Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, quinta-feira, 24 de março de 2016

Compiladas por Ismael Gobbo

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

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Mensagem do dia

 

Desafios da Luta

 

 “(...) Quem se detém a contemplar dificuldades não sai do lugar. Mas, se confiante, avança, superando cada desafio quando se apresenta, cedo ou mais tarde alcançará com luta e alegria a meta pela qual anela.”

 

              

(Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – livro,  Lições para a Felicidade,     5ª ed. p. 161  – editora LEAL)

 

Desenho: Fátima Oliveira

Mansão do Caminho - Salvador, Bahia, Brasil.

 

Desafíos de la lucha

 

 ...Quien se detiene a contemplar dificultades no sale del lugar en que se encuentra; pero, si avanza confiado, superando cada desafío cuando se presenta, temprano o más tarde alcanzará, con lucha y alegría, la meta que anhela.

 

              

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – Libro Lecciones para la felicidad, Editora LEAL

 

Creación: Fátima Oliveira

Mansión del Camino - Salvador, Bahia, Brasil.

 

(Recebido em emails da tradutora MARTA GAZZANIGA [[email protected]] de Buenos Aires, Argentina)

 

 

 

Publicação em sequência

O Livro dos Médiuns

 

 

 

 

 

 

(Copiado de Febnet)

Salão parisiense com pessoas ao redor de uma mesa girante. Ilustração de 1853.

Imagem/fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesas_girantes#/media/File:Tables_tournantes_1853.jpg

Francisco Cândido Xavier psicografando no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em  Pedro Leopoldo, MG

Imagem/fonte: http://professorricardovieira.blogspot.com.br/2014/04/biografia-de-chico-xavier.html

 

 

A grande lição

 

                                                                  Richard Simonetti

                                                                        [email protected]

 

            Na chamada última ceia, o derradeiro encontro com os discípulos, Jesus transmitiria importantes instruções ao colégio apostólico.

            Pediu aos discípulos procurassem um homem que lhes cederia sua residência, em Jerusalém. Não se sabe quem foi. Certamente algum simpatizante. À tarde, compareceram todos, ao que parece sem a presença dos donos da casa, preservando a intimidade do grupo.

            Os apóstolos viviam momentos de ansiosa expectativa.

            Sabiam que algo importante estava para acontecer, mas não tinham a mínima ideia das tormentas que viriam, embora o Mestre deixasse bem claro que enfrentaria duros testemunhos, a culminarem com sua morte.

            Após uma convivência de três anos, ainda não haviam assimilado a ideia do Reino de Deus como uma realização interior.

            Imaginavam tratar-se de conquista puramente material. No momento oportuno, Jesus convenceria os incrédulos, submeteria os poderosos à sua vontade soberana e instalaria a nova ordem.

            Passaram, desde logo, a tratar de um assunto que lhes parecia prioritário: qual deles seria o mais importante , o principal preposto?

            Podemos imaginar a melancolia do Mestre, observando os companheiros. Não haviam entendido absolutamente nada.

            Em dado instante, ergueu-se, tomou de um vaso d’água e passou a lavar os pés dos discípulos. A reação foi imediata. Absurdo aquele comportamento, próprio de escravos a serviço de seus senhores.

            Simão Pedro perguntou:

            – Senhor, por que me lavas os pés?

            – O que faço, tu não sabes agora, mas saberás depois disso.

            – Não, Senhor, não me lavarás os pés!

            – Se não te lavar, não terás parte comigo!

            – Então, Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça.

            Era bem o velho Simão, efusivo e exagerado.

            Jesus lavou os pés de todos.

            Depois, erguendo-se, falou:

            – Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. E se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, assim deveis fazer uns aos outros…

            O ensinamento é magistral, reafirmando a mensagem mais importante: para Deus o maior será sempre aquele que mais disposto estiver a servir, o que mais se dedique ao Bem.

            Quando chegar a nossa hora, quando retornarmos à espiritualidade, ninguém nos perguntará por nossos títulos, patrimônios, cultura, conhecimento… Se fomos o presidente da república, um capitão de indústria, um artista famoso, um desportista vencedor ou mero trabalhador braçal.

            As perguntas fundamentais serão:

            Quantas dores aliviou?

            Quanto consolo ofereceu?

            Quanta fome mitigou?

            Quanto amor disseminou?

            Aqueles que exercitam essas iniciativas terão destaque no Céu, ainda que anônimos na Terra.

 

 

 

A Última Ceia com a cena de Jesus lavando os pés dos apóstolos. Grupo em terracota

de tamanho natural. Igreja do Santo Sepulcro, Milão, Itália. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Seminário com Divaldo Pereira Franco. Maio/2016

Bad Honnef, Alemanha

 

 

 

 

(Informação em emails de Freundeskreis Allan Kardec - Düsseldorf [email protected] e de  nascimento zelina [[email protected]])

 

FEB-Rio. Exposição Tocando a Alma-

150 anos de Frederico Fígner. Rio de Janeiro, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Comunicação [[email protected]])

 

 

 

I Encontro da AME- Vale do Paraíba e do

Hospital Francisca Júlia. São José dos Campos, SP

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

 

Informações do C.E. Zilda Gama

São Paulo, SP

 

AVISOS

·       Seminário Meu Deus é também o Deus do outro? Com Vinicus Lara, dia 03/04 (domingo) das 9h às 12h

·       Grupo da Melhor Idade – toda sexta-feira a partir das 8h30 da manhã. Ótima oportunidade de fazer amizade, contar casos, fazes dinâmicas, dar boas risadas e aprender sempre.

·       Juventude Zilda Gama – Novo dia e horário – Dia 13/02, sábado, 10h30, se você tem entre 13 e 20 anos venha conhecer o grupo

 

PRÓXIMAS PALESTRAS:

23/03/2016 – hoje                                              20h – Reunião Pública

Orador: Valter Afonso                                             CE Zilda Gama

Tema: Escândalos

26/03/2016 – Próximo Sábado                           15h – Reunião Pública

Orador: Fernando Reis                                            CE Zilda Gama

Tema: Livre

29/03/2016 – Próxima Terça-feira                              20h – Reunião Pública

Orador: Paulo Bomfim                                              CE Seara do Metre

Tema: Ciência e Temperança.

30/03/2016 – Próxima Quarta-feira                   15h – Reunião Pública

Orador: Silvia Ricci                                                  CE Zilda Gama

Tema: Livre

 

--

CENTRO ESPÍRITA ZILDA GAMA

R. Dr. Cesar Salgado, 238 - Morumbi

[email protected]

www.zildagama.org.br

 

 

(Informações recebidas em email de Centro Espírita Zilda Gama)

 

 

 

Palestra no NEAP- Núcleo Espírita Amor e Paz

Marília, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Marilia Espirita [[email protected]])

 

 

 

Pinga Fogo na Associação Espírita Fraternal

Nova Friburgo, RJ

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

 

5º. Encontro Espírita AFA- GEIG

Araras, SP

 

 

 

(Informações reccebidas em email de Renato Pereira Batista [[email protected]])

 

 

Encontros da Série Psicológica na Mansão do Caminho-Dia 09 de Abril de 2.016 (Sábado). Salvador, BA

 

 

Encontros da Série Psicológica Joanna de Ângelis

09 de abril de 2016 - Das 16h às 18h30

Local:Salão Doutrinário(CECR)-Mansão do Caminho
Apresentação: Divaldo Franco, Iris Sinoti e Cláudio Sinoti.
Maiores informações: http://goo.gl/CsKcXi
#CECR #DivaldoFranco #JoannaDeAngeli

 

 

 

(Informação recebida em email de Edward Cobem 3 [[email protected]])

 

 

 

 

CEI-EUROPA: Oficina para Educadores Espíritas da Infância e Juventude. Basiléia, Suiça

 

CONVITE DO CEI EUROPA, COMISSAO EUROPA DE EDUCAÇÃO. imperdível!!!! Para DIRIGENTES E EDUCADORES ESPIRITAS e INTERESSADOS - Nao deixem passar essa oportunidade de estarmos juntos, neste trabalho de amor, que eh a Educação Espirita, para crianças e jovens. A base da Casa Espirita é ser Escola, Hospital, alem de ampliar a grande família. Educação moral, que bênção poder ser um educador.. Ainda tem vagas.. Amigos da Suíça, Áustria, e outros países próximos, não percam, façam suas inscrições, para que o material ricamente produzido que será entregue a todos, tenha o seu esperando por você... Contactar Tânia Stidwill para informações e inscrição: [email protected]

(Informação recebida em email de Elsa Rossi)

 

 

 

Programações do CEECAL

Florianópolis, SC

 

 

 

(Informações recebidas em email de [email protected]; em nome de; CEECAL CEECAL [[email protected]])

 

 

 

 

26º. Concurso de Poesia com Temática Espírita da

Arte Poética Castro Alves. São Paulo, SP

 

(Informação recebida em email de alta_carneiro [[email protected]])

 

 

 

Site da FEEB- Federação Espírita do Estado da Bahia

Salvador, BA

 

Acesse aqui:

http://feeb.org.br/

 

 

 

 

 

Leia o jornal “O Arauto” da USE Intermunicipal de

Piracicaba, SP

 

Acesse aqui:

http://neticombrasil.smartpost.com.br/mpview.php?ln=be2LEaV7smSkWoQrmr1z891u9PWYUTIycMIjHyd-CyU,

 

 

 

 

 

Acesse o jornal O Farol nos links abaixo

Getulina, SP

 

Bom dia queridos amigos.

 

Adiantando o nosso mensário por uma boa causa. 

O Ciclo de Palestras da USE I Lins.

 

Pedidos:

Repassem, Divulguem se possível!

 

Cópias:

Abril: https://dabunjr.files.wordpress.com/2011/03/jornal-espc3adrita94.pdf

Todos: https://dabunjr.wordpress.com/o-farol/

Vai anexo também!

 

Àqueles que tem o endereço no IG e vão mudar pra outra conta, não esqueçam de me enviar o novo endereço pra continuarem a receber o jornal.

 

Feliz Páscoa!

 

Junior

 

(Com informações em email de Reinaldo Trombini Junior [[email protected]])

 

 

Agenda Espírita. Solicite por email no endereço abaixo

Rio de Janeiro, RJ

 

André Luiz Gadelha

[email protected]

 

 

 

 

 

Endereços da cruz

 

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Paz. Lição nº 18. Página 80.

 

Por ensinamento vivo e silencioso, o Cristo deixou-nos a cruz por mensagem, destinada a múltiplos endereços.

Para os que buscam elevação - oferece o traço vertical, simbolizando o caminho reto para a Vida Superior.

Para os fortes - convite ao sacrifício pessoal pela felicidade dos outros.

Para os fracos - refazimento.

Para os desvalidos - esperança.

Para os bons - chamamento ao serviço espontâneo em favor do próximo.

Para os maus - apelo à regeneração.

Para os caídos - coluna de apoio para que se levantem.

Para os ociosos - intimação muda ao trabalho.

Para os diligentes - diretriz.

Para os transviados - ponto de retorno ao rumo certo.

Para os que choram - encorajamento.

Para os enfermos - proteção.

Para os solitários - companhia.

Para os cansados - refúgio.

Para os descrentes - desafio.

Para os irresponsáveis - advertência.

Para os perseguidos - socorro.

Para os ofensores - tolerância.

Para os aflitos - reconforto.

Para os desertores - lição.

E para todas as criaturas, quaisquer que sejam, como estejam e onde estejam, a cruz oferece o traço horizontal, expressando, em qualquer tempo, a Infinita Misericórdia de Deus, sempre de braços abertos.

 

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio de Belo Horizonte, MG)

Palma de “Domingo de Ramos” comercializada em rua de Lima, Perú. Foto Ismael Gobbo.

 

 

 

O ódio precisa acabar

 

 

Perdoar é sublime. Disso nos deu exemplo Jesus, nosso Mestre, no Seu processo arbitrário de julgamento, flagelação e morte.

Quem assinalara que se devia amar os inimigos, não poderia ter outra atitude.

No entanto, quando o perdão nos remete a questões individuais, de um modo geral, reconhecemos como se torna de difícil execução o exemplo do Nazareno.

Parece-nos impossível que determinadas coisas possam ser perdoadas. Mas, algumas criaturas o fazem, com subida dignidade. Como Eric Lomax.

Ele era um oficial britânico, quando se tornou prisioneiro em um local que ficou conhecido como ferrovia da morte.

Essa estrada de ferro ligava Bangcoc à Birmânia, atual Mianmar. O projeto era japonês, mas foi concretizado por milhares de prisioneiros de guerra.

Estima-se que oitenta e três mil tenham morrido enquanto eram explorados, durante a construção da ferrovia.

Foi lá que Lomax conheceu Nagase Takashi, um de seus torturadores, que também servia de intérprete.

Durante um ano inteiro, oficiais japoneses tentaram fazer com que ele confessasse ser colaboracionista da resistência, o que nunca foi verdade.

Lomax teve quebrados seus braços e ossos do quadril, além de ter sido submetido a táticas de afogamento.

Quando retornou ao seu país, em 1945, após três anos como prisioneiro, ninguém o esperava no cais. Uma carta o informou de que sua mãe morrera e seu pai tornara a se casar.

Ele precisou de intenso trabalho terapêutico e do auxílio de sua esposa, para enfrentar o horror indizível de seu trauma.

Quarenta anos depois, ainda sofrendo da síndrome do estresse pós-traumático, ele encontrou aquele que identificava como o principal responsável por sua tortura.

Ainda ecoavam em sua mente as palavras insistentes: Confessa, Lomax. Confessa e não haverá mais dor.

De acordo com a esposa do britânico, a intenção dele, ao marcar um encontro com o japonês era matá-lo.

Os dois se reencontraram justamente na ferrovia que Lomax fora forçado a ajudar a construir.

A imagem da guerra, que mais atormentava Nagase era a de um tenente inglês, cuja tortura ele havia facilitado e acreditava estar morto.

Assim que enxergou Eric, Takashi começou a chorar e a pedir perdão, compulsivamente. Foi então que Lomax descobriu que, depois da guerra, seu inimigo mortal fora condenado e passara a trabalhar na rodovia, à procura de corpos.

Contudo, não pôde de imediato desistir de sua vingança e reconciliar-se com quem considerava seu inimigo mortal.

Algumas semanas depois, em Hiroshima, de todos, o local mais improvável, Lomax concedeu o perdão de que necessitava Nagase para viver e morrer em paz.

Acabaram por se tornar amigos e, em uma carta, mais tarde, escreveu-lhe Lomax: Algum dia, o ódio precisa acabar.

*   *   *

O perdão traz a paz. Por vezes, é um processo que necessita de tempo.

Tempo para quem se considera a vítima administrar o sentido das dores, dentro de si.

Tempo para olhar o inimigo e se dar conta de que ele é um infeliz, que igualmente precisa de paz.

E, como o ódio precisa acabar, se oferece o perdão.

Redação do Momento Espírita, com base
em dados biográficos de Eric Lomax.
Em 23.3.2016.

 

 

(Copiado do site Feparana)

A ferrovia e o trem. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Coração de mãe

Do livro Crônica de Além-Túmulo

Ditado pelo espírito Humberto de Campos

Médium Francisco Cândido Xavier

FEB

 

 

23 de agosto de 1935 Dolorosa e comovedora é a carta dessa mulher maranhense que te chegou às mãos, trazida nas asas de um avião trepidante e ruidoso. Mãe desesperada, apela para os sentimentos de paternidade que não me abandonaram no túmulo, e grita aflitivamente corno se as suas letras tremidas fossem vestígios arroxeados do sangue do seu coração: “Eu peço a Humberto de Campos que, mesmo do Além, salve o meu filho”! Ele, que não se esqueceu dos que deixou na Terra, não pode negar urna esmola à minha alma de mãe extremosa! E eu me lembro, comovido, dos apelos que me eram dirigidos pelos sofredores, nos derradeiros tempos da minha vida, enquanto eu naufragava devagarzinho no veleiro da Dor, entre as águas pesadas do oceano da Morte. Eu daria tudo para enviar, a essa mulher sofredora da terra que foi minha, a certeza de que o seu filho é uma criatura predileta dos deuses. Tudo faria para imitar aquelas mãos ternas e misericordiosas que descansaram sobre a fronte abatida do órfão da viúva de Naim, ressuscitando para um coração maravilhoso de Mãe as energias do filho que padece sob as provações mais penosas. A Morte, porém, não afasta do nosso caminho a visão estranha da fatalidade e do destino. Há um determinismo no cenário das nossas existências, criado por nós mesmos. O mal, com o seu cortejo de horrores, não está dentro dessa corrente impetuosa e irrefreável, mas todos os seus elos são formados pelos sofrimentos. Os homens de barro têm de batalhar a vida inteira, repelindo o Crime e o Pecado, mas inevitavelmente andarão atolados no pantanal da Dor e da Morte. O que mais me pungia, depois de haver perquirido as lições dos sábios daí, era a inutilidade dos seus argumentos ante as determinações irrevogáveis do destino. Após haver atravessado as estradas da ignorância despretensiosa, no limiar do imenso palácio das experiências alheias, presumia encontrar a solução dos enigmas que confundem o cérebro humano. Mas, em todas achei o mesmo tormento, as mesmas ansiedades angustiosas. Frente a frente ao pulso inflexível da Morte, toda a ciência do mundo é de uma insignificância irremediável. Nesse particular, todo o portentoso edifício da filosofia de Pitágoras não valia mais que as extravagantes teorias doutrinárias propaladas no mundo. Todos quantos laboram em favor do homem da Terra esbarram nos muros indevassáveis da Sombra. O Cristo foi o único que espalhou, na masmorra da carne, uma claridade suave, porque não se dirigiu à criatura terrena, mas à criatura espiritual. Assombrava-me o espetáculo pavoroso do mundo, onde as leis, liberalíssimas para a aristocracia do ouro e severas em face dos infortunados que palmilham o caminho espinhoso com os pés descalços e feridos, refletem o caráter humano com os seus incorrigíveis defeitos. E, despertando de longos pesadelos na porta de claridade da sepultura, a minha primeira inquirição, com respeito aos problemas que me atormentavam, foi uma pergunta dolorosa acerca dos contrastes amargos do mundo. Ainda aqui, porém, os gênios carinhosos da Sabedoria abençoam, a sorrir, os que os interpelam, porque a decifração dos enigmas das nossas existências está em nós mesmos. Apesar do destino inflexível, há uma força em nós que dele independe, como origem de todas as nossas ações e pensamentos. Somos obreiros da trama caprichosa das nossas próprias vidas. As mãos, que hoje cortam as felicidades alheias, amanhã se recolherão como galhos - ressequidos nas frondes verdes da Vida. As iniqüidades de um Herodes podem desaparecer sob o manto de renúncias de um Vicente de Paulo. O sensualismo de Madalena foi expurgado nos prantos amargosos da expiação e do arrependimento. Quando pudermos ver o passado em todo o seu desdobramento, depois de contemplarmos a Messalina em sua noite de regalados prazeres, vê-la-emos de novo, arrastando-se nas margens do Tibre, enfiada num vestido horripilante de negras monstruosidades. Faltou-me na vida terrena semelhante compreensão, para entender a Verdade. Que essa pobre mãe maranhense considere esses realismos que nos edificam e nos salvam. E, como um anjo de Dor à cabeceira do seu filho, eleve o seu apelo ao coração augusto d’Aquele que remove as montanhas com o sopro suave do seu amor. Sua oração subirá ao Infinito como um cálice de perfume derramado ao clarão das estrelas que enfeitam o trono invisível do Altíssimo, e, certamente, os anjos da Piedade e da Doçura levarão a sua prece, como cândida oferta da sua alma sofredora, à magnanimidade daquela que foi a Rosa Mística de Nazaré. Então, nesse momento, talvez que o coração angustiado da mãe que chora, na Terra, se ilumine de uma claridade estranha e misericordiosa. Seu lar desditoso e humilde será, por instantes, um altar dessa luz invisível para os olhos mortais. Duas mãos de névoa translúcida pousarão como açucenas sobre a sua alma oprimida e uma voz carinhosa, embaladora, murmurará aos seus ouvidos: "Sim, minha filha!... ouvi a tua prece e vim suavizar o teu martírio, porque também tive um filho que morreu ignominiosamente na cruz."

 

 

(Texto copiado do site http://luzdoespiritismo.com/wp-content/uploads/2013/04/04-cronicas-de-alem-tumulo.pdf)

A crucificação vista a partir da Cruz. Aquarela por James TissotImagem/fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_What_Our_Lord_Saw_from_the_Cross_(Ce_que_voyait_Notre-Seigneur_sur_la_Croix)_-_James_Tissot.jpg  

 

 

 

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