Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Compiladas por Ismael Gobbo

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Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

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Os últimos 5 emails enviados:

 

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19-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/19-08-2015.htm

18-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/18-08-2015.htm

17-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/17-08-2015.htm

15-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/15-08-2015.htm

14-08-2015     http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/AGOSTO/14-08-2015.htm

 

 

 

 

PUBLICAÇÃO EM SEQUENCIA

O Livro dos Espíritos

 

 

 

 

 

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Continua no próximo email

 

 

(Texto Copiado do site Febnet)

“Plaza Uruguaya” com  busto “À mãe”. Assunção, Paraguai Fotos Ismael Gobbo

 

 

Fenômeno magnético

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 59. Pagina 157.

Reunião pública de 28/08/1959 - Questão nº 427.

Perguntas e Respostas de O Livro dos Espíritos.

 

Quem admite hoje o fenômeno magnético, por novidade, se esquece naturalmente de que, no Egito dos Ramsés, velho papiro trazido aos nossos dias já preceituava quanto ao magnetismo curativo: - “Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece”.

Séculos transcorreram, até que ele adquirisse extensa popularidade com as demonstrações de Mesmer e atravessasse, tímido, o pórtico da experimentação científica com personalidades marcantes, quais James Braid e Durand de Grosa, Charcot e Liébeault.

E, nos tempos últimos, ei-lo em foco, desde os mais avançados gabinetes das ciências psicológicas até os espetáculos públicos nos quais a hipnose é conduzida, indiscriminadamente, para fins diversos.

Entretanto, importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus Cristo que ele atinge o seu ponto mais alto na Humanidade.

Todavia, não se vale dele o Senhor para alardear os poderes que lhe exornam o Espírito.

Não lhe mobiliza os recursos para impressionar sem proveito.

Não lhe requisita os valores para discussões estéreis.

Não lhe concentra as possibilidades para a defesa de si próprio.

Jesus é o amor divino alongando os braços à angústia humana.

Estende a mão e cegos vêem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se recuperam.

Fita Madalena em casa de Simão e dá-lhe forças para que se liberte das entidades sombrias que a subjugam; contempla Zaqueu no sicômoro e modifica-lhe as noções da riqueza material; fixa Judas no cenáculo e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz de suportar-lhe a presença, e endereça a Pedro um simples olhar das grades da prisão e o amigo que o negara pranteia amargamente.

Ainda assim, não se detém nos casos particulares.

Junto ao povo, tempera cada manifestação com autoridade e doçura, humildade e comando, respeito e compreensão.

De ninguém indaga a prática religiosa, para fazer o bem.

No ensinamento, utiliza parábolas para não ferir fosse a quem fosse.

A todos oferece o apaziguamento da alma, antes da cura física.

Não procura os poderosos da Terra para qualquer entendimento, e, sim, busca de preferência os que passam curvados sob o jugo das aflições.

Não se faz precedido de arautos e batedores.

Não demanda lugares especiais para a exibição dos fenômenos que lhe vertem das faculdades sublimes.

E, para imprimir o Magnetismo Divino da Boa-Nova na mente popular, traça no monte as Bem-Aventuranças da Vida Eterna, proclamando veemente:

“Felizes os humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos Céus.

Felizes os que choram, porque serão consolados.

Felizes os afáveis, porque possuirão a Terra.

Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia.

Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de Deus.

Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.

Felizes os que forem perseguidos sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence”.

Se te afeiçoas, assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades, poderás estudá-lo e incrementá-lo, estendê-lo e defini-lo, mas, para que dele faças motivo de santidade e honra, somente em Jesus Cristo encontrarás o Luminoso e Indiscutível Padrão.

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

 

Árvore do Sicômoro, Jericó, Palestina. Foto Ismael Gobbo

 

Painting showing Jesus holds up his hand to call Zacchaeus down from the tree while a crowd watches

Jesus fala com  Zaqueu para  descer da árvore.  Obra de Niels Larsen Stevns

Imagem/fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Zacchaeus#mediaviewer/File:Niels_Larsen_Stevns-_Zak%C3%A6us.jpg

 

 

Programação da CONEAN/2015

Penápolis, SP

 

INSCRIÇÕES GRATUITAS ATÉ O DIA 16/08/2015.

PELA INTERNET: [email protected]                                     

OU NA SEDE DA USE DE PENÁPOLIS NA AV. DR. EDUARDO DE CASTILHO Nº 771, CENTRO,

 

EXPOSITORES:

PROFESSOR NAZIL CANARIM JÚNIOR – da cidade de Bauru.

              DR. ALEXANDRE ARANTES DAMO – da cidade de Penápolis.

PROGRAMAÇÃO:

Das 07:30 hs às 08:30 hs – recepção aos participantes com café da manhã.

Das 08:30 hs às 09:00 hs – prece de abertura com a jovem Pâmela Teixeira Boghossian interpretando a música Ave Maria e cerimonial de abertura com o Sr. Adhemar Módena.

 

Das 09:30 hs às 10:15 hs. – Primeiro expositor.

 

Das 10:15 hs. ás 10:45 hs. – Intervalo com café.

 

Das 10:45 hs. Às 12:00 hs. – Segundo expositor.

 

Ás 12:00 hs. – Perguntas e respostas e encerramento.

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

 

Seminário com Divaldo Pereira Franco no SEF

Niterói, RJ

 

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

Encontro Anual Cairbar Schutel

Matão, SP

 

Amigos, o EAC 2015 já ultrapassou 500 inscrições. Programado para 19 e 20 de setembro, em Matão SP, vc também pode participar com a família toda, já que crianças, adolescentes e jovens terão espaço especial no evento e com a vantagem de pessoas até 18 anos serem isentos de investimento, apesar da obrigatoriedade da inscrição para dimensionamento da quantidade de participantes, inclusive por faixa etária. Acesse o site e na página clique ENCONTRO ANUAL CAIRBAR SCHUTEL, veja a programação e faça sua inscrição. Sua presença e de sua família engrandecem o evento.

 

Acesse www.institutocairbarschutel.org

 

(Informação em email de Orson Peter Carrara)

Alguns  momentos do 2º. Encontro Cairbar Schutel realizado em 2012. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

5º. Congresso Britânico de Medicina e Espiritualidade

Londres, Reino Unido

 

 

(Informação recebida em email de Elsa Rossi)

Nevando em Trafalgar Square, Londres, Reino Unido. Foto Ismael Gobbo

 

 

Programação dos 50 anos do Fraternidade Irmã Dolores

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Sander Salles Leite)

 

 

11º. Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo

 São Paulo, Brasil

 

 

(Informações recebidas em email de [email protected]; em nome de; USE Intermunicipal de Franca [[email protected]])

 

 

IEEF V Simpósio de Filosofia Espírita

São Paulo, SP

 

 

(Informação recebida em email de Nelio Luzze)

 

 

XII Congresso de Saúde e Espiritualidade de

Botucatu (SP)

 

 

(Informação recebida em email de Nelio Luzze)

 

 

Palestra e lançamento de livro por Wellington Balbo

Salvador, BA

 

 

(Informação recebida em email de Wellington Balbo)

 

 

Seminário no COBEM

Salvador, BA

 

 

Vamos participar do Amoroso Seminário - Vocês vão Amar de coração

Todas as vezes que questionamos a respeito do sofrimento e aflições do corpo e da alma, frequentemente

não compreendemos a finalidade da dor no processo de evolução espiritual.

A falta de conhecimento e a não aceitação da prova ou expiação podem levar o Ser humano a percorrer caminhos mais difíceis na existência terrena, e até mesmo a duvidar da justiça de Deus.

SEMINÁRIO COBEM - AS DORES E AS AFLIÇÕES À LUZ DO ESPIRITISMO22 e 23/08/2015 - Sábado:19h30min e Domingo: 8h30min às 12h - Salão Doutrinário da COBEM

Inscrição: na Recepção da Cobem

Investimento: 1 lata de leite integral e 25 notas fiscais

 

 

(Informação recebida em emails de Edward Cobem 7 [mailto:[email protected]] e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

16º. Congresso Espírita da Bahia

Salvador, BA

 

 

(Informação recebida em email de Rose Moliterno)

 

 

Seminário com Deusa Samu no GEECAL

Cubatão, SP

 

 

(Informação recebida em email de Ademir Mendes)

 

 

Palestra musicada com Wannyr Caccia

Espirito Santo do Pinhal, SP

 

Bom dia amigos,

Temos a alegria de convidá-los a palestra na Associação Espirita Estrela da Caridade, no próximo dia 26/08, quarta-feira,as 20:00 horas com Wanir Caccia. 'A VALORIZAÇÃO DA VIDA À LUZ DA DOUTRINA"
Quanto mais nos envolvermos em energias boas através da musica e mensagens edificantes, mais estaremos nos harmonizando e auxiliando o equilibrio de todo nosso Planeta.
Aguardamos a presença de todos para compartilharmos bons momentos de Paz e Alegria.
Agradecemos o auxilio na divulgação

Fraternalmente,

João Rogerio
A.E.Estrela da Caridade.

 

(Informação recebida em email de "joao rogerio" [[email protected]])

 

 

Livraria da Confederação Espírita da Argentina

Buenos Aires

Momentos de Salud y de Conciencia

Consulte aquí el catálogo completo de la Librería CEA

 

 

Notícia do SEI – Serviço Espírita de Informações

Rio de Janeiro, RJ

 

Acessar aqui:

http://boletimsei.blogspot.com.br/

 

 

 

Jantar italiano do Maria Dolores

Jales, SP

 

 

(Informação recebida em emails de Adelvair David e de Renê Magalhães [[email protected]])

 

 

O perdão

 

 

     As primeiras peregrinações do Cristo e de seus discípulos, em torno do lago, haviam alcançado inolvidáveis triunfos. Eram doentes atribulados que agradeciam o alívio buscado ansiosamente; trabalhadores humildes que se enchiam de santas consolações ante as promessas divinas da Boa Nova.

     Aquelas atividades, entretanto, começaram a despertar a reação dos judeus rigoristas, que viam em Jesus um perigoso revolucionário. O amor que o profeta nazareno pregava vinha quebrar antigos princípios da lei judaica. Os senhores da terra observavam cuidadosamente as palestras dos escravos, que permutavam imenso júbilo, proveniente das esperanças num novo Reino que não chegavam a compreender. Os mais egoístas pretendiam ver no profeta generoso um conspirador vulgar, que desejava levantar as iras populares contra a dominação de Herodes; outros presumiam na sua figura um feiticeiro incomum, que era preciso evitar.

     Foi assim que a viagem do Mestre a Nazaré redundou numa excursão de grandes dificuldades, provocando de sua parte as observações quase amargas que se encontram no Evangelho, com respeito ao berço daqueles que o deveriam guardar no santuário do coração. Não foram poucos os adversários de suas idéias renovadoras que o precederam na cidade minúscula, buscando neutralizar-lhe a ação por meio de falsas notícias e desmoralizá-lo, argumentando com informações mal alinhavadas de alguns nazarenos.

     Jesus sentiu de perto a delicadeza da situação que se lhe criara com a primeira investida dos inimigos gratuitos de sua doutrina; mas, aproveitou todas as oportunidades para as melhores ilações na esfera do ensinamento.

     No entanto, o mesmo não aconteceu a seus discípulos. Filipe e Simão Pedro chegaram a questionar seriamente com alguns senhores da região, trocando palavras ásperas, em torno das edificações do Messias. As gargalhadas irônicas, as apreciações menos dignas lhes acendiam no ânimo propósitos impulsivos de defesas apaixonadas. Não faltavam os que viam no Senhor um servo ativo do espírito do mal, um inimigo de Moisés, um assecla de principes desconhecidos, ou de traidores ao poder político de Ântipas. Tamanhas foram as discussões em Nazaré, que os seus reflexos nocivos se faziam sentir fortemente sobre toda a comunidade dos discípulos. Pedro e André advogavam a causa do Mestre com expressões incisivas e sinceras. Tiago aborrecia-se com a análise dos companheiros. Levi protestava, expressando o desejo de instituir debates públicos, de maneira a evidenciar-se a superioridade dos ensinos do Messias, em confronto com os velhos textos.

     Jesus compreendeu os acontecimentos e, calmamente, ordenou a retirada, afastando-se da cidade com tranqüilo sorriso.

     Não obstante a determinação e apesar do regresso a Cafarnaum, a maioria dos apóstolos prosseguiu em discussão estranhando que o Mestre nada fizesse, reagindo contra as envenenadas insinuações a seu respeito.

 

***

 

     Daí a alguns dias, obedecendo às circunstâncias ocorrentes naquela situação, Pedro e Filipe procuraram avistar-se com o Senhor, ansiosos pela claridade dos seus ensinos.

     Mestre, chamaram-vos servo de Satanás e reagimos prontamente! — dizia Pedro, com sinceridade ingênua.

     — Observávamos que por vós mesmo nunca oporíeis a contradita — ajuntava Filipe, convicto de haver prestado excelente serviço ao Mestre bem-amado — e por isso revidamos aos ataques com a maior força de nossas expressões.

     Não obstante o calor daquelas afirmativas, Jesus meditava com uma doce placidez no olhar profundo, enquanto os interlocutores o contemplavam, ansiando pela sua palavra de franqueza e de amor.

     Afinal, saindo de suas reflexões silenciosas, o Mestre interrogou:

     — Acaso poderemos colher uvas nos espinheiros? De modo algum me empenharia em Nazaré numa contradita estéril aos meus opositores. Contudo, procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível. Nesse particular, não deixei de operar na minha esfera de ação, de modo a produzir resultados a nossa excursão à cidade vizinha, tornando-a proveitosa, sem desdenhar as palavras construtivas no instante oportuno. De que serviriam as longas discussões públicas, inçadas de doestos e zombarias? Ao termo de todas elas, teríamos apenas menores probabilidades para o triunfo glorioso do amor e maiores motivos para a separatividade e odiosas dissensões. Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.

    — Mestre — atalhou Filipe, quase com mágoa —, a verdade é que a maioria de quantos compareceram às pregações de Nazaré falava mal de vós!

     — Mas, não será vaidade exigirmos que toda gente faça de nossa personalidade elevado conceito? — interrogou Jesus com energia e serenidade. Nas ilusões que as criaturas da Terra inventaram para a sua própria vida, nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós, indistintamente. Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção. Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos. Filipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse bem apreciado no seu tempo? Todos os portadores da Verdade do Céu são incompreendidos de seus contemporâneos. Portanto, é indispensável consideremos que o conceito justo é respeitável, mas, antes dele, necessitamos obter a aprovação legítima da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus.

     — Mestre obtemperou Simão Pedro, a quem as explicações da hora calavam profundamente —, nos acontecimentos mais fortes da vida, não deveremos, então, utilizar as palavras enérgicas e justas?

     — Em toda circunstância, convém naturalmente que se diga o necessário, porém, é também imprescindível que não se perca tempo.

     Deixando transparecer que as elucidações não lhe satisfaziam plenamente, perguntou Filipe:    

     —Senhor, vossos esclarecimentos são indiscutíveis; entretanto, preciso acrescentar que alguns dos companheiros se revelaram insuportáveis nessa viagem a Nazaré: uns me acusaram de brigão e desordeiro; outros, de mau entendedor de vossos ensinamentos. Se os próprios irmãos  da comunidade apresentam essas falhas, como há de ser o futuro do Evangelho?

     O Mestre refletiu um momento e retrucou:

     — Estas são perguntas que cada discípulo deve fazer a si mesmo. Mas, com respeito à comunidade, Filipe, pelo que me compete esclarecer, cumpre-me perguntar-te se já edificaste o Reino de Deus no íntimo do teu espírito.

     — É verdade que ainda não —  respondeu, hesitante, o apóstolo.

     — De dentro dessa realidade, podes observar que, se o nosso colégio fosse constituído de irmãos perfeitos, teria deixado de ser irrepreensível pela adesão de um amigo que ainda não houvesse conquistado a divina edificação.

     Ambos os discípulos compreenderam e se puseram a meditar, enquanto o Cristo continuava:

     — O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso próprio trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos que perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam da nossa fé.

     Nesse ponto de suas afirmativas, Pedro atalhou-o, dizendo:

     — Mas, para perdoar não deveremos aguardar que o inimigo se arrependa? E que fazer, na hipótese de o malfeitor assumir a atitude dos lobos sob a pele da ovelha?

     — Pedro, o perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que cada coração está obrigado a defender, para bem trabalhar no serviço divino que lhe foi confiado. Se o nosso irmão se arrepende e procura o nosso auxílio fraterno, amparemo-lo com as energias que possamos despender; mas, em nenhuma circunstância cogites de saber se o teu irmão está arrependido. Esquece o mal o trabalha pelo bem. Quando ensinei que cada homem deve conciliar-se depressa com o adversário, busquei salientar que ninguém pode ir a Deus com um sentimento de odiosidade no coração. Não poderemos saber se o nosso adversário está disposto à conciliação; todavia, podemos garantir que nada se fará sem a nossa boa-vontade o pleno esquecimento dos males recebidos. Se o irmão infeliz se arrepender, estejamos sempre dispostos a ampará-lo e, a todo momento, precisamos e devemos olvidar o mal.

      Foi quando, então, fez Simão Pedro a sua célebre pergunta:

       “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que lhe hei de perdoar? Será até sete vezes?”

     Jesus respondeu-lhe, calmamente:

     — Não te digo que até sete vezes, mas até setenta  vezes sete.

 

***

    

     Daí por diante, o Mestre sempre aproveitou as menores oportunidades para ensinar a necessidade do perdão recíproco, entre os homens, na obra sublime da redenção.

     Acusado de feiticeiro, de servo de Satanás, de conspirador, Jesus demonstrou, em todas as ocasiões, o máximo de boa vontade para com os Espíritos mais rasteiros de seu tempo. Sem desprezar a boa palavra, no instante oportuno, trabalhou a todas as horas pela vitória do amor, com o mais alto idealismo construtivo. E no dia inesquecível do Calvário, em frente dos seus perseguidoios e verdugos, revelando aos homens ser indispensável a imediata conciliação entre o espírito e a harmonia da vida, foram estas as suas últimas palavras    “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!..”

 

Nazaré na região da Galiléia, Israel. Foto Ismael Gobbo

Quadro exposto na Catedral de Nazaré, cidade onde Jesus passou sua infância e mocidade. Foto Ismael Gobbo

Rua de Nazaré, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

Noventa minutos

 

 

O que você faria se descobrisse que só tem uma hora e meia de vida?

No filme O que fazer?, o advogado Henry Altmann descobre que tem um aneurisma cerebral e apenas noventa minutos de vida.

Abalado, vai até o escritório onde trabalha com seu irmão, interrompe uma reunião e pergunta aos presentes o que eles fariam se tivessem uma hora e meia de vida.

Seu irmão diz que iria ao templo para orar. Um cliente diz que faria amor com sua mulher.

Altman pensa em seus últimos anos, nos erros cometidos e no quanto se afastou da família. Corre para casa planejando se reconciliar com a esposa, mas seus planos não dão certo.

Telefona para o filho, com quem não fala há dois anos. Porém, ele não o atende.

O advogado havia se tornado um homem amargo e irritadiço, desde a morte de seu caçula. Brigara com o primogênito quando ele decidira parar de advogar para abrir uma escola de dança. Agora, desejava, desesperadamente, dizer ao filho o quanto o amava.

Depois de muitas reviravoltas, Altmann, finalmente, consegue se reconciliar com ele e com a esposa, antes de partir.

*   *   *

Um dia, a morte baterá à nossa porta. Só não sabemos quando, onde e como.

E há uma razão para isso: para vivermos e tentarmos fazer o nosso melhor a cada dia.

No entanto, muitos de nós evitamos fazer no dia de hoje o melhor que poderíamos, deixando para depois.

Deixamos para o próximo fim de semana a visita a um parente doente, ou aos pais idosos. Deixamos para outro dia a declaração de amor ao ser amado, ou aos filhos. Deixamos para o mês que vem o passeio com a família.

Quando confrontados com a finitude de nossas vidas, nos damos conta do pouco tempo que resta para sermos felizes e realizarmos coisas simples, que poderíamos ter feito, mas não fizemos.

Não devemos esperar a iminência da morte para realizarmos o que queríamos ter feito: amar, buscar a reconciliação e o perdão.

O que difere as pessoas que não temem a morte das que a temem é a forma como conduzem suas vidas.

Aquelas que vivem fazendo a cada dia o seu melhor, sabendo que levarão consigo o bem que concretizaram, vivem sem medo da hora da partida.

As que não encaram a morte como o fim, e sim como uma passagem para uma dimensão em que os tesouros do amor, do perdão, da bondade são determinantes para a felicidade, encaram o desenlace do corpo com mais serenidade.

Aquelas que ignoram as Leis naturais, que vivem para si, entesourando bens que nada valem no além-túmulo, se veem esvaziadas quando se deparam com a proximidade da morte e temem o que durante suas vidas se esforçaram por ignorar.

Para essas, a morte significa o fim, a destruição de tudo o que construíram. Focadas em coisas materiais, se angustiam em abrir mão do que consideram importante. E quando a proximidade da morte abre seus olhos para a relatividade das coisas, creem não haver mais tempo para o que realmente importa.

Mas a justiça Divina é generosa e sempre haverá tempo para o amor, o perdão e a caridade. Mesmo que restem apenas noventa minutos!

Redação do Momento Espírita, com narrativa do filme
O que fazer? (The Angriest man in Brooklin).
Em 19.8.2015.

 

 

(Copiado do site Feparana)

Teto da “La Sagrada Família”. Barccelona, Espanha. Foto Lucas Gobbo

 

 

Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo, SP, e, Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba, SP

 

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