Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP,  quarta-feira, 19 de abril de 2023.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

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2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

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Maria

Livro Boa Nova

FEB

 

Junto da cruz, o vulto agoniado de Maria produzia dolorosa e indelével impressão. Com o pensamento ansioso e torturado, olhos fixos no madeiro das perfídias humanas, a ternura materna regredia ao passado em amarguradas recordações. Ali estava, na hora extrema, o filho bem-amado.

     Maria deixava-se ir na corrente infinda das lembranças. Eram as circunstâncias maravilhosas em que o nascimento de Jesus lhe fora anunciado, a amizade de Isabel, as profecias do velho Simeão, reconhecendo que a assistência de Deus se tornara incontestável nos menores detalhes de sua vida. Naquele instante supremo, revia a manjedoura, na sua beleza agreste, sentindo que a Natureza parecia desejar redizer aos seus ouvidos o cântico de glória daquela noite inolvidável. Através do véu espesso das lágrimas, repassou, uma por uma, as cenas da infância do filho estremecido, observando o alarma interior das mais doces reminiscências.

     Nas menores coisas, reconhecia a intervenção da Providência Celestial; entretanto, naquela hora, seu pensamento vagava também pelo vasto mar das mais aflitivas interrogações.

     Que fizera Jesus por merecer tão amargas penas? Não o vira crescer de sentimentos imaculados, sob o calor de seu coração? Desde os mais tenros anos, quando o conduzia à fonte tradicional de Nazaré, observava o carinho fraterno que dispensava a todas as criaturas. Freqüentemente, ia buscá-lo nas ruas empedradas, onde a sua palavra carinhosa consolava os transeuntes desamparados e tristes. Viandantes misérrimos vinham a sua casa modesta louvar o filhinho idolatrado, que sabia distribuir as bênçãos do Céu. Com que enlevo recebia os hóspedes inesperados que suas mãos minúsculas conduziam à carpintaria de José!... Lembrava-se bem de que, um dia, a divina criança guiara a casa dois malfeitores publicamente reconhecidos como ladrões do vale de Mizhep. E era de ver-se a amorosa solicitude com que seu vulto pequenino cuidava dos desconhecidos, como se fossem seus irmãos. Muitas vezes, comentara a excelência daquela virtude santificada, receando pelo futuro de seu adorável filhinho.

     Depois do caricioso ambiente doméstico, era a missão celestial, dilatando-se em colheita de frutos maravilhosos. Eram paralíticos que retomavam os movimentos da vida, cegos que se reintegravam nos sagrados dons da vista, criaturas famintas de luz e de amor que se saciavam na sua lição de Infinita Bondade.

     Que profundos desígnios haviam conduzido seu filho adorado à cruz do suplício?

     Uma voz amiga lhe falava ao espírito, dizendo das determinações insondáveis e

justas de Deus, que precisam ser aceitas para a redenção divina das criaturas. Seu coração rebentava em tempestades de lágrimas irreprimíveis; contudo, no santuário da consciência, repetia a sua afirmação de sincera humildade: “Faça-se na escrava a vontade do Senhor!”

     De alma angustiada, notou que Jesus atingira o último limite dos padecimentos inenarráveis. Alguns dos populares mais exaltados multiplicavam as pancadas, enquanto as lanças riscavam o ar, em ameaças audaciosas e sinistras. Ironias mordazes eram proferidas a esmo, dilacerando-lhe a alma sensível e afetuosa.

      Em meio de algumas mulheres compadecidas, que lhe acompanhavam o angustioso transe, Maria reparou que alguém lhe pousara as mãos, de leve, sobre os ombros.

     Deparou-se-lhe a figura de João que, vencendo a pusilanimidade criminosa em que haviam mergulhado os demais companheiros, lhe estendia os braços amorosos e reconhecidos. Silenciosamente, o filho de Zebedeu abraçou-se àquele triturado coração maternal. Maria deixou-se enlaçar pelo discípulo querido e ambos, ao pé do madeiro, em gesto súplice, buscaram ansiosamente a luz daqueles olhos misericordiosos, no cúmulo dos tormentos. Foi aí que a fronte do divino supliciado se moveu vagarosamente, revelando perceber a ansiedade daquelas duas almas em extremo desalento.

     —  Meu filho! Meu amado filho!... —  exclamou a mártir, em aflição diante da serenidade daquele olhar de melancolia intraduzível.

     O Cristo pareceu meditar no auge de suas dores, mas, como se quisesse demonstrar, no instante derradeiro, a grandeza de sua coragem e a sua perfeita comunhão com Deus, replicou com significativo movimento dos olhos vigilantes:

      —  Mãe, eis aí teu filho!...  — E dirigindo-se, de modo especial, com um leve aceno, ao Apóstolo, disse:  —  Filho, eis aí tua mãe!

     Maria envolveu-se no véu de seu pranto doloroso, mas o grande evangelista compreendeu que o Mestre, na sua derradeira lição, ensinava que o amor universal era o sublime coroamento de sua obra. Entendeu que, no futuro, a claridade do Reino de Deus revelaria aos homens a necessidade da cessação de todo egoísmo e que, no santuário de cada coração, deveria existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar, senão também para todos os necessitados do mundo, e que no templo de cada habitação permaneceria a fraternidade real, para que a assistência recíproca se praticasse na Terra, sem serem precisos os edifícios exteriores, consagrados a uma solidariedade claudicante. Por muito tempo, conservaram-se ainda ali, em preces silenciosas, até que o Mestre, exânime, fosse arrancado à cruz, antes que a tempestade mergulhasse a paisagem castigada de Jerusalém num dilúvio de sombras.

 

***

 

     Após a separação dos discípulos, que se dispersaram por lugares diferentes, para a difusão da Boa Nova, Maria retirou-se para a Betanéia , onde alguns parentes mais próximos a esperavam com especial carinho.

     Os anos começaram a rolar, silenciosos e tristes, para a angustiada saudade de seu coração.

     Tocada por grandes dissabores, observou que, em tempo rápido, as lembranças do filho amado se convertiam em elementos de ásperas discussões, entre os seus seguidores. Na Batanéia, pretendia-se manter uma certa aristocracia espiritual, por efeito dos laços consangüíneos que ali a prendiam, em virtude dos elos que a ligavam a José. Em Jerusalém, digladiavam-se os cristãos e os judeus, com veemência e acrimônia. Na Galiléia, os antigos cenáculos simples e amoráveis da Natureza estavam tristes e desertos.

     Para aquela mãe amorosa, cuja alma digna observava que o vinho generoso de Caná se transformara no vinagre do martírio, o tempo assinalava sempre uma saudade maior no mundo e uma esperança cada vez mais elevada no Céu.

   Sua vida era uma devoção incessante ao rosário imenso da saudade, às lembranças mais queridas. Tudo que o passado feliz edificara em seu mundo interior revivia na tela de suas lembranças, com minúcias somente conhecidas do amor, e lhe alimentavam a seiva da vida.

     Relembrava o seu Jesus pequenino, como naquela noite de beleza prodigiosa, em que o recebera nos braços maternais, iluminado pelo mais doce mistério. Figurava-se- -lhe escutar ainda o balido das ovelhas que vinham, apressadas acercar-se do berço que se formara de improviso. E aquele primeiro beijo, feito de carinho e de luz? As reminiscências envolviam a realidade longínqua de singulares belezas para o seu coração sensível e generoso. Em seguida, era o rio das recordações desaguando, sem cessar, na sua alma rica de sentimentalidade e ternura. Nazaré lhe voltava à imaginação, com as suas paisagens de felicidade e de luz. A casa singela, a fonte amiga, a sinceridade das afeições, o lago majestoso e, no meio de todos os detalhes, o filho adorado, trabalhando e amando, no erguimento da mais elevada concepção de Deus, entre os homens da Terra. De vez em quando, parecia vê-lo em seus sonhos repletos de esperança. Jesus lhe prometia o júbilo encantador de sua presença e participava da carícia de suas recordações.

     A esse tempo, o filho de Zebedeu, tendo presentes as observações que o Mestre lhe fizera da cruz, surgiu na Batanéla, oferecendo àquele espírito saudoso de mãe o refúgio amoroso de sua proteção. Maria aceitou o oferecimento, com satisfação imensa.

     E João lhe contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde as idéias cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca olvidara as recomendações do Senhor e, no íntimo, guardava aquele título de filiação como das mais altas expressões de amor universal para com aquela que recebera o Mestre nos braços veneráveis e carinhosos.

     Maria escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de ventura.

     João continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia consigo, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho desvelado, enquanto receberia de sua alma generosa a ternura maternal, nos trabalhos do Evangelho. Demorara-se a vir, explicava o filho de Zebedeu, porque lhe faltava uma choupana, onde se pudessem abrigar; entretanto, um dos membros da família real de Adiabene, convertido ao amor do Cristo, lhe doara uma casinha pobre, ao sul de Éfeso, distando três léguas aproximadamente da cidade. A habitação simples e pobre demorava num promontório, de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens e no altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade e, como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal.

     Maria aceitou alegremente.

     Dentro de breve tempo, instalaram-se no seio amigo da Natureza, em frente do oceano. Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam de novos núcleos de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros.

     Maria externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o Apóstolo comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos. Vezes inúmeras, a reunião somente terminava noite alta, quando as estrelas tinham maior brilho. E não foi só. Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e generoso. A notícia de que Maria descansava, agora, entre eles, espalhara um clarão de esperança por todos os sofredores. Ao passo que João pregava na cidade as verdades de Deus, ela atendia, no pobre santuário doméstico, aos que a procuravam exibindo-lhe suas úlceras e necessidades.

     Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”.

     O fato tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando:

     — Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e nossa Mãe Santissima!”

     A tradição criou raízes em todos os espíritos. Quem não lhe devia o favor de uma palavra maternal nos momentos mais duros? E João consolidava o conceito, acentuando que o mundo lhe seria eternamente grato, pois fora pela sua grandeza espiritual que o Emissário de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da críatura. Na sua humildade sincera, Maria se esquivava às homenagens afetuosas dos discípulos de Jesus, mas aquela confiança filial com que lhe reclamavam a presença era para sua alma um brando e delicioso tesouro do coração. O título de maternidade fazia vibrar em seu espírito os cânticos mais doces. Diariamente, acorriam os desamparados, suplicando a sua assistência espiritual. Eram velhos trôpegos e desenganados do mundo, que lhe vinham ouvir as palavras confortadoras e afetuosas, enfermos que invocavam a sua proteção, mães infortunadas que pediam a bênção de seu carinho.

     — Minha mãe — dizia um dos mais aflitos — , como poderei vencer as minhas dificuldades? Sinto-me abandonado na estrada escura da vida...

     Maria lhe enviava o olhar amoroso da sua bondade, deixando nele transparecer toda a dedicação enternecida de seu espírito maternal.

     — Isso também passa! — dizia ela, carinhosamente — só o Reino de Deus é bastante forte para nunca passar de nossas almas, como eterna realização do amor celestial.

     Seus conceitos abrandavam a dor dos mais desesperados, desanuviavam o pensamento obscuro dos mais acabrunhados.

     A igreja de Éfeso exigia de João a mais alta expressão de sacrifício pessoal, pelo que, com o decorrer do tempo, quase sempre Maria estava só, quando a legião humilde dos necessitados descia o promontório desataviado, rumo aos lares mais confortados e felizes. Os dias e as semanas, os meses e os anos passaram incessantes, trazendo-lhe as lembranças mais ternas. Quando sereno e azulado, o mar lhe fazia voltar à memória o Tiberíades distante. Surpreendia no ar aqueles perfumes vagos que enchiam a alma da tarde, quando seu filho, de quem nem um instante se esquecia, reunindo os discípulos amados, transmitia ao coração do povo as louçanias da Boa Nova. A velhice não lhe acarretara nem cansaços nem amarguras. A certeza da proteção divina lhe proporcionava ininterrupto consolo. Como quem transpõe o dia em labores honestos e proveitosos, seu coração experimentava grato repouso, iluminado pelo luar da esperança e pelas estrelas fulgurantes da crença imorredoura. Suas meditações eram suaves colóquios com as reminiscências do filho muito amado.

     Súbito recebeu notícias de que um período de dolorosas perseguições se havia aberto para todos os que fossem fiéis à doutrina do seu Jesus divino. Alguns cristãos banidos de Roma traziam a Éfeso as tristes informações. Em obediência aos éditos mais injustos, escravizavam-se os seguidores do Cristo, destruíam-se-Ihes os lares, metiam-nos a ferros nas prisões. Falava-se de festas públicas, em que seus corpos eram dados como alimento a feras insaciáveis, em horrendos espetáculos.

      Então, num crepúsculo estrelado, Maria entregou-se às orações, como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias do coração, por amor de seu filho.

     Embora a soledade do ambiente, não se sentia só: uma como força singular lhe banhava a alma toda. Aragens suaves sopravam do oceano, espalhando os aromas da noite que se povoava de astros amigos e afetuosos e, em poucos minutos, a Lua plena participava, igualmente, desse concerto de harmonia e de luz.

     Enlevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto de um pedinte.

     — Minha mãe — exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho —, venho fazer-te companhia e receber a tua bênção.

     Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino lhe falou do Céu, confortando-a delicadamente. Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se empolgada por tocante surpresa. Que mendigo seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçorosos? Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no íntimo as mais santas consolações. Onde ouvira noutros tempos aquela voz meiga e carinhosa?! Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta carícia? Seus olhos se umedeceram de ventura, sem que conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade.

     Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo acento de amor:

     — Minha mãe, vem aos meus braços!”

     Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplício. Não pôde mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria:

     —  Meu filho! meu filho! as úlceras que te fizeram!...

     E precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pelo último lançaço, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a carícia de suas mãos. Não conseguiu dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém, levantando-a, cercado de um halo de luz celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte:

     — Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu Reino a Rainha dos Anjos...

     Maria cambaleou, tomada de inexprimível ventura. Queria dizer da sua felicidade, manifestar seu agradecimento a Deus; mas o corpo como que se lhe paralisara, enquanto aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do Anjo, qual se a entoassem mil vozes cariciosas, por entre as harmonias do Céu.

     No outro dia, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir aos últimos instantes daquela que lhes era a devotada Mãe Santíssi- ma.

     Maria já não falava. Numa inolvidável expressão de serenidade, por longas horas ainda esperou a ruptura dos derradeiros laços que a prendiam à vida material.

 

***

 

     A alvorada desdobrava o seu formoso leque de luz quando aquela alma eleita se elevou da Terra, onde tantas vezes chorara de júbilo, de saudade e de esperança. Não mais via seu filho bem-amado, que certamente a esperaria, com as boas-vindas, no seu Reino de amor; mas, extensas multidões de entidades angélicas a cercavam cantando hinos de glorificação.

     Experimentando a sensação de se estar afastando do mundo, desejou rever a Galiléia com os seus sítios preferidos. Bastou a manifestação de sua vontade para que a conduzissem à região do lago de Genesaré, de maravilhosa beleza. Reviu todos os quadros do apostolado de seu filho e, só agora, observando do alto a paisagem, notava que o Tiberíades, em seus contornos suaves, apresentava a forma quase perfeita de um alaúde. Lembrou-se, então, de que naquele instrumento da Natureza Jesus cantara o mais belo poema de vida e amor, em homenagem a Deus e à Humanidade. Aquelas águas mansas, filhas do Jordão marulhoso e calmo, haviam sido as cordas sonoras do cântico evangélico.

     Dulcíssimas alegrias lhe invadiam o coração e já a caravana espiritual se dispunha a partir, quando Maria se lembrou dos discípulos perseguidos pela crueldade do mundo e desejou abraçar os que ficariam no vale das sombras, à espera das claridades definitivas do Reino de Deus. Emitindo esse pensamento, imprimiu novo impulso às multidões espirituais que a seguiam de perto. Em poucos instantes, seu olhar divisava uma cidade soberba e maravilhosa, espalhada sobre colinas enfeitadas de carros e monumentos que lhe provocavam assombro. Os mármores mais ricos esplendiam nas magnificentes vias públicas, onde as liteiras patrícias passavam sem cessar, exibindo pedrarias e peles, sustentadas por misérrimos escravos. Mais alguns momentos e seu olhar descobria outra multidão guardada a ferros em escuros calabouços. Penetrou os sombrios cárceres do Esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratavam padecimentos atrozes. Os condenados experimentaram no coração um consolo desconhecido.

     Maria se aproximou de um a um, participou de suas angústias e orou com as suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembléia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou a claridade misericordiosa de seu espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes. Eram anciães que confiavam no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o conforto do lar, jovens que depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança. Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?! Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus do que a falsa liberdade nos desvãos do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração como um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristãos oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido:

     — Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!... Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu!..

     A triste prisioneira nunca saberia compreender o porquê da emotividade que lhe fez vibrar subitamente o coração. De olhos extáticos, contemplando o firmamento luminoso, através das grades poderosas, ignorando a razão de sua alegria, cantou um hino de profundo e enternecido amor a Jesus, em que traduzia sua gratidão pelas dores que lhe eram enviadas, transformando todas as suas amarguras em consoladoras rimas de júbilo e esperança. Daí a instantes, seu canto melodioso era acompanhado pelas centenas de vozes dos que choravam no cárcere, aguardando o glorioso testemunho.

     Logo, a caravana majestosa conduziu ao Reino do Mestre a bendita entre as mulheres e, desde esse dia, nos tormentos mais duros, os discípulos de Jesus têm cantado na Terra, exprimindo o seu bom ânimo e a sua alegria, guardando a suave herança de nossa Mãe Santíssima.

 

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     Por essa razão, irmãos meus, quando ouvirdes o cântico nos templos das diversas famílias religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer no coração um brando silêncio, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume!

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Estátua representando  Maria no pátio da  Basílica da Anunciação em  Nazaré, Israel.  Foto: Ismael Gobbo

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Presépio na Noite de Natal na Praça de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo

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Quadro na Igreja da Dormição. Monte Sião, Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

File:Sir John Everett Millais 002.jpg

Jesus em casa com a família. Óleo sobre tela de Sir John Everett Millais. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Sir_John_Everett_Millais_002.jpg

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Jesus escolhe os  apóstolos

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_disciples_chosen_and_sent_out.jpg

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Sermão  da Montanha. Óleo sobre tela Carl Heinrich Bloch

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Bloch-SermonOnTheMount.jpg

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Jesus curando o cego nas proximidades de Jericó. Óleo sobre painel de Eustache Le Sueur

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eustache_Le_Sueur_003.jpg

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A crucificação de Jesus por Jacopo Tintoretto.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_Tintoretto_-_The_Crucifixion_of_Christ_-_WGA22477.jpg

File:Nolimetangerecorregio.jpg

Quadro “Noli me Tangere”  (Jesus e Maria Madalena)  de Correggio

Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Nolimetangerecorregio.jpg

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Efésus na Turquia. Foto Angel  Salvador

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Turistas visitando o local difundido como da Casa da Virgem Maria. Efésus, Turquia.

Foto Angel Salvador. 

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Este obelisco situado no calçadão de Tiberíades mostra o  formato do Lago de Tiberíades, ou Mar da

Galiléia,  ou Lago de Genesaré, ou Lago Kineret, etc,  parecido ao de uma viola ou de uma pera. 

Trata-se de um reservatório natural de água doce formado pelo  Rio Jordão que entra no

 lago a  - 208,80 m  e dele sai a - 213,00m em relação ao nível do Mar  Mediterrâneo.

O Rio Jordão nasce no Monte Hermon  e deságua no Mar Morto.

As dimensões máximas do lago são de 19kms de comprimento  por 13 km de largura.

A profundidade varia de 55 a 77m.   Foto Ismael Gobbo

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Roma. O Coliseu e área do Fórum Romano e Palatino. Foto Ismael Gobbo

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Humberto de Campos, espírito que ditou, e, Francisco Cândido Xavier,

o médium que psicografou o livro Boa Nova, da Editora FEB.

Maria Callas -  “Ave Maria”

 

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http://www.youtube.com/watch?v=l5cF5GGqVWo&feature=related

 

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Eles, os outros

 

No ano de 1945, o escritor francês Jean-Paul Sartre apresentou ao mundo uma peça de teatro intitulada: Entre quatro paredes.

Nela, duas mulheres e um homem se encontram no inferno, condenados a permanecer para sempre juntos, ali, entre quatro paredes, numa convivência sem fim.

Tornou-se célebre a frase dita por uma das personagens: O inferno são os outros!

Ao trazer a curiosa expressão, a peça nos oferece a reflexão de que o outro, em verdade, é fundamental para o conhecimento de nós mesmos.

Parafraseando o autor, se o inferno são os outros, o caminho de um futuro céu, de um futuro mundo melhor, também será alcançado através da presença e participação do outro.

Sim, são os outros, nossos irmãos de caminho, que se transformam diariamente em nosso caminho para o alto.

Vejamos, em primeiro lugar, entendendo a questão proposta por Sartre, que é na convivência contínua que nos descobrimos.

Por que trazemos a impressão de que conviver não é fácil?

Naturalmente porque nós não somos fáceis. Lembremos: nós somos o outro do nosso próximo.

O convívio necessário, proposto pelas leis divinas, faz com que compreendamos uns aos outros e, ao mesmo tempo, nós mesmos.

Haverá momentos em que o outro será espelho. Uma imagem daquilo que não temos coragem ou condições de enxergar em nós.

Haverá outras instâncias em que o outro será instrumento de desenvolvimento de nossas virtudes.

Por exemplo: como cultivar paciência e tolerância sem ter quem tolerar? Como conquistar a importante virtude da indulgência sem ter que aprender a olhar o outro com mais amorosidade?

O desenvolvimento da maioria das nossas virtudes passa, necessariamente, pelo convívio, passa pela presença do próximo em nossas vidas.

Agora, pensemos num aspecto que, por vezes, escapa ainda de nossa visão tão negativa das coisas: é através dos outros que, em muitas situações, a bondade do Criador consegue nos encontrar.

Nesse caso, o outro se torna instrumento da Bondade Divina que nos alcança.

Quantas vezes fomos salvos por um amigo, por um familiar, ou mesmo por um completo desconhecido, que possuía em mãos a resposta para o que precisávamos?

Quantas vezes, quando caídos, fomos erguidos pela bondade de alguém?

Quantas vezes fomos detidos, à beira do abismo da desesperança, pelo outro, que chegou no momento preciso?

Dessa forma, eles, os outros, são nossa estrada para a felicidade.

A Lei Divina, na Voz do Grande Mestre, é muito clara ao nos propor: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Dentro do plano de evolução de cada um de nós existem três grandes personagens: nós, Deus e o próximo.

Por isso, os que nos dedicamos ao próximo somos, naturalmente, mais felizes, nos sentimos mais completos.

Em contrapartida, aqueles que apenas esperamos do outro, esperamos ser servidos e atendidos em nossas necessidades, ainda nos encontramos perdidos nas malhas da carência e da decepção.

Reflitamos por fim: como anda nossa relação com os outros?

Redação do Momento Espírita
Em 18.4.2023.

 

Escute o áudio deste texto:

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6874&stat=0

 

(Copiado do site Feparana)

 

Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir no Balzac Memorial. Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre

LEIA BIOGRAFIA NO LINK

 

 

Purgatório. Dante, guiado por Virgílio, oferece consolação às almas dos invejosos. Óleo sobre tela de Hippolyte Flandrin.

Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hippolyte_Flandrin_-_Le_Dante,_conduit_par_Virgile,_offre_des_consolations_aux_%C3%A2mes_des_Envieux.jpg

 

 

Purgatorio ( pronunciado  [purɡatɔːrjo] ; Italiana para " Purgatório ") é a segunda parte de Dante 's divina comédia , seguindo o inferno , e que precede o Paradiso . O poema foi escrito no início do século XIV. É uma alegoria que conta a subida de Dante ao Monte do Purgatório , guiada pelopoeta romano Virgílio , exceto pelos últimos quatro cantos em que Beatrice assume o cargo de guia de Dante.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Purgatorio

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/JUNHO/20-06-2014_arquivos/image006.jpg

Busto do Dr. Francisco Franco da Rocha (1864 – 1933), um dos pioneiros do uso de técnicas modernas no tratamento de

 doenças mentais no Brasil.  Idealizador e fundador do Hospital Psiquiátrico do Juqueri em 1898. O busto datado de 1928 está em exposição na Biblioteca Municipal de  Franco da Rocha, SP. Foto Ismael Gobbo

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/AGOSTO/07-08-2019_arquivos/image014.jpg

Jesus curando o cego e mudo. Aquarela de James Tissot.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_exorcizando_o_cego_e_mudo

 

De acordo com os evangelhos, Jesus curou um homem possuído por demônios que estava era cego e mudo, recuperando-lhe tanto a voz quanto a visão. As pessoas que presenciaram o ato ficaram maravilhadas e perguntaram "É este, porventura, o filho de Davi?" (uma referência ao Messias esperado pelos judeus).

Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_exorcizando_o_cego_e_mudo

 

 

 

Compaixão e vida

 

 

Pelo Espírito Meimei.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro “Marcas do Caminho”. Lição nº 39. Página 126.

Mensagem recebida no Grupo Espírita da Prece em Uberaba em 04.09.1978.

 

Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.

A fim de prestar-lhes auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.

Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada, entram para logo nos quadros patológicos da loucura.

E já não sabem o que fazem.

Compadeça-te sempre.

Por trás das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.

Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo.

E movendo as mãos que espancam sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.

Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a prece muda e segue adiante.

Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina.

Os agressores são irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação com as trevas que lhes atormentam a vida.

Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do Bem Eterno.

Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.

É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte:

“Bem aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus“.

  (Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, “Tonhão”.  Belo Horizonte, MG)

O beijo de Judas e Pedro cortando a orelha de Malco. Óleo sobre tela de José Joaquim da Rocha.  Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jos%C3%A9_Joaquim_da_Rocha_-_O_beijo_de_Judas_e_Pedro_cortando_a_orelha_de_Malchus.jpg

 

 

Dirk Willems salva seu perseguidor nesta gravura da edição de 1685 do Martyrs Mirror 

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Dirk_Willems

 

 

Dirk Willems (falecido em 16 de maio de 1569; também conhecido como Durk Willems ) foi um anabatista martirizado holandês que é mais famoso por escapar da prisão, mas depois voltar para resgatar seu perseguidor - que havia caído no gelo fino enquanto perseguia Willems - para então ser recapturado, torturado e morto por sua fé.

Leia mais:

https://en.wikipedia.org/wiki/Dirk_Willems

 

O retorno do filho pródigo. Óleo sobre tela de Guercino.    Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Giovanni_Francesco_Barbieri,_gen._Il_Guercino_-_Gleichnis_vom_verlorenen_Sohn_-_GG_253_-_Kunsthistorisches_Museum.jpg

 

 

Cristo na casa dos fariseus. Pintura de Jacopo Tintoretto. Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christus_im_Hause_des_Pharis%C3%A4ers_Jacopo_Tintoretto.jpg   

 

 

 

A viagem de Jeziel em direção à Casa do Caminho

 

No programa sobre o livro “Paulo e Estêvão”, transmitido na noite do dia 11 de abril, Cesar Perri focalizou o capítulo dessa obra sobre a viagem de Jeziel, aprisionado em galera romana, até praia próxima a Jope. E o acolhimento dele na Casa do Caminho. Programa semanal da Rádio Brasil Espírita, de Maceió, às 3as feiras, às 22h30. Simultaneamente há transmissão por: You Tube, Amazon Music, Spotify, Deezer e Alexa.

Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=w_M3-ak5v5k

 

 

 

(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]])

 

 

Nota: Comemoração do dia 18 de abril no programa Café com Evangelho

 

Na manhã do dia 18 de abril, o programa “Café com Evangelho Mundial” contou com exposição de Cesar Perri de Carvalho, de São Paulo, comemorativa à data de lançamento de “O Livro dos Espíritos”.  O evento virtual foi coordenado por Aloísio Silva, do Espírito Santo, contando com a participação de vários companheiros. Em seguida houve comentários sobre página de autoria do espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.

Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=T70Fl5ssN1w

 

 

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

 

 

Informe Luz Espírita

Acesse no link

 

CLIQUE AQUI:

https://www.luzespirita.org.br/informe/informe.html

 

 

 

Sugestão de Pauta

Dia Nacional do Espiritismo

https://mcusercontent.com/b29a68975391d8be9fde4648f/images/03b69f67-f1be-fb1b-7788-3be81bb72674.png


Sugestão de Pauta
Dia Nacional do Espiritismo

17 de Abr, 23 | Comunicação FEB

 

 

https://mcusercontent.com/b29a68975391d8be9fde4648f/_compresseds/979f6fef-0c56-cbc4-c709-3ce4428b2f08.jpg

 

O lançamento de O livro dos espíritos, em 18 de abril de 1857, marca o início da divulgação da Doutrina Espírita no mundo. São 166 anos de história que, a partir de 2023, entram para o calendário comemorativo oficial do Brasil com a lei nº 14.354, publicada em 31 de maio de 2022 no Diário Oficial da União, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidência da república.

O Espiritismo é o conjunto de princípios e leis revelados pelos Espíritos Superiores à Allan Kardec no século XIX, organizados nas obras conhecidas como Codificação: O livro dos espíritos (1857), O livro dos médiuns (1861), O evangelho segundo o Espiritismo (1864), O céu e o inferno (1865) e A gênese (1868). Completam os materiais preparados por Kardec a Revista Espírita (1858-1869), O que é Espiritismo? (1859) e Obras Póstumas (1890) – o último lançado após sua desencarnação.

Sobre prudência, razão e fé, destaca-se a reflexão a seguir, colhida da obra O evangelho segundo o Espiritismo[2]:

“Cada coisa deve vir a seu tempo; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina. Mas o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; a obscuridade lhes pesa. Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do Céu, eles querem raciocinar sobre sua fé. É então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, a fé se enfraquece.”

Assista novamente a websérie Espiritismo – 165 anos Esclarecendo e Consolando. Organizado em cinco episódios, o programa apresenta a partir de uma perspectiva histórica os diferentes aspectos do Espiritismo.

 

https://mcusercontent.com/b29a68975391d8be9fde4648f/images/f1b2d8d5-4566-4dd4-55b1-09d245785aa9.png

Websérie Espiritismo – 165 anos Esclarecendo e Consolando

 

 

Ilustração. No fundo está um céu em tons cor-de-rosa, repleto de nuvens com o desenho de dois homens e um texto à direita, seguido de logo. O primeiro é Jesus, cabelos e barba longas, roupas claras, recortado até o ombro, com cerca de 30 anos. O segundo é Allan Kardec, homem de pele bege clara, vestido ao estilo do século 19, com poucos cabelos e barba, cerca de 50 anos. O texto diz: "18 de abril é o Dia Nacional do Espiritismo. 'Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.' — Allan Kardec no livro A gênese". Na parte superior da imagem, à direita, está o logo FEB, sigla para Federação Espírita Brasileira.

Ilustração. No fundo está um céu em tons cor-de-rosa, repleto de nuvens está uma moldura branca com fotografia do Congresso Nacional em Brasília e um texto abaixo que diz: "A data é o resultado do decreto do Congresso Nacional, sancionada pela Presidência da República na forma de Lei nº 14.354/2022, publicada no dia 31 de maio de 2022 no Diário Oficial da União". Na parte superior da imagem, à direita, está o logo FEB, sigla para Federação Espírita Brasileira.

Ilustração. No fundo está um céu em tons cor-de-rosa, repleto de nuvens e cinco capas dos livros da Doutrina Espírita, codificados por Allan Kardec, sendo da esquerda para a direita: O céu e o inferno; O evangelho segundo o espiritismo; O livro dos espíritos; A gênese; e O livro dos médiuns. Na parte superior está um texto que diz: "O Espiritismo é o conjunto de princípios e leis revelados pelos Espíritos Superiores à Allan Kardec no século XIX, organizados nas obras conhecidas como Codificação: O livro dos espíritos (1857), O livro dos médiuns (1861), O evangelho segundo o Espiritismo (1864), O céu e o inferno (1865), A gênese (1868). Completam os materiais preparados por Kardec a Revista Espírita (1858-1869), O que é Espiritismo? (1859) e Obras Póstumas (1890) – o último lançado após sua desencarnação". Na parte inferior da imagem, à direita, está o logo FEB, sigla para Federação Espírita Brasileira.

Ilustração. No fundo está um céu em tons cor-de-rosa, repleto de nuvens e uma frase de Allan Kardec do livro "O que é espiritismo?" que diz: “O Espiritismo é uma ciência que trata da Natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. Na parte superior da imagem, à direita, está o logo FEB, sigla para Federação Espírita Brasileira.

 

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(Recebido em email de Federação Espírita Brasileira [[email protected]])

 

 

6º. Encontro Espírita de Inverno

Poços de Caldas, MG

 

(Informação de Sonira Giosa do C.E.União Fraternal Raul Cury (Poços de Caldas-MG) recebida em email de Domingos B. Rodrigues [[email protected]])

 

 

Conferência no Centro de Cultura Espírita de

Caldas da Rainha, Portugal

 

 

Exms Senhores OCS,

 

As nossas mais cordiais saudações.

O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma conferência espírita, com a profª Catarina Fernandes, subordinada ao tema "Deus, Espírito, Matéria", na próxima 6ª feira, 21 de Abril de 2023, às 21h, com entrada livre e gratuita.

Posteriormente, decorrerá a bioenergia (passe espírita) e o atendimento em privado. Todas as actividades são livres e gratuitas. 

 

 

Cordialmente

 

    CCE  

 

 

 

(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [[email protected]])

 

 

Palestra no Centro Espírita Discípulos de Jesus

Araçatuba, SP

 

Palestra por Ismael Gobbo, na terça-feira, 18-04-2023, às 20 horas. Será abordado o tema   Allan Kardec na data comemorativa de O Livro dos Espíritos.

Endereço:

Av. Prestes Maia, 1235 - Planalto, Araçatuba – SP

 

 

 

 

Jornal Mundo Maior

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Jornal Correio Espírita

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Link

https://campanha.correioespirita.org.br/a/o.php?e=kGva&a=vKfMq&v=LyRdwC

 

 

(Recebido em email de Correio Espírita [[email protected]])

 

 

Live com Donizete Pinheiro

As Obras de Emmanuel. Acessar no Youtube.

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro [[email protected]])

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra pública no

C.E. Luz e Verdade. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Palestra e Roda de Conversa. União Espírita João de Camargo. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília. Roda de Conversa.

G.E. Jesus de Nazaré. Marília, SP

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

USE Regional de Marilia. Exposição e Roda de Conversa.

 Cosme Massi. Youtube

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Palestras programadas no C.E. Raymundo Mariano Dias

Birigui, SP

 

 

(Com informação de João Marchesi Neto)

 

 

Duas pesquisas em andamento por Ivan Franzolin

São Paulo

Olá, Ismael,

 

Solicito a gentileza de publicar durante 3 semanas as duas pesquisas em andamento, conforme segue.

Desde já o meu agradecimento.

Abraço,

 

Ivan Franzolim

Cel.: (11) 98156-0030

 

 

*Pesquisa para jovens! De todas as religiões*

O objetivo é conhecer como os jovens encaram e vivenciam as opções de espiritualidade.

Os resultados serão publicados em maio nas redes sociais.

Agradecemos muito Responder e Compartilhar com os amigos.

https://forms.gle/ErMbhpGYjvvKBTAXA

 

 

 

 

 

Este é um convite para você que é espírita, participar da Pesquisa Nacional, edição 2023.

Ela objetiva entender melhor como pensam e se comportam os espíritas.

A pesquisa é anônima e leva apenas alguns minutos para ser concluída.

Suas respostas são muito importantes para traçar um perfil dos espíritas e entender como o Espiritismo influencia o modo de viver.

Para participar, basta clicar no link abaixo e responder as perguntas. Seus dados serão mantidos em sigilo e usados apenas para fins estatísticos.

Link: https://forms.gle/2C8BkLV8Td6DeHMm6

Compartilhe esse convite com seus amigos espíritas e vamos juntos construir um estudo relevante e representativo sobre a religião espírita.

Agradecemos desde já a sua participação e colaboração para a construção de um movimento espírita mais estruturado e atuante.

Como curiosidade, o texto desta postagem foi escrito pela inteligência artificial do ChatGPT!

 

(Recebido  em email de Ivan Franzolim [[email protected]])

 

 

Palestras mês de abril da IBNL –

Instituição Beneficente Nosso Lar. São Paulo, SP

 

 

 

(Informações recebidas em email de Clodoaldo Leite [[email protected]])

 

 

FEESP. Renato Prieto em

Chico Xavier em Pessoa

 

 

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”.

 

Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. 

Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM

 

https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento

 

 

 

(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]])

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

Feparana- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Clique aqui:
http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

FEMAR- Federação Espírita do Maranhão

São Luís

 

Acesse aqui:

https://femar.org.br/

 

 

 

 

FEPI- Federação Espírita Piauiense

Teresina

 

Acesse aqui:

http://fepiaui.org.br/

       

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

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União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                                 

 

Asas da felicidade

 

Sidney Fernandes

PARTE 6

Amai-vos e instruí-vos

Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.Com essa épica exortação, o Espírito Verdade, em comunicação na Paris de 1860, chamou nossa atenção para as verdades da Revelação Cristã.

A felicidade alcançada pelo progresso intelectual logo dirá ao homem que ela somente será completa com o progresso moral. O Espiritismo, nesse estratégico momento da humanidade, saberá direcionar as criaturas para esse objetivo definitivo.

O homem espírita admite-se vaidoso e personalista, melindroso e egoísta. Porém, somente admitir tais imperfeições da alma pode ser somente movimento cerebral da inteligência iluminada pelo esclarecimento. Estar informado é a primeira etapa. Ser transformado é a etapa da maioridade.

Essas sábias palavras de Eurípedes Barsanulfo relembram a velha dicotomia do ser humano: ouvir com o cérebro, sem sentir com o coração. O estar informado do professor de Sacramento representa o exercício da intelectualidade. Nada ela acrescentará ao nosso esforço evolutivo, sem que a moral da transformação modifique o nosso comportamento.

Nivelamento de asas

Alerta-nos Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, que a superioridade moral nem sempre guarda proporção com a superioridade intelectual, sendo a recíproca verdadeira. Caminhar para o nivelamento das asas evolutivas depende, alerta o Codificador, da educação. A centelha divina que confere ao espírito o senso moral também lhe dá o alcance intelectual. É chegado o momento de adquirirmos novos hábitos, formar novos caracteres, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.

Sendo ele o primeiro desenvolvimento que desponta no homem civilizado, como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?pergunta Allan Kardec.

Respondem os espíritos:

— Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.

- Continua na parte 7 -

 

 (Recebido em email de Sidney Fernandes [email protected])

http://www.noticiasespiritas.com.br/2021/MAIO/01-05-2021_arquivos/image057.jpg

Colégio Allan Kardec e busto de Eurípedes Barsanulfo. Sacramento, MG. Fotos Ismael Gobbo

 

 

 

 

 

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