doutor Carlos Fernandes, cai vitimado pelo terrível mal.
Médicos vários são chamados, mas tudo em vão... O doentinho caminha para a morte.
Quando José Joaquim Fernandes estava no auge do desespero, vem a ele um escriturário da Alfândega, o senhor Cahet, e em conversa lhe narra as curas verdadeiramente «milagrosas» obtidas pelo médium Filgueiras.

O incrédulo inspetor, de alma desesperançada, agarra - se então àquela última tábua de salvação que lhe apresentavam. Solicita do médium uma receita para o filho. E, logo à primeira medicação, o doente já desenganado entra em período de sensível melhora, os bubões desaparecem, e a convalescença se opera com estranha rapidez!
O inspetor, chocado profundamente com esse maravilhoso fato, não mais obstou, em sinal de gratidão, a que o médium continuasse distribuindo a caridade dentro da Alfândega, como antes o vinha fazendo. E apesar de todas as facilidades e liberdades que lhe foram concedidas para aquele mister, Filgueiras jamais excedeu os limites do direito e do justo.
A fama de suas curas crescia sempre, e o povo se encarregava de difundi-Ias.
Pedidos de receitas, às centenas, vinham de todos os lados do Brasil e de alguns países estrangeiros, contando-se entre a sua clientela altas personalidades do mundo político e social, muitas das quais tentaram remunerar-lhe os serviços, mas sempre encontravam pela frente a rejeição honesta, sem alarde, mas inabalável, firmada sobre a advertência contida no cap. 11, vers., 7 de Mateus: «De graça recebestes, de graça dai.»
Conta-se que por intermédio do Marechal Bittencourt, o «Marechal de Ouro», o próprio Prudente de Morais, na ocasião presidente da República do Brasil, foi consulente de Filgueiras. O fato se passou desta maneira: o Dr. Prudente de Morais achava-se muito doente, em tratamento com o Dr. Joaquim Murtinho.
Num certo dia, o enfermo piora sensivelmente, assustando os familiares, e, quando correm em busca do seu médico, sabem, então, que este se encontrava, no momento, em Petrópolis.
O Marechal Carlos Bittencourt, grande amigo do Presidente, enquanto enviava um mensageiro à procura do Dr. Murtinho, vai, aflito, no encalço do médium Filgueiras, já dele conhecido, e lhe pede uma receita urgente, em vista da gravidade do caso. Os remédios prescritos foram imediatamente ministrados ao doente. Só muitas horas depois chega o Dr. Murtinho, preocupadíssimo com as alarmantes notícias, e vai varando os quartos até chegar junto ao enfermo. Após examiná-lo, declarou sorrindo que tudo lhe parecia normal, ao mesmo tempo que numa folha de papel receitava dois produtos homeopáticos. O assombroso de tudo ocorreu aí: os medicamentos eram exatamente os mesmos que o Espírito do Dr. Dias da Cruz transmitira a Filgueiras!
O Sr. A. de Speyer, ministro da Rússia em Paris, conheceu nessa capital francesa um embaixador brasileiro, com quem faz amizade. Num dos tête-a-tête, Speyer falou-lhe de terrível nefrite que havia muito o segundo os médicos, de delicada operação cirúrgica.
Veio então à mente de Fígner, sem dúvida por inspiração do Alto, solicitar de Pedro Sayão uma receita mediúnica para o caso, daquelas que faziam verdadeiros milagres, conforme lhe contava esse amigo. Quem lha forneceu foi Filgueiras. O efeito foi assombroso. A doente, seja pela ação dos medicamentos prescritos, seja pela atuação direta do próprio Espírito de Dias da Cruz, ficou curada sem a menor intervenção dos médicos terrenos.

Este fato impressionou vivamente o espírito sincero de Fígner e levou-o, juntamente com outros fatos que logo se seguiram ao primeiro, ao estudo do Espiritismo e  à sua conseqüente conversão.
O que se passou com D. Abigail Lima, ela mesma no-lo contou por telefone, conforme o resumo a seguir.
D. Abigail achava-se casadinha de novo, com apenas 17 anos de idade, e era, como todos os seus familiares, católica praticante.
Nesse meio tempo uma sua irmã caí bem doente, e embalde os médicos procuram curá-la. O pai, em estado angustioso, é aconselhado a se dirigir ao médium Filgueiras, de quem se contavam coisas maravilhosas. Assim o faz, e de volta traz uma receita para a filha.
Sem que ninguém o soubesse, iniciou a medicação vinda do outro mundo.
Certo dia, Abigail, estando de visita à irmã enferma, cai de súbito, diante de todos, em transe inconsciente, e, pedindo um lápis, escreve uma receita médica.
Fato incompreensível para todos, menos para o pai, que fica, então, abismado com o que via, pois a receita assim obtida pela filha era cópia exata da que lhe fôra forneci da pelo médium Filgueiras. Este é cientificado do caso, e comparece ao local do belo acontecimento.
Pedindo à menina Abigail se concentrasse para ver se recebia psicogràficamente mais alguma coisa, ela responde que não compreendia o que ele desejava dizer com aquilo.
Recebendo a necessária explicação, portou-se Abigail conforme lhe foi ensinado, e, após algum tempo, declarava nada sentir, mas que vira ao lado do médium, um homem, cuja descrição confirmou ali a presença do Espírito do Dr. Dias da Cruz. Fora um meio de que este se servira para tocar mais fundo aquelas almas. Filgueiras aproveita a oportunidade para falar sobre Espiritismo e aconselha a menina a ler obras espíritas, prenunciando-lhe uma bela missão na Terra.
Abigail, naquele mesmo instante, sente-se irresistivelmente atraída para a Nova Revelação, mas o esposo impede por todos os meios a sua iniciação espírita.
Só mais tarde obtém o consentimento de seguir o que seu coração lhe indicava, e é por meio de «O Livro dos Espíritos», a ela fornecido por Pedro Richard, na Federação Espírita Brasileira, que finalmente ingressa nas fileiras espiríticas.
Filgueiras começou a prestar seus serviços mediúnicos no «Grupo Espírita Fraternidade», fundado em 1880. Esse precioso núcleo de trabalhadores da causa espiritista possuía uma secção para o tratamento de doentes, dirigi da pelo então prodigioso médium João Gonçalves do Nascimento. A convite de Bittencourt Sampaio, Filgueiras passou a fazer parte dos trabalhos mediúnicos da Sociedade, onde
condignamente desempenhou as suas tarefas, distinguindo-se tanto por sua assiduidade quanto por sua modéstia inalterável.

Além de se consagrar ao receituário mediúnico, que constituiu sua principal missão e onde se evidenciaram as excelentes qualidades de coração e de espírito que lhe sobejavam, Filgueiras também compartilhava os trabalhos experimentais, na qualidade de médium sonambúlico.
A pouco e pouco sua colaboração se estendeu a outras Associações espiritistas, e, mais tarde, depois de organizada, em 1890, a Assistência aos Necessitados na Federação Espírita Brasileira, com um serviço mediúnico à parte, ele e vários outros companheiros se transferiram da «Fraternidade», em decadência, para a Casa de Ismael. Ai, a princípio, não havia ainda a farmácia homeopática para distribuição gratuita de medicamentos aos mais necessitados, de sorte que muitas vezes era ele visto tirar do seu próprio bolso o dinheiro necessário para que alguns doentes, em estado de extrema miséria, pudessem mandar
aviar as receitas.
Inúmeros foram os médiuns que privaram com Filgueiras e que abnegadamente também exerciam na Federação Espírita Brasileira a mediunidade receitista.
Entre outros, podemos relembrar os nomes de: Pedro Richard, Dr. Maia Lacerda, Manuel José de Lacerda, José Inácio Pimentel, José Guimarães, Inácio Dias Pereira Nunes, Francisco Marques da Silva, Francisco Pereira Lima, Frederico Júnior, O trabalho era por vezes quase esmagador, mas o amparo do Alto se fazia 'sentir de maneira constante e salutar sobre aqueles obreiros da Caridade, e, para maior alegria destes mesmos, sobre os próprios doentes que vinham em busca da cura para os seus diferentes males.
Em 1905, as receitas fornecidas pela Federação atingiam o expressivo número de 146.589, ou seja, cerca de 470 por dia, excluídos os domingos, tendo sido aviadas gratuitamente, pela farmácia da Casa, um total de 101.645.1
Apesar de assoberbado com as constantes e sempre multiplicadas solicitações de almas aflitas, num trabalho extenuante que freqüentemente não lhe permitia sequer alimentar-se a horas certas, Filgueiras não se esquecia da esposa e dos filhos, aos quais votava extremado amor, jamais lhes faltando com sua atenção, seu carinho e sua palavra evangelizadora. Por isso mesmo, dentro do lar foi sempre respeitado e sobretudo querido, tendo deixado exemplos sem número de amor ao próximo.
Pela estatística acima, bem se vê que os médicos em geral não podiam andar muito satisfeitos com esse estado de coisas. A grita era grande, e a Saúde Pública, como de outras vezes, se viu obrigada a interferir no sentido de coibir, apoiada em determinados parágrafos da Lei, o receituário mediúnico.
Filgueiras, por ser um dos mais conhecidos e mais queridos pelo povo, era sempre o mais visado, informando- nos o «Reformador» de 1906 que o seu nome figurara em mais de um processo, por suposto exercício ilegal da Medicina, de todos, porém, saindo ilesa a sua reputação.
Essas perseguições chocavam profundamente o bondoso coração do médium, cujo retraimento e singeleza de hábitos não se harmonizavam com a publicidade que em torno desses casos se fazia.
1 “ Reformador” de 1906, págs. 91 e 92.

O último processo movido contra ele, «glorioso coroamento de seu tirocínio mediúnico», segundo palavras de Leopoldo Cirne, datou de 1905, e dele daremos um apanhado histórico:
No dia 15 de Abril do referido ano, a sede da Federação Espírita Brasileira, então estabelecida à rua do Rosário, 97, era inopinadamente invadida por verdadeiro batalhão de altos funcionários da Diretoria Geral da Saúde Pública, e ali lavraram contra o médium Domingos de Barros Lima Filgueiras um auto de infração do art. 250 e seus parágrafos do Regulamento Sanitário de 8 de Março de 1904 (veja-se «Reformador» de 1905, página 142).
Foi Filgueiras autuado como incurso no art. 156 do antigo Código Penal (exercício ilegal da Medicina), e a Federação foi intimada a pagar uma multa. A defesa do médium e da Casa ficou a cargo do então vice-presidente desta, o ilustrado Dr. Aristides Spínola.
Aquela invasão semi policial na verdade não tinha significado médico, por assim dizer; nada mais era que um revi de da Saúde Pública à vitória que a Federação acabara de obter em outro processo semelhante, em que a Justiça despronunciara a Casa de Ismael e julgara improcedentes as denúncias contra os acusados Leopoldo Cirne, presidente da FEB, e o médium curador Joaquim José Ferraz, que em 1898 havia também sido absolvido, em importante julgado, pelo eminente magistrado Dr. Francisco José Viveiros de Castro.
O processo instaurado contra Filgueiras teve o seu fim em Fevereiro de 1906. O Diário Oficial de 23 do mesmo mês publicava a longa e judiciosa sentença absolut6ria do acusado, proferida pelo meritíssimo Juiz dos Feitos da Saúde Pública, Dr. Elieser G.Tavares.
Entre as afirmações contidas nos numerosos considerados apresentados pelo esclarecido Juiz destacamos essas duas, que asseguraram, ante a lei então vigente, a legitimidade das curas pelo Espiritismo: «ainda quando a opinião que atribui aos espíritos a faculdade de curar, e de cujo pensamento é o médium o transmissor, não fosse rigorosamente científica, ela constituiria, em todo o caso, matéria de crença ou de fé religiosa, porque o Espiritismo é também uma religião.»
E, logo a seguir, esta outra:«é princípio constitucional que todos os indivíduos podem exercer pública e livremente o seu culto, tão somente condenáveis as práticas que ofendam a moral pública e as leis, não admitindo perseguição por motivos de crença ou de «função» religiosa. »
Aludindo a este sucesso, «Reformador», em artigo necrológico, juntava esse comentário: «Coube assim a Filgueiras a rara fortuna de ser o escolhido pela Providência para receber essa alta distinção de ser perseguido por amor do Cristo, e receber por fim das mãos de um magistrado verdadeiramente digno deste nome a sentença liberatória, que fechou com chave de ouro essa eternizada questão da medicina espírita.

«E nenhum outro médium tinha como Domingos Filgueiras direito a essa distinção; porque nenhum melhor que ele compreendeu e desempenhou com desinteresse, abnegação e humildade mais completas o papel de médium, isto é, de instrumento da caridade divina,de sacerdote do Cristo, que o foi exemplaríssimo.
Aos 29 de Março de 1906, com o organismo esgotado pelo excesso de trabalho, Domingos de Barros Lima Filgueiras, não podendo resistir a uma gripe intestinal, serenamente cerrava os olhos ao mundo e penetrava os pórticos da Espiritualidade.
O que foi a recepção dessa alma justa e cândida no outro lado da vida, é quase impossível descrever com palavras humanas. Cumpria-se nele a promessa de Jesus: «Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus .»
Em sessão ordinária do Grupo «Ismael», na Federação Espírita Brasileira, pouco após o desenlace do grande servidor do Cristo, o famoso médium Frederico Junior, em transe sonambúlico, descreve estar presenciando um dos quadros mais belos já vistos em sua existência de médium, e desenrolado nas regiões espirituais.
Anota, guiado pelo Espírito de Bittencourt Sampaio, a presença de uma multidão de iluminados servos do Senhor, e presidindo a grande assembléia, em plano mais alto, estava o glorioso Ismael. E' tudo uma festa de luz e harmonia! De repente, Frederico vê fender- se o espaço infinito e por uma estrada de flores baixam, à frente, os Espíritos de Dias da Cruz e Filgueiras, ladeados por Romualdo, Bezerra, Sayão, Geminiano, Lacerda, Silva, Santos, Isabel Sampaio e outros trabalhadores da Federação Espírita Brasileira.
Frederico (em Espírito, desprendido) dirige-se a Filgueiras: «Soubeste compreender bem a missão que escolheste. Tu dizes: «não sou digno.» E' nisso mesmo que consiste a tua grandeza. Estende como eu os olhos de teu espírito, que não foram velados pela morte, e olha essa multidão que te aguarda, neste mesmo recinto onde tantas lágrimas enxugaste. Por isso, ontem dizia o nosso Bittencourt: «Felizes daqueles que partem cobertos de bênçãos e saudades!» Dias da Cruz, Espírito eleito do Senhor, a ti também uma palma desta vitória. Incansável como ele te mostraste sempre em favor dos enfermos, daqueles que o procuravam.» Celina, etérea mensageira da Virgem, compareceu igualmente àquela festa-homenagem, e suas palavras ao recém-chegado da Terra, de grande beleza, são transmitidas por meio do médium Frederico:«Sim, aqui mesmo onde soubeste plantar as flores mais odorantes da caridade, aqui mesmo, onde a dor foi sempre apaziguada com o carinho do teu espírito devotado ao bem, aqui onde o infortúnio achou sempre guarida, nesta tenda onde todo faminto encontrou o pão, todo sequioso uma gota d’água, aqui mesmo vieram receber-te os mais altos Espíritos, abençoados pelo Senhor, e a mais humilde das servas de Maria. Sim, soubeste compreender tua missão na Terra, atravessando o teu cruciato de dores. Quando a contingência da matéria te levava quase à cegueira2, como que a lâmpada sagrada do teu espírito feria as pupilas de teus olhos, e tua alma se irradiava, dando os seus derradeiros lampejos àqueles que precisavam do teu conforto, das inspirações que recebias, para abater o sofrimento. Não chores. E' em nome de Maria que eu venho também saudar-te. Ela não pode ser estranha à apoteose que te prepararam neste dia da tua passagem. Anjos do Céu, Espíritos benditos, cantai hosanas! À Terra fica o que à Terra pertence. O Espírito de luz se evola, retempera-se e vai por um pouco descansar das suas fadigas, para começar de novo. «Repousa em paz - diz a minha Mãe -, cobra novas forças e volta, mais forte ainda, a fazer da Doutrina de meu Filho uma verdade no mundo que deixaste.»    Descansa por instantes, abençoado Espírito, no aroma dessas flores da Caridade, do Amor, que tu mesmo plantaste, embalsama todo o teu ser espiritual, e quando o Pai celestial de novo te chamar a nova jornada, que saibas como desta vez, rasgando os pés, escondendo lágrimas, chegar até ao fim, abençoado e cheio de saudades.»
Filgueiras, enternecido ante tais manifestações de carinho, não pôde conter as lágrimas da comoção, e de sua boca saíram apenas essas palavras, simples como ele: - «Eu não tenho o que dizer... Não fiz nada... não fiz nada.»  O fiel discípulo do Cristo recebia o prêmio de suas virtudes peregrinas, mas a sua grande e sincera humildade não lhe permitia compreender porque era cercado de tanta misericórdia do Senhor...
Rememorando aos nossos leitores fatos da vida deste diligente obreiro, cujo apanágio foi a caridade, temos em vista apresentar para a nossa edificação mais um exemplo de perseverança no Bem e no amor ao próximo, ou seja, um modelo de cristão, e felizes seremos se o pudermos imitar!
Fonte: Grandes espíritas do Brasil

 

 

(Texto copiado de https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Domingos-Filgueiras.pdf)

Ilha Fiscal na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Afot3601.jpg

 

 

Na cidade do Rio de Janeiro nasceu o famoso médium espírita

Domingos Filgueiras aos 10 de março de 1846.

 

Leia na revista Reformador de Março de 1906 a notícia

da sentença proferida pelo juiz Eliezer g. Tavares com absolvição do médium

Domingos Filgueiras acusado pela Diretoria de Saúde Pública por

exercício ilegal da Medicina através da mediunidade de cura.

Acesse:

https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=revreform&pagfis=3204

 

 

 

Leia na revista Reformador de Março de 1906 a notícia

da desencarnação de Domingos Filgueiras

Acesse:

https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=revreform&pagfis=3228

 

 

 

Napoleão de Araújo

(10-03-1935 / 28-11-2003)

 

Napoleão Araújo

Site Feparana

 

Presidente: 1984 – 1985; 1989 – 1992; 1997 - 1998

 

Um exemplo de amor - José Virgílio Góes

 

Retornou à pátria espiritual no dia 28 de novembro último, o grande amigo de todos, NAPOLEÃO DE ARAUJO, o "Napo" (apelido que lhe deram seus familiares) - ou "o Coronel", como era chamado pelos carentes que, diariamente, pela manhã bem cedinho, compareciam à porta da sua casa, para a primeira refeição, o "café da manhã" preparado pelo Napoleão, para que pudessem começar o dia com uma alimentação, recebendo, como "sobremesa", palavras de carinho e de força, que brotavam do coração do "Coronel" - em nome do amor ao próximo - permitindo um colorido espiritual à substanciosa refeição; portanto, um homem bom, na verdadeira acepção do termo e de imensas virtudes, todas elas inclinadas para o bem. Verdadeiramente "um exemplo de amor"!...

 

Assim se apresenta Napoleão de Araujo, filho de Eduardo Schell Araujo e de Stella Araujo, nascido no dia 10 de março de 1935, na cidade de Ponta Grossa (terra de tantos brasileiros ilustres, berço de verdadeiros tarefeiros das lides espiritistas, infatigáveis obreiros do Senhor). Como esposa, Elci Cunha de Araújo (a saudosa Dona Elci, tanto quanto ele, por todos, amada), igualmente na pátria espiritual, antecedendo-o em dez meses, apenas e, como filhos consangüíneos, conseguimos anotar: Eduardo, Eleine, Elciane, Edson, Elisiane, Emanuel, Everli, Eloise, Eveline e Endel e, mais os "filhos do coração" - como ele mesmo os tratava (adotados): Eva, Leonilda, Sônia, Carlos, Lourenço e Ana, mais vinte e oito netos... talvez mais alguns que, por um lapso de memória, ora não conseguimos lembrar (pois que a todos tivemos a ventura de conhecer e com a maioria conviver, em alguns momentos de muita alegria, quando retornávamos de alguma atividade ou tarefa - quando possível -, no cumprimento da sua luminosa Agenda).

 

Vamos registrar aqui algumas das suas costumeiras atividades, que julgamos bastante interessantes realizadas por ele, com "a simplicidade que Deus lhe deu", qual sejam, a de juntar todos os seus filhos, colocá-los numa Kombi (bege) - naturalmente tendo ao seu lado a sua "fiel escudeira", a esposa, Elci - dirigir-se às favelas para cortar o cabelo das crianças (e de alguns adultos, pois que, em muitas ocasiões se apresentavam, desejosos do "retoque"), ocasião em que a "família da Kombi" - o "barbeiro" e seus "aprendizes" - era recebida com enorme alegria, em clima de festa.

 

Era quando Elci aproveitava para conversar com as mulheres, orientando-as sobre assuntos de interesse da família, assim como higiene, espiritualidade, relacionamento etc., além de trabalhos manuais para ocupação de forma útil, do tempo disponível, no lar.

 

Napoleão, por sua vez, depois de "pelar" muitas cabeças, passava a atender os homens, com eles dialogando. Mas o "passeio" - ou "treinamento" - dos filhos, não parava aí, pois, com freqüência os levava a Orfanatos, Asilos e Hospitais, para que - segundo o Eduardo (o seu filho mais velho) - " entendêssemos que o amor, quando se divide, se multiplica, gerando bênçãos e felicidade para todos..."

 

Vamos permitir que o Eduardo fale mais um pouco sobre seus pais:


"Eles queriam mostrar que o amor também poderia ser dividido com tudo que Deus criou. Ensinaram-nos a amar a natureza e a todos os seres vivos nos inúmeros piqueniques que fizemos na beira dos rios, cachoeiras e na mata virgem; nos ensinaram a amar e respeitar cada minúscula forma de vida pela expressão de Deus que elas representam. Afastar uma formiga com carinho, colocar uma aranha sobre o papel e levar para o jardim, cultivar uma horta, plantar uma árvore, uma roseira, uma jabuticabeira - mesmo sabendo que só dali uns quinze ou vinte anos alguém iria saborear seus frutos."

 

E suas lições de como dividir o amor para que ele se multiplicasse continuaram. Cada pessoa que trabalhava em sua casa, recebia, na sua, a visita da família Araujo (o casal e as crianças), pois queriam conhecer a sua moradia e condições de vida... Vimo-los, à época em que trabalhamos juntos, na Casa da Criança Francisco de Assis (lá pelos idos de 1968 até 1976) - se não me falha a memória - em várias ocasiões, Napoleão e Elci - embora com uma família que mais parecia um batalhão - arregaçarem as mangas, ajudando os seus "braçais" (as pessoas que trabalhavam em sua casa), para que pudessem conseguir um terreninho, depois, erguerem as suas casinhas (nessas ocasiões o casal sempre se fazia acompanhar dos filhos para que cada vez mais entendessem o significado do "amor que se multiplica").

 

O casal amigo ensinou a seus filhos a cuidar, com muito amor e carinho, de alguns parentes que, doentes, foram acolhidos em sua casa (entre os quais alguns deles podemos identificar, uma vez nos tornamos amigos deles, também: a vó Stella (mãe do Napoleão), o vô Eduardo (pai do Napoleão), o tio Antônio, o vô Maneco (pai da Elci) e o Carlinhos (seu sobrinho), todos dependentes de ajuda e incapazes de locomover-se pelos próprios meios; além de tantos outros que, durante alguma enfermidade recorreram ao "grande hospital de amor", assim denominada a casa da família Napoleão, nessas ocasiões...

 

"Mas" - complementa Eduardo "uma lição de amor ainda maior e mais sublime, estava por vir: Por mais de dez anos foi deixando a sua vida e carreira profissional de lado para cuidar de sua amada, a nossa mãe, que pouco a pouco, recebia novas provações e limitações. Primeiro a diabetes, depois a síndrome de Jogre (sem saliva e secreções no corpo todo), depois o câncer, a amputação da perna, a perda de uma vista.... E, ela foi nos mostrando a cada nova limitação, como superá-la, encontrando uma outra ocupação útil do tempo que ainda pudesse ajudar alguém. Ela partiu para o plano espiritual em janeiro último, tendo alguns dias antes proferido palestra num Centro Espírita e, com a agenda da sua Clínica de Psicologia, lotada".

 

Para aqueles que não sabem, Napoleão era Engenheiro e Professor da Universidade Federal do Paraná, quando o conhecemos, e a sua esposa, a nossa Elci, bem mais tarde, formou-se em Psicologia. (Na sua Clínica, "pagava" quem podia, uma vez sua atenção se voltava sempre e mais para o necessitado que recorria aos seus préstimos profissionais).

 

Será que se precisa dizer mais? Sim, pois nem sequer mencionamos algumas das suas inúmeras tarefas executadas, na condição de um grande e excepcional militante do Movimento Espírita!... Inúmeras e variadas tarefas, encargos e missões foram, pela Causa Maior, atribuídas ao competente Napoleão... No Centro Espírita, na Federação Espírita do Paraná... Em nível de Movimento Espírita Estadual...

 

Até transferir-se para o plano espiritual, foi o assíduo Assessor de Informática da FEP (o site da FEP muito deve à sua invejável competência e dedicação), Conselheiro do Conselho Federativo Estadual (o segundo de seus Membros mais antigo, por longos anos, portanto).

 

Estava vinculado à Sociedade de Estudos Espíritas "Francisco de Assis". Na Federação Espírita do Paraná, além de Conselheiro, Presidente de uma Região Federativa (1a. URE, com sede na Capital, antes do seu desdobramento, quando abrangia todas as regiões hoje sob a responsabilidade das URE’s Metropolitanas, 1ª e 3a. Região); na Federação (Conselho Diretor e/ou Diretoria Executiva), exerceu o cargo de Secretário Geral, de Presidente e de Vice Presidente, em várias ocasiões, a partir de 1981 a 1986 e de 1989 a 2000 (portanto, durante dezesseis anos), além de cargos de Assessoria da Presidência.

 

Até os seus últimos dias no corpo físico, deu a sua grande contribuição à Liga de Historiadores e Pesquisadores Espíritas. Registre-se, também o fato do seu grande desempenho em favor do Trabalho de Unificação do Movimento Espírita (Estadual e Nacional).

 

Na atual Diretoria da Federação estava no cargo de Diretor do Departamento de Apoio às URE´s e de Expansão do Movimento Espírita. Deixou sua "marca registrada" em quase todos os Departamentos e Serviços da Federação, entre as quais, na Livraria, no Jornal "Mundo Espírita", nas Obras Sociais e Assistenciais mantidas pela Federação.


Ressalte-se o respeito e o carinho com que tratava os funcionários da FEP (no que era correspondido). Napoleão foi ainda (e por certo há de continuar sendo) entusiasmado discípulo de Lázaro Luis Zamenhof, portanto, Esperantista.

 

Na qualidade de médium, tanto na psicofonia, quanto na psicografia, intermediou muitas e elevadas mensagens, especialmente nos momentos em que se faziam necessárias, por instrutivas.

 

"(...) Não há vidas sucessivas mas somente Vida, perene, continuada, dirigida para o progresso. Há sim sucessivos períodos de estágio necessário no corpo para burilarmos os nossos espíritos". (Guaracy Paraná Vieira - pequeno trecho de uma página, intitulada: "Que vida é essa?", psicografada por Napoleão de Araujo, em 31/03/93, no Centro de Estudos Espíritas "Francisco de Assis", em Curitiba,Pr.)

 

Outra pequena anotação, do mesmo autor espiritual, através da psicografia do Napoleão, ditada na mesma Sociedade Espírita, datada de 20/10/93: "Que morte é essa"? "(...) O corpo físico, pois, é um excelente veículo para que se efetue o progresso. Mas daí a termos supervalorizado o aspecto da separação do Espírito e do corpo não há maior validade. O homem esclarecido pela Doutrina dos Espíritos logo compreenderá este aspecto do fenômeno mais certo de ocorrer a cada ser encarnado"(...).

 

Em face do "espaço" que nos foi concedido, concluímos este sucinto "relato", guardando a certeza de que o nosso grande Napoleão, "um exemplo de amor" - como bem é definido pelos seus filhos - por certo estará sendo lembrado por muitos dos seus amigos, admiradores e beneficiados, em vários momentos e ocasiões, dado os seus grandes dotes de cultura, de sabedoria, de bondade e de companheirismo.

 

"Entre saber e fazer existe singular diferença; quase todos sabem, poucos fazem. - Aí reside, no campo do serviço cristão, a diferença entre a Cultura e a prática, entre Saber e fazer". (Emmanuel) Muito de acordo com o nosso estimado Napoleão, "o coronel"...

 

Para concluir a nossa breve e pequena homenagem, pedimos licença para transcrever trechos de uma crônica alusiva ao estimado amigo Napoleão, elaborada e apresentada pela nossa Conselheira Terezinha Colle, na Reunião do Conselho Federativo da FEP, realizada no dia 29 de novembro, último, cujo titulo é:

 

Quando parte um amigo

 

Hoje, nesta reunião do Conselho Federativo Estadual, há uma cadeira vazia...(...) Um amigo querido partiu....


Um companheiro muito caro aos nossos corações resolveu voltar para casa...

 

Amigo Napoleão, você se foi sem se despedir de nós, mas ficou sua lembrança indelevelmente gravada em cada canto desta Federativa, assinalada pelas muitas horas de trabalho aqui realizado...

 

Você se foi, mas deixou uma de suas marcas registrada: a jovialidade e a disposição de enfrentar as lutas, de bom humor.

 

Como bom combatente, ao fechar a mala e retornar para casa, você pôde dizer, como tantos outros:

 

"Meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou. Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte. O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente."

 

Receba, amigo querido, as flores perfumadas da nossa gratidão.


Receba o abraço de ternura dos amigos da Boa Lida.


E, pra não deixar de lado um toque de bom humor - também uma de suas características - vê se vai preparando aquele pãozinho caseiro especial, que só você sabe fazer, para nos receber, um dia, por essas bandas de lá...

 

"Entre saber e fazer existe singular diferença; quase todos sabem, poucos fazem. Aí reside, no campo do Serviço Cristão, a diferença entre a Cultura e a prática, entre Saber e fazer".

(Emmanuel)

 

O Napoleão, Napo, o "Coronel", sabia e fazia...


- Até breve, amigo!...

 

José Virgílio Góes

 

 

 

(Copiado de http://www.feparana.com.br/topico/?topico=577)

 

 

Amor Infinito

Suporta  

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP)

 

 

 

 

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