Boletim diário de Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, segunda-feira, 09 de junho de 2025. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Atenção |
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Os últimos 5 emails enviados |
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 5 - 1862 |
(Texto copiado do site Febnet) |
O Dia dos Mortos. Óleo sobre tela de William-Adolphe Bouguereau. Imagem/fonte: |
Túmulo de Dr. Miguel Couto, um dos ícones da medicina brasileira. Cemitério São João Batista. Rio de Janeiro, Brasil. Fotos: Ismael Gobbo.
Em entrevista Dr. Tomas Novelino(1901-2000) falou do professor Dr. Miguel Couto (1865- 1934)
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FE- O Sr. sempre se refere ao Dr. Miguel Couto como um grande exemplo de luta pela educação. TN- O Professor Miguel Couto era um ídolo no Rio de Janeiro, um coração bondoso e, a bem da verdade, até amigo dos espíritas. No ano em que eu saí da Escola, ele fez uma palestra no Rio de Janeiro, na qual a afluência de público foi espantosa para ver e ouvir aquele expoente da medicina. O tema era sobre educação, e ele afirmava: "No Brasil só existe um problema: a educação do povo". Iniciou a palestra falando que no norte da Europa havia um convento em que os monges se cumprimentavam pela manhã proferindo as seguintes palavras: "Pensai na morte, irmãos". E o Professor Miguel Couto, parodiando-os, sentenciava: "Pensai na educação, brasileiros...". Essa postura do Dr. Miguel Couto, extremamente preocupado com a educação, me marcou profundamente. ........................ ................ .......... Leia mais: http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/MAIO/22-05-2015.htm
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Turista orando no túmulo de Allan Kardec. No dia 31 de março de 2019, completam-se 150 anos da sua desencarnação. Cemitério Père Lachaise, Paris, França, Foto Ismael Gobbo. |
O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEB – Federação Espírita Brasileira |
II- Autoridade da Doutrina Espírita Controle universal do ensino dos Espíritos . Se a Doutrina Espírita fosse de concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes daquele que a houvesse concebido. Ora, ninguém, neste mundo, poderia ter a pretensão de possuir, sozinho, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se tivessem manifestado a um só homem, nada lhe garantiria a origem, pois seria preciso acreditar, sob palavra, naquele que dissesse ter recebido deles os seus ensinos. Admitindo-se absoluta sinceridade de sua parte, quando muito poderia ele convencer as pessoas de suas relações; conseguiria sectários, mas nunca chegaria e congregar todo o mundo. Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por um caminho mais rápido e mais autêntico; por isso encarregou os Espíritos de irem levá-la de um polo a outro, manifestando-se por toda parte, sem conferir a ninguém o privilégio exclusivo de lhes ouvir a palavra. Um homem pode ser enganado, pode enganar-se a si mesmo; já não será assim, quando milhões de criaturas veem e ouvem a mesma coisa: é uma garantia para cada um e para todos. Além disso, pode fazer-se que desapareça um homem, mas não se pode fazer que desapareçam as coletividades; podem queimar-se os livros, mas não se podem queimar os Espíritos. Ora, ainda que se queimassem todos os livros nem por isso a fonte da Doutrina deixaria de conservar-se menos inesgotável, pela razão mesma de não estar na Terra, de surgir em toda parte e de poderem todos dessedentar-se nela. Na falta de homens para difundi-la, haverá sempre os Espíritos, que atingem a todos e aos quais ninguém pode atingir. São, pois, os próprios Espíritos que fazem a propaganda, com o auxílio dos inúmeros médiuns que eles vão suscitando de todos os lados. Se tivesse havido apenas um intérprete, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo mal seria conhecido. E mesmo esse intérprete, qualquer que fosse a classe a que pertencesse, teria sido objeto das prevenções de muita gente e nem todas as nações o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos, comunicando-se em toda parte, a todas as seitas e a todos os partidos, são aceitos por todos. O Espiritismo não tem nacionalidade, não faz parte de nenhum culto particular, nem é imposto por nenhuma classe social, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo. Era preciso que fosse assim, para que ele pudesse conclamar todos os homens à fraternidade. Se não se mantivesse em terreno neutro, teria alimentado as dissensões, em vez de apaziguá-las. Essa universalidade no ensino dos Espíritos faz a força do Espiritismo; aí reside também a causa de sua tão rápida propagação. Ao passo que a palavra de um só homem, mesmo com o concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os pontos da Terra, proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais ignorantes, como aos mais sábioa, a fim de que ninguém seja deserdado. É uma vantagem de que não havia gozado ainda nenhuma das doutrinas surgidas até hoje. Se o Espiritismo, portanto, é uma verdade, não teme o malquerer dos homens nem as revoluções morais, nem as perturbações físicas do globo, porque nada disso pode atingir os Espíritos. Não é essa, porém, a única vantagem que resulta da sua excepcional posição. O Espiritismo nela enontra poderosa garantia contra os cismas que pudessem ser suscitados, quer pela ambição de alguns, quer pelas contradições de certos Espíritos. Tais contradições, certamente, são um escolho, mas que traz consigo o remédio ao lado do mal. Sabe-se que os Espíritos, em consequência da diferença entre as suas capacidades, acham-se longe de possuir individualmente toda a verdade; que não é dado a todos penetrar certos mistérios; que o saber de cada um deles é proporcional à sua depujração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens, e até menos que certos homens; que há entre eles, como entre os homens, presunçosos e pseudossábios, que julgam saber o que ignoram; cultores de sistemas, que tomam por verdades as suas ideias; enfim, que só os Espíritos de categoria mais elevada, os que já estão completamente desmaterializados, se encontram libertos das idéias e preconceitos terrenos. Mas também é sabido que os Espíritos enganadores não têm escrúpulo em tomar nomes que não lhes pertence, a fim de tornarem aceitas as suas utopias. Daí resulta que, com relação a tudo que esteja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um poss receber terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser consideradas como opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que seria imprudente aceitá-las e propagá-las levianamente como verdades absolutas. O primeiro controle é, incontestavelmente, o da razão, ao qual é preciso submeter, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos. Toda teoria em notória contradição com o homem senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que se possui, dever ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura. Esse controle, porém, em muitos casos ficará incompleto, em razão da insuficiência de conhecimentos de certas pessoas e de tendência de muitos a tomar a própria opinião como juízes únicos da verdade. Em semelhante caso, o que fazem os homens que não depositam absoluta confiança em si mesmo? Vão buscar o parecer da maioria e tomar por guia a opinião desta. Assim se deve proceder com relação ao ensino dos Espíritos, que nos fornecem, eles mesmos, os meios de consegui-lo. ............... ........... ........ (Continua na próxima publicação)
(Copiado de O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEB – Federação Espírita Brasileira) |
Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo Imagem copiada de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard
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Vista de Paris, França, com Les Invalides no centro. Em Paris surgiu a Doutrina Espírita com a grande obra de Allan Kardec através da espiritualidade. . Foto Ismael Gobbo.
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Perante Allan Kardec |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Irmãos Unidos. Lição nº 18. Página 95.
Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai”. Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual. Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo”. Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação. Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandaliza corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno”. Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre. Disse o Cristo: “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo”. Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez. Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”. Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal. Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”. Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição. Cristo revela... Kardec descortina... Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o Inolvidável Paladino de Nossa Libertação.
(Recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
Maria e José buscam um refúgio para o parto Óleo sobre tela de Michael Rieser. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nascimento_de_Jesus |
Jesus. Óleo sobre tela de Maria Teresa Braga. Acervo da Aliança Espírita Varas da Videira. Foto Ismael Gobbo |
Quadro de Jesus sendo pintado em parede por Maria Teresa da Silva Braga, filha de Adalberto da Silva Braga cuja biografia está acima postada. Exposto na Casa da Caridade, departamento da Aliança Espírita “Varas da Videira” Foto Ismael Gobbo |
Allan Kardec, Codificador do Espiritismo. Óleo sobre tela por Nair Camargo, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo Allan Kardec - Nasceu em Lião, França, aos 3 de outubro de 1804 |
Catedral e encosta de Fourvière. Lião, França. Imagem/fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b77433880 |
Tesouros do céu |
Imaginamos, alguma vez, se, ao invés de enxergarmos somente os atributos físicos das pessoas, pudéssemos ver a essência, o caráter, aquilo que vai no coração de cada um? Se, não enxergando os belos olhos, o alvo sorriso, os requintados cabelos, as formas justas, vislumbrássemos apenas os princípios morais, a lealdade, o senso de justiça, a capacidade de perdoar, o valor dado à caridade? Será que as pessoas que consideramos modelos de beleza ainda nos causariam verdadeira admiração? O que os atuais parâmetros de beleza revelam sobre nossa sociedade? O que eles revelam a respeito de nós mesmos? * * * Durante uma corriqueira pesquisa pela internet, a fim de realizar certa atividade acadêmica, Elizabeth Velasquez deparou-se com um vídeo intitulado A mulher mais feia do mundo. Para sua surpresa, descobriu que eram imagens suas, colhidas em fontes distintas, que destacavam a aparência de suas mãos, braços, pernas e, especialmente, de seu rosto. A realidade é que a jovem, carinhosamente apelidada Lizzie, nasceu com uma doença extremamente rara que impede seu organismo de absorver gordura. Dessa forma, sem nutrientes, ela nunca conseguiu ultrapassar a marca dos trinta quilos. Ela caminha com grande dificuldade e, constantemente, sente-se fraca. Ainda, pelas implicações da doença, ficou cega do olho direito. Quando nasceu, os médicos não acreditavam que fosse sobreviver. Porém, suplantando todas as adversidades, ela frequentou a escola, superou a agressividade dos colegas, enfrentou o preconceito e se formou em Comunicação na Universidade do Texas. Atualmente, é uma mulher independente, conferencista e escritora. Ainda que vítima de piadas e zombarias, através de suas palestras ela dá voz a pessoas que, por motivos os mais diversos, também são alvo da crueldade alheia. Em vez de apenas me esconder nas minhas lágrimas, eu escolhi ser feliz e entender que essa síndrome não é um problema, mas uma bênção que me permite melhorar e inspirar outras pessoas, afirma Elizabeth. * * * A belíssima mulher mais feia do mundo conquistou, por meio da doença que a acomete, os tesouros pelos quais inúmeras pessoas lutam diariamente: resignação, autoconfiança, fé, felicidade. Para isso, não necessitou se enquadrar em padrões de beleza estabelecidos, não necessitou de um corpo escultural, nem sequer de uma saúde perfeita. As incontáveis lágrimas de Elizabeth são prova viva do ensinamento atemporal de Jesus: porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. A beleza física esvai-se com a cinza das horas. A saúde digladia-se constantemente com os nossos excessos. Os bens materiais não são nossos, pois, em essência, não pertencemos ao mundo material: cada um de nós, a seu tempo, retornará às moradas do infinito. Nossa missão, portanto, é conquistar o amor, a caridade, a tolerância, a fé. Tesouros divinos que nos garantem passos seguros em direção à paz, ao progresso, à verdade, à felicidade... À plena e verdadeira felicidade. Pensemos nisso! Esforcemo-nos para acumular os tesouros do céu! Redação do Momento Espírita, com base
(Copiado https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7453&stat=0) |
A palestrante motivacional e autora Lizzie Velásquez no Festival do Livro do Texas de 2017, em Austin, Texas, Estados Unidos. Data da foto: 5 de novembro de 2017, 14:31:59 Fonte: Trabalho próprio Autor: Larry D. Moore Permissão (Reutilização deste arquivo) © 2017 Larry D. Moore. Licenciado sob CC BY 4.0. IMAGEM/FONTE: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lizzie_Velasquez_2017.jpg |
Cristo pregando em Cafarnaum. Óleo sobre tela de Maurycy Gottlieb Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gottlieb_Christ_preaching_at_Capernaum.jpg
Cafarnaum (em grego clássico: Kαφαρναουμ; romaniz.: Kapharnaoum; em hebraico: כפר נחום; romaniz.: Kephar Nachûm , lit. "aldeia" ou "vila de Naum") é uma cidade bíblica que ficava na margem norte do Mar da Galileia, próxima de Betsaida (terra natal de Simão Pedro) e Corozaim. Muito perto passava a importante Via Maris (Estrada do Mar), que ligava o Egito à Síria e ao Líbano e que passava por Cesareia Marítima. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cafarnaum
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Oportuna entrevista |
Conta-se que, certo dia, uma jovem procurou uma dessas pessoas que estudam e preconizam o amanhã e desabafou: Tenho sofrido demais. Parece que a má sorte não me perde de vista! Tudo tem dado errado em minha vida até agora. Com lágrimas nos olhos, finalizou com a pergunta: O que o senhor me aconselha para ser feliz? O interpelado indicou o fulgor do sol nas árvores próximas e respondeu, otimista: A felicidade mora com o trabalho. Procure servir e conseguirá encontrá-la facilmente... Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual. A moça pareceu entender a orientação, entretanto, voltou a indagar: Mas o senhor acredita que serei feliz ainda nesta vida? O experiente amigo sorriu e considerou: Filha, isso não sei. Posso dizer-lhe, no entanto, que a vida do Espírito, e somos todos Espíritos, é uma grande viagem, cujos episódios dependem de nós. Não me consta que estejamos na vizinhança do porto. A jovem saiu pensativa... * * * É natural que queiramos ser felizes o quanto antes. Está em nós esse desejo íntimo de buscar a felicidade. Como somos imediatistas, simplistas, para tudo, tratamos essa grande conquista do Espírito da mesma forma. Por isso nos encantamos com fórmulas, segredos, métodos rápidos disso ou daquilo. Queremos conquistar as coisas com pouco trabalho, com pouco esforço. Porém, nada que é grande para a alma se conquista dessa maneira. Vale lembrar a primeira advertência do sábio: A felicidade mora com o trabalho, mora em nossa possibilidade de servir. Que isto fique claro de uma vez por todas: felicidade é servir e não ser servido! A felicidade é construída, conquistada, no processo de nos doarmos em amor ao próximo. E nos doarmos em amor a nós mesmos. Quanto mais nos doamos, mais temos. Trabalho. Ocupação útil que promove o bem para todos, que faz crescer a sociedade, que produz o bem-estar social e que nos faz utilizar o tempo para o bem comum. Ser peça útil, importante, para o desenvolvimento da coletividade, aprender a conviver, a partilhar, a suportar o diferente e respeitar quem quer que seja. O trabalho nos enriquece de todas as formas possíveis. Ele pode não estar nos satisfazendo a vocação diretamente, pode não ser o trabalho dos nossos sonhos, mas está nos promovendo de muitas formas. Eis aí o seu valor. Para aqueles de nós que desejamos que tudo se resolva de imediato, para aqueles que nos decepcionamos quando as coisas não saem do jeito que queríamos, para os que não temos a tal vida perfeita, um alerta: A atual encarnação é apenas um estágio de um processo muito maior. Já passamos por vários deles e muitos ainda estão por vir. A construção da felicidade plena está acontecendo nesta jornada toda. Um pouquinho de cada vez. Tenhamos paciência. Sejamos hoje um pouco mais felizes do que fomos ontem, ergamos mais uma parede na fortaleza de nossa felicidade, com muito trabalho, com muito amor. Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 14,
(Copiado de https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7454&stat=0) |
O Gari. Uma das quatro obras de arte do “Monumento ao trabalhador do asseio e conservação e limpeza urbana”. Autor: Murilo Sá Toledo. Praça Marechal Deodoro, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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A Copeira. Uma das quatro obras de arte do “Monumento ao trabalhador do asseio e conservação e limpeza urbana”. Autor: Murilo Sá Toledo. Praça Marechal Deodoro, São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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Campo fechado com arado. Obra paisagística em óleo sobre tela de Vincent van Gogh. Imagem/fonte:
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As fiandeiras. Óleo sobre tela de Diego Velazquez. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Fiandeiras_(Vel%C3%A1zquez)
O mito de Aracne popularmente conhecido como As Fiandeiras (em castelhano: La fábula de Aracne (Las hilanderas)) é uma pintura a óleo sobre tela do pintor espanhol Diego Velázquez criada cerca de 1657 e que se encontra actualmente no Museu do Prado, Madrid. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Fiandeiras_(Vel%C3%A1zquez)
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A caridade do entendimento |
Somos Espíritos imortais. Fomos criados por Deus simples e ignorantes. Não somos seres idênticos, que possam ser confundidos ou ignorados pelo Pai. Cada um de nós carrega uma história única. Temos marcas e características inconfundíveis aos olhos do Criador. Ele nos conhece e nos ama. Compreende-nos e nos oferece, em todos os instantes, novas chances de prosseguir na marcha. Nosso futuro é a perfeição. Somos destinados ao conhecimento de todas as coisas. Destinados a alcançar a felicidade verdadeira, que reside unicamente no coração daqueles que tudo compreendem e estão harmonizados com as leis divinas. É um objetivo distante, neste momento. Parece-nos uma quimera ou uma fantasia. Entretanto, sabemos que nenhum de nós deixará de atingi-lo. Por mais que insistamos em retardar nosso passo e persistir nos mesmos equívocos, nosso destino é algo de que não poderemos fugir para sempre. Haverá um momento em que, cansados da escuridão, buscaremos a luz. Fatigados pelo sofrimento, trilharemos pelas sendas do bem e da regeneração. Abandonaremos, por fim, a postura de crianças mimadas que insistem, apenas por teimosia, em algo que nenhuma vantagem nos traz. É verdade que, com o passar do tempo e com a somatória das experiências, já adquirimos virtudes, embora reincidamos em alguns erros. Isso porque ainda estamos a caminho. Muito há para ser vencido e conquistado. Muitos são os enganos a serem reparados. Inúmeras são as lições que, por ora, não foram compreendidas. Provas hão de vir. Trabalho árduo ainda deve ser feito. Afinal, o burilamento do ser não é tarefa imediata e fácil. Por outro lado, cabe-nos reconhecer que algumas vitórias já obtivemos. Percebemos, com sincera satisfação, que não somos mais os mesmos seres embrutecidos do ontem. Isso não nos autoriza, no entanto, a julgarmos de forma inclemente nossos irmãos. A compreensão é um dever que temos para com todas as criaturas. Não se trata, no entanto, de agirmos de modo conivente com os erros alheios. A verdadeira compreensão consiste na sadia convicção de que ajudando aos outros encontraremos auxílio indispensável para nossa própria segurança. Querer impor nosso ponto de vista, muitas vezes acanhado, não é adequado nem justo. Cada qual tem suas próprias diretrizes a lhe guiar os passos pela estrada. As jornadas evolutivas são sempre solitárias e individuais. O Criador não nos fez cópias uns dos outros. Cada coração obedece a um sistema particular de impulsos evolutivos. Identificar a presença de Deus nos caminhos e nas escolhas alheias é um ato de caridade e de respeito. Ninguém é ignorante porque assim o deseja ser. Aqueles que respiram penosamente nos ambientes de sombra e desconhecimento anseiam pela chegada da luz, não da reprovação e do desprezo. Diminuiremos a penúria do mundo quando formos capazes de estender nossos braços àqueles que sofrem as consequências da própria ignorância. Cada consciência ajusta-se com o Criador em momento que lhe é próprio, sem imposições de quem quer que seja. Pensemos nisso. Redação do Momento Espírita, com base
no
(Copiado de https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7455&stat=0) |
Cristo em prece. Óleo sobre tela de El Greco. Imagem/fonte:
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O Bom Samaritano. Pintura de John Runciman. Imagem/fonte:
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Cristo na casa de Simão o fariseu. Óleo sobre tela de Artus Wolffort. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Artus_Wolffort_-_Christ_in_the_house_of_Simon_the_Pharisee.jpg
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Jesus carregando a cruz. Óleo sobre tela de El Greco. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_Carrying_the_Cross_1580.jpg
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Registro. Atividades do Projeto Chico Xavier no sábado 07-06-2025. Araçatuba, SP |
Com inicio as 16 horas muitas atividades são desenvolvidas. Inicialmente se separam alimentos a serem entregues aos inscritos na casa. Várias pessoas começam a trabalhar. Preparam refeições, evangelização para crianças e jovens, aplicação de passes, palestra pelo excelente orador da casa Émerson Gratão que desenvolveu o tema “Não Crer” do capítulo 163 do livro “Caminho, Verdade e Vida”. Ao final o delicioso jantar a todos os presentes. Informações recebidas e Émerson Gratão.
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Registro. Atividades no Abrigo Ismael no domingo 08-06-2025. Araçatuba, SP |
A excelente palestra “Jesus e a Reencarnação”, com início as 9 hs da manhã foi proferida, pela oradora de Araçatuba Luci Magro. No mesmo horário houve a evangelização para crianças. No final aplicação de passes aos presentes. Fotos de Ismael Gobbo.
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Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha Portugal |
Exms Senhores OCS,
As nossas mais cordiais saudações.
1 - O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma palestra subordinada ao tema "O Poder Transformador do Amor", com a enfª Sílvia Borges, no dia 13 de Junho de 2025, 6ª feira, às 21h00. Posteriormente, teremos a Fluidoterapia (passe espírita) e o atendimento em privado.
2 - Estão abertas inscrições gratuitas no local ou por e-mail [email protected] para um Curso sobre Inteligência Artificial, nos dias 14, 21, 28 Junho de 2025, das 15H00 às 18H00.
Todas as nossas actividades são livres e gratuitas. Todas as palestras são colocadas no Youtube do CCE em http://bit.ly/29VcVMV
Cordialmente,
CCE
Tel: 938 466 898; 966 377 204; www.cceespirita.wordpress.com - E-mail: [email protected] www.youtube.com/c/CentrodeCulturaEspíritaCaldasdaRainha www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Espírita-de-Caldas-da-Rainha-195515483836343/
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [[email protected]]) |
APES: programa de atividades espiritas JUNHO 2025 Paris, França |
Chère Madame, Cher Monsieur,
C'est toujours avec un grand plaisir que la direction du Centre Spirite APES vous présente son programme d'activités spirites à chaque mois. Veuillez trouver en pièce jointe, son programme d'activités pour le mois de Juin 2025.
Information aux intéressés : Les Réunions Publiques d'Étude et d'Assistance Spirituelle (RPEAS) sont ouvertes à toutes personnes qui souhaitent partager un moment d'étude spirite, de prière et de communion avec les Esprits bienfaiteurs au moment de la passe spirite et de la fluidification de l'eau. Chaque réunion publique est suivie d'un moment de convivialité pour permettre aux personnes du public d'échanger avec l'équipe de médiums et les membres du centre spirite APES.
Parmi ces réunions publiques, notre Centre Spirite vous propose 4 réunions d'études théoriques, en continu, à l'attention du public sur 2 oeuvres d'Allan Kardec : - Les premiers vendredi et samedi de chaque mois : Le Livre de Médiums (conforme la 11e édition de 1869) - Les troisièmes vendredi et samedi de chaque mois : La GENÈSE. Les miracles et les prédictions selon le Spiritisme (conforme l'original de la 1ère édition 1868)
Pour plus d'information n'hésitez pas à nous contacter : [email protected] ou par téléphone 07 82 09 7158 (merci de laisser votre message) Au plaisir de vous accueillir lors de réunions publiques du notre centre spirite APES.
Cordialement
Anita BECQUEREL Présidente de l'APES A.P.E.S. - Association Parisienne d'Etudes Spirites
TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS- GOOGLE TRADUTOR Prezado(a) Senhor(a),
É sempre com grande prazer que a direção do Centro Espírita APES apresenta sua programação mensal de atividades espiritualistas.
Anexo: a programação de atividades para o mês de junho de 2025.
Informações aos interessados: As Reuniões Públicas de Estudo e Assistência Espiritual (RPEAS) estão abertas a todos que desejam compartilhar um momento de estudo espiritualista, prece e comunhão com os espíritos benfeitores durante o passe espírita e a fluidificação da água. Cada reunião pública é seguida por um momento de convívio para permitir que o público interaja com a equipe de médiuns e membros do Centro Espírita APES.
Entre essas reuniões públicas, nosso Centro Espírita oferece quatro sessões contínuas de estudo teórico para o público sobre duas obras de Allan Kardec: - Primeira sexta-feira e sábado de cada mês: O Livro dos Médiuns (conforme a 11ª edição de 1869) - Terceira sexta-feira e sábado de cada mês: A Gênese. Milagres e Predições Segundo o Espiritismo (conforme a 1ª edição original de 1868)
Para mais informações, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone +33 7 82 09 7158 (deixe uma mensagem). Aguardamos sua visita para as reuniões públicas em nosso Centro Espírita, APES.
Atenciosamente,
Anita Becquerel Presidente da APES A.P.E.S. - Associação Parisiense de Estudos Espirituais Construindo o Homem de Amanhã Hoje.
Recebemos vocês na rue des Laitières, 22, 94300 Vincennes, todas as sextas-feiras à noite, a partir das 19h30, e no segundo e último sábado do mês, a partir das 14h30, exceto feriados.
Mais informações pelo telefone 0141 931 708 e em nosso site http://www.apes.asso.fr
(Recebido em email de Association Parisienne d'Etudes Spirites [[email protected]]) |
Jornal Agenda Cristã, de Rancharia, SP |
Prezado Ismael: Envio o Jornal Agenda Cristã, de Rancharia, edição de junho. Abraço fraterno, Atilio (Recebido em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]]) |
Comentários espirituais e de pesquisas sobre a edificação cristã |
No estudo virtual dia 03 de junho, foi comentado o Capítulo 14 do livro "A Caminho da Luz" – A edificação cristã, por Cesar Perri, com citações de obras recentes contendo pesquisas sobre o cristianismo e o Novo Testamento. Trata-se de programa anual do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo-CCDPE (São Paulo). A reunião foi dirigida por Pedro Nakano. Esse estudo anual é coordenado por Perri, como reuniões virtuais desenvolvidas às 3as feiras, 20 horas. Trata-se de estudo de livro de autoria do espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier. Ficha de inscrição no link: http://bit.ly/A-Caminho-da-Luz
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]) |
Casa Editora O Clarim Matão, SP |
CLIQUE AQUI:
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Nota: Evento de comemoração dos 64 anos da Instituição Nosso Lar |
No início da noite do dia 04 de junho, na reunião pública do Centro Espirita Luz e Fraternidade, em Araçatuba, foi comentado os 64 anos da Instituição Nosso Lar, que deu origem a esse Centro. Usaram da palavra Cesar Perri, que acompanhou desde os momentos iniciais de Nosso Lar e foi um fundadores desse Centro, e. Paulo Perri, um dos dirigentes atuais de Nosso Lar e do Centro. Foram homenageados os fundadores, os irmãos Rolandinho e Josefina Perri de Carvalho e Emília Santos. Na biblioteca do Centro há fotos desses fundadores. Em seguida, o agora visitante Cesar Perri dirigiu-se ao Centro Espírita Irmã Angélica onde faria palestra junto com o médium José Francisco Gomes, lançando o livro "Desafios da educação. Trata-se de obra de autoria do espírito Benedita Fernandes, psicografado por José Francisco. Acesse as palestras sobre Nosso Lar:youtube.com/watch?v=ZPDYWccshqA&t=1648s
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]) |
Correio Espírita - Jornal de junho de 2025 |
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Correio Espírita [[email protected]]
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Mednesp 2025 - Credenciamento de imprensa |
Prezado(a) jornalista,
Com o credenciamento, você pode optar em assistir o
evento de forma presencial e ter acesso a todas as
salas do congresso ou de forma online, neste caso
acessando apenas a sala principal (Auditório Bezerra de Menezes).
Onde: Villa
Blue Tree
(Recebido em email de Cláudia Santos [[email protected]]) |
Nota: Médium de Minas lança livro de Benedita em Araçatuba |
O médium José Francisco Gomes (de Ipatinga, MG) psicografou o livro “Desafios da educação”, de autoria do espírito Benedita Fernandes. Compareceu em Araçatuba e região para o lançamento dessa nova obra, que contou com prefácio de Antonio Cesar Perri de Carvalho (de São Paulo). Ambos cumpriram programa em Araçatuba, cidade em que Benedita se notabilizou com a fundação da obra pioneira Associação das Senhoras Cristãs em 1932. Na noite do dia 04 de agosto José Francisco e Perri fizeram palestras no Centro Espírita Irmã Angélica. Ao final, na prece de encerramento o médium transmitiu mensagem psicofônica de Benedita. Na tarde do dia 05 de agosto, o médium e o prefaciador, fizeram visita à sede da Associação das Senhoras Cristãs, incluindo a parte do antigo Hospital Psiquiátrico e a nova em fase final de construção, para instalação de um serviço de psicologia. Os visitantes foram recebidos pela diretoria e colaboradores da Associação, seguindo-se uma reunião de bate-papo e ao final José Francisco psicografou mensagem de Benedita. Nos dois locais, acompanhados de Sirlei Nogueira, o médium e o prefaciador (biógrafo, autor de “Benedita Fernandes. A dama da caridade”), autografaram a nova obra, editada pela Cocriação, de Araçatuba (informações e encomendas: WZ 18- 99709-4684). José Francisco Gomes prossegue em roteiro organizado pela Cocriação com palestras e autógrafos em outros centros de Araçatuba, em Fernandópolis e Penápolis.
Legendas: - José Francisco e Perri em palestras e autógrafos no Centro Espírita Irmã Angélica, em Araçatuba. - Visita à Associação das Senhoras Cristãs, fundada por Benedita Fernandes em Araçatuba. José Francisco e Perri em diálogos com dirigentes e colaboradores.
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX) |
Nota: Homenagem a Divaldo em canal de webtv de Recife |
O canal – blog de Bruno Tavares, de Recife, transmitiu programa de homenagem a Divaldo Pereira Franco na noite do dia 01 de junho. Foram entrevistados Charles Kempf (da França), Cesar Perri (de São Paulo) e Luciano Klein (de Fortaleza). Bruno fez perguntas sobre os contatos dos entrevistados com Divaldo, destaques para essa relação e projeção da obra do médium. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=xNI9OZWl0w8&list=PL9CGgrmV-Pnq0gunOAS_YjyP7UVggpY0n
(Recebidio em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] |
Jornal Momento Espírita. Edição de Junho Centro Espírita Amor e Caridade- Bauru, SP. Acesse abaixo: |
CLIQUE AQUI: https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Jornal-Momento-Esp-Junho-25.pdf
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]]) |
Palestras na Ibnl - Instituição Beneficente Nosso Lar - junho 2025 São Paulo, capital |
(Recebido em email de Clodoaldo Leite [[email protected]]) |
Quando o telefone tocou (leia agora!) |
Olá! Bom dia! Tudo bem com você? Espero que sim!
Quem conta uma bela história na seção Foi Assim da atual edição do jornal Correio Fraterno é Ana Laura Sgambato. Sua mãe desencarnou em abril de 2016, com 76 anos de idade, em decorrência de diabetes, o que lhe deixou um grande vazio. Leia agora: www.bit.ly/OTelefoneTocou
“A saudade era grande. Mas, por ser espírita, consegui entender a nossa separação e ter a plena convicção de que vamos nos encontrar no Plano Maior”, relatou. Mas a vontade de saber como a mãe estava fez com que ela fosse em busca de notícias, um alento para diminuir a saudade que lhe apertava o peito: www.bit.ly/OTelefoneTocou Saiba como foi essa tentativa e seus desdobramentos. Um abraço,
Editora Correio Fraterno
Av. Humberto de
Alencar Castelo Branco, 2955 - São Bernardo do Campo - SP - 09851.000
(Recebido em email de Editora Correio Fraterno [[email protected]])
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NOVA OBRA DE AUTORIA DE PAULO NETO É O NOVO LANÇAMENTO DA EVOC (se puder, divulgue) |
Estimado(a) colega de lides espíritas. Peço que divulgue e, se possível, compartilhe com seus amigos e colegas espíritas a notícia abaixo:
“Allan Kardec: sua mediunidade e fenômenos espíritas que protagonizou” é o novo lançamento da EVOC
Aposentado como Fiscal de Tributos pela Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais, participa do movimento espírita desde julho de 1987, sendo um dos mais atuantes divulgadores do Espiritismo em nosso país, por meio, principalmente, de artigos e livros. Titular do site https://paulosnetos.net, tem 40 livros publicados, sendo oito no formato impresso e 32 no formato virtual, 29 deles publicados pela EVOC, incluindo o e-book ora lançado. Articulista da revista O Consolador, Paulo Neto integra desde 24 de junho de 2020 a equipe diretiva da EVOC, da qual é o Coordenador Editorial.
A análise de vários escritos de Kardec, incluindo trechos da Revista Espírita e Obras Póstumas, revela situações em que ideias eram sugeridas a ele por Espíritos, fenômeno de efeito físico teria ocorrido em sua presença e, além disso, teria ele chegado a dialogar com pessoas vivas durante o sono. O autor confronta opiniões divergentes sobre a mediunidade de Kardec, citando autores como Daniel D. Home e René Guénon, e conclui que, no sentido amplo, todos possuem um rudimento de mediunidade, mas que as experiências e relatos indicam claramente que Kardec manifestava a mediunidade intuitiva. O e-book, como ocorre com todas as publicações da EVOC, pode ser lido e baixado gratuitamente, bastando para isso clicar em https://www.oconsolador.com.br/editora/101a150/Kardec.pdf
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Leia também e divulgue, se puder, os periódicos abaixo: Revista semanal O CONSOLADOR – edição desta semana: https://www.oconsolador.com.br/ano19/925/principal.html Jornal O IMORTAL – edição do mês de junho: https://www.jornaloimortal.com.br/ Blog ESPIRITISMO SÉCULO XXI – saiba como acessar e consultá-lo: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/05/como-ler-e-consultar-as-materias-deste.html
Obrigado mais uma vez por sua atenção e pela divulgação do nosso singelo trabalho. Forte abraço e ótima semana para todos da família.
Astolfo O. de Oliveira Filho Av. Saíra Prateada, 62 - Condomínio Golden Garden 86701-865 - Arapongas, PR
(Recebido em email de Astolfo Olegário Oliveira Filho [[email protected]]) |
Palestras de Agnaldo Paviani Junho |
(Recebido em email de Regina Bachega [[email protected]]) |
[809-JornalMundoMaior] ERROS E ACERTOS. |
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*ERROS E ACERTOS.* A vida é luta constante que envolve erros e acertos. Mas o que mais importa é quais as lições que tiramos dos nossos erros e porque não, dos outros também?
Até os erros de outros serve de lição para nós. O que não podemos fazer é insistirmos nos erros, pois tornaremos nossa dor cada vez pior e a cura vai se tornando cada vez mais difícil.
Todos têm alguma dificuldade, seja um defeito ou um vício a vencer. O que não se pode fazer é desesperar-se e querer mudar tudo de uma hora para outra.
Ninguém muda assim tão rápido. As mudanças são gradativas. Na medida em que aquele espírito vai tomando consciência de seus erros, passa a refletir sobre os mesmos, procurando vigiar a si mesmo para não cair em tentação.
Nesses momentos a oração é um remédio poderoso para fortalecer o espírito e auxiliá-lo a vencer os vícios ou defeitos que carrega consigo.
Estamos aqui na Terra vivendo e aprendendo em todos os instantes. Se cair, levante-se e siga em frente pedindo forças ao Pai Celestial. Ele não nos desampara jamais, mesmo quando erramos.
O mais importante é reconhecer com humildade que ainda somos seres frágeis, passíveis de erros e acertos, mas que estamos aqui nesta escola da vida para aprendermos a sermos pessoas melhores.
Chegará o dia em que o amor, a solidariedade, a fraternidade e a caridade serão as bandeiras de nossas vidas! Texto da internet. Autor desconhecido. Se você gostou, repasse. Ou escreva para [email protected], faça sua sugestão ou crítica ou assinale ( )apagar meu endereço.
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(Recebido em emnail de [email protected]; em nome de; jornal_mundomaior@ hotmail.com [[email protected]]) |
Quarta-feira, 7 de maio de 2025 — Edição N° 275 — Editado pela equipe da Fraternidade Luz Espírita |
Acesse aqui: https://www.luzespirita.org.br/
(Recebido em email de Domingos B. Rodrigues [[email protected]])
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Mednesp atinge marca histórica e esgota vagas dois meses antes de sua realização |
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Mednesp atinge marca histórica em SP com mais de 1,8 mil inscrições e esgota vagas dois meses antes de sua realizaçãoMaior congresso de saúde e espiritualidade do planeta, que conta com o apoio da Associação Paulista de Medicina (APM), debaterá estudos científicos sobre a saúde integral, que considera o ser humano em suas dimensões biopsicossociais e espirituais, contando com a presença de profissionais de Saúdeestudiosos do tema como Álvaro Avezum, Alexander Moreira Almeida, RossandroKlinjey e Fábio Nasri, entre outros
Última edição do evento, em Vitória (ES), em 2023 São Paulo, 23 de abril de 2024 – Menos de 60 dias de sua realização, a organização do Mednesp, o maior congresso de saúde e espiritualidade do planeta, que acontece de 19 a 21 de junho, no feriado do Corpus Christi, no Villa Blue Tree, na capital paulista, comemora a marca de mais de 1,8 mil inscrições realizadas. O número não é só expressivo, mas simbólico, representando a força de um movimento que cresce, conecta e transforma, de acordo com as palavras do médico graduado pela UFMG, psiquiatra pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE) e psiquiatra da Infância e Adolescência pela Unifesp, dr. Marcus Ribeiro, que lidera o evento.
Esta é a 17ª edição do evento, que existe desde 1991 e já contou com 13 edições sob o comando da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), que neste ano comemora 30 anos de atividades, com apoio da AME-SP. De caráter internacional, já recebeu nomes importantes do cenário de saúde e espiritualidade mundial, como o psiquiatra americano Harold G. Koenig, o cardiologista holandês Pim van Lommel, o físico indiano-americano AmitGoswami, o neurofisiologista britânico Peter Fenwick, o neurocientista canadense Mario Beauregard e o pediatra americano Melvin Morse,além de ter ocupado espaços de eventos de grande prestígio como o Auditório do Anhembi (SP), o Hotel Maksoud Plaza (SP), o Rio Centro (RJ), entre tantos outros. Em 2009, o evento começou a girar pelo Brasil e passou por diversas capitais brasileiras, como Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Teresina (PI) e Vitória (ES). Consta da programação do congresso o 2º Encontro Nacional de Pesquisa em Espiritualidade da AME-Brasil, em 21 de junho, que trará painéis sobre a Pesquisa Brasileira da Relação Espiritualidade e Saúde e Pesquisa Brasileira sobre Fenômenos Espirituais da Consciência. Serviço Mednesp 2025 Quando: 19 a 21 de junho Onde: Villa Blue Tree Endereço: rua Castro Verde, 266, Jardim Caravelas, São Paulo - SP, 04729-060, Brasil mednesp2025.com.br Instagran: @congressomednesp FB:Mednesp 2025
APOIO
Mais informações: Connectare Comunicação Cláudia Santos – [email protected] – (11) 97663-4001 Eleni Gritzapis – [email protected] – (11) 99182-7993
(Recebido em email de Cláudia Santos [[email protected]]) |
Edição 121 da Folha Espírita Francisco Caixeta Acesse no link abaixo: |
CLIQUE AQUI: http://www.espiritacaixeta.org.br/folha/Fol121.pdf
(Recebido em email de Folha Espírita Francisco Caixeta [[email protected]]) |
Nota: Revista espírita editada nos EUA divulga espiritismo |
Na edição de abril-junho/2025, a revista The Spiritist Magazine já está no 17o ano de contínua edição pela Spiritist Society of Virginia (Sociedade Espírita da Virgínia, EUA). Essa Sociedade disponibiliza pela Amazon várias obras em inglês, inclusive livros infantis. Sempre bem diagramada e ilustrada exibe artigos com temas da atualidade variados e transcrições de mensagens psicográficas de médiuns brasileiros e dos EUA. Na capa, destaca-se matéria de Vanessa Anseloni sobre as pesquisas em andamento relacionando mediunidade e genes; há notícia sobre o trabalho continuado de voluntários da Sociedade Espírita de Virgínia junto a moradores de rua na região da linha de metrô Virgínia-Washington-Maryland. Interessante o trabalho feito com adolescentes que frequentam reuniões da Sociedade de Virgínia, que com base na leitura do romance “Há dois mil anos”, escrevem “cartas para Pôncio Pilatos” a respeito do julgamento de Jesus. Desde o início – ano 2008 -, com autorização do Conselho Espírita Internacional a Revista Espírita (The Spiritist Magazine) é editada em inglês, nos Estados Unidos, sendo Vanessa Anseloni a editora-chefe, publicada pela Spiritist Society of Virginia e Kardec Radio. Informações: https://www.spiritistmagazine.org/
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
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ACESSE AQUI:
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FEP- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Clique
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Federação Espírita do Rio Grande do Norte Natal |
Clique aqui: https://web.facebook.com/federacaoespiritarn/?locale=pt_BR&_rdc=1&_rdr#
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FEEC- Federação Espírita do Estado do Ceará Fortaleza |
Clique aqui: https://web.facebook.com/feec.oficial/?_rdc=1&_rdr#
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Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
Quer ajudar o Abrigo e não sabe como? Doando sua nota fiscal paulista, você estará ajudando nossas vovós. Faça a doação on line de seu cupom fiscal para o Abrigo Ismael! É fácil, rápido, você ajuda a entidade e ainda tem 2,5 vezes mais chances de ser sorteado!
(Copiado de https://web.facebook.com/abrigoismael/?locale=pt_BR&_rdc=1&_rdr)
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Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti – O Pensamento” - Vol 2 |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento” - Vol. 2 Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento-vol-2 WhatsApp- Editora 14 99164-6875
(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]]) |
Francisco: simplicidade, solidariedade e interreligiosidade |
Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)
O papa Francisco, anteriormente cardeal de Buenos Aires Jorge Mário Bergoglio(1936-2025), deixa legado de muito respeito pelo seu vulto. Como observador externo do catolicismo, nutrimos interesse e admiração por Francisco, pelas transformações impressas no Vaticano e nas ações do movimento católico. A nosso ver, parece-nos um autêntico concretizador de premissas aprovadas no histórico Concílio Vaticano II, um continuador do papa reformista João XXIII. O último Concílio, Vaticano II (1962-1965), convocado por João XXIII e concluído por Paulo VI, definiu novos rumos, com ênfase pastoral, sem imposição de normas rígidas e sanções disciplinares; reavivou o retorno às fontes primeiras do Cristianismo.1 A realidade é que após o Concílio Vaticano II iniciou-se um processo complexo e lento de adequação da Igreja Católica aos tempos atuais. A palavra “aggiornamento”, um termo italiano que significa atualização, renovação, foi a orientação chave para este Concílio. O objetivo foi adequar a Igreja aos tempos atuais, uma abertura ao mundo moderno;surgiu a expressão e ação conhecida como “ecumenismo”. Fato marcante porque, infelizmente os registros e as experiências vividas nesses dois milênios assinalam muitos episódios que comprometem a trajetória do cristianismo. Emmanuel é crítico ao se referir a essa história em obras psicografadas por Chico Xaviere bem antes do Concílio histórico, comenta sobre esse passado: “Os bispos de Roma, abusando do fácil entendimento com as autoridades políticas do Estado, impunham suas inovações arbitrárias, contrariando as sublimes finalidades do ensinamento d’Aquele que preconizara a humildade e o amor como os grandes caminhos da redenção. É assim que aparecem novos dogmas, novas modalidades doutrinárias, o culto dos ídolos nas igrejas, as espetaculosas festas do culto externo, copiados quase todos os costumes da Roma anticristã”.2 “Os bispos romanos sempre desejaram exercer injustificável primazia entre os seus coirmãos; todavia, semelhantes pretensões foram sempre profligadas, destacando-se entre os vultos que as combateram a venerável figura de Agostinho, que se tornara adepto fervoroso do Crucificado”.3 Na gestão pontifícia de Francisco os indícios de transformações já apareceram desde a sugestiva escolha do nome, em homenagem a Francisco de Assis, que assinala a inspiração para a simplicidade, humildade e dedicação ao próximo. Destaque de Emmanuel: “um dos maiores apóstolos de Jesus desceu à carne com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso espírito resplandeceu próximo de Roma [...] sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade2. Na sua apresentação pública após a eleição como papa, Francisco pediu ao povo que orassem por ele, e durante seu pontificado manteve continuados exemplos de espontaneidade, simplicidade, preocupação com o próximo, repetidas exortações pela paz, fraternidade e esperança, que assinalaram profundas marcas de renovações. Nesse perfil renovador ficou clara a orientação para que a Igreja saísse para fora, em direção à periferia existencial e geográfica,com ênfase nas ações junto à comunidade e o respeito à diversidade. Em livro de título inspirador, que reúne biografia e propostas desse Papa - Novo Humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI -, destaca-se que Francisco encarna o humanismo novo, atento às questões deste século, em sua acepção mais humanizadora no encontro com as realidades e as pessoas; sugere “uma visão de esperança a respeito da crise contemporânea”. No conteúdo evidencia-se a proposta de uma nova forma de vida na sociedade, a defesa das várias formas de vida, um horizonte da esperança e aopção de amplo diálogo com a sociedade, incluindo os “não-crentes”. Significativa a análise: “uma leitura atenta dos Evangelhos mostra que os princípios evocados pelo papa estão alicerçados na mensagem fundante do próprio cristianismo”.4 Francisco manteve gestos concretos de interlocução com expressões mundiais de várias tradições religiosas5e diálogos com lideranças de várias tendências políticas.Seu pontificado favoreceu o incremento das chamadas ações interreligiosas. O sociólogo André Ricardo de Souza comenta que “mais do que o movimento ecumênico institucionalizado, é preciso olhar para algo maior, que vai além da busca da comunhão, tanto quanto possível entre igrejas, abrangendo outras confissões de fé e que é chamado sobretudo diálogo interreligioso”.5 No período em exercemos a presidência da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, representamos essa instituição em diversas reuniões interreligiosas sobre questões ligadas à defesa da vida, assistência e promoção social, como no Coletivo Interreligioso para as Relações Estado e Sociedade Civil. Uma das reuniões ocorreu na sede da FEB, em fevereiro de 2014, com a presença do secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, bispo Leonardo Ulrich Steiner6que, na oportunidade, teceu considerações elogiosas às mudanças impressas pelo papa Francisco.Esse bispo depois foi nomeado por Francisco cardeal e arcebispo de Manaus. Na cidade de São Paulo, temos conhecimento de continuadas reuniões e atividades interreligiosas, várias com a presença do Cardeal de São Paulo. Em alguns eventoscom a presença da presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, Júlia Nezu. Atuação constante e marcante nessas atividades interreligiosas é o dirigente e expositor espírita Afonso Moreira Junior. Inclusive, este companheiro mantém o programa "Conviver", transmitido semanalmente pela TV Mundo Maior e Rádio Boa Nova, onde o foco é mostrar a importância do diálogo interreligioso na construção de uma sociedade mais tolerante e pacífica, com estímulo à coexistência em harmonia. Ao participarmos de evento em julho de 2024, promovido por programas de Pós-Graduação em Ciência da Religião da PUC/SP e de Sociologia da UFSCar, na Catedral Anglicana de São Paulo, o padre que representava uma Pastoral de São Paulo, teceu considerações sobre o significado daquele encontro e valorizou as ações de João XXIII, continuadas pelo papa Francisco.7 Nesse encontro interreligioso foi lançado o livro O cristianismo brasileiro contemporâneo: aspectos econômicos, assistenciais, ecumênicos e políticos, de autoria de André Ricardo de Souza, professor de Sociologia da UFSCar. Essa obra discute as faces mais relevantes do cristianismo no Brasil contemporâneo, asprincipais feições econômicas, assistenciais, políticas e ecumênicas, abrangendo seus três grandes segmentos: o católico, o evangélico e o espírita. Este último incluso no conjunto pesquisado devido sobremaneira à materialização do princípio da caridade cristã através de suas obras assistenciais.5 Na consultaaos textos do Programa “Pinga Fogo”, com Chico Xavier, pela antiga TV Tupi de São Paulo (1971) há registros de respostas do médium a João de Scantiburgo e Reali Júnior, demonstrando respeito à Igreja Católica e destacando o trabalho social que esta vinha executando.8 Nessas rápidas considerações apresentamos uma visão superficial e geral de um espectador externo que sentiu transformações recentes nas relações interreligiosas. No contexto amplo, oferecido pela mídia nesses 12 anos de pontificado de Francisco, avulta a figura nobre, simples, fraterna, de grande coragem e desafiadora por reformas desse valoroso vulto do século XXI. Referências: 1) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Concílios: significado e a visão espírita. Revista internacional de espiritismo. Ano XCIV. N. 4.Maio de 2019. P. 200-202. 2) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. A caminho da luz. Cap. XVI e XVIII. Brasília: FEB. 3) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Emmanuel. Cap. 3.2 e 3.3. Brasília: FEB. 4) Guimarães, Joaquim Giovani Mol; Souza, Robson S. R.; Alves, Claudemir F.; Penzim, Adriana Maria B. (Orgs.). O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco. São Paulo: Paulus. 2022. 640p. 5) Souza, André Ricardo. O cristianismo brasileiro contemporâneo. Aspectos econômicos, assistenciais, políticos e ecumênicos. São Carlos: EdUFSCar. 2024. 148p. 6) FEB: Reunião do Coletivo Inter-religioso. Reformador. Ano 132. N. 2.220. Março de 2014. P. 184. 7) Site do GEECX: https://grupochicoxavier.com.br/cristianismo-brasileiro-contemporaneo-em-evento-e-livro/ 8) Gomes, Saulo (Org.). Pinga-Fogo com Chico Xavier. Cap. 26-28. Catanduva: Intervidas.2010. (*) DE: Artigo do autor, publicado na Revista Internacional de Espiritismo – RIE. Junho de 2025.
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]) |
O Consolador- Revista Semanal de Divulgação Espírita. Londrina, PR. Leia no link abaixo: |
CLIQUE AQUI: http://www.oconsolador.com.br/ano19/926/principal.html
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HOMENAGEM
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Gedeão Fernandes de Miranda (15/10/1894 – 06/06/1991) |
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Gedeão Fernandes de Miranda aos 21 anos Foto do livro Obra de Vultos, volume 1.
Biografia elaborada por: Vilson Aparecido Disposti DESCOBRINDO O ESPIRITISMO No final do século passado, já sob os clarões da luminosa Codificação Kardequiana, nascia, em 15/10/1894, Gedeão Fernandes de Miranda, em Bariri, SP, filho de Antônio Fernandes de Miranda e de Ana Maria de Jesus, família católica de humildes lavradores. Na sua adolescência, viu-se enredado por notáveis fenômenos de efeitos físicos, acompanhados de cruéis processos obsessivos, que assolavam a seus pais e irmãos. A família residia na zona rural daquele município, quando recrudesceram os padecimentos coletivos do grupo familiar. Seus membros chegavam a travar lutas corporais entre si, vítimas de bem engendrada trama obsessiva. Enquanto a família mergulhava no caos, forças aparentemente ocultas pareciam zombar daquela situação, ao provocarem repentinas quedas de louças e panelas, além de arremessos de origem desconhecida de pedras sobre o telheiro. Indignado com tudo isso, o adolescente Gedeão tomou uma resolução, para si julgada definitiva, que colocaria fim àquele estado de coisas. Certa noite, armou-se de um facão caprichosamente afiado e saiu obstinado para ajustar contas com o Demônio. Procurou-o intensamente pelas cercanias do sítio, todavia, desapontado, não o encontrou. Por outro lado, seu desapontamento com Deus não era menor, chegando a exclamar que já “não acreditava nem em Deus, nem no Diabo”. Foi exatamente neste período que conheceu Joaquim Olímpio da Silva, médium curador, que conseguiu curar sua mãe de uma obsessão que já durava 20 anos, livrando-a, inclusive, de uma paralisia no braço. Este fato despertou-lhe intenso interesse pela Doutrina Espírita. Posteriormente, comprou “O Livro dos Espíritos”, cuja leitura o entusiasmou bastante, especialmente o capítulo “Da Pluralidade das Existências”, passando, assim, a compreender os providenciais mecanismos pelos quais Deus promove Sua Soberana Justiça. Pouco tempo depois, Gedeão dava pequena esmola a um leproso, que, anonimamente, passava montado a cavalo, a recolher moedas em uma caneca, que, após depô-la ao chão, permanecia à distância, aguardando a esmola, para somente depois recolhê-la. O piedoso gesto era repetido de vez em quando. Um dia, o enfermo, que era de pouca prosa, quebrou o silêncio dizendo a Gedeão que precisava falar-lhe, porém seria necessário que fosse à sua casa. A aceitação de Gedeão foi espontânea e sem hesitação. O enfermo, sentindo-se menos constrangido, prolongou o diálogo, apresentando-se como Pedro trazia faces e mãos expressivamente comprometidas pelo mal de Hansen. O FENÔMENO DA TRANSFIGURAÇÃO Na noite avençada, Gedeão dirigiu-se a cavalo até o vilarejo onde Pedro residia com a família. No local, moravam outros companheiros sob o mesmo infortúnio, agravado pelo impiedoso preconceito social. Assim que Gedeão encontrou a casa indicada, bateu à porta e logo foi gentilmente recebido por Pedro e seus familiares. Gedeão, tanto constrangido quanto consternado, pôde constatar as profundas dificuldades que vergastavam aqueles espíritos ali reunidos em provas aspérrimas. O ambiente era muito pobre, porém limpo, enquanto a iluminação era mantida por um lampião pendurado no teto rebaixado do pequeno cômodo. No centro, havia um caixote de borco, que era utilizado à guisa de uma mesa, havendo sobre ele um exemplar do “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Enquanto trocavam impressões, aproximava-se das 20h, quando Pedro convidou a todos para orar. Gedeão foi tomado de uma impressão indefinível de bem-estar e fixou sua atenção em Pedro, que, por sua vez, cerrou os olhos e passou a orar sentidamente. Foi com muita surpresa que, de repente, viu o rosto de Pedro, marcado pela doença, desaparecer, para surgir um iluminado semblante transcendendo luz e beleza indescritíveis, num autêntico fenômeno de transfiguração. Cessada a comovida prece, Pedro leu o capítulo IV do Evangelho: “Ninguém poderá ver o reino de Deus, se não nascer de novo”, após o que, discorreu com encantamento sobre a reencarnação. A reunião foi encerrada no mesmo clima de enlevo inicial. A partir de então, ante aquele impressionante testemunho de fé partindo daquelas valorosas almas, coroado ainda pelo inusitado fenômeno, a Doutrina Espírita tocou para sempre o espírito de Gedeão, transformando-o no incansável bandeirante do Consolador, a propagar a Doutrina pelos mais distantes rincões por onde passava. VENCENDO O SERTÃO Com a calma familiar restabelecida, mudaram-se para a cidade de São Sebastião do Paraíso, MG, onde trabalharam como colonos numa fazenda de café. Entretanto, em 1914, a família transferiu-se para Araçatuba, quando Gedeão já contava com 20 anos de idade, indo trabalhar na derrubada de matas na fazenda do Sr. Antônio Amaral. Naquela época, prevalecia a extração de madeira, que era enviada para Campinas por uma empresa madeireira instalada nas cercanias da antiga estação ferroviária, em cujo pátio eram depositadas gigantescas toras. O PRIMEIRO CENTRO DA ALTA NOROESTE Foi com suas próprias mãos que rasgou o chão inóspito das matas da Alta Noroeste, para plantar a árvore frondosa do Consolador Prometido, iniciando as reuniões familiares que culminariam na fundação do primeiro centro espírita de Araçatuba: “União Espírita Paz e Caridade”. Contava ele que nesta cidade não encontrou nenhum espírita – os seus poucos habitantes eram católicos. Assim, começou a realizar o “Estudo do Evangelho no Lar”, todas as terças-feiras, quando fazia suas preleções às pessoas que se sentavam em sacas de arroz por ele colhidas em parceria agrícola com o espanhol João Donha. Ambos cultivavam numa grande várzea, hoje transformada na bela avenida João Arruda Brasil. A fundação da “União Espírita Paz e Caridade” ocorreu em 21 de abril de 1921. Gedeão foi auxiliado por um pequeno, mas qualificado grupo de espíritas, amorosamente plasmados na intimidade do seu lar. Entre eles, cumpre-nos destacar o Sr. José Sanches Guzman, que doou um terreno, cuja venda permitiu a compra de uma área maior, localizada na estrada do Córrego Azul, atual Rua Marcílio Dias, 128, Bairro São Joaquim. A edificação da modesta construção – cujas paredes eram de barro – foi feita pelas próprias mãos de Gedeão, enquanto João Donha atuava como servente. O AMIGO CAIRBAR SCHUTEL A versatilidade de Gedeão não parava aí. Como presidente da “União Espírita Paz e Caridade”, teve o zelo de mandar imprimir, em outubro de 1923, seu Estatuto Social, na “Typografia d’O Clarim”, dirigida pelo eminente vulto Cairbar Schutel, em Matão, SP. Um exemplar do mencionado estatuto foi encontrado junto aos seus guardados, acompanhado de uma carta original manuscrita pelo punho de Schutel, como Gedeão assim o chamava, documento esse que faz referências à qualidade do material enviado, bem como cuidadosa prestação de contas das despesas gráficas, apontando, inclusive, o valor do porte do correio sobre a remessa, cujos documentos originais eram carinhosamente guardados por Gedeão, o que nos permitiu consultá-los para atender à elaboração do presente trabalho, ao qual nos entregamos com enorme alegria. A diretoria relacionada naquela publicação era a seguinte: Gedeão, presidente; Júlio Monteagudo Pinheiro, vice, sendo os demais membros Antônio Manoel da Cunha, Mauro Guimarães, José Miguel Serapião e Francisco Graton. OS BENFEITORES ESPIRITUAIS As tarefas espirituais ganhavam força, sob a proteção de muitos Espíritos Benfeitores. Gedeão não os nominava, porém seus confrades falavam das presenças veneráveis do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, Irmã Celina, Pai Jacó, além de espíritos familiares, cujas entidades, consagradas ao bem supremo, realizavam extraordinário socorro aos enfermos da alma e do corpo. O trabalho passou a atrair grande número de necessitados, obrigando-o, junto aos amigos, a reservar amplo alojamento para as pessoas enfermas, que vinham, inclusive dos estados vizinhos, em busca de atendimento. Entretanto, havia casos muito graves de doenças mentais já instaladas, pelo que, o próprio Gedeão transportava os referidos pacientes de trem para a cidade de Franca, onde havia um atendimento mais específico. Para tanto, Gedeão foi obrigado a tirar um salvo-conduto, para não ser preso durante a viagem, em razão de levar consigo aqueles pacientes, que, à época, eram trancafiados nas Cadeias Públicas. O referido documento também faz parte de seus arquivos e foi emitido pela Superintendência de Segurança Política e Social do Estado de São Paulo. Mais tarde, em 1932, os doentes mentais passaram ser carinhosamente tratados em Araçatuba mesmo, pela venerável Benedita Fernandes. O CASAMENTO COM MARIA JÚLIA No que se refere à vida pessoal, Gedeão, casou-se, em 1921, com Dona Maria Júlia de Aquino, viúva e mãe de três filhos, com quem teve outros seis. O casal adotou ainda um menino recém-nascido, cuja mãe era portadora de hanseníase e morrera no parto. Atualmente, todos os filhos das primeiras núpcias já desencarnaram, entretanto, deixou um número expressivo de netos residentes em nossa região. O ABRIGO ISMAEL Em 1923, um grupo de senhoras, sob direção de Dona Maria Júlia de Aquino Miranda, fundou a Associação das Senhoras Espíritas, o Abrigo Ismael, para socorrer aos mais pobres, depois departamento da U. E. “Paz e Caridade”. Dona Maria Júlia era uma personalidade encantadora – alojava os necessitados, dando-lhes alimentação. Não raro, acolhia, em sua própria casa, pessoas com intrincados processos obsessivos. Ali, permaneciam por algum tempo, até que adquirissem o reequilíbrio necessário para volverem à família. Dona Maria Júlia atuava ainda nas sessões como dedicada médium de ‘incorporação’, entregando-se docilmente com desvelado amor aos sofredores de ambas dimensões da vida. O ACIDENTE DE TREM Gedeão trabalhou também na manutenção da estrada de ferro. Contava ele que transcorria o ano de 1925, quando viajava a serviço da N.O.B, para Itapura, SP. Seguia dormindo, quando uma entidade espiritual o acordou, advertindo-o com insistência: “Levanta! levanta! Que esta locomotiva vai tombar!” Ele, porém, não deu muita importância, considerando que a viagem transcorria tranqüila, entretanto, o Espírito se fez completamente visível e repetiu enfaticamente o aviso, o que lhe permitiu tomar posição de alerta. Naquele instante, a locomotiva iniciava uma curva já próxima da cidade, o trem começou a descarrilar, porém houve tempo de Gedeão saltar do vagão, livrando-se do grave sinistro. O acidente provocou graves danos, pelo que foi aberta rigorosa Sindicância Administrativa para se apurar as causas do acidente. Todavia, para não depor contra o maquinista, que desenvolvia uma velocidade incompatível para a manobra, Gedeão pediu demissão. O AMIGO GUZMAN Por volta de 1928, foi convidado pelo Sr. José Sanches Guzman para trabalhar na lavoura de café, localizada no Bairro Goulart, zona rural de Birigüi, onde reinstalou o culto do Evangelho no lar, novamente, às terças-feiras. Para sua modesta casa, fluíam muitas pessoas assoladas por incompreendidas obsessões. Assim, Gedeão dava curso ao fraternal atendimento cada vez mais solicitado. Com o inestimável amigo Guzman, fundaram, no Goulart, o Centro Espírita “Humilde dos Pobres”. A PERSEGUIÇÃO POLICIAL Dentre as diversas mediunidades de que era dotado, as mais espontâneas eram a clarividência e a clariaudiência, que lhe permitiam o contato natural e perene com seus Amigos Espirituais. Seu elevado padrão moral transmitia a quantos o buscavam uma serenidade indescritível. Seu acendrado amor aos sofredores apaziguava os corações atormentados que eram levados à sua presença, em manifesto processo de loucura e obsessão. Se, por um lado, os resultados alcançados eram extremamente positivos, graças à elevada assistência espiritual com a qual podia contar, por outro, o imaginário popular coloria ainda mais os perenes fenômenos de cura. Se, em parte, contribuíam para a propagação da Doutrina nascente, de outra, lhe traziam alguns inconvenientes, como o título de “Curador do Goulart”. Relata Aristides Penalva Sanches, filho de Guzman, que no ano de 1933, em decorrência da ‘fama’ de médium curador de Gedeão, não tardou muito para que fosse denunciado, pelo inconformismo, ao Dr. Gamaliel, ilustre delegado de polícia de Birigüi. Dr. Gama, como era chamado, deu-lhe o exíguo prazo de 24 horas para que abandonasse o município, sob pena de prisão, acusado do “crime” de “espalhar o Espiritismo como a peste bubônica”. Assim, Gedeão colocou seus poucos móveis sobre a carroça e retornou para Araçatuba. Neste episódio, não faltou a prova da inequívoca amizade e solidariedade de Guzman, que viajou, na companhia de amigos, até a cidade de Campinas, para entrevistar-se com o Senador da República José Ribeiro, também membro da diretoria da FEB (Federação Espírita Brasileira) na cidade do Rio de Janeiro. O respeitável político expediu um ofício, restituindo prontamente a justiça, permitindo o imediato regresso de Gedeão e de sua família para o Goulart. CARTAS DE MANOEL QUINTÃO Inobstante a precariedade dos meios de comunicações verificada na época, Gedeão mantinha estreita correspondência com a FEB, naquele período sediada na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Mantinha-se atualizado, em constantes intercâmbios com os jornais “O Clarim”, de Matão, SP, e “Nova Era”, de Franca, SP. Dentre os documentos da época guardou, com muito carinho, uma carta manuscrita por Manoel Quintão, então presidente da FEB, datada de 30 de julho de 1931. Na valiosa missiva, o ilustre presidente respondia às acuradas indagações de Gedeão sobre o passe, cujo pequeno trecho, seja pelo precioso conteúdo, seja pelo relevante valor histórico, tomamos a liberdade de transcrever, ao menos parcialmente: “Os passes, quando ministrados com fé e pureza de intenção, aproveitam a quem os dá e a quem os recebe, porque, neste caso, a só aproximação dos Espíritos doadores produz a harmonia do ritmo vital nos organismos, tanto quanto propicia bons pensamentos, que são também salutares, porque o pensamento é força ativa. Mas, por isso mesmo, que eles, os passes, são um remédio preciso, não devem ser aplicados arbitrariamente, a torto e a direito. O médium que os aplica e o paciente que os recebe devem estar concentrados , atentos e mostrarem-se dignos por palavras, pensamentos e obras, da esmola que pretendam alcançar”. GEDEÃO E BENEDITA FERNANDES Gedeão foi contemporâneo de Dona Benedita Fernandes, inclusive, fazendo-se presente na reunião de 6 de março de 1932, assinando a ata de fundação da Associação das Senhoras Cristãs. Dizia ele que Dona Benedita, antes da fundação da referida instituição, colhia os lavradores em trânsito a procura de trabalho, chamados naquele tempo de “variantes”. Ela os reunia sob improvisado abrigo que arranjava ao juntar as cascas das toras acumuladas na Estação. Ao amanhecer, Mãe Dita, como era carinhosamente chamada, ressurgia por entre as toras, trazendo com sua alegria um bule de café. Para o almoço, servia humilde sopa de fubá. O gesto de caridade de Dona Benedita não passava despercebido; aos poucos, foi conquistando simpatizantes, que passavam a colaborar, trazendo-lhe, aos sábados, carroças com alimentos para atender aos necessitados. Assim, o Espírito de Benedita venceu este século. Hoje, continua sendo por todos nós venerada pelo seu devotamento à causa do Cristo, pela sua coragem e lucidez. Assim, “Dama da Caridade” é justo título que inspiradamente lhe atribuiu Dr. Antônio César Perri de Carvalho. O BANDEIRANTE DO ESPIRITISMO Em 1945, fundou o Centro Espírita Guillon Ribeiro, no Bairro da Prata, em Araçatuba, SP, auxiliado por Alberto Pineis e seus familiares. Nos anos de 1948 e 1949, Gedeão passou a ser representante da RIE – (Revista Internacional do Espiritismo) e do jornal “O Clarim”, ambos coordenados por Cairbar Schutel, em Matão, SP, e, ainda, do periódico “Nova Era”. Para a divulgação destas obras, Gedeão empreendia longas viagens de trem até Corumbá, MT, geralmente proferindo palestras nas cidades por onde passava, incentivando a criação de pequenos grupos espíritas, além de intercâmbios com oradores como José Russo e João Leão Pita. Como era representante daqueles importantes órgãos da imprensa espírita, Gedeão foi convidado a participar da reunião de fundação da Aliança Espírita “Varas da Videira”, em 11 de junho de 1949, também em Araçatuba. NOVOS DESAFIOS FAMILIARES Findava a década de quarenta, quando a laboriosa Dona Maria Júlia deixou o palco das lutas terrestres, regressando à Espiritualidade, legando numerosa prole aos cuidados de Gedeão. Depois de seis anos de viuvez, Gedeão casou-se, em segundas núpcias, com a Sra. Albertina Fernandes de Miranda, em 24 de julho de 1954. O casal teve apenas um filho de nome Clarêncio, nascido em 10/12/68. Dona Albertina e o filho vivem hoje na cidade de Birigüi, amorosamente acolhidos por Aristides Penalva Sanches e seus familiares, nas dependências do Centro Espírita “José Sanches Guzman”, localizado na Rua das Hortênsias, 40. GEDEÃO EM BIRIGÜÍ Em 1976, conhecemos o Sr. Gedeão no Centro Espírita “Humilde dos Pobres”, na zona rural de Birigüí, onde continuava realizando magnífica tarefa de socorro aos complexos casos obsessivos. Sua presença de amor e sua elevada moral impunham significativa quietude às entidades atormentadas e às suas respectivas vítimas, no desforço de hoje pelas faltas do ontem. Pessoalmente, presenciamos a solução de difíceis dramas obsessivos, ante a sábia interferência de Gedeão, que se colocava como ponte da reconciliação entre os personagens em dura contenda. O INSTRUTOR GEDEÃO Em 1977, o Sr. Gedeão mudou-se para a cidade de Birigüi, onde fundou a União Espírita “Casa do Caminho”, localizada na Rua Tenente-Coronel Jair Forest, 500, Bairro Santo Antônio. A partir desta data, passamos a conviver estreitamente com ele, a quem recorríamos sempre ante as dificuldades existenciais da adolescência. Ele usava da ternura e bondade para ajudar, porém não abdicava da energia, ao falar sobre a necessidade imperiosa do cumprimento do dever, que nos cabe perante a vida, cujo dever não podemos fugir sem suportar pesado ônus para a nossa economia espiritual. Ainda em Birigüí, participou da fundação do Centro Espírita “José Sanchez Gusman”, onde continuávamos buscando sua paternal companhia. Assim, era sob o frondoso pé de abil, para onde nos convidava a sentar sempre que o visitávamos, vivenciando ali as duas últimas décadas de tão profícua existência. Embora firmando-se numa velha bengala, mantinha-se numa postura sempre altiva, conversava com firmeza e vigor na voz. Após sentar-se no banco tosco, à sombra generosa do grande arvoredo, Gedeão colocava os olhos na direção do infinito, examinava calmamente o céu, para em seguida exclamar uma saudação quase formal – “Deus..., na natureza!”, uma alusão ao título da obra do escritor francês Camille Flammarion, de quem era profundo admirador. Para depois, colocar-se atento às nossas indagações sobre a Doutrina, bem como sobre os nossos conflitos, em torno da mediunidade nascente. Ele nunca nos faltava com seu paternal afago e tampouco com seus estímulos e orientações preciosas. Foi neste laboratório vivo de ternas vibrações, que nos orientou e nos preparou para fundar a Casa do Caminho Ave Cristo, que se constitui num centro de reabilitação para jovens com dependência de drogas, cuja instituição é o resultado natural do seu espírito empreendedor. A HORA DO REGRESSO No inverno de 1991, Gedeão contava com 96 anos. De vez em quando, era tomado por pertinaz pneumonia, que lhe minava, pouco a pouco, a resistência física, porém, se o corpo apresentava-se alquebrado, em face da longa e perene refrega existencial, do seu espírito exornavam serenidade e lucidez, somente encontradas nas almas dos que se aproximam da hora suprema, com a consciência do dever retamente cumprido. Assim, foi no entardecer de 6 de Junho de 1991 que o Espírito Pioneiro e combativo de Gedeão Fernandes de Miranda demandava a Pátria Espiritual, cercado de seus familiares e amigos. No momento em que seu corpo era sepultado, não faltou a manifestação emocionada de um confrade, a exaltar-lhe suas nobres realizações em favor da propagação da Doutrina do Consolador e do socorro aos que sofrem, sempre em permanente clima de renúncia e paciência, fazendo alusão, inclusive, à sua pobreza material, na qual carpiu muitas privações, porém jamais se ouviu ele dizer “eu preciso”, porquanto sustentava que se considerava muito rico, porque era um homem que não tinha necessidades. A ETERNA GRATIDÃO Transcrevemos, a seguir, um valioso depoimento de Maria Rosa Disposti, que privou assiduamente da convivência com o Sr. Gedeão, nos últimos anos de sua existência. “Em 1979, eu era ainda adolescente, quando meu genitor, Miguel Disposti, desencarnou, deixando imensa saudade em minha alma. Quando, então, o Sr. Gedeão, constituiu-se, para mim, em um segundo pai e abnegado instrutor, especialmente por cuidar da minha educação espiritual, porquanto dele recebi as primeiras lições da Doutrina Espírita, sempre enriquecidas com delicadas dissertações sobre o Evangelho de Jesus e as histórias das primícias do reino com o Cristianismo nascente. Entretanto, quando ele regressou à Pátria Espiritual, senti-me verdadeiramente órfã pela segunda vez. Mergulhada em densas saudades, não poucas vezes busquei a sombra do frondoso pé de abil, para respirar, naquele poético cenário, a leve psicosfera, que, por precioso tempo, abrigou o valoroso Espírito do Sr. Gedeão durante suas doces preleções. Sua admirável bondade e inegável sabedoria, plantaram em mim eternos carinho, respeito e gratidão, sentimentos que cultivarei para sempre em minha alma”. O TRABALHO CONTINUA Hoje, o Espírito Gedeão, unido a outras venerandas Entidades, que souberam honrar o compromisso com Jesus, na hora primeira deste século, divulgando o Evangelho do Cristo à luz da revelação kardequiana, desbravando sertões, abrindo veredas, arrostando os perigos da terra inculta e vencendo os preconceitos humanos, granjearam para si merecidas credenciais das Esferas Superiores, por desfraldarem, com a própria alma, a bandeira do Consolador, nestas terras da Alta Noroeste. Em nossos dias, permanecem eles conosco em primorosas tarefas, prestando fraternal assistência aos nossos núcleos espíritas, transformando-os em vigorosas constelações de luz, a iluminar a noite escura de nosso tempo, até que a aurora de um porvir de luz venha beijar a Terra e ficar conosco para sempre. Enquanto isso, para atenuar as saudades dos nossos, da vanguarda evolutiva, recordemos Emmanuel, que sabiamente pontifica: “Todos nós estamos juntos na presença Augusta de Deus”.
(Copiado de: http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/gedeao_fernandes.htm) |
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Araçatuba à época de sua fundação que ocorreu no dia 2 de dezembro de 1908.. Imagem do arquivo da Câmara Municipal de Araçatuba. |
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Gedeão Fernandes de Miranda aos 21 anos. Foto do livro Obra de Vultos, volume 1. Gedeão é citado como o primeiro espírita a chegar em Araçatuba, no ano de 1914, seis anos depois da fundação da cidade. |
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Gedeão Fernandes de Miranda, na homenagem que lhe foi prestada em 1975, pela União Espírita “Paz e Caridade”, de Araçatuba, entidade fundada aos 21 de abril de 1921. Gedeão foi o fundador e primeiro presidente da União Espírita Paz e Caridade. Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1. |
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Dona Benedita Fernandes, na estrema esquerda de pé, e o casal Maria Bogalho e Manoel Clemente Gonçalves ao seu lado foram muito amigos de Gedeão Fernandes de Miranda. Foto do arquivo do Hospital Benedita Fernandes, Araçatuba, SP. Leia o texto da biografia de Gedeão nesta postagem. |
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Centro Espírita “Humilde dos Pobres”, no Bairro do Goulart, em Birigui, SP., fundado por José Sanchez Gusman em 1928.. Na época o Sr. Gedeão que morava no sítio do sr. Guzman participou da inauguração e das atividades do Centro. . Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1, da biografia de José Sanchez Gusman. Os integrantes do Centro Espírita “Humildes dos Pobres” mantinham contato permamente com a Associação das Senhoras Cristãs, dirigida por dona Benedita Fernandes, participando de reuniões doutrinárias e fazendo doações para ajudar na manutenção da entidade. |
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Estrada que faz a ligação do Bairro do Goulart com Araçatuba. Foto: Ismael Gobbo |
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Evento no Abrigo Ismael no ano de 1943. Paritipação de presidentes, crianças da evangelização e da escola pública municipal que ali funcionava. Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume 1. |
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A sédea da União Espírita “Paz e Caridade” após ampliações na década de 1960. Imagem do arquivo da União Espírita “Paz e Caridade” |
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Foto da década de 1960 de senhoras assistidas no Abrigo Ismael tendo na extrema esquerda “Tia Luiza”, grande batalhadora na casa tanto no aspecto doutrinário como administrativo. Foto do arquivo da União Espírita Paz e Caridade copiada do livro Obra de Vultos, volume 2. |
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Sr. Gedeão Fernandes de Miranda fundador da Centenária União Espírita Paz e Caridade em 21 de abril de1921 e do seu departamento Abrigo Ismael em 03 de outubro de 1941. Quadro óleo sobre tela doado à entidade pela artista Nair Camargo de São Paulo,SP. |
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Fachada atual da União Espírita “Paz e Caridade” e seu departamenbo AbrigoIsmael. Imagens fornecidas pelaUEPC |
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Túmulo de Gedeão Fernandes de Miranda no Cemitério da Consolação em Birigui, SP. Gedeão faleceu no dia 5 de junho de 1991 e foi sepultado no dia 6. Foto: Ismael Gobbo. |
José Angelo Rodrigues |
José Ângelo Rodrigues Imagem do livro Obra de Vultos, volume 2
Biografia elaborada
por José Angelo Rodrigues nasceu no dia 13 de agosto de 1878, na cidade de Barretos, estado de São Paulo. Era filho do casal Joaquim Antônio Rodrigues e Leopoldina de Souza Monteiro e tinha nove irmãos: Francisco, Pedro, João, Rita, Mariana, Liduína, Ana, Maria Umbelina e Etelvina. Ao ficar órfão de pai, aos sete anos de idade, além de experimentar privações materiais, sofreu as conseqüências do segundo casamento da mãe, em razão do comportamento rude do padrasto, que, incompreensivo, era incapaz de lhe dispensar um tratamento paternal. Depois de algum tempo, decidiu, com a anuência da mãe, sair de casa para viver sob a proteção de Segisfredo Mamed Pinto, com quem passou a trabalhar. De família pobre, trabalhou arduamente desde muito jovem, por isso não teve condições de freqüentar escolas regulares, a não ser cursos eventuais de pouca duração, ministrados esporadicamente por professor particular. Mesmo assim, graças à sua vivacidade e determinação, conseguiu alfabetizar-se e aprendeu a fazer operações matemáticas, inclusive de certo grau de complexidade. Quase autodidata, desenvolveu o gosto pela leitura, o que lhe seria de grande utilidade para os estudos doutrinários a que se dedicaria posteriormente. Durante sua existência, José Angelo exerceu diversas profissões, desde as experiências juvenis de servente de pedreiro, até as ocupações da fase adulta, ligadas ao campo, como a de carreiro – condutor de carro de bois –, e a de agricultor, incluindo a pecuária, a lavoura e a produção de rapadura e de açúcar através do engenho de cana. É preciso enfatizar , no entanto, as suas excepcionais qualidades de artesão, destacando-se as suas habilidades no trabalho com couro, bambu, chifre e madeira. Carpinteiro de muitos recursos, ele fabricava mesas, camas, portas e outros objetos. Todos os testemunhos dão conta de que era muito inteligente, prático no raciocínio e metódico em tudo que fazia. Em termos artísticos, era muito exaltada a sua veia musical, por ser exímio compositor de “modas de viola” , com letras voltadas para a narrativa de acontecimentos do cotidiano ou do cenário histórico do país. Tocava viola com maestria e cantava as suas composições e outras páginas da genuína música caipira, formando dupla com seu irmão Pedro, que fazia a segunda voz. Dominava também a arte de contar casos como um autêntico narrador oral, sabendo cativar a atenção dos ouvintes através de uma maneira muito especial de relatar histórias antigas ou contemporâneas, que, em sua narrativa, eram sempre interessantes. Dono de uma memória extraordinária, era capaz de aprender uma música ao ouvi-la uma única vez, além de improvisar versos em quaisquer situações ou ambientes em que fosse solicitado. Eis como terminou, segundo a lembrança do filho Deodato, um discurso de improviso no aniversário de Tio Pedro, seu irmão: “...e essas mocinhas, No dia 18 de outubro de 1900, José Angelo Rodrigues casou-se, em Barretos, com uma jovem de 17 anos, registrada como Jerônima Cândida de Jesus, nascida em Aterrados, hoje Ibiraci, estado de Minas Gerais, em 3 de outubro de 1883, filha de Firmino Ferreira Cintra e Maria Alves de Jesus. Posteriormente, ela incorporou o sobrenome paterno Cintra que passaria a nomear todos os filhos . O seu nome de registro foi, então oficialmente alterado para Jerônima Cândida Cintra. Jerônima tinha sete irmãos: Lidugero, Presciliano, Deodato, Calimério, Maria Alves, Ana e Maria Inácia. Ana, conhecida como Tia Sinhana, era casada com Segisfredo Mamed Pinto e Maria Inácia era esposa de Pedro Angelo Rodrigues, o Tio Pedro, irmão de José Angelo Rodrigues. Oito anos depois do casamento, resolvido a tentar uma experiência no sertão, iniciou uma longa e cansativa viagem, acompanhado da mãe, da esposa Jerônima e dos quatro filhos mais velhos: Manuel, José/Juca, Firmino e Joaquim/Quinzote. Também o acompanhavam, nessa empreitada, seus irmãos Pedro, João e Francisco com as respectivas famílias. Após 17 dias viajando em quatro carros de boi, chegaram, em 8 de maio de 1908, ao local onde, desde 1907, já residia a família de Segisfredo Mamed Pinto. Era a Pedra, como diziam na época, ou o Córrego da Pedra, nas imediações da antiga Vila Lourdes, hoje município de Lourdes, localizada a l5 km de Buritama e 40 de Birigüi, na região de Araçatuba. Logo após a chegada, foi tomado de grande tristeza pela morte da mãe, Leopoldina de Souza Monteiro, sepultada em Vicentinópolis, conhecida na época como Macaúva Velha. Esse acontecimento o abalou a tal ponto que, durante quase um ano, ele permaneceu indeciso, sem saber que destino dar a seu futuro. O sonho da viagem que o tinha levado àquela terra fértil, mas inteiramente por desbravar, que ele julgava ser o lugar destinado à realização de seus sonhos de vida, havia se transformado num pesadelo, com a perda da mãe. Mas a realidade exigia uma decisão e ele resolveu enfrentar todas as dificuldades instaando-se definitivamente no Córrego da Pedra. Por essa época, a família já começava a aumentar. Além dos quatro filhos, nascidos em Barretos, outros sete nasceriam na Pedra, frutos da feliz união de José Angelo e Jerônima: Lázaro, Izalpino, Sebastião, Jerônimo, Deodato, Olívia/Rosa e Maria/Tuta. De espírito inquieto, a formação católica da família nunca o satisfez inteiramente, o que o levou a buscar no protestantismo uma alternativa religiosa. Uma de suas grandes virtudes era a curiosidade, a busca de compreensão para questões complexas como o mistério da morte, a justiça divina, o porquê da dor e do sofrimento. Dotado de grande capacidade racional e crítica, não conseguia encontrar nas religiões mencionadas respostas convincentes para muitos pontos que o deixavam em dúvida. A morte de sua mãe, por exemplo, além do sentimento de perda e de desalento, era para ele motivo de questionamentos irrespondíveis do ponto de vista das doutrinas até então conhecidas. Foi por essa ocasião que José Angelo teve a primeira notícia sobre o Espiritismo, por meio de Segisfredo Mamed Pinto, com quem passou a se reunir com freqüência para estudar a nova doutrina, através da leitura de diversas obras. Ao tomar conhecimento da existência, em Barretos, do Centro Espírita do Capitão Felício, resolveu conhecê-lo sem perda de tempo. Após a reunião de que participou, segundo a lembrança de sua filha Rosa, “o dirigente, convidou-o a permanecer um pouco mais na sala, e, em seguida, relatou haver constatado a presença, ao lado dele, desde a sua chegada , de uma senhora, cujas características descritas permitiram a José Angelo reconhecer sua própria mãe em espírito”. Essa foi a resposta que, por meio de prece, ele havia pedido a Deus, pois tinha necessidade de certificar-se da veracidade do fenômeno mediúnico que estava presenciando. Entusiasmado com a prova recebida, a sua fé na Doutrina dos Espíritos agigantou-se e ele absorveu-se na leitura ininterrupta das obras de Kardec. De volta ao Córrego da Pedra, continuou estudando, com afinco, o Espiritismo e divulgando o seu conteúdo doutrinário. Durante mais de vinte anos ele prosseguiu nesse trabalho realizando reuniões regulares ora em sua casa, ora na residência de seu filho Juca, ou ainda numa escolinha existente no quintal da casa de João Melo. Além de presidir as sessões, que contavam com a participação de Jerônimo Urbano, médium de muitos recursos, José Angelo saía a cavalo para visitar doentes e orar por eles. Diversas curas são creditadas à sua presença e à sua fé. Por várias vezes foi discutida a intenção de fundar um Centro Espírita na zona rural, mas o momento não parecia chegado, pois nenhuma das tentativas deu resultado. Em 28 de janeiro de 1942, visitou, pela primeira vez, o Centro Espírita “Amor e Caridade” de Birigüi, sob a direção de João Dias de Almeida e sua esposa, D. Linda Dias de Almeida. Segundo relato do filho Jerônimo, que o acompanhava naquela noite, seu pai sentou-se atrás da médium e pediu, por meio de uma prece, uma explicação a respeito de um assunto doutrinário sobre o qual tinha dúvidas. No mesmo instante, o mentor espiritual Felício Luchini, servindo-se da mediunidade de D. Linda, esclareceu a sua dúvida através de manifestação psicofônica. A reação imediata de José Angelo Rodrigues, exclamando “aqui está a verdade”, selou uma relação de confiança e amizade com o casal de missionários que determinaria o futuro da doutrina espírita na região. Em 16 de abril de 1943, convidados por ele, João Dias e D. Linda fizeram a primeira visita ao Córrego da Pedra, hospedando-se na residência de Almiro Jerônimo Pinto e Lourdes Camargo Pinto. As reuniões foram realizadas na casa de José Angelo e Jerônima, que se tornou então a sede provisória das atividades espíritas naquele recanto. No dia 18 de julho desse mesmo ano, aconteceu uma reunião para tratar da escolha do local destinado à construção do prédio em que funcionaria a filial do Centro Espírita “Amor e Caridade” de Birigüi, no Córrego da Pedra. José Angelo Rodrigues manifestou aos companheiros sua intenção de doar um lote de terra, com área aproximada de 1200 metros quadrados, destacado do sítio de sua propriedade. Já em 9 de dezembro de 1943, em reunião extraordinária, é efetuado o lançamento da pedra fundamental do prédio próprio no terreno doado por José Angelo, com a presença de toda a diretoria do Centro de Birigüi. Em prece de agradecimento, feita na ocasião, conforme consta em ata, manifesta-se a esperança “de muito breve serem realizados os objetivos desta obra cristã, que possa demonstrar à posteridade o testemunho da fé dos moradores do Bairro Córrego da Pedra, e para aqui poderem se abrigar amparados pela luz dos espíritos superiores”. De fato, menos de quatro meses depois, foi inaugurada a sede própria do Centro, no dia 23 de março de 1944, em sessão presidida por João Dias de Almeida e D. Linda, com a presença de um “número superior a quatrocentas” pessoas, conforme consta da ata lavrada na ocasião. Dois dias depois, em 25 de março, às dezoito horas, tem lugar uma reunião festiva para comemorar o evento, também presidida por João Dias, com a participação de D. Linda e de toda a diretoria de Birigüi. Na oportunidade, são apresentados os “membros da Diretoria da Filial composta pelos irmãos José Angelo Rodrigues, presidente; Segisfredo Pinto da Cunha, vice-presidente; Almiro Jerônimo Pinto, secretário; Firmino Angelo Cintra, tesoureiro; Theobaldo Kohlrausch, segundo-secretário; Lázaro Querino da Silva, segundo-tesoureiro”. Durante os quatro anos seguintes, enquanto esteve encarnado, José Angelo permaneceu na presidência, liderando as atividades de estudo, orientação doutrinária e assistência a desvalidos da região. Exemplo de honestidade, lealdade e honradez, e tomado por uma fé imensurável, foi fiel à doutrina em todos os seus princípios, sem nunca vacilar. O carinhoso apelido de TIO ZECA, motivado pelo grande número de sobrinhos, a rigor se justificava em razão da grande amizade que a todos o unia e ao respeito que inspirava. O seu discernimento e a sua sabedoria prática da vida eram tão notáveis, que era procurado por pessoas de toda a região para ouvir a sua opinião sobre os mais diversos assuntos. Tornou-se então o conselheiro predileto não só para desentendimentos e brigas em questões familiares e de negócios, mas em qualquer circunstância em que fosse necessária uma palavra de equilíbrio e ponderação. Exercendo um verdadeiro apostolado a serviço da harmonia, da união fraterna e da concórdia, Tio Zeca era o mensageiro da paz, do amor e da caridade. Já velho, impossibilitado de trabalhar, passava os dias lendo o Evangelho e estudando a doutrina, sempre em voz alta. Tinha grande facilidade para ler e compreender qualquer texto, mesmo os mais difíceis. Era admirável a sua capacidade de explanar sobre as lições do evangelho e explicar as questões mais complexas da doutrina com simplicidade, clareza e convicção. Às 12 horas do dia 7 de junho de 1948, Tio Zeca desencarnou em sua casa, no Córrego da Pedra. Sessenta dias antes do fato, ele passou a visitar todos os filhos, parentes e velhos amigos, entre os quais o senhor Miguel Chibeni e sua esposa Amélia Chibeni, de Buritama. Segundo relato de dona Amélia , quando se despedia José Angelo confidenciou que aquela era sua última visita à casa dos amigos. Conforme testemunho posterior de Vovó Jerônima, ele tinha recebido sinais reveladores de espíritos amigos avisando-o a respeito de sua partida próxima. A saudade que deixou em toda a comunidade da Pedra foi retratada, na época, pelos versos emocionados de Elpides Serafim da Silva: Saudade do Vovô Sei que sofres, coração! Alma meiga e pura Para mim era sempre Vovozinho Vejo-o ainda com veneras cãs Consola-me a grande certeza No dia 7 de junho, 1948 era o ano Caridade e perdão eram seu lema Sua esposa amada, a vovó Jerônima, ou vovozinha, como era chamada pelos netos, ou ainda Tia Jerônima, para amigos e familiares, foi a incansável companheira de tantas lidas, parceira fiel de seus ideais, seguindo-o com determinação em todos os passos. Com as atividades regulares do Centro, sobretudo nas ocasiões das visitas da comunidade espírita de Birigüi, liderada por D. Linda e João Dias, a casa de Tio Zeca transformava-se numa verdadeira hospedaria e Vovó Jerônima, generosamente, providenciava pouso e comida para todos aqueles que, vencendo longas distâncias e estradas difíceis, compareciam às reuniões doutrinárias, sequiosos de aprender as enriquecedoras lições do Espiritismo. Após a morte do inesquecível esposo, durante os catorze anos em que viveu, ela manteve cintilante a chama da fé e da caridade enraizada naquele recanto, fazendo do seu lar uma porta constantemente aberta para oferecer abrigo e proteção a todos que a procurassem. Sistematicamente Vovó Jerônima percorria aquele trajeto tão familiar e tão adorável entre sua casa e o Centro, com a lamparina sustentada pelos braços erguidos para vencer a escuridão e facilitar a caminhada dos que a acompanhavam. Essa imagem, que para sempre figurará na memória de quem teve a felicidade de presenciá-la, é o símbolo da missão desempenhada por ela: ser a fonte inesgotável de luz espiritual para proteger, amparar e iluminar os passos de sua grande família. Vovó Jerônima desencarnou , aos 78 anos de idade, no dia 22 de junho de 1962, em sua casa no Córrego da Pedra. Tio Zeca e Vovó Jerônima continuam, na pátria espiritual, amorosamente exercendo a missão de orientar, proteger, e conduzir o seu povo, essa grande família da Pedra, o lugar distante que escolheram para viver, exemplificar na prática o ideal espírita e dar testemunho do verdadeiro comportamento cristão. Pelos relevantes serviços prestados ao município na área de assistência social, a Câmara Municipal de Lourdes, por meio do Decreto Legislativo 02/98, concedeu a José Angelo Rodrigues , “in memoriam”, o título de Cidadão Lourdense, em solenidade ocorrida no dia 02 de junho de 1998. Em mensagem de 24 de novembro de 1999, José Angelo Rodrigues deixa o seu alerta para a necessidade de buscarmos a nossa iluminação espiritual: Nenhum de nós correu sem ser com suas próprias pernas. Nenhum de nós galgou sequer um degrau da evolução sem ter construído sua própria escada. Mostramos o caminho, falamos de nossos erros e de nossos acertos, mas não podemos caminhar por vocês. Cada um tem a própria maneira de enxergar a verdade. Sigam em frente colocando a verdade como a meta a alcançar. A verdade é o grande guia. Não fechem os olhos, nem tapem os ouvidos para continuar recebendo esclarecimento sobre suas próprias verdades. Aquele que pensa não poder mudar seu ponto de vista diante das verdades demonstradas, ficará parado até reconhecer seu engano. Procuramos esclarecer o mais que podemos, mas nem todos enxergam com os mesmos olhos, nem ouvem com os mesmos ouvidos. Uma planta da mesma espécie tem muitas variedades, mas todas têm a mesma origem e caminham na mesma direção: a do SOL, quer dizer a da LUZ. Assim é o homem: mesmo que durante algum tempo goste de viver nas trevas, um dia a luz o fascinará e ele correrá para ela como a única maneira de ser feliz. Uma pequena chama de uma candeia, lamparina, ou palito de fósforo é capaz de vencer a mais negra escuridão. Quando o homem resolve buscar a luz, a pequena fé que se desenvolve a partir dela serve para ajudá-lo a vencer dificuldades bem maiores que as da escuridão. Vejam tudo que se tem modificado dentro de cada um e verifiquem o quanto ainda podem modificar. Cada dia que passa é por si só uma nova lição , uma bênção maior, e um dote de esperança. Esperança que deve morar no coração de todos. Esperança por crerem em DEUS. Esperança por conhecerem o seu amparo. Tenham a certeza de que um dia estaremos todos iluminados e confiantes para continuar aprendendo.
(Copiado de http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/jose_angelo_rodrigues.htm) |
Estação original de Barretos em 1923. (Instituto Moraes Salles) Imagem copiada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/b/barretos.htm
José Ângelo Rodrigues nasceu na cidade de Barretos aos 13 de agosto de 1878. |
José Ângelo Rodrigues e a esposa Jerônima. |
José Ângelo Rodrigues com a família. |
Dona Linda com outros companheiros fazendo a travessia do Rio Tietê para chegar ao Córrego da Pedra. Foto do acervo do Centro Espírita Amor e Caridade de Birigui, SP. |
Dona Linda e Sr. João Dias de Almeida em reunião do centro espírita no Córrego da Pedra, uma extensão do C.E. Amor e Caridade de Birigui, SP . Foto do acervo do C.E. Amor e Caridade de Birigui, SP. |
Participantes do centro espírita no Córrego da Pedra, uma extensão do C.E. Amor e Caridade de Birigui, SP. Foto do acervo do C.E. Amor e Caridade de Birigui, SP. |
Dr. Paulo Hecker (08-04-1888/ 07-06-1974) |
Exerceu a presidência de 1931 a 1932. Nasceu em Bagé, no dia 08 de abril de 1888. Formado em Direito e Farmácia. Conheceu o Espiritismo em 1918 e desde então militou ativamente na tarefa da difusão doutrinária. Dirigiu, substituindo seu primeiro diretor Vital Lanza, o jornal Espírita de Porto Alegre, que surgiu em setembro de 1918. Colaborou com inúmeros artigos para a revista Reencarnação. Coube ao Dr. Paulo Hecker instituir na Rádio Difusora Porto Alegrense a Hora Espírita em 1941. Ali Paulo Hecker e mais uma equipe de capacitados expositores e conferencistas realizou uma difusão em ponto alto sobre a estrutura, as finalidades e realizações do Espiritismo. Além da Presidência da FERGS, foi membro do Conselho Superior do Hospital Espírita de Porto Alegre e sócio benemérito do Instituto Espírita Amigo Germano. Tribuno emérito proferiu memoráveis palestras doutrinárias tanto na capital como no interior do Estado.
(Copiado de https://www.fergs.org.br/historico-gestoes-federativas) |
Amor Infinito Cérebro e estômago |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]]) |
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