Jesus Boletim diário de Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, segunda-feira, 28 de julho de 2025.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 


 

Atenção

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Publicação em sequência

Revista Espírita – Ano 6 - 1863

 

 

 

 

 

 

(Continua na próxima postagem)

 

 

 

(Texto copiado do site Febnet)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/ABRIL/26-04-2019_arquivos/image009.jpg

Cena da Pesagem da Alma do morto  (Psicostasia) em papiro egípcio. Museu Britânico, Londres, Reino Unido.

Foto Ismael Gobbo

 

 

É a comprovação de que os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e na

lei de causa e efeito tão bem explicitadas pela doutrina cristã e pelo espiritismo.

 

Anjos caídos no inferno. Óleo sobre tela de John Martin.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Martin_002.jpg

A parábola do homem rico e Lázaro, representando o homem rico no inferno, pedindo ajuda a Abraão e Lázaro no céu por James Tissot. Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Christian_views_on_Hell

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JULHO/13-07-2019_arquivos/image010.jpg

A ilustração de Botticelli do Inferno de Dante mostra bajuladores insinceros rastejando nos excrementos

no segundo buraco do oitavo circulo.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Sycophancy

 

Livro “O Céu e o Inferno”. Allan Kardec.

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JANEIRO/11-01-2019_arquivos/image011.jpg

Jesus falando com Nicodemos. Obra de William Brassey

Imagem/fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Nicodemus#/media/File:William_Brassey_Hole_Nicodemus.jpg

 

No diálogo de Jesus com Nicodemos falou o Mestre: "Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-8) 

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/ABRIL/26-04-2019_arquivos/image010.jpg

Pedra que encima o dólmen de Allan Kardec no Cemitério Père Lachaise em Paris, França. Foto: Laura Emilia Michelin Gobbo

 

Dizeres: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/JULHO/10-07-2018_arquivos/image015.jpg

Estátua O Bom Pastor. Catacumbas de S. Calixto. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPu58FgS6l32NKT1ENV6_8Ah1Om7-B8UNbkL50gTAYFdMnILD21H0Z-aH9qkaMWrTWivD9GqnXdz6i-d0lgLLIaVI-0IrF9dMg4ij2InWRdLHwlNn2_rPqyPLyEWwlaB18DCSqalFhBr_T/

Busto de Allan Kardec. Praça Allan Kardec. Guarulhos, SP, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEBFederação Espírita Brasileira

 

 

CAPÍTULO V

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Bem-aventurados os aflitos

 

- Justiça das aflições – Causas atuais das aflições- Causas anteriores

das aflições – Esquecimento do passado- Motivos de resignação

- O suicídio e a loucura- Instruções dos Espíritos: Bem e mal sofrer

- O mal e o remédio – A felicidade não é deste mundo- Perda

de pessoas amadas. Mortes prematuras- Se fosse um homem  de

bem, teria morrido – Os tormentos voluntários- A desgraça real-

A melancolia – Provas voluntárias.  O verdadeiro cilício-

Dever-se-á pôr termo às provas do próximo? – Será lícito abreviar

a vida de um doente que sofra sem esperança de cura? – Sacrifício

da própria vida – Proveito dos sofrimentos para outrem

 

 

Causas atuais das aflições

 

     4. As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou se quisermos, têm duas fontes bem diferentes que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

     Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e da conduta dos que os suportam.

     Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

     Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não terem sabido limitar seus desejos!

     Quantas uniões infelizes, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade, e nas quais o coração não tomou parte alguma!

     Quantas dissensões e disputas funestas se teriam evitado com mais moderação e menos suscetibilidade!

     Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

     Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio! Por fraqueza ou indiferença deixaram que neles se desenvolvessem os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afliguem com a sua falta de respeito e a sua ingratidão.

     Que todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida interroguem friamente suas consciências; que remontem passo a passo à origem dos males que os afligem e verifiquem se, na maior parte das vezes, não poderão dizer: Se eu tivesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante situação.   

     A que, portanto, deve o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios, mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, a má estrela, quando sua má estrela está na sua própria incúria.

     Os males dessa natureza fornecem, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar pelo seu aprimoramento moral, tanto quanto o faz pelo seu melhoramento intelectual.

     5. A lei humana atinge certas faltas e as pune. O condenado pode então dizer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não alcança, nem pode alcançar todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade, e não sobre as que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há uma só falta, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete consequências forçosas e inevitáveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar, a fim de evitar, futuramente, o que redundou para ele numa fonte de amarguras; se não fosse assim, não haveria motivo algum para que se  emendasse. Confiante na impunidade, retardaria o seu adiantamento e, por conseguinte, a sua felicidade futura.

     Algumas vezes, porém, a experiência chega um pouco tarde. Quando a vida já foi desperdiçada e turbada, quando as forças já estão gastas e o mal é irremediável, o homem põe-se a dizer: “Se no começo da vida eu soubesse o que sei agora, quantos passos em falso teria evitado! Se tivesse que recomeçar, eu me portaria de maneira inteiramente diversa. No entanto, já não há mais tempo!”. Como o operário preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Mas assim como para o operário o Sol se levanta no dia seguinte, dando início a uma nova jornada que lhe permite reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.      

          

 

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Próximo

Causas anteriores das aflições

 

 

(Copiado de O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEB – Federação Espírita Brasileira)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOer7nCsw6ZAeB3Ql5nPcW3Jn9fYTJpq8sjusRjJvTfhFFvdBBwYlr3a6L48ErkdDiZcdXtBsFG_ejJvjtsmGjRRxq7CjBGg4L_EdMJJm9hFPZnlnho-q6DjRKk7mJDYy2GN8e0pm_oln2/

A adoração de Mamon. Óleo sobre tela por Evelyn De Morgan.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_worship_of_Mammon.jpg

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/JANEIRO/16-01-2020_arquivos/image049.jpg

A cólera do alcoólico. Pastel sobre tela do Professor Humberto Viggiano. Foto Ismael Gobbo

Quadro exposto no Museu Penitenciário Paulista. São Paulo, Brasil.

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/JANEIRO/16-01-2020_arquivos/image050.jpg

Hábitos Perigosos. Pastel sobre tela do Professor Humberto Viggiano. Foto Ismael Gobbo

Quadro exposto no Museu Penitenciário Paulista. São Paulo, Brasil

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2020/JANEIRO/16-01-2020_arquivos/image051.jpg

Os Colhedores. Óleo no painel de Pieter Bruegel, o Velho.

Imagem/fonte:

 https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pieter_Bruegel_the_Elder-_The_Harvesters_-_Google_Art_Project.jpg

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/AGOSTO/09-08-2022_arquivos/image025.jpg

Cristo conversando com Nicodemos à noite. Óleo no painel de Crijn Hendricksz Volmarijn

Imagem copiada de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Crijn_Hendricksz.jpeg

 

 

No diálogo de Jesus com Nicodemos falou o Mestre: "Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-8)  

 

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“Dolce Far Niente”. Prazer de não fazer nada. Óleo sobre tela por John William Waterhouse

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_William_Waterhouse_-_Dolce_Far_Niente_(1880).jpg 

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/11-11-2019_arquivos/image011.jpg

Purgatório. Dante, guiado por Virgílio, oferece consolação às almas dos invejosos. Óleo sobre tela de Hippolyte Flandrin.

Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hippolyte_Flandrin_-_Le_Dante,_conduit_par_Virgile,_offre_des_consolations_aux_%C3%A2mes_des_Envieux.jpg

 

 

Purgatorio ( pronunciado  [purɡatɔːrjo] ; Italiana para " Purgatório ") é a segunda parte de Dante 's divina comédia , seguindo o inferno , e que precede o Paradiso . O poema foi escrito no início do século XIV. É uma alegoria que conta a subida de Dante ao Monte do Purgatório , guiada pelopoeta romano Virgílio , exceto pelos últimos quatro cantos em que Beatrice assume o cargo de guia de Dante.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Purgatorio

 

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Trabalhos. Óleo sobre tela por Ford Madox Brown.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ford_Madox_Brown_-_Work_-_artchive.com.jpg

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQZSJREuxGws82PDJmn6YdCEktTqX_LWQtHqNsaw01Boh9iRJdnWuYqQ0kaGHKTyhb9mEyO8gVDqBuBXAhpXKBuUPN-ChCJJ8Nu9fPd5OKkbAjKnAEJ30uIbfeLf3l55ESlxMwmLY-jj2c/

“O Angelus”. Óleo sobre tela por Jean-François Millet. 1857/1859.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Angelus_(painting)

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/DEZEMBRO/12-12-2018_arquivos/image016.jpg

Jesus Cristo no Monte das Oliveiras. Óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo.

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JANEIRO/05-01-2019_arquivos/image009.jpg

Prece do “Pai Nosso”. Aquarela por James Tissot

Imagem/fonte:

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Brooklyn_Museum_-_The_Lord%27s_Prayer_%28Le_Pater_Noster%29_-_James_Tissot.jpg

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/NOVEMBRO/06-11-2019_arquivos/image037.jpg

Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard

 

 

 

A presença das quedas d’água

 

Deus permitiu a existência das quedas d'água para aprendermos quanta força de trabalho e renovação podemos extrair de nossas próprias quedas.

Ao contemplar uma queda d'água, por vezes, não percebemos quanta força, quanto trabalho e renovação existe naquele lugar.

A natureza nos dá constantemente exemplos de conduta edificante.

São lembretes do Criador, marcas que deixou, sinais, para que não nos perdêssemos no caminho a seguir.

O encerrar da noite nos fala sobre a necessidade de finalizar ciclos. A renovação da manhã nos convida a renascer sempre e proclama que toda escuridão passa.

A rotação da Terra nos apresenta dias e noites, claro e escuro, contrastes e extremos sempre presentes.

As estações trazem as cores diferentes da existência, em cada fase de nosso tempo aqui na Terra. Convidam também aos necessários recomeços.

Observando a colmeia dinâmica e disciplinada percebemos a organização do Universo, a riqueza do instinto presente em todos os seres.

Mirando o espetáculo de polinização realizada pelos pássaros, notamos a importância dos voos para além dos espaços conhecidos.

Acompanhando o crescer silencioso do bambu debaixo da terra, extraímos a lição da paciência e da resistência, compreendendo que tudo tem seu ritmo.

Deus está conosco, não apenas nas quedas d'água, mas em todo gesto de amor, de proteção, de cuidado.

A natureza é boa. As leis de Deus também o são.

Quando presenciamos uma tempestade devastadora sem a compreensão necessária, enxergamos apenas destruição, incômodo e mal.

Precisamos perceber o que acontece em cada fenômeno, em cada mudança, em cada pequeno ajuste realizado pela Divindade.

A eficaz limpeza da atmosfera espiritual durante as grandes chuvas nos passa despercebida. Não nos damos conta do reequilibrar da temperatura, do regar do solo, da alegria das fontes.

Pensamos somente no imediato, no pequeno, no individual.

Somos parte importante de um todo majestoso, mas não somos tudo. Não somos apenas, somos também.

A presença das quedas d'água, assim como a presença do solo árido, dos insetos e pássaros, nos contam os segredos da vida maior, da vida espiritual.

*   *   *

Inspiremo-nos na natureza esplendorosa. Construamos nossos dias abraçados às maravilhas do Criador. Permaneçamos atentos, despertos, como aprendizes aplicados nesse cosmo infinito.

Aprendamos com a natureza.

Resplandece o sol no alto, a fim de auxiliar a todos.

As estrelas agrupam-se em ordem.

O céu tem horários para a luz e para sombra.

A rocha garante a vida no vale, por se resignar à solidão.

O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.

A ponte serve ao público sem exceções, por se afirmar contra o extremismo.

O vaso serve ao oleiro, após suportar o clima do fogo.

A pedra brilha, depois de sofrer as limas do lapidário.

A semeadura rende sempre, de acordo com os propósitos do semeador.

Reflitamos a respeito.

Redação do Momento Espírita, com transcrições do
cap. 35, do livro 
Agenda Cristã, pelo Espírito
 André Luiz e do cap. 12, do livro 
Companheiro, pelo
                Espírito Emmanuel, ambos psicografia de Francisco
 Cândido Xavier, ed. FEB e IDE, respectivamente.
Em 26.7.2025

 

 

  (Copiado de  https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6383&stat=0)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2013/JUNHO/17-06-2013_arquivos/image003.jpg

A bela Cachoeira Três Quedas em  Santa Rita do Passa Quatro, SP. Foto Ismael Gobbo

 

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A belíssima Cachoeira dos Pretos com 154 metros de queda. Uma das nascentes do Rio Piracicaba.  Joanópolis, SP.

Foto Ismael Gobbo  

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiej5zSLP_fdwrRhEUcyX8i5X6uN9s7SP6DtS2WtCkfRfGqd-SGCx5Oiqh0kR4oV2sBbSVXv7Ua1QSWJ1Yg1dBBNYo43Lbanip_mJ-rXJBY9tCdoHdtq79P7VVj5C6Djh0PSTj2_N-v1kLs/

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEoRDMFXpmZlVrNkY_D-QT8Zn1nNzDs_bgI_ZcgQH4FhqqGyHDONEwQRpiOCbv3OfkA-C_3PfScXXFtJeVBQ0PP3eSzS4t-VBCWFJsoCYRfq8MqFSgZBuXGPGRTeKpPV9S04iKSAA9MdRN/

Fontana di Trevi, Roma, Itália. Fotos de  Ismael Gobbo

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O sol anunciando um novo dia em paisagem típica do Paraná. Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

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O Rio Nilo atravessando a cidade do Cairo, Egito.

Foto Ismael Gobbo

 

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O Mar Mediterrâneo em Cesaréia, Israel. Foto Ismael Gobbo.

 

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Rio Tietê em Itapura, SP. Foto Ismael Gobbo

 

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 A Lua fazendo despontar uma nova noite. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjAHxG-s5QBLxZwef9Bd83pq9YOYmpMdIxxh_tmoCLkCwPmNxO445DgecgdYB648RpAklnh13QDV4M91HaV7RxAE_sHuPoePpKJ5b_UlBqAPG3LoaSJs6a3r60Q2stqqo-fURGPJJHX7-b/

Noite estrelada sobre o Ródano. Óleo sobre tela por Vincent van Gogh

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Starry_Night_Over_the_Rhone.jpg

 

 

 

Amando sempre

 

Pelo Espírito Meimei.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Ideal Espírita. Lição nº 87. Página 207.

 

Aproveite o dia e faze o melhor, amando sempre.

Plasma a obra que vieste realizar entre os homens, enquanto o apoio do tempo te favorece.

Suporta com paciência as vicissitudes da estrada e aceita, nas circunstâncias difíceis, a justiça da vida que volta a pedir-te contas.

Na tarefa mais obscura, apõe o selo da bondade, e, na conversação mais simples, modela a palavra luminosa do entendimento.

Abraça em cada pessoa que te cruze o caminho, alguém que te leve mais longe a mensagem de auxílio, e, em cada página, por mais pequenina, que te registre o pensamento, grava o amor puro que te verte do ser.

Observa o relógio impassível.

Minuto marcado é valor que não torna.

Terás, sim, outros minutos, mas em novo dia, em novo problema, em nova situação e em nova paisagem...

Toda criatura terrestre, embora não perceba, vive a despedir-se do mundo, pouco a pouco, despachando, cada dia, com os próprios atos, a bagagem que encontrará na estação de destino.

Use, desse modo, as forças que Deus te empresta, na construção do bem, porque, amanhã, quando a morte chegar, compreenderás, por fim, que tudo quanto fizeste aos outros a ti mesmo fizeste.

 

 

(Recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Relógio de São Pedro completou 108 anos em 15 de novembro de 2024.

Fica no local da antiga Igreja de São Pedro, demolida para o alargamento da

 Avenida Sete de Setembro. Salvador, BA. Foto: Ismael Gobbo.

Arquivo: En såret arbejder (Henningsen) .jpg

Um trabalhador ferido. Óleo sobre tela de Erik Henningsen

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:En_s%C3%A5ret_arbejder_(Henningsen).jpg

 

A fazenda. Pintura em aquarela por Myrles Birket Foster.

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Myles_Birket_Foster_-_The_Farm_Cart.JPG

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip19nTpNHnSdBIK7-DJMFWC-KE6RaPgiv5n9qegFXQuU3bfTlwMU894x3sCDdqQuRUUd8-A5HkSTaIbJzsM3VTHy4-AhY9OmIlvpCgpbqJyiz_jhcCob7r363-70Rof43NH8b-Tcl3-Ukr/

Conforme a autora, o quadro retrata entidade espiritual feminina da falange de Meimei acolitando crianças.

Óleo sobre tela da artista plástica Nair Camargo, de São Paulo, SP.

Obra exposta no salão de reuniões do Fraternidade Espírita Gina, em São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo.

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXjIPWgUlz937JLEQxkG74lfOmMAhzZxOMkgG67Fw_7Ut3Yh0dSM6fFI2qyc-bzr7GbHzZGovb1m5sJ2nGcrLDkQrqRoWcnKVsjvGGscc4WxJYeappItn80wjKZqJq3U5oKQFSBivOhUBDQ_jfaZqpNviSWMr_mDqkfamZQDYllq1BBq9HA4W1HWRo6A


Chico Xavier,  aos 90 anos, trabalhando como sempre. Foto Ismael Gobbo

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfUQ10032s-suGUk7GGoTQDorBdApwj3bm2A8oL0rqKfVYtUgv5Q8kJIOgm4HK5kcr1r81V8QXwtmp5c0rSyL0Meit-VjXONk4IpflKl-17mfFRm1VLQN9CfJmGo37hssHNAvcSniHMclM/

O Vale das Lágrimas. Óleo sobre tela de Gustave Doré

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gustave_Dor%C3%A9_-_La_Vall%C3%A9e_de_larmes.jpg

 

 

 

Palestra no C.E. Maria Benta

Jabaquara, São Paulo, capital

 

 

(Informação de Jorge Lira Rezala)

 

 

O desafio da transformação

 

 

 

 

Sidney Fernandes

O ser humano tem uma tendência natural a terceirizar suas culpas e responsabilidades. Muitas vezes, ao confrontar erros ou falhas, procura justificativas externas, seja nas circunstâncias, na família ou em fatores históricos, como um modo de alívio para as próprias inseguranças.

Esse comportamento é uma tentativa de evitar a dor da autoanálise e do reconhecimento das próprias imperfeições. “Não é minha culpa, é da insegurança do meu cérebro”, poderíamos dizer, para evitar enfrentar o que realmente precisa ser transformado.

De fato, a Doutrina Espírita nos ensina que, muitas vezes, nossas dificuldades e atitudes estão enraizadas em questões mais profundas, como o orgulho e o egoísmo.

Isso nos leva a um ciclo de negação, onde a culpa é sempre atribuída aos outros, e nunca a nós mesmos. Muitos preferem encontrar explicações no pretérito, acreditando que os traumas e os erros de vidas passadas justificam os comportamentos negativos no presente. Essa visão, apesar de ser uma tentativa de compreensão, apenas prolonga o sofrimento, pois impede a verdadeira transformação interior.

Esse fenômeno é exacerbado pela sociedade contemporânea, que muitas vezes ensina que a crítica ao outro é uma forma de afirmação da própria superioridade moral.

No mundo atual, destacam-se os comportamentos agressivos e as atitudes que apontam falhas nos outros, sem considerar que a verdadeira evolução ocorre quando somos capazes de enxergar nossas próprias imperfeições e buscar a mudança interior.

A crítica ao próximo muitas vezes reflete a nossa dificuldade em lidar com nossos próprios defeitos, e é nesse ponto que a Doutrina Espírita se torna uma ferramenta de transformação profunda. Ela nos convida a refletir sobre nossas atitudes, a buscar a autocrítica e a renunciar ao orgulho, aprendendo a trabalhar as falhas do espírito em vez de projetá-las nos outros.

A proposta espírita é clara: para alcançarmos a verdadeira evolução moral, precisamos superar a tendência de se autoafirmar criticando os outros.

O primeiro passo para a transformação interior é assumir a responsabilidade pelos nossos próprios atos, sem buscar culpados externos, e trabalhar nossos defeitos para que possamos, de fato, ser melhores.

O exemplo de humildade e de transformação pessoal é o que nos permite crescer espiritualmente, pois é ao renunciarmos ao ego que alcançamos a verdadeira paz interior.

 

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Alegoria do Orgulho. Criador: Lambert Corneliiz.

Imagem copiada de  https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Allegory_of_Pride_Met_DP888806.jpg 

 

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Alusão da Soberba.

Ilustração de CE Brock para a edição de 1895 do romance Orgulho e Preconceito de Jane Austen (Capítulo 18)

Imagem copiada de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:PrideandPrejudiceCH18.jpg

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnXgJroou1puWx58sLncjfCpMegh02UfRYtiW9zeOUQRPvBB7e0f9WV0IYLW4h3L3Ak4m56igItDtka5acGipJngykvYyx0ma6syi8WZI50DGpWN_rMqTD8Kix8l2crbC8Rw_QCF-F9jU7/

Cena da Pesagem da Alma do morto  (Psicostasia) em papiro egípcio. Museu Britânico, Londres, Reino Unido.

Foto Ismael Gobbo

 

 

É a comprovação de que os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e na

lei de causa e efeito tão bem explicitadas pela doutrina cristã e pelo espiritismo.

 

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O primeiro será o último. Guache sobre grafite em papel tecido cinza. Autor: James Tissot

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_The_First_Shall_Be_Last_(Le_premier_sera_le_dernier)_-_James_Tissot_-_overall.jpg

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOHJkPtCgcGTrR8EBY9ZehNx_MvT4AjJtrH_fTWtI5EZObAleeDq8fCVNSdmeVX99f8twMvWt6-p2gGmI4nyxtRbCV5hAl6jsqJRD2mIoeRtm9m8egR96FMrcH1WTiolkP-oDGw1Xl-U-G/

Jesus e o jovem rico. Pintura de Heinrich Hoffmann.

Imagem/fonte : https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hoffman-ChristAndTheRichYoungRuler.jpg

 

O Jovem Rico

16 Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?”

17 Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos”.

18 “Quais?”, perguntou ele.

Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe’[a] e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’[b]”.

20 Disse-lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?”

21 Jesus respondeu: “Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me”.

22 Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.

23 Então Jesus disse aos discípulos: “Digo-lhes a verdade: Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. 24 E lhes digo ainda: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.

25 Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: “Neste caso, quem pode ser salvo?”

Leia mais:

https://www.biblegateway.com/passage/?search=Mateus+19%3A16-30%2CLucas+18%3A18-30&version=NVI-PT

 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIWPmhu0UVfbhSsdO3v8dEH1y1kLGA4xGSGEoylxGtsnkNN3HNeayUbvMqvWx5djSpb8kFNCgDjTBS1gS46_lvVR1tguvkR_iL1peV7XWRKdv8SOtYBcSv2xyCXUlSrMAkAkotZ3gdoawd/

O Semeador. Obra de arte de Lucio Fontana como uma tapa de  antigo túnel por onde passava ferrovia.

Parque Urquiza, Rosário Argentina. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Registro. Trabalhos no Projeto Chico Xavier

neste sábado 26-07-2025. Araçatuba, SP

 

O trabalho é muito grande com inicio as 16 horas após a prece de abertura. Muitas pessoas colhem os alimentos para serem entregues a pessoas inscritas na casa. Na cozinha preparam muitas comidas para  as crianças e ovens  das aulas de Evangelização e tendo festa dos aniversariantes do mês.  É aplicado passes aos presentes. A palestra foi proferida pelo orador Émerson Gratão.

 

Fotos acima de Osvaldo Magro Filho “Dinho”

 

(Informações de Émerson Gratão)

 

 

 

Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha

Portugal

 

 

Exms Senhores OCS,

 

As nossas mais cordiais saudações.

 

1 - O Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma palestra subordinada ao tema "Causas das aflições: óptica espírita", com a convidada Helena Correia, no dia 1 de Agosto de 2025, 6ª feira, às 21h00.  Posteriormente, teremos a Fluidoterapia (passe espírita) e o atendimento em privado.

      

 2 - Decorre um grupo de estudo, em Julho e Agosto, das 15H00 às 16H00, sobre o livro "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec, com entrada livre e gratuita.

 

Todas as palestras são colocadas no Youtube do CCE em http://bit.ly/29VcVMV 

  

      

Cordialmente,

 

       CCE

 

 

Tel: 938 466 898; 966 377 204;

www.cceespirita.wordpress.com - E-mail: [email protected]

www.youtube.com/c/CentrodeCulturaEspíritaCaldasdaRainha

www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Espírita-de-Caldas-da-Rainha-195515483836343/ 

 

 

 

(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [[email protected]])

 

 

Espiritualidade e trabalho: dá para equilibrar?

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Publicação espírita brasileira pioneira

 

 

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Agora em julho transcorrem 156 anos do lançamento da primeira publicação espírita brasileira com idioma totalmente em português.

Em julho de 1869 – doze anos após a publicação de O livro dos espíritos foi lançado OÉcho d’Além-Túmulo – Monitor do Espiritismo no Brasil, em Salvador, na Bahia.

O periódico tinha como responsável o jornalista Luís Olympio Telles de Menezes e contava com 56 páginas cada edição. Foi pioneiro na imprensa espírita brasileira, chegando a circular, inclusive, em Nova Iorque, Londres, Paris, Lyon, Madrid, Barcelona, Sevilha, Bolonha e Catânia.

Luís Olympio Telles de Menezes (1828-1893), professor primário, estenógrafo, funcionário da Assembleia Legislativa e Oficial da Biblioteca Pública da Bahia. Falava inglês, francês, castelhano e latim. Colaborou com os periódicos: Diário da Bahia, Jornal da Bahia, A Época Literária, como redator e diretor. Escreveu o romance Os dois rivais; foi membro do Instituto Histórico da Bahia.

Em 1857 fundou o Conservatório Dramático da Bahia, onde teve contato com os fenômenos espíritas e, na busca de entendimento, passou a se corresponder com espíritas franceses, entre eles, o Codificador Allan Kardec.

Fundou em 17 de setembro de 1865, em Salvador, o Grupo Familiar do Espiritismo, o primeiro ligado à Doutrina Espírita, no Brasil. Em 1866, publicou Filosofia Espiritualista, tradução da parte inicial de O Livro dos Espíritos, tendo sido impressos mil exemplares, que se esgotaram nos primeiros meses. 

De conteúdo didático, OÉcho d’Além-Túmulo transcrevia artigos da Revue Spirite, páginas de O Livro dos Espíritos, e tinha por objetivo apresentar e desmistificar a visão errônea que se tinha da Doutrina Espírita. Seus pilares eram o lema da Revolução Francesa: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Não possuía fins lucrativos e parte das suas vendas destinava-se à causa abolicionista.

O Écho d’Além-Túmulo foi citado duas vezes na Revue Spirite. Em outubro de 1869, na seção “Novos jornais estrangeiros”: “O Eco D’Além-Túmulo, monitor do Espiritismo no Brasil, publicado mensalmente na Bahia, em língua portuguesa, em cadernos de 60 páginas in-octavo, sob a direção do Sr. Luiz Olympio Telles de Menezes, membro do Instituto Histórico da Bahia”.1

Na edição seguinte, em novembro de 1869, na seção “Bibliografia: O ECO DE ALÉM-TÚMULO Monitor do Espiritismo na Bahia (Brasil) Diretor: Sr. Luiz Olympio Telles de Menezes”, com o texto (trechos): “Num dos últimos números da Revista anunciamos o aparecimento de uma nova publicação espírita em língua portuguesa, na Bahia (Brasil), sob o título de L’Écho Spirite d’Outre-Tombe (O Eco de Além-Túmulo, monitor do Espiritismo no Brasil). Mandamos traduzir o primeiro número desse jornal, a fim de que os nossos leitores dele se inteirem com perfeito conhecimento de causa.As passagens seguintes, extraídas de O Eco de Além Túmulo, provarão, melhor do que longos comentários, o ardente desejo do Sr. Luiz Olympio, de concorrer eficaz e rapidamente para a propagação dos nossos princípios, […] ao qual nos apressamos imediatamente a endereçar vivas felicitações, pela iniciativa corajosa de que nos dá prova. Com efeito, é preciso grande coragem de opinião para criar num país refratário como o Brasil, um órgão destinado a popularizar os nossos ensinamentos. A clareza e a concisão do estilo, a elevação dos sentimentos ali expressos, são para nós uma garantia do sucesso dessa nova publicação. A introdução e a análise que o Sr. Luiz Olympio faz, do modo pelo qual os Espíritos nos revelaram a sua existência, pareceram-nos bastante satisfatórias”.2

A seção da longa resenha é assinada por A. Desliens, Secretário-Gerente do Comitê de Administração da Revue spirite. Trata-se de Armand Theodore Desliens.

Nas informações biográficas de Luís Olympio, consta que apesar de ter formação católica, ele via no Espiritismo uma forma de resgate do cristianismo primitivo dentro da própria Igreja Católica. Por isso, surgiram entraves e inconvenientes ao associar sua proposta com o surgimento do jornal espírita, o que causou problemas pois, à época, o Catolicismo era a religião oficial do Estado, conforme estabelecido pela Constituição brasileira de 1824.

Cedendo às pressões, o jornalista encerrou as atividades de OÉcho d'Álem-Túmuloe mudou-se para o Rio de Janeiro. Todavia com o Grupo familiar de Espiritismo e com o periódico, Luís Olympio lançou as bases para a chegada e a sedimentação da Doutrina Espírita no Brasil.

Em expressiva homenagem caracterizada por emissão de selo postal, no ano de 1969, os Correios do Brasil emitiram selo em homenagem ao centenário da imprensa espírita no Brasil, com estampa do fundador Luís Olympio Telles de Menezes.

Bibliografia:

1)      Kardec, Allan. Trad. Bezerra, Evandro Noleto. Bibliografia – Novos jornais estrangeiros. Revista espírita: Jornal de estudos psicológicos. Ano XII, n. 10, out. 1869. Rio de Janeiro: FEB.

2)      Idem. Op. cit. ano XII, n. 11, nov. 1869.

DE:  https://grupochicoxavier.com.br/publicacao-espirita-brasileira-pioneira/

 

 

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

 

 

Festa das Ações. Local: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado. Araçatuba, SP

 

(Informação de Milene Gratão)

 

 

Palestra no Núcleo Espírita Miramez

Guarulhos, SP

 

 

 

(Recebido em email de [email protected])

 

 

A poesia e a sensibilidade de Victor Hugo a serviço da espiritualidade (leia agora!)

Olá! Bom dia!

Tudo bem com você? Espero que sim!

 

A poesia e a sensibilidade de Victor Hugo a serviço da espiritualidade

Enquanto Allan Kardec fazia suas pesquisas e preparava os livros básicos da doutrina espírita, outro francês, seu contemporâneo, também buscava respostas do mundo invisível para suas inquietações existenciais e um drama pessoal.

O grande escritor Victor Hugo buscava consolo para a perda de sua filha Léopoldine.

Leia agora: www.bit.ly/VictorHugoEspiritualidade

 

Histórias do romancista, poeta, dramaturgo e defensor de causas sociais, Victor Hugo, está na seção Baú de Memórias da atual edição do Correio Fraterno. Você sabia que ele organizava sessões espíritas em sua casa, na Ilha de Jersey, quando ficou exilado após o golpe de estado de Luís Napoleão Bonaparte?

Mergulhe nessa interessante leitura e fique sabendo sobre suas comunicações não apenas com a filha, mas com outros espíritos como Molière, Shakespeare, Rousseau, Mozart, Galileu, Lutero, Rafael e Maomé: www.bit.ly/VictorHugoEspiritualidade

 

Um abraço,


Izabel Vitusso

Editora Correio Fraterno

 

 

Editora Correio Fraterno

 

 

 

Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 2955 - São Bernardo do Campo - SP - 09851.000
Caso não queira mais receber meus e-mails, acesse esse link. (Unsubscribe).

 

(Recebido em email de Editora Correio Fraterno [[email protected]])

 

 

 

Vem aí “Sexo e Destino”, filme baseado no livro de Chico Xavier

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Vem aí “Sexo e Destino”, filme baseado no livro de Chico Xavier
O longa “Sexo e Destino”, baseado no livro psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira pelo Espírito André Luiz e publicado pela Federação e Espírita Brasileira (FEB), está em produção.

21 de jul, 25 | Comunicação FEB

 

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Rio de Janeiro, 21 de julho de 2025. O elenco do filme, dirigido por Márcio Trigo, inclui Bruno Gissoni, Letícia Augustin, Antônio Fragoso, Rafael Cardoso, Carol Macedo, Tato Gabus Mendes, Totia Meireles, Jaedson Bahia, Raquel Rizzo, Tiago Luz, Laura Proença, Ronald Pinheiro, Ana Teixeira, Luiz Eduardo Cordeiro e Patricia Pinho.

O roteiro teve a participação no desenvolvimento de Glauber Filho e Almudena Ruiz e foi escrito por Márcio Trigo, Rodrigo Santos, Luisa Prochnik e Carolina Massote. A trama do livro clássico publicado em 1963 foi ambientada para os dias atuais.

“Este é um momento de alegria por estarmos juntos em mais uma produção baseada em um livro da nossa FEB, mais um projeto em parceria com a FEB Cinema. “Sexo e Destino” nos traz lições e reflexões ricas sobre perdão, amor, vícios, reerguimento, temas muito importantes para todos debatermos e refletirmos”, enfatiza o diretor João Rabelo, presente nas gravações do filme junto com as coordenadoras da FEB Cinema, Ida Natividade e Mayara Paz e da colaboradora da juventude da FEB, Maria Clara Chaves.

“Sexo e Destino” é uma produção da New Cine e TV (de Tomislav Blazic), Estação Luz Filmes (de Sidney Girão) e FEB, pelo selo próprio, FEB Cinema. A distribuição será da Paris Filmes.

 

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Coleção "A vida no mundo espiritual"
“Sexo e Destino” é o décimo segundo livro da coleção “A vida no mundo espiritual”, trazidos por André Luiz por meio da psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira. Ao total são treze livros que apresentam diferentes aspectos das vivências no além-túmulo e suas relações com o plano terreno. 

 

A FEB
Fundada em 1884, a Federação Espírita Brasileira é uma instituição referência sobre o Espiritismo no mundo. A FEB tem por missão oferecer a Doutrina Espírita ao ser humano por meio do seu estudo, prática e difusão, pela união solidária dos espíritas e unificação das instituições espíritas, contribuindo para a formação do homem de bem. Com sede administrativa em Brasília (603 norte) e histórica no Rio de Janeiro (Av. Passos n. 28/30), é mantida com a venda de livros, por doações e trabalho voluntário.

 

 

Contatos para Imprensa:

Assessoria de imprensa de “Sexo e Destino” | Diagrama Comunicações
Marcelo Cajueiro
[email protected]
21 98802-3190

Assessoria de imprensa | Federação Espírita Brasileira
Mayara Paz
[email protected] 

 

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(Recebido Em email de Federação Espírita Brasileira [[email protected]])

 

 

Nota:   CONVERSAS DE ALÉM-TÚMULO – Filme espírita inédito - Trailer Oficial

 

 “Conversas de Além-Túmulo” é um filme espírita produzido pela TV Espírita Nosso Lar, com vários episódios extraídos da Segunda Parte do livro O CÉU E O INFERNO de Allan Kardec. Várias reuniões mediúnicas de caráter investigativo foram realizadas (a maior parte delas ocorreram na Sociedade Espírita Parisiense) quando Espíritos eram evocados por Allan Kardec para efeito de Instrução) entre os anos de 1857 a 1869.

EPISÓDIO 1 - SIXDENIERS, MORTE POR AFOGAMENTO:

O episódio de estreia dramatiza a história real de Sixdeniers, um homem de bem, morto por afogamento. Sixdeniers havia conseguido comunicar-se através de um médium conhecido seu, fato este ocorrido em Bordeaux, França, no dia 11 de fevereiro de 1861.

O filme produzido pela TV Espírita Nosso Lar estreiará em breve exclusivamente pelo canal dessa TV no You Tube: contatos pelo WhatsApp (77) 98808-0915.

Acesse o trailer pelo link:

https://youtu.be/yvoACT8MH4U?si=IX4EKV-Q8mL56xUJ

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

 

 

II Encontro Espírita das Águas 2025

Caxambú, MG

 

 

(Recebido em email de Domingos B. Rodrigues [[email protected] por solicitação da nossa amiga Sonira Giosa (Poços de Caldas – MG).

 

 

Portal Luz Espírita

Acesse abaixo:

 

CLICAR AQUI:

https://www.luzespirita.org.br/

 

 

(Informações em email de Domingos B. Rodrigues [[email protected]])

 

 

 

Correio Espírita - Jornal de julho de 2025

Problemas com a mensagem? visualize no navegador.

 

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Jornal Correio Espírita de julho de 2025

 

Olá

 

Destaques:

 

- Não levaremos nada desta vida!

- Dialogando com o dogmatismo;

- A ideia de civilização;

- Estudar poucos gostam, mas é preciso

- Mentira.

Tudo isso e muito mais no Correio Espírita.

www.correioespirita.org.br

Assinaturas on-line, leia pelo site por apenas R$ 30,00 anuais.

 

Assine via pix: 07293460000102 (Entre emcontato conosco)

 

 

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Jornal AGENDA CRISTÃ - Rancharia (SP) - julho.2025

Olá, Ismael:

 

Segue o Jornal Agenda Cristã, de Rancharia, edição de julho.

 

Abraço fraterno,

 

Atilio

 

 

(Recebido em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]])

 

 

Jornal Momento Espírita - edição de julho

Centro Espírita Amor e Caridade. Bauru, SP

 

Acesse aqui:

https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Jornal-Momento-Esp-Julho-25-min.pdf

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]])

 

 

APES : programme d'activités spirites JUILLET AOUT 2025

APES: programa de atividades espíritualistas  JULHO AGOSTO 2025

Chère Madame, Cher Monsieur,

 

Les vacances estivales sont aussi des moments pour se ressourcer dans l'étude et la compréhension de notre vie sur terre, et de sa continuité dans le monde spirituel. Notre centre spirite APES, vous invite à venir et à partager la connaissance spirite dans un moment agréable pendant vos vacances, en assistant à nos cycles d'exposés sur de thèmes spirites divers et variés. 

Si pendant cette période, vous êtes à Paris en vacances, nous serons heureux de vous accueillir lors de ces activités.

 

Pour le mois de JUILLET 2025 voici les titres de nos exposés :

- Le double objectif de La Revue Spirite : un moyen de communication et de compréhension du Spiritisme sous son point de vue moral.

- Réponses des Esprits à quelques questions sur leurs agissements sur la matière.

- ÉVOCATIONS PARTICULIÈRES : "Mère, je suis là".

- VISIONS : un cas singulier de vision intuitive.

 

Pour le mois d'AOÛT 2025 voici les titres de 4 dissertations de l'Esprit Georges sur le thème :

- La formation des Esprits,

- Les Esprits errants,

- Le réveil de l'Esprit,

- Le progrès des Esprits.

 

Le  samedi 16 août 2025 de 15 à 17 heures une après-midi sur le Spiritisme et Médiumnité : QUESTIONS & RÉPONSES.

Les médiums du centre spirite APES sont à la disposition des personnes présentes pour répondre à leurs interrogations.

 

Pour plus d'information, veuillez trouver en pièce jointe le programme détaillé de ces activités pour les mois de JUILLET et AOUT 2025.

ou consulter n'hésitez pas à consulter notre site www.apes-asso.fr 

ou nous contacter :  [email protected] ou par téléphone 07 82 09 7158 (merci de laisser votre message)

 

Au plaisir de vous accueillir et partager avec vous ces moments d'étude et de connaissance spirite.

 

Cordialement

 

Anita BECQUEREL

Présidente de l'APES

A.P.E.S. - Association Parisienne d'Etudes Spirites
Construire aujourd'hui l'Homme de demain.

Nous vous accueillons au 22 rue des laitières 94300 Vincennes
chaque vendredi soir à partir de 19h30 et
chaque deuxième et dernier samedi du mois à partir de 14h30
sauf jours fériés.

Plus d'information par téléphone au 0141 931 708 et
sur notre site internet
http://www.apes.asso.fr

 

 

TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS PELO GOOGLE

 

Prezado(a) Senhor(a),

 

As férias de verão também são um momento para recarregar as energias através do estudo e da compreensão da nossa vida terrena e da sua continuidade no mundo espiritual. O nosso Centro Espírita, APES, convida-o(a) a partilhar o conhecimento espírita num momento agradável durante as suas férias, assistindo à nossa série de apresentações sobre diversos temas espíritas.

 

Se estiver em Paris de férias durante este período, teremos o prazer de o(a) receber nestas atividades.

 

Para o mês de JULHO de 2025, aqui estão os títulos das nossas apresentações:

- O duplo objetivo da Revista Espírita: um meio de comunicação e compreensão do Espiritismo a partir da sua perspetiva moral.

- Respostas dos Espíritos a algumas perguntas sobre as suas ações na matéria.

- EVOCAÇÕES ESPECIAIS: "Mãe, estou aqui."

- VISÕES: um caso único de visão intuitiva.

 

Para o mês de AGOSTO de 2025, aqui estão os títulos de quatro dissertações de Spirit Georges sobre os seguintes temas:

- A Formação dos Espíritos,

- Espíritos Errantes,

- O Despertar do Espírito,

- O Progresso dos Espíritos.

 

No sábado, 16 de agosto de 2025, das 15h às 17h, uma tarde sobre Espiritismo e Mediunidade: PERGUNTAS E RESPOSTAS.

Os médiuns do Centro Espiritualista APES estão à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.

 

Para mais informações, segue em anexo o programa detalhado dessas atividades para os meses de JULHO e AGOSTO de 2025.

Ou visite nosso site www.apes-asso.fr

Ou entre em contato conosco: [email protected] ou pelo telefone +33 7 82 09 7158 (deixe uma mensagem).

 

Aguardamos ansiosamente sua visita e compartilharemos esses momentos de estudo e conhecimento espiritualista.

 

Atenciosamente,

 

Anita BECQUEREL

Presidente da APES

APES - Associação Parisiense de Estudos Espíritas

Construindo o Homem de Amanhã Hoje.

 

Recebemos vocês na rue des laitières, 22, 94300 Vincennes, todas as sextas-feiras à noite, a partir das 19h30, e no segundo e último sábado do mês, a partir das 14h30, exceto feriados.

 

Para mais informações, ligue para 0141 931 708 ou visite nosso site em http://www.apes.asso.fr

 

 

 

 

(Recebido em email de Elsa Rossi [[email protected]])

 

 

ESTÁ DISPONÍVEL NA INTERNET O JORNAL “O IMORTAL” DE JULHO (se puder, divulgue)

Amigo(a) das lides espíritas:

Leia a edição de julho, que traz uma entrevista com a jornalista Melissa Petri Pedrola, pós-graduada e especialista em Psicologia Positiva, Ciência do Bem-Estar e Autorrealização e colaboradora do Centro Espírita Verdade e Luz, de Jaú-SP.

O acesso ao jornal é gratuito. Para acessar a edição, clique aqui: https://www.jornaloimortal.com.br/Home

Muito obrigado pela divulgação que puder fazer em sua Casa Espírita e junto a amigos e familiares.

Um forte abraço e ótima semana para todos os seus.

Astolfo O. de Oliveira Filho

Av. Saíra Prateada, 62 - Condomínio Golden Garden

86701-865 - Arapongas, PR

 

 

Acesse:

https://www.jornaloimortal.com.br/Home

 

 

 

Simplesmente Divaldo, e outros destaques da RIE de julho

Matão, SP

 

 

ACESSE:

https://www.oclarim.com.br/

 

 

(Informação de Casa Editora O Clarim [[email protected]])

 

 

Palestras na IBNL - Instituição Beneficente Nosso Lar- julho 2025

São Paulo, capital

Caro Ismael, segue em anexo a programação das palestras de julho de 2025. Agradecemos a sua gentileza por divulgá-la.

Abraço fraterno.

Clodoaldo de Lima Leite 

Presidente voluntário da IBNL

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”

 

 

 

 

(Recebido em email de Clodoaldo Leite [[email protected]])

 

 

 

Atividades do Centro Espírita Esperança e Caridade

Julho/2025- Araçatuba, SP

 

 

 

(Informações de Katia Calciolari)

 

 

VII Congresso Conciencia- Espanha-Dezembro 2025

Alicante

VII CONGRESSO CONCIENCIA -  ESPANHA DEZEMBRO 2025

 https://bibliotecaespirita.es/vii-congreso-espirita-conciencia-2025/

 

 

(Recebido em email de Elsa Rossi [[email protected]])

 

 

Edição 122 da Folha Espírita Francisco Caixeta

Araxá, MG

 

ACESSE AQUI:

http://www.espiritacaixeta.org.br/folha/Fol122.pdf

 

 

 

(Informação recebida de Folha Espírita Francisco Caixeta [[email protected]])

 

 

Festival de caridade - Inscreva-se para ser voluntário!

Virginia, Estados Unidos

 

ACESSE AQUI:

https://www.ssvirginia.org/charityfestival

 

 

 

 

(Informação em email de Spiritist Society of Virginia [[email protected]])

 

 

Obras importantes de Elsa Rossi

Tesouros para as crianças

 

 

 

(Informações de Elsa Rossi [[email protected]])

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

PALESTRA PÚBLICA NA FEB/PROGRAMAÇÃO

SEMANAL 27 DE JULHO A 2 DE AGOSTO

ACESSE AQUI:

https://www.febnet.org.br/portal/2025/07/25/palestra-publica-na-feb-programacao-semanal-27-de-julho-a-2-de-agosto/

 

Aproveite as inscrições abertas para o 11º. Congresso Espírita Mundial

ACESSE AQUI:

https://www.febnet.org.br/portal/2025/07/14/inscricoes-11-congresso-espirita-mundial/

 

 

 

Lançamento de O que é o espiritismo/ Julho 1859

 

 

Ilustração. Em um fundo dourado com algumas luzes e um sol irradiando, está a capa do livro

 

A obra organizada por Allan Kardec, O que é o espiritismo trata de uma introdução ao conhecimento, reunido por meio da manifestação dos espíritos, contendo o resumo dos princípios da Doutrina e respostas às principais objeções que podem ser apresentadas. Anunciado na Revista Espírita em julho de 1859, apresenta uma das principais teses propostas por Allan Kardec: “Fora da Caridade não há salvação”.

Separado em três diálogos: o crítico, o cético e o padre, cuja primeira parte responde às observações mais comuns feitas por aqueles que desconhecem os princípios fundamentais da Doutrina; no segundo capítulo há uma exposição simples das partes da ciência prática e experimental, sendo um resumo do que viria a ser publicado em O livro dos médiuns (1861); no terceiro capítulo é apresentada uma síntese de O livro dos espíritos

Estes resumos não somente são úteis aos principiantes, que neles poderão, em pouco tempo, ter o conhecimento das noções gerais do Espiritismo, senão também aos adeptos, pois lhes fornecem os meios para responderem às primeiras objeções que não deixarão de apresentar. 

“Para responder […] à pergunta formulada no título deste opúsculo, diremos que: O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. 

Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”
— Allan Kardec [1]

Acesse a Central de Downloads no portal da FEB e baixe gratuitamente: O que é o Espiritismo.

O livro pode ser adquirido no site febeditora.com.br

Referências

[1] KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. 56. ed. 7. imp. Brasília: FEB, 2019. Preâmbulo.

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(Copiado de https://www.febnet.org.br/portal/2025/07/01/lancamento-de-o-que-e-o-espiritismo-julho-1859/)

 

 

FEP- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Clique aqui:
http://www.feparana.com.br/

 

 


 

 FERGS- Federação Espírita do Rio Grande do Sul

Porto Alegre

 

Clique aqui:

https://www.facebook.com/federacaoespiritars/?locale=pt_BR

 

 

 

 

FEC- Federação Espírita Catarinense

Florianópolis

 

Clique aqui:

https://www.facebook.com/fec.federacaoespiritacatarinense/?locale=pt_BR

 

 

 

 

Abrigo Ismael

Araçatuba, SP

Quer ajudar o Abrigo e não sabe como?

Doando sua nota fiscal paulista, você estará ajudando nossas vovós. Faça a doação on line de seu cupom fiscal para o Abrigo Ismael! É fácil, rápido, você ajuda a entidade e ainda tem 2,5 vezes mais chances de ser sorteado!

 

(Copiado de https://web.facebook.com/abrigoismael/?locale=pt_BR&_rdc=1&_rdr)

 

 

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti –

O Pensamento” - Vol 1

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento” - Vol.1

Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. 

https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento

WhatsApp- Editora

14 99164-6875

 

 

 

(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]])

   

 

PROGRAMA PINGA FOGO I - Com Chico Xavier em

 28 07 1971. Assista no link abaixo

 

CLIQUE AQUI E ASSISTA O PROGRAMA PINGA FOGO 1 COM CHICO XAVIER:

https://www.youtube.com/watch?v=wsKvEK869tI

 

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JULHO/28-07-2023_arquivos/image051.jpg

https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/JULHO/28-07-2023_arquivos/image052.jpg

 

 

 

Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier

Boletim semanal – Ano XI.  5a semana de Julho de 2025

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Publicação espírita brasileira pioneira; Instinto, inteligência e riqueza; Condição da fé inabalável e confraternização; Consciência além da vida, a ciência moderna e a validação dos princípios espíritas; Revista comenta o censo do IBGE e sobre O céu e o inferno; Sempre vivos

 

Artigo:

- Publicação espírita brasileira pioneira:

https://grupochicoxavier.com.br/publicacao-espirita-brasileira-pioneira/

 

Vídeos:

- Instinto, inteligência e riqueza:

https://grupochicoxavier.com.br/instinto-inteligencia-e-riqueza/

 

Estudo do Evangelho:

- Condição da fé inabalável e confraternização:

https://grupochicoxavier.com.br/a-condicao-da-fe-inabalavel-e-confraternizacao/

 

Bibliografia:

-Consciência além da vida, a ciência moderna e a validação dos princípios espíritas:

https://grupochicoxavier.com.br/consciencia-alem-da-vida-a-ciencia-moderna-e-a-validacao-dos-principios-espiritas/

 

- Revista comenta o censo do IBGE e sobre O céu e o inferno:

https://grupochicoxavier.com.br/revista-comenta-o-censo-do-ibge-e-sobre-o-ceu-e-o-inferno/

 

Mensagem

Sempre vivos:

https://grupochicoxavier.com.br/sempre-vivos/

 

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Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável” – Emmanuel.

 

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 1. FEB)

 

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Com fraternal abraço,

Equipe GEECX

 

 

 

 

 

 

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]])

 

 

HOMENAGEM

 

 

Michaela Marques Mattiazzo
(28/05/1910 - 26/07/1997)

 

Biografia elaborada por
 Irma Mattiazo Ré

Dos nove filhos do casal Alberto Marques da Silva e Mariana Silveira Marques, Michaela foi a quarta, nascida em Bauru, no dia 28 de maio de 1910. Menina, ainda, ouviu de um espírito amigo, numa reunião espírita, na casa de seus tios, que ela possuía missão mediúnica. Mas, Espiritismo, naquela época, era coisa de bem poucos e inexistia centro espírita nas fazendas e lugares por onde morou sua família (seu pai era mestre-escola); assim, o aviso do espírito amigo caiu no esquecimento.

Michaela casou-se aos 17 anos, no dia 28 de julho de 1927, com Orlando Mattiazzo, com quem teve quatro filhos: Moacir, Almerinda, Irma e Vera. Moravam em Araçatuba. Aos 24 anos, quando tinha três filhos, numa noite, viu, num sonho ruim, um homem estranho, com uma voz mais estranha ainda, aproximar-se dizendo-lhe: “Até agora, estive com sua mãe; agora, vou ficar com você”. Nesse mesmo dia, à tarde, sentiu forte dor de cabeça, seguida de violenta convulsão. Esse foi o primeiro “ataque” de uma terrível série que causava sofrimentos indescritíveis para toda a família. Seu marido trabalhava com caminhão de transporte de toras, saindo de madrugada e só voltando à tarde. Seus filhos assustavam-se a cada nova crise. Michaela, às vezes, passava alguns dias sem sofrê-las, mas, em compensação, havia dias em que sofria mais de uma crise. Os médicos consultados nada podiam fazer. Houve até um diagnóstico de “psicose puerperal”, mas, na primeira vez em que aconteceu, sua filha menor tinha já dois anos de idade. Benzedores chamados aliviavam, mas não curavam. Foi feita uma promessa para N. S. Aparecida. Ela passou bem por nove meses, chegando a julgar-se curada. Foram a Aparecida do Norte, para pagar a promessa, lá deixando suas tranças. Paga a promessa, os ataques voltaram com a mesma intensidade de antes.

Em julho de 1939, grávida de dois meses de sua filha caçula, na tarde de uma sexta-feira, em que Moacir voltara apressado da escola para ter tempo de ir “pro mato buscar toras com o pai”, na segunda viagem do dia, houve um acidente pelos lados do Córrego Azul. Moacir foi trazido para casa agonizando e desencarnou a seguir. O estado de saúde de Michaela piorou muito com a perda do filho. Consolar-se, como? Michaela era católica. À noite, reunia as filhas em sua cama para rezar, pedindo a Deus “pra que seu filho tivesse um bom lugar no céu”. Mas só isso não era suficiente para acalmar seu desespero; seu filho havia morrido, não voltaria jamais!

Uma tarde, recebeu a visita de duas mulheres desconhecidas. Explicaram que eram espíritas e que numa reunião haviam recebido uma comunicação de Moacir, seu filho, pedindo-lhes que fossem à casa de seus pais levar o conforto para sua mãe. Enquanto conversavam, uma das mulheres foi envolvida pelo espírito de uma mãe que sofrera muito com a perda de seu filho caçula e agora ali estava para testemunhar que a morte fora vencida, que a vida continuava. A partir desse dia, todas as tardes Michaela ia receber passes em casa de dona Laurinha, a médium que a visitou. Essa senhora a orientou sobre a necessidade de freqüentar um centro espírita. Sua melhora foi grande mas bem longe ainda de ser considerada cura. Começou a freqüentar o Abrigo Ismael, foi ao centro da Dona Benedita, assistiu a trabalhos de materialização em casa dos Protetti, sob a direção da Rosa Protetti, mas, como quase todas as pessoas perturbadas, não conseguiu se fixar em grupo nenhum.

Em setembro de 1943, mudou-se com a família para Penápolis, quando conheceu dona Maria Baiana, sua vizinha do lado, que freqüentava um centro lá pelas bandas da Santa Casa. Dona Maria a convidou a participar das reuniões. Michaela aceitou e, assim, deu início ao seu desenvolvimento mediúnico. Foi sob a direção do Senhor João Marchesi, a quem ela muito estimava, que sua mediunidade desabrochou de vez. Todos os sintomas dos terríveis ataques de nervos, que duraram treze longos e dolorosos anos, desapareceram.

Michaela desenvolveu dons mediúnicos de vidência, intuição, audição e psicofonia. Em companhia de dona Maria Baiana, ela visitava doentes, fazendo preces, na certeza de ajudá-los. As pessoas começaram a procurá-la para passes que ela nunca recusou, na sua casa ou nas dos necessitados. E as primeiras curas foram acontecendo: dona Benedita era uma senhora humilde, que tinha um filho moço magrinho, que quase não saía da cama, porque estava tuberculoso, e um outro sadio de sete anos, que num triste dia enlouqueceu. O menino ficou tão furioso que tentou matar a própria mãe com uma faca, de cujo episódio ficaram marcas à mostra em seu peito. Dona Michaela foi chamada e atendeu, indo todos os dias fazer preces, transmitir passes e orientações dos mentores aos dois doentes. Depois de algum tempo, o rapaz estava restabelecido e o menino sem a fúria que o tornava tão perigoso. Outra cura verificada foi a seguinte: Dona Mariana, mãe da médium, apresentou um problema persistente no lado interno do pé esquerdo, entre o calcanhar e o tornozelo. Era uma ferida aberta, de bordas altas que não criava pele e doía muito. Os médicos consultados não conseguiram aliviar a dor e, menos ainda, cicatrizar a ferida. A doente foi levada para a casa da filha, em Penápolis, lá permanecendo perto de um mês. Durante esse tempo dona Mariana recebia passes duas vezes ao dia, além de fazer os curativos que o espírito mentor determinava. Voltou para casa curada, conforme testemunho de sua filha Juracy Marques Atêncio.

Adão Alves era peão na fazendinha do Senhor Orlando Mattiazzo. Tinha um filho chamado João, que apresentou uma grande dor na coxa de uma das pernas, que, depois, inchou e veio a furo. Tentados todos os tratamentos caseiros, sem lograr melhora, foi internado na Santa Casa de Birigüi, com osteomielite no fêmur. Os médicos, depois de todos os procedimentos de praxe, sem esperanças de cura, optaram pela amputação do membro doente. Já na mesa de cirurgia, segundo informa João, faltou energia elétrica forçando o adiamento da intervenção. No domingo, dia de visitas, quando o Senhor Adão tomou conhecimento da decisão dos médicos, resolveu retirar o menino do hospital, levando-o de volta para casa. O Orlando, penalizado com a situação, ofereceu-se para levar o doente até Penápolis para ser tratado por Michaela. João foi submetido a tratamento físico e espiritual. Recebia passes, e o ferimento foi tratado com banhos e curativos, conforme indicavam os espíritos. Havia ocasião em que, ao retirar o curativo, notavam-se lascas finas de osso, como se tivesse sido feito raspagem no fêmur. João ficou curado e hoje, com as duas pernas, graças a Deus, reside em Santo Antônio do Aracanguá.

Em fins de 1946, Michaela e a família voltaram para Araçatuba, agora na fazendinha, distante sete quilômetros de Santo Antônio do Aracanguá, que àquela época, era apenas um vilarejo, sem luz elétrica ou qualquer outro conforto urbano. Sempre disposta ao trabalho espiritual, começou a fazer preces, que logo se transformaram em reuniões caseiras, ocasião em que veio a conhecer o Senhor Angelo Bistaffa, um sitiante italiano, casado, pai de seis filhos adultos, que não professava nenhuma religião. Através dessas reuniões, o Senhor Angelo abraçou o Espiritismo com muito amor, levando também o Senhor Alberto Nubiato. Desde então, as reuniões passaram a acontecer, também uma vez por semana, na casa do Senhor Angelo Bistaffa.

No dia 12 de outubro de 1947, em reunião na casa do Senhor Eloy Geradht, sob a presidência do Senhor Leonardo Severino, que lavrou a ata, foi fundado o Centro Espírita “Deus é Amor e Luz”, no Patrimônio Santo Antônio do Aracanguá, em Araçatuba. Consta da ata de fundação que a nova entidade “se propõe a disseminar a Terceira Revelação, ou seja, o Consolador, que deve ser orientado pelo Evangelho de Jesus e pelas obras fundamentais de Allan Kardec”. A diretoria aclamada e empossada ficou assim constituída: Presidente, Michaela Marques Mattiazzo; Vice-­Presidente, Angelo Bistaffa; Primeiro-Secretário, Eloy Geradht; Segundo-Secretário, Atílio Bistaffa; Tesoureiro, Manoel Paulino e, Procurador, João Oliveira.

Michaela, sempre à frente dos trabalhos, contava com a colaboração de um grupo de companheiros pouco numeroso, mas, tão grande na fé quanto no amor. Esse humilde centro espírita foi cenário de curas de dores físicas e espirituais, cujas lembranças, em sua maioria, se perderam no tempo. Transcrevemos aqui o testemunho de próprio punho do Senhor Atílio Bistaffa, confirmado pelas Senhoras Domília Maria da Conceição e Mercedes Oliveira Feltrim:“Dona Michaela curou Dona Rosa Jacobina, que estava doente; o Senhor Vital Almeida, de obsessão; o Senhor João Alves, também obsediado; o Senhor Atílio Bistaffa, que estava na cama por mais de três meses, gritando de dor; Maria Abadia, obsediada fazia mais de um ano; Porfírio Venâncio Cardoso, que, perturbado, não conseguia parar dentro de casa; Francisco Soares, que sentia medo em toda parte onde estivesse; Sebastião Custódio, que desde os sete anos tinha ataques convulsivos até quatro vezes num só dia, e já com 27 anos, não podia trabalhar; Sebastião sarou depois que recebeu o primeiro passe; curou ainda José Galarte, que não podia mais trabalhar de tantas dores no corpo; Maria do José Galarte, que parecia estar louca; Albertinho Nubiato, que rezava o terço e ficava tomado por espíritos. Este deu muito trabalho pra dona Michaela, até que ficou bom. Muitos outros foram curados, que a gente não se lembra mais.”

Michaela e o marido iam duas vezes por semana ao Centro, no Patrimônio, na maioria das vezes a cavalo; outras de caminhonete, sempre alegres e bem dispostos ao trabalho abençoado do Evangelho. A pobreza naquele lugar era muito grande, assim, o casal se esmerava em arranjar donativos na forma de roupas, calçados, utensílios domésticos, cobertores e mantimentos, que eram doados especialmente nos Natais. Santo Antônio do Aracanguá era, então, um lugar ermo, de difícil acesso. Estava longe ainda o dia em que a ponte seria estendida sobre o rio Tietê. Todo transporte era feito pela balsa, que, às vezes, tinha o cabo de aço rompido, principalmente nas cheias, descendo o rio, quando então a travessia passava a ser feita por bote. Havia também uma subida depois do rio, na altura da fazenda Lagoa Formosa, que, na chuvarada, virava um barreiro quase intransponível para os carros e caminhões da época. Também por isso, Michaela era solicitada a qualquer hora do dia ou da noite para acudir doentes, loucos ou obsediados e até partos encalhados. Quase tudo era com ela. A cavalo ou de caminhonete, ia sempre com suas preces levar o conforto, a cura ou o bom parto, em nome de Deus, pelos necessitados.

A fazendinha foi vendida e, em fins de 1953, a família voltou a morar na cidade de Araçatuba. Michaela, no entanto, não abandonou o Centro Espírita “Deus é Amor e Luz”, continuando a dar-lhe assistência, quando muitas vezes tinha que pernoitar no Patrimônio, só voltando para casa no dia seguinte. Em 5 de agosto de l962, Michaela ainda presidiu a solenidade de inauguração da sede reconstruída do Centro Espírita “Deus é Amor e Luz”, conforme consta no livro próprio.

Desde que voltou para Araçatuba, começou a freqüentar a Aliança Espírita “Varas da Videira”. Sua preferência por esse grupo deveu-se ao fato de que seus familiares já faziam parte dele desde as primeiras campanhas para construção da sede própria. Sua dedicação ao trabalho sempre foi notável. Seu nome aparece no livro de atas de eleição e posse das sucessivas diretorias; em 28 de novembro de 1955, é eleita vice-presidente, ao lado do Senhor Francisco Martins Filho, presidente; em 3 de fevereiro de1958, é eleita segunda-secretária; em 2 de julho de1958, em ata da reunião para adesão da Aliança como membro da recém- criada União Assistencial Espírita de Araçatuba, os cinco membros nomeados como representantes da citada Aliança são: Francisco Martins Filho, Francolino Ribeiro, Aurino Ribeiro, Michaela Marques Mattiazzo e o presidente da entidade, Senhor Adalberto da Silva Braga. Em 10 de agosto de 1960, é eleita novamente vice-presidente. Em l4 de outubro de 1961, é indicada membro do Conselho Fiscal. Em 14 de outubro de 1964, é eleita Tesoureira. Em 12 de setembro de 1965, é reeleita Tesoureira.

Michaela enviuvou-se em 29 de outubro de 1966. Orlando havia sido um companheiro valoroso, angariando donativos, transportando tudo o que fosse necessário em seus veículos, além de levar a companheira em socorro aos necessitados a qualquer hora e a qualquer lugar. Em meados do ano seguinte, mudou-se para São Paulo, a fim de assistir à sua filha Vera, que se viu sozinha, com duas crianças pequenas para criar. Começou então a freqüentar o Centro Espírita “Irmãos da Nova Era”, grupo do qual sua filha Almerinda já fazia parte, situado na rua Líbera Rivelino, nº 6, no Brooklin. Esse centro espírita é notável por sua história, pois nasceu de um terreiro de umbanda, com suas práticas características. O espírito mentor da casa, conhecido por Xangô, assumiu a missão de transformá-lo num centro espírita kardecista. Quando Almerinda começou a freqüentá-lo, em 1963, havia ainda em uma parede um nicho com a imagem de São Jorge, uma poltrona coberta de branco, para os passes, e um cofre na entrada, para receber donativos. As transformações foram lentas, para que a maioria pudesse acompanhá-las; assim, em 1967, Michaela ainda encontrou bastante por fazer. Em 17 de outubro de 1968, no livro de atas, em reunião geral para eleição da nova diretoria Michaela é eleita vice-presidente. Em 8 de maio de l968, a pedido do presidente, colaborou com o plano de trabalho e programa dos trabalhos semanais, ficando encarregada da doutrinação e vidência, nos trabalhos das terças- feiras. Nessa ocasião, com sua ­experiência e estudo, ponderou sobre a necessidade de se colocarem na mesa pessoas conhecidas de boas vibrações, assim como de se evitarem médiuns estranhos na mesma, para que a harmonia dos trabalhos fosse mantida. Xangô aprovou.

Em 20 de agosto de l969, Michaela solicitou autorização para realização de trabalhos de desobsessão, com portas fechadas ao público, nas quartas-feiras, no que foi atendida. Em 10 de setembro de l969, Michaela aparece como responsável pelos trabalhos das quartas-feiras, nas sextas-feiras, também à noite, ao lado do Senhor Newton e Almerinda; nos sábados, os mesmos, para consultas, orientações e estudos. Em 30 de março de 1970, com a realização de nova eleição, Michaela aparece com Almerinda e Nonato, como encarregados de assistência a recém -chegados e doutrinação. Nas atas de 1971 e 1972, continua no mesmo trabalho, embora mudanças de domicílio tenham, às vezes, dificultado seu desempenho. Hoje, o Centro Espírita “Irmãos da Nova Era” tem uma admirável sede própria, onde o kardecismo é estudado com empenho, além de um grande trabalho de assistência social. Está situado na rua General Roberto Alves Carvalho Filho, 522, em Santo Amaro.

Na madrugada de 3 de março de 1976, chegando a São Paulo de carro, vindos de Araçatuba, o casal José Militão e Almerinda, suas duas filhas menores, Maria Luiza e Maria Lúcia, e Michaela, foram vítimas de um doloroso acidente. O automóvel em que viajavam mergulhou no rio Pinheiros, na altura da ponte do Jaguaré. José e as duas filhas não conseguiram sair a tempo, perdendo a vida material. Almerinda, lutando contra as águas, saiu, e Michaela, com o pubis fraturado, ficou se debatendo, até conseguir sair das águas fétidas do rio. Levaram-na, a seguir, para o pronto-socorro do Hospital da Lapa. Como conseqüência, ela ficou temporariamente numa cadeira de rodas e deixou sua casa no Jabaquara, voltando para o Brooklin.

Almerinda não poderia ficar só com Maria Regina, sua filha mais velha, numa casa tão vazia. Assim, sua mãe, sua irmã Vera com as duas crianças, juntaram-se a elas, preenchendo o vazio material deixado pelos três que voltaram à pátria espiritual. Elas contavam com a âncora da fé. Onde tantos barcos se perdem, o delas permaneceu na rota segura determinada pelo Evangelho de Jesus sob a abençoada luz da doutrina de Kardec.

Em 10 de maio de l980, Michaela casou-se com João Mattiazzo, irmão de seu primeiro marido, passando a residir em Birigui. Voltou a freqüentar a Aliança Espírita “Varas da Videira” de Araçatuba, às terças-feiras, com seu velho grupo dirigido por sua irmã Maria Pia Marques Cardoso. Às sextas-feiras, esporadicamente, participava das reuniões no Centro Espírita “Dr. Mariano Dias”, próximo de sua residência. Em dezembro de 1982, sofreu um enfarte do miocárdio de considerável proporção, ficando, por isso, com sérias limitações em suas atividades. Michaela compensou essas limitações costurando ativamente para os pobres, doando livros e mantimentos, até o dia 26 de julho de 1997, quando às 19h20min, em Birigüi, voltou para a espiritualidade.

Quando pesquisamos a vida e a obra de uma pessoa comum, encontramos registros de cargos e funções desempenhados em livros de atas, mas não há registro de seu trabalho de doação - Michaela foi obreira incansável, não só na parte doutrinária, mas especialmente na assistencial. Na Aliança Espírita “Varas da Videira”, foi encarregada, durante anos, do Departamento da Mãezinha, quando assistiam até oitenta famílias visitadas e cadastradas, que recebiam, mensalmente, roupas, alimentos e leite em pó. Nas campanhas natalinas, angariavam donativos, não só no comercio e entre conhecidos, mas até nas casas de estranhos, por um Natal mais feliz para aqueles carentes, segundo testemunho de sua irmã Maria Pia Marques Cardoso. De 1982 a 1995, sempre que podia, acompanhava a filha Irma e a irmã Maria a Santo Antônio do Aracanguá, em reunião mensal no Centro Espírita “ Deus é Amor e Luz”, levando orientação cristã e alimentos para minorar a miséria dos necessitados. Em sua última semana de vida no corpo físico, ela ainda juntou retalhos, costurando e arrematando um paletó para agasalhar uma criança. Michaela foi uma “Papai Noel”, uma verdadeira irmã da caridade”, afirma Atílio Bistaffa.

E o registro do pioneirismo? Michaela foi a primeira entre suas irmãs e arrastou-as, e aos sobrinhos, e as filhas e os netos, para a doutrina de Kardec. Através de sua mediunidade, as pessoas que foram curadas e os parentes, que sofreram juntos, continuaram no Espiritismo; aqueles que não aderiram à doutrina, tornaram-se, pelo menos, simpatizantes.

Concluímos que Michaela foi uma semeadora da Seara do Senhor. Uma semeadora que saiu a semear suas sementes...

 

 

(Copiado de:     http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultosII/michaela_marques_mattiazzo.htm )

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/28-04-2021_arquivos/image044.jpg

Michaela Marques Mattiazzo.

Imagem do livro Obra de Vultos, volume 2.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/28-04-2021_arquivos/image045.jpg

Michaela, a primeira da direita, com a mãe e irmãos.

Imagem do livro Obra de Vultos, volume 2.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/28-04-2021_arquivos/image046.jpg

Aspecto da primeira estação ferroviária Bauru da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Imagem/fonte: 

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Primeira_esta%C3%A7%C3%A3o_de_Bauru_(NOB).jpg

 

 

* Dona Michaela Marques Mattiazzo nasceu

Na cidade de Bauru, SP, aos 28-05-1910.

https://www.noticiasespiritas.com.br/2021/ABRIL/28-04-2021_arquivos/image047.jpg

João Marchesi, importante vulto do Espiritismo de Penápolis, SP. ,

Com a orientação e assistência do  senhor João Marchesi,  Dona Michaela Marques Mattiazzo

desenvolveu  suas faculdades mediúnicas  em Penápolis onde resida na década de 1940.

 Foto do acervo de João Marchesi Neto.

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Ângelo Bistaffa, com dona Irene e os filhos, no sítio de Santo Antônio do Aracanguá, em 1932.

Foto copiada do livro Obra de Vultos, volume II.

 

Dona Michaella Marques Mattiazzo foi presidente do Centro Espírita “Deus é Amor e Luz”

fundado em 1947  em Santo Antonio do Aracanguá tendo o senhor  Ângelo Bistaffa  como

vice-presidente.

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A construção do prédio da Aliança Espírita “Varas da Videira”, no início dos anos de 1950.

Imagem  copiada do livro Obras de Vultos, volume 2.

 

 

Dona Michaela Marques Mattiazzo teve grande participação na Aliança Espírita Varas da Videira,

onde foi eleita para diversos cargos de diretoria.

 

 
 

Luís Olímpio Teles de Menezes

(26-07-1825 – 16-03-1893)

 

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Teles de Menezes

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Pré-história do Espiritismo no Brasil

Foi em meados de 1853 que as primeiras manifestações espiríticas, por meio das chamadas “mesas girantes e falantes”, entraram no Brasil. Os singulares fenômenos, que então empolgavam a América do Norte, a Europa e parte da Ásia, eclodiram, quase que simultaneamente, na Corte do Rio de Janeiro, no Ceará, em Pernambuco e na Bahia. Figuras ilustres de nossa Pátria, como o Marquês de Olinda, os Viscondes de Uberaba e de Monte Alegre, o Barão de Cairo (Bento da Silva Lisboa), o Conselheiro Barreto Pedroso, monsenhor Joaquim Pinto de Campos, o magistrado Dr. Henrique Veloso de Oliveira, o historiador Alexandre José de Melo Morais, o Dr. Sabino Olegário Ludgero Pinho, o Prof. Dr. José Mauricio Nunes Garcia, os Generais José Inácio de Abreu e Lima e Pedro Pinto, etc., foram alguns dos homens notáveis da época interessados na observação e no estudo dos incipientes fenômenos espíritas, então complementados por assombrosos diagnósticos e curas de doenças que se obtinham por intermédio de sonâmbulos, e de cuja veracidade deram testemunho inúmeros outros políticos, médicos e pessoas gradas da sociedade, conforme o noticiário publicado nos jornais daqueles tempos. Foram, todavia, as “mesas girantes” o fenômeno que mais impressionara a letrados e iletrados. Nos vastos salões senhoriais, cavaleiros e damas de distinta consideração agrupavam-se em torno de mesas e, colocando os dedos mínimos sobre elas, ficavam na expectativa de vê-Ias moverem-se, ou bater os pés em respostas inteligentes às perguntas que se lhes faziam. De quando em vez registravam-se extraordinárias manifestações do Além, mas só raramente despertavam reflexões mais sérias entre os assistentes em geral.

A “época heroica das mesas girantes”, assim chamada pelo Dr. J. Grasset, constituiu, em todo o mundo, o “período de gestação” do Espiritismo. A obra codificadora de Allan Kardec abriu, em 1857, novos horizontes para a Humanidade. E o Brasil, onde era considerável a influência francesa, recebia, poucos anos depois, os primeiros livros da Codificação Kardequiana, aqui se tomando, afinal, conhecimento do verdadeiro significado dos fatos acima referidos, sobre os quais se havia levantado toda uma nova doutrina de verdades filosóficas e religiosas. Na Corte de 1860, um ilustrado francês, o Prof. Casimir Lieutaud, poeta e contista, diretor-fundador de um Colégio onde lecionava a língua francesa, autor do apreciadíssimo “Tratado Completo da Conjugação dos Verbos Franceses, Regulares e Irregulares” (1859), cuja 25ª edição saiu em 1957, — dava a público a primeira obra de caráter espírita impressa no Brasil (e quiçá na América do Sul): “Les temps sont arrivés” (“Os tempos são chegados”).

Seguiu-se a esta, em português, a brochura de Allan Kardec intitulada “O Espiritismo na sua mais simples expressão”, traduzida do francês por Alexandre Canu. Três edições sucessivas, todas impressas em Paris, saíram em 1862, o mesmo ano de lançamento da 1ª edição francesa, fato este que chamou a atenção do próprio Codificador. Em vários Estados da União o movimento espírita primário começou a ganhar rumos mais definidos. Os adeptos, isolados a princípio, puseram-se a formar grupos íntimos para o estudo das obras kardequianas e para experiências mediúnicas. Foi principalmente na classe esclarecida da sociedade que o Espiritismo fez, aqui, seus primeiros progressos, posto que as obras fundamentais, por não se acharem ainda traduzidas para o vernáculo, não podiam ser lidas pelas classes menos instruídas. Os referidos grupos só congregavam umas poucas pessoas, geralmente da intimidade familiar, não dando ensejo, por isso, a maior divulgação das novas doutrinas. Foi, então, que um venerável vulto baiano, levado, segundo suas próprias palavras, “por um concurso de circunstâncias inexplicáveis”, deu o primeiro passo para que o povo igualmente recebesse os ensinos consoladores trazidos pelos Espíritos do Senhor. Referimo-nos a LUIS OLIMPIO TELES DE MENEZES, do qual passamos a narrar a

Vida e Obra

Este valoroso pioneiro do Espiritismo no Brasil, filho do Oficial de Exército Fernando Luís Teles de Menezes e de D. Francisca Umbelina de Figueiredo Menezes, nasceu na cidade do Salvador, Bahia, aos 26 de julho de 1825, e desencarnou no Rio de Janeiro a 16 de março de 1893.

Bem cedo ainda, resolveu seguir a carreira militar, inscrevendo-se no curso de Artilharia. Pouco tempo depois, entretanto, deu novo rumo ao seu espírito empreendedor, dedicando-se ao magistério particular e às letras.

Por vários anos foi professor de instrução primária e de latim, tendo publicado um compêndio de “Ortoépia da Língua Portuguesa”. Interessando-se pela estenografia, estudou-a sem mestre, e desde logo se revelou hábil nessa arte, sendo então convidado para exercer a profissão, muito rara naqueles tempos, na Assembleia Legislativa da Bahia, a cujo serviço permaneceu cerca de trinta anos. Autodidata por excelência, acumulou muitos e variados conhecimentos, que lhe granjearam o respeito e a consideração de inúmeras pessoas altamente colocadas na sociedade de Salvador.

Em Setembro de 1849, distinto grupo de associados entre os quais se destacava o jovem L. O. Teles de Menezes, fundou “A Época Literária”, jornal de caráter científico, literário e histórico, com dissertações sobre belas-artes. Publicada sob os auspícios do Visconde da Pedra Branca, do Conselho de S. M. o Imperador D. Pedro II e grande protetor das letras pátrias, “A Época Literária” recebeu o apoio de influentes personalidades da capital baiana, inclusive do sábio Arcebispo D. Romualdo Antônio de Seixas, que considerou importante o serviço que o referido órgão prestava e prestaria à ilustração do País. Do corpo de redação faziam parte José Martins Pereira de Alencastre, Dr. Manuel Maria do Amaral Sobrinho, José Álvares do Amaral e Dr. Inácio José da Cunha, tendo estes dois últimos ingressado, mais tarde, no Espiritismo.

Em suas páginas —escreveu o acadêmico Dr. Pedro Calmon — colaboraram os melhores espíritos da época, entre eles Moniz Barreto, Pinheiro de Vasconcelos, Adélia Fonseca, João Gualberto de Passos, Laurindo José da Silva Rabelo, etc. Teles de Menezes, então com a idade de 24 anos, já casado, havia um ano, com D. Ana Amélia Xavier de Menezes, publicou ali a sua novela — “Os Dois Rivais” e foi, sem dúvida, o mais entusiasmado do grupo, o verdadeiro dirigente do jornal, escrevendo substanciosos editoriais, a extravasar seu elevado patriotismo e o constante amor às boas causas.

Apesar dos esforços e do ardor juvenil de Teles de Menezes, a empresa, tão bem principiada, malogrou ante a incompreensão quase que geral do público e dos críticos invejosos. Era menos uma folha literária entre as pouquíssimas então existentes na Bahia… Corre o tempo. Na data de 3 de maio de 1856 é solenemente instalado em Salvador o (antigo) Instituto Histórico da Bahia. Congregando em seu seio as mais altas figuras da inteligência e da cultura baianas, teve como primeiro presidente o Arcebispo D. Romualdo, Marquês de Santa Cruz. Teles de Menezes é proposto, em 1857, para sócio efetivo, o mesmo acontecendo com outros homens de alto nível cultural, entre os quais o seu amigo Dr. Manuel Pinto de Souza Dantas.

De julho de 1861 a maio de 1865, o nosso biografado ocupou o cargo de tesoureiro no referido Instituto.

A seguir, e durante dois anos, foi eleito para a Comissão de Fundos e Orçamento. Daí por diante nada mais conseguimos apurar.

No último período acima referido, galgou a presidência do Instituto Histórico o novo Arcebispo da Bahia, D. Manuel Joaquim da Silveira, cuja Pastoral sobre “os erros perniciosos do Espiritismo”, datada de 16 de Junho de 1867, e dada ao conhecimento público em 25 de Julho, foi desassombradamente analisada e comentada por Teles de Menezes, no mês seguinte, numa célebre “Carta” aberta ao Metropolitano e Primaz do Brasil, “Carta” que teve duas edições no mesmo ano de lançamento, sendo que a segunda é precedida de um longo “Prefácio” em que o Autor justifica as doutrinas espíritas no atinente à preexistência, reencarnação e manifestação dos Espíritos, juntando um artigo favorável publicado no jornal jesuítico — “La Civiltà Cattolíca”, de 1857.

Segundo cremos, essa Pastoral surgiu por causa da propaganda ostensiva da Doutrina Espírita nas terras baianas, quer em folhetos, quer nos jornais leigos, ressaltando-se dois acontecimentos que certamente vieram apressar o pronunciamento público daquele ilustre prelado. Um deles diz respeito ao artigo que Teles de Menezes, José Álvares do Amaral e o Dr. Joaquim Carneiro de Campos subscreveram e inseriram no “Diário da Bahia” de 28 de Setembro de 1865, artigo que refutava o trabalho do Dr. Déchambre, publicado, havia seis anos, na “Gazette Médicale”, de Paris, e que, nos dias 26 e 27, saíra, em tradução, no mesmo “Diário da Bahia”. O artigo-réplica daqueles três impávidos vanguardeiros ecoou favoravelmente no espírito dos leitores, chegando ao conhecimento do próprio Allan Kardec, que em sua “Revue Spirite” de novembro de 1865 expressou, em torno do fato, a justa satisfação que lhe ia n´alma, projetando-se assim, pela vez primeira, no cenário espírita mundial, o nome do Brasil.

Outra ocorrência que motivou a movimentação maior do Clero foi o lançamento, em Salvador, no ano de 1866, do opúsculo “O Espiritismo – Introdução ao Estudo da Doutrina Espirítica”, impresso pela “Tip. de Camilo de Lellis Masson & C.”. Eram páginas extraídas e traduzidas por L. O. Teles de Menezes da 13ª edição francesa de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, e havia como “Apêndice” um estudo de outro autor francês. Antecede essa obra o prefácio “Lede”, em que Teles de Menezes diz do seu júbilo ‘de ter sido o primeiro na Bahia que, fervorosamente, esposou a doutrina espirítica’, afirmando, adiante, ser a sua Província natal, “metrópole de todas quantas grandes ideias surgem no Brasil”, a escolhida pela Bondade Divina para ser o centro donde as ideias espíritas se irradiariam por toda a Nação.

Não obstante a Pastoral do Arcebispo e a brochura do Padre Juliano José de Miranda, secretário da Sé Metropolitana, escrita em contestação à “Carta” de Teles de Menezes, nada impediu que o Espiritismo multiplicasse adeptos na Bahia, aprofundando raízes nos corações férteis e generosos do povo.

Afora isso, o movimento desenvolvia-se a olhos vistos nas demais Províncias. Na capital de S. Paulo, ainda no ano de 1866, era dado a público, pela ‘Tipografia Literária’, uma outra brochura de propaganda: “O Espiritismo reduzido à sua mais simples expressão’, também de Kardec, sem nome de tradutor. Na Corte do Rio de. Janeiro, Casimir Lieutaud, a quem já nos referimos atrás, trabalhava ativamente na divulgação dos ideais espíritas. Igualmente em 1866, saía a lume um livrinho de sua autoria: ‘Legado de um mestre aos seus discípulos’, composto de contos morais, de algumas poesias em francês e de um excerto de J. J. Rousseau sobre os deveres das moças. Pois bem! o ‘Prefácio’ dessa obra era uma bela página extraída e traduzida da 1ª edição francesa de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Fora Lieutaud grande amigo do Brasil e dos brasileiros e manteve estreito contacto com Teles de Menezes, com quem se correspondia amiúde. Mesmo durante a sua estada temporária na França, ainda ao tempo de Kardec, o erudito espírita enviava de Oloron-Sainte-Marie (Baixos Pireneus), ao confrade baiano suas preciosas colaborações. Retomando ao Rio de Janeiro, foi eleito tesoureiro da primeira diretoria do «Grupo Confúcio», criado em 1873, inscrevendo-se, mais tarde, entre os membros fundadores da Federação Espírita Brasileira.

“Grupo Familiar do Espiritismo”

Objetivando espalhar por esses Brasis afora as sementes da Terceira Revelação, o Alto, que a tudo presidia, escolhera como ponto de irradiação a dadivosa Bahia, onde foram lançados os alicerces da Nação cristã que hoje somos e da “Pátria do Evangelho” que haveremos de ser. E é, então, na ‘Leal e Valorosa Cidade’ do Salvador que Luís Olímpio Teles de Menezes organiza uma sociedade nos moldes desejáveis, regida por Estatutos que facultavam o ingresso de quaisquer estudiosos e instituíam o trabalho assistencial nos meios espíritas. Fundou-se assim, a 17 de setembro de 1865, o “GRUPO FAMILIAR DO ESPIRITISMO”, o primeiro e legítimo agrupamento de espíritas no Brasil, destinado igualmente a orientar a propaganda e a incentivar a criação de outras sociedades semelhantes pelo resto do País.

“O dia 17 de setembro de 1865” — escreveu Teles de Menezes — “marcará uma época feliz em nossa vida, e o deverá também ser nos fastos do Espiritismo no Brasil”. Às 23,30 horas[1] desse mesmo dia, os membros do Grupo recém-fundado recebiam, assinada por “Anjo de Deus”, a primeira página psicográfica de que se tem notícia na Bahia, fato este que lhes trouxe inefável felicidade. Dos termos desta e de outras mensagens posteriores, depreende-se que o Espírito comunicante revelava-se possuído de elevados dotes morais, embora ainda preso a certos dogmas católicos, que entremostravam a presença, talvez, de um sacerdote desencarnado não havia muito.

Em razão de todo esse conjunto de sucessos pioneiros, é que a Bahia é tida como o “berço do Espiritismo” em terras brasileiras.

Na presidência do “Grupo Familiar do Espiritismo ‘, Teles de Menezes distinguiu-se pelo seu ânimo forte, pela sua cultura e elevação de sentimentos, suportando com destemor e firmeza d´alma o espírito zombeteiro dos incrédulos e materialistas da terra de Gregório de Matos, bem como o ambiente hostil da religião dominante, então a Religião do Estado, segundo o art. nº § 5°, da Constituição do Império. É exemplo expressivo das chacotas e chufas, lançadas contra ele e o Espiritismo, os versos e as curtas e burlescas composições teatrais que a “Bahia ilustrada”’ publicava desde o ano de sua fundação, em 1867. Esse mesmo jornalzinho de Salvador estampou várias caricaturas depreciativas do Espiritismo, quase todas grosseiras, ofensivas ou injuriosas. Tudo isso era feito sem que as autoridades fizessem valer o art. 277 do Código Criminal do Império, artigo que prescrevia pena para quem abusasse ou zombasse de qualquer culto estabelecido no Brasil. E não havia como negar o caráter religioso do Espiritismo já naquela época, caráter reconhecido pelo próprio Arcebispo da Bahia, D. Manuel Joaquim da Silveira, ao escrever: “O Espiritismo é essencialmente religioso, ou antes, é um atentado contra a Religião Católica.

No curioso artigo intitulado “Seria Castro Alves espírita?”, publicado em “Globo” de 19/8/61, o brilhante homem de letras, crítico e ensaísta baiano, Dr. Eugênio Gomes, conta que Castro Alves volveu à Bahia justamente em meado daquele ano de 1867, quando mais adverso era o ambiente para com o Espiritismo, ali permanecendo até fevereiro de 1868.

Certamente eram do conhecimento de Castro Alves, apaixonado discípulo de Vítor Hugo, as experiências com as “mesas girantes” realizadas na ilha de Jersey.

Por meio desse processo, o romancista de “Os Miseráveis”, juntamente com Augusto Vacquerie, Sra. Emílio de Girardin e outros vultos da Literatura francesa, tinham obtido notáveis comunicações do Além. O fato é que a doutrina dos Espíritos já influenciava várias produções do genial poeta de “Les Contemplations”, inclusive o seu poema autobiográfico “A Olímpio”, traduzido por Castro Alves.

Chegando à terra natal, o jovem poeta baiano, que sempre se bateu contra qualquer opressão e que vibrava com todas as ideias novas, viu “a doutrina de Kardec lutando por um lugar ao sol, ou melhor dito, à sombra”, o que “já era uma razão para inspirar-lhe algum interesse e mesmo simpatia. Não estava em si permanecer indiferente aos perseguidos…”

E afirma o Dr. Eugênio Gomes haver, em dois dos manuscritos do poeta, “indicação positiva de que essa corrente do espiritualismo o atraiu de qualquer modo”.

Um deles é revelado por Afrânio Peixoto na sua introdução a “Os Escravos”; outro é o fragmento da peça “D. Juan ou a Prole dos Saturnos”. O interessante trabalho de Eugênio Gomes faz outras curiosas revelações e transcreve um trecho da carta que Augusto Álvares Guimarães, amigo e “cunhado de Castro Alves, a este respondera, da Bahia, na data de 30 de junho de 1870, cerca de um ano antes de o poeta desencarnar: “Não há nenhuma obra de Allan Kardec com o nome de Poética do Espiritismo.

Foi-me facultada a consulta em uma Biblioteca Espírita e verei o que te poderá servir. Mandar-te-ei pelo Gregório que é portador seguro.”

Diante disto, concluiu o distinto autor de “Prata de Casa”: “O que Castro Alves produziu depois não deixa transparecer qualquer influxo direto do Espiritismo, mas não resta dúvida que este o preocupava, talvez apenas literariamente, em seu derradeiro ano de existência.”

Se Teles de Menezes conservou seu espírito acima dos sarcasmos, motejos e diatribes vindos de fora, o mesmo não aconteceu quando o demônio da vaidade, da inveja e da intriga se insinuou entre alguns confrades, amargurando-lhe profundamente a alma sensível, levando-o a dar, mais tarde, a explicação a seguir, não obstante confessasse a tranquilidade de sua consciência: “Imensa, por sem dúvida, é a distância que me separa do fundador da Doutrina, mas como em outra ocasião já vos disse[2], tendo sido, por um concurso de circunstâncias inexplicáveis, levado a ser como que o iniciador das doutrinas espiríticas nesta terra de Santa Cruz, tenho também, à semelhança do mestre, experimentado certas antipatias e afastamentos. Causaria, porém, admiração, e mesmo talvez pasmo, se a causa verdadeira de tais fatos de muitos fosse conhecida. Em todo caso, os que assim têm procedido é porque não me perdoam tê-los adivinhado; a esses devem ser aplicadas as significativas e judiciosas reflexões do mestre: “Se quisessem por momentos colocar-se no ponto de vista extraterrestre, e ver as coisas um pouco mais de cima, compreenderiam como é pueril o que tanto os preocupa, e não se admirariam da pouca importância que a isso liga todo verdadeiro espírita: é que o Espiritismo abre horizontes tão vastos, que a vida corpórea, curta e efêmera como é, apaga-se com todas as vaidades e suas pequenas intrigas diante do infinito da vida espiritual.”

Varão cheio de fé e inquebrantável dedicação aos labores construtivos na Seara Espírita, Teles de Menezes não largava as mãos do arado. Vez por outra, como que a prevenir os seus sucessores do caminho áspero a ser trilhado, dizia dos sacrifícios sem conta que ele e os irmãos de ideal vinham arrostando no desempenho da árdua missão que o Alto lhes cometera, “árdua e até espinhosa, sim, mas irradiante de bem fundadas esperanças”, assegurava ele entre resignado e confiante.

Se Jesus teve os doze apóstolos para o auxiliarem na disseminação da Boa Nova, não faltou igualmente a Teles de Menezes um seleto grupo de denodados companheiros, aos quais afetuosamente chamava “Irmãos Espíritas”, e que ofereceram desde o simples apoio moral até o trabalho ativo na Seara. Entre os que mais lhe foram. chegados, merecem aqui lembrados aqueles cujos nomes seguem abaixo, alguns dos quais foram igualmente destacadas personalidades baianas: Inácio José da Cunha, doutor em Medicina, substituto (assistente) de Ciências Acessórias na Faculdade de Medicina da Bahia e lente catedrático de Física; Dr. Guilherme Pereira Rebelo, “uma das glórias científicas e literárias da Província da Bahia”, por muitos anos Diretor Geral da Instrução Pública em Sergipe, sócio e orador do Instituto Histórico da Bahia, fundador e diretor do acreditado Colégio “Pártenon Buhiano”; José Álvares do Amaral, historiador, oficial aposentado da Secretaria do Tesouro Provincial, tendo exercido cargos de eleição popular e de confiança do Governo, como o de Delegado de Polícia, colaborador em vários periódicos baianos, v. g. “A Marmota”; o Conselheiro de Estado, Dr. Manuel Pinto de Souza Dantas, proeminente figura nacional, que governou a Bahia na época em que se fundava o “Grupo Familiar do Espiritismo”; Dr. Álvaro Tibério de Moncorvo e Lima, advogado inteligente, orador fecundo e hábil, 21º Presidente da Província da Bahia, dignitário da Imperial Ordem da Rosa, “um homem de bem na extensão da palavra”, pelo que lhe deram o título de “O Catão Baiano”; Prof. Manuel Correia Garcia, erudito e culto educador, político e jornalista, escolhido pelo Governo para fundar a primeira Escola Normal da Bahia, advogado ilustre e doutor em Filosofia pela Universidade de Tubinga (Alemanha), principal fundador do antigo Instituto Histórico da Bahia e ali sempre reeleito 1º secretário; o Visconde de Passé (Francisco Antônio da Rocha Pita e Argolo), comendador da Ordem da Rosa, tenente-coronel da famosa Guarda Nacional, com relevantes serviços no Imperial Instituto Agrícola da Bahia, e cujo pai, o Conde de Passé, reuniu a maior fortuna do seu tempo em território brasileiro; o Barão de Sauipe, proprietário de terras no Município de Alagoinhas (Ba), figura bem conceituada; José Antônio de Freitas, doutor em Medicina, lente catedrático da Faculdade da Bahia, agraciado com o título de Conselheiro do Imperador; Dr. Joaquim Carneiro de Campos, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Pernambuco; Manuel Teixeira Soares, brilhante advogado em Salvador; Zacarias Nunes da Silva Freire, professor primário em diversas cidades baianas, cultivou as letras, deixando várias e apreciadas obras; Joaquim Batista Imburana, major da Guarda Nacional, veterano da Independência, condecorado com a medalha da Campanha da Bahia e com a venera da Ordem da Rosa; Prof. José Francisco Lopes, lente de Geometria e Mecânica; Professores Aureliano Henrique Tosta, Marciano Antônio da Silva Oliveira, Francisco Álvares dos Santos, Gervásio Juvêncio da Conceição; Antônio Gentil Ibirapitanga, professor de Primeiras Letras do Arsenal de Guerra, veterano da Independência e primeiro mestre particular de Rui Barbosa; os Farmacêuticos José Martins dos Santos Pena e Dionísio Rodrigues da Costa; Dr. Eloy Moniz da Silva, distinto médico baiano; Conselheiro (futuro barão) Francisco Xavier de Pinto Lima, político, magistrado e administrador, com significativos serviços prestados à Pátria; Dr. Alexandre José de Melo Morais, respeitado médico homeopata, escritor e historiador de grande nomeada; etc., etc.

Foi o “Grupo Familiar do Espiritismo”, composto de “poucos, muito poucos homens, mas de firme convicção, de inabalável crença e animados da melhor vontade”, o primeiro núcleo espírita regularmente constituído com a decidida e heroica tarefa — podemos assim dizer — de abrir caminho, entre a gente brasileira, às novas verdades trazidas ao mundo pelos emissários do Senhor.

Por quase um decênio o “Grupo Familiar do Espiritismo” desempenhou, com louros e louvores, sua missão na Bahia, até que lhe viesse continuar a obra a “Associação Espirítica Brasileira”, como veremos adiante.

Com largos e benéficos reflexos em várias outras Províncias do Império, o “Grupo” de Teles de Menezes representará sempre o marco inicial do movimento espírita em nossas terras.

“Eco d’Além-Túmulo”

A 8 de Março de 1869, no “Grêmio dos Estudos Espiríticos na Bahia”, Luís Olímpio anunciava aos confrades ali reunidos que em breve sairia a lume o primeiro número de um jornal “que se consagraria — esclarecia ele — exclusivamente aos interesses da Doutrina”.

Nessa memorável noite, sua voz ecoou no coração dos companheiros que o escutavam, que não regatearam em contribuir monetariamente para a manutenção do órgão em vias de aparecer. Eram eles o Dr. Joaquim Carneiro de Campos, o Dr. Inácio José da Cunha, o Prof. José Francisco Lopes, o advogado Dr. Manuel Correa Garcia, os farmacêuticos José Martins Pena e José Martins dos Santos Pena, e o professor Aureliano Henrique Tosta.

Eis um trecho do discurso proferido por Luís Olímpio, e que foi publicado no jornal em questão, em setembro de 1869:

“Meus respeitáveis Irmãos Espíritas, “A ideia espirítica no curto espaço de três anos e meio, que há decorrido de sua manifestação entre nós, tem-se difundido com rapidez verdadeiramente providencial, não sem obstáculos, antes, sim, com sacrifício da parte daqueles que esposaram essa ideia de regeneração social. Contudo, disseminada e ainda sem corpo, longe está ela de poder, desde já, converter-se na crença que mais tarde, com o favor de Deus, há de imprimir impulso e direção ao elemento de civilização e de perfectibilidade da sociedade humana, porque tudo nos diz que ela é o único móvel que poderá levar a efeito esse desideratum de todo coração generoso que, sinceramente, palpita com os sentimentos da verdadeira caridade.

“A nós que nos achamos hoje reunidos, constituindo, naturalmente, o Grêmio dos Estudos Espiríticos na Bahia, e a quem uma certa vocação do Alto cometeu o empenho desta árdua missão, árdua e até espinhosa, sim, mas irradiante de bem fundadas esperanças, incumbe, pelos meios que de mister é serem empregados, propagar essa crença regeneradora e cristã, fazendo-a chegar, indistintamente, a todos os homens; e o meio material que a Providência sabiamente nos oferece para levar, rapidamente, a palavra da verdade à inteligência e ao coração de todos os homens, é a — Imprensa.”

“De há muito era por todos nós sentida a necessidade de possuir-se uma publicação regular para consecução desse fim, preenchendo todas as condições necessárias à propagação da salutar crença espirítica. Os elementos estavam lançados, e esta é a ocasião mais azada de invocar o vosso concurso e o vosso apoio para a execução e próspero resultado deste empenho.”

Embora os “formidáveis embaraços que os maus Espíritos, sempre em campo, para provação do bem, procuraram opor à realização dessa ideia[3], o dinamismo e o amor à Causa revelados por Olímpio Teles conseguiram vencer todos os obstáculos. Em julho de 1869, três meses após a desencarnação de Allan Kardec, o primeiro periódico espírita finalmente aparecia no Brasil: “O Eco d’Além-Túmulo”, com o subtítulo — “Monitor do Espiritismo no Brasil”, cuja publicação se fazia bimestralmente e que era impresso na Tipografia do “Diário da Bahia”.

A “Sociedade Anônima do Espiritismo”, de Paris, que então dirigia a conceituada “Revue Spirite”, agradece epistolarmente a Teles de Menezes, por seu secretário geral A. Desliens, a remessa do primeiro número do “Eco”, enaltecendo a coragem de tão abnegados espíritas do outro lado do Atlântico, elogiando sobremaneira o novo órgão de difusão da Doutrina, de 50 e poucas páginas.

Na seção “Bibliographie” da “Revue Spirite” é registrado em Outubro de 1869 “O Eco d’Além-Túmulo”, em Novembro do mesmo ano, extensa apreciação elogiosa, ocupando 4 páginas, é feita sobre a nova revista, com a citação de longo artigo extraído do “Eco” e vertido para o francês, sendo, além do mais, felicitado o Diretor por sua corajosa iniciativa.

Transcreveremos, mais pela alegria que nos suscita o conteúdo, do que por mera curiosidade, parte da “Introdução”, da autoria de Luís Olímpio e publicada no número um da referida revista baiana: “Maravilhoso é o fenômeno da manifestação dos Espíritos, e por toda a parte ei-lo que surge e se vulgariza!

“Conhecido desde a mais remota antiguidade, é visto hoje, em pleno século XIX, renovado, e, pela primeira vez, observado na América Setentrional, nos Estados Unidos, onde se produziu por movimentos insólitos de objetos diversos, por barulhos, por pancadas e por embates sobremodo extraordinários!

“Da América, porém, passa rapidamente à Europa, e aí, principalmente na França, após curto período de anos, sai ele do domínio da curiosidade, e entra no vasto campo da ciência.

“Novas ideias, emanadas então de milhares de comunicações, obtidas nas revelações dos Espíritos, que se manifestam, quer espontaneamente, quer por evocação, dão lugar à confecção de uma doutrina, eminentemente filosófica, a qual no volver de poucos anos tem circulado por toda a Terra e penetrado todas as nações, formando em todas elas prosélitos em número tão considerável, que hoje se contam por milhões.

“Nenhum homem concebeu a ideia do Espiritismo: nenhum homem, portanto, é seu autor. “Se os Espíritos se não tivessem manifestado, espontaneamente, certo que não haveria Espiritismo: logo é ele uma questão de fato, e não de opinião, e contra o qual não podem, por certo, prevalecer as denegações da incredulidade.

“A rapidez de sua propagação prova, exuberantemente, que se trata de uma grande verdade, que, necessariamente, há de triunfar de todas as oposições e de todos os sarcasmos humanos; e isso não é difícil de demonstrar-se, se atendermos que o Espiritismo faz seus adeptos, principalmente, na classe esclarecida da sociedade.”

“O maravilhoso fenômeno da comunicação dos Espíritos, e de sua ação no mundo visível, não é mais uma novidade, está demonstrado ser uma consequência das leis imutáveis que regem os mundos; é um fato que se produz desde o aparecimento do primeiro homem, e se tem perpetuado em todos os povos, por meio de todos os tempos, e sob caracteres diversos, dando o mais cabal testemunho dessa verdade os arquivos da História, quer sagrada, quer profana, onde se encontram registrados numerosos fatos de manifestações espiríticas.”

“A ação moralizadora do Espiritismo demonstra-se, quando consideramos que o egoísmo, essa chaga cancerosa da Humanidade, originado pelo materialismo, negação formal de todo o princípio religioso, é profundamente abalado por essa aurora celestial, que a Infinita Misericórdia do Onipotente se dignou de enviar à Terra, como precursora dessa nova e bem aventurada Era, em que os homens, melhor compreendendo os seus recíprocos deveres, de boa vontade cumprirão os salutares preceitos de Jesus, o Divino Salvador.

“É ainda a aurora precursora de nova era, porque à sua luz resplandecente vão-se dissipando as sombras da incredulidade, e pouco e pouco surgindo a fé e a esperança no coração daqueles que não possuíam tão cândidas virtudes!”

Foi num dos números de “O Eco d’Além-Túmulo” que Teles de Menezes registrou, com aquele seu entusiasmo natural, o exemplar que o zeloso funcionário da Fazenda, Júlio César Leal, lhe oferecera de seu livro “O Espiritismo — Meditações Poéticas sobre o Mundo Invisível, acompanhadas de uma evocação”, editado na cidade de Penedo (Alagoas), com prefácio de 18 de Novembro de 1869, fora ela a primeira obra poética de fundo espírita publicada no Brasil. Esse talentoso baiano, aplaudido dramaturgo, poeta e romancista, “pena hábil e bem aparada”, como que previu — segundo escreve Pedro Calmon em sua “História da Literatura Baiana” a guerra dos Canudos em seu drama “Antônio Maciel, o Conselheiro” (1858), e haveria de ser eleito, em 1895, presidente da Federação Espírita Brasileira.

Infelizmente, “O Eco d’Além-Túmulo”, que mui eficientemente propagava a doutrina espírita, transcrevendo artigos da «Revue Spirite» e páginas de “O Livro dos Espíritos”, teve, à vista das inúmeras dificuldades que logo após surgiram, duração não muito longa. É o próprio Luís Olímpio quem informa: “Essa publicação peregrina percorreu o seu primeiro ano, e apenas pôde encetar o segundo, lutando corajosamente com toda a sorte de oposição e de manejos em larga escala, sorrateiramente preparados.”

“Associação Espirítica Brasileira”

Data de 24 de Agosto de 1871, com trinta assinaturas, encabeçadas pela firma de Luís Olímpio Teles de Menezes, um requerimento ao Vice-Presidente da Província da Bahia, Dr. Francisco José da Rocha, então Presidente interino, solicitando-lhe se dignasse autorizar a incorporação da “Sociedade Espírita Brasileira”, que pretendiam estabelecer em Salvador, aprovando-lhe ao mesmo tempo os Estatutos anexados.

Embora a Constituição do Império, no seu art. 5º., permitisse a coexistência de outras religiões, desde que tivessem apenas culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas e sem forma alguma exterior de templo, e embora ainda estabelecesse (art. 179, § 59) que ninguém podia ser perseguido por motivo de religião, uma vez que respeitasse a do Estado e não ofendesse a moral pública, praticamente impossível era, na época, a aprovação, pelo Governo, dos Estatutos de sociedade religiosa que não fosse a católica, pois que, ex-ví do Decreto 2.711 de 19 de Dezembro de 1860, todas as sociedades religiosas e políticas, e outras, tinham que obter a aprovação antecipada do Ordinário na parte espiritual.

Como é claro, as primeiras sociedades espíritas procuraram, então, apresentar-se como literárias, beneficentes ou científicas, visto que estas não passavam pela aprovação do Ordinário. Foi o que fez a “Sociedade Espírita Brasileira”, declarando em seus Estatutos a sua condição de associação literária e beneficente. Todavia, isto de nada lhe valeu, conforme veremos, baseados em manuscritos existentes no Arquivo Público do Estado da Bahia.

O processo a que nos estamos referindo recebeu pareceres e informações do Provedor da Coroa, do Chefe de Polícia, do Diretor Geral da Instrução Pública, de um Cônego, professor de Religião, de um professor de Filosofia, ambos do Liceu Provincial, e do próprio Arcebispo D. Manuel Joaquim da Silveira, Conde de São Salvador.

Como é compreensível, o Clero se opôs tenazmente à nova e pretensões dos espíritas baianos, afirmando que o Espiritismo era “um atentado formal contra a verdade católica”, e que “uma sociedade, cuja doutrina tem por fim contrariar a Religião do Estado, é contra o mesmo Estado” (!).

Diante, principalmente, dos pareceres do Arcebispo e dos Professores, inteiramente contrários à aprovação dos Estatutos da “Sociedade Espírita Brasileira”, e levando em conta o apoio a eles dado pelo Diretor Geral da Instrução Pública, que frisava ser a Religião Católica a única “estabelecida e garantida pela Constituição do Estado, respeitada por todos os poderes, considerada a mais perfeita, a única verdadeira por seus dogmas”, foi o requerimento indeferido em fins de 1872, após permanecer na Secretaria de quatro Presidentes sucessivos, conquanto o Procurador da Coroa e o Chefe de Polícia houvessem exarado, em seus pareceres, que nada obstava a que a associação em pauta se constituísse “pela maneira projetada”.

Desejando os espíritas baianos organizarem-se em Sociedade com Estatutos aprovados pelo Governo, o que lhes garantiria certos direitos constitucionais, foi isto interpretado pelo Clero de maneira sub-reptícia, capciosa, levantando-se a ideia de que as Sociedades espíritas queriam agora professar a nova doutrina com a aprovação do Governo. Tudo isso, entretanto, não impediu que cerca de um ano depois, em 28 de Novembro de 1873, os componentes do “Grupo Familiar do Espiritismo”, a fim de se premunirem contra a intolerância religiosa, se constituíssem em sociedade científica, com o nome de “Associação Espirítica Brasileira, regida pela quase totalidade das disposições estatutárias do referido “Grupo” e que haviam sido também submetidas à aprovação governamental. Tomando por base a doutrina contida em “O livro dos Espíritos” e em “O Livro dos Médiuns”, ambos de Allan Kardec, a novel Associação, embora afirmando-se científica, tinha como fins “o desenvolvimento moral e intelectual do homem nas largas bases que cria a filosofia espirítica, e a exemplificação do sublime e celestial preceito da caridade cristã”, salientando-se que uma de suas divisas proclamava: “Fora da Caridade não há salvação”.

Teles de Menezes, que se havia colocado à frente dessa instituição, foi seu primeiro presidente e, pouco depois, ganhou o título de presidente honorário. No seu primeiro relatório aos membros da dita Associação, em 12 de dezembro de 1873, o impávido e sereno pioneiro relembra os obstáculos enfrentados pela Nova Revelação, assim dizendo num trecho do seu discurso:

“Desde que em 1865 o Espiritismo, essa ideia nova, pronunciou, para o Brasil, sua primeira palavra, lutas e dificuldades com sanha já desusada foram suscitadas pela cega e inconsequente incredulidade dos homens, que endurecidos se obstinam em fechar os olhos para não ver, em cerrar os ouvidos para não ouvir. Mas, senhores, como tudo que é providencial, como tudo que se firma em princípios certos, uma força misteriosa tem-no sempre alentado no seu imperturbável caminhar.” Ao finalizar seu relatório, Teles de Menezes solicitou sua exoneração por motivos imperiosos que o impediriam de prestar melhor assistência à Associação, acrescentando, ainda, que talvez lhe fosse preciso ausentar-se por algum tempo da Bahia.

Feita nova eleição, o cargo de presidente recaiu no Dr. Guilherme Pereira Rebelo, “uma das glórias científicas e literárias da Província da Bahia”. Entretanto só pôde ele presidir a uma sessão, aquela em que tomou posse do cargo. Insidiosa enfermidade levou-o ao túmulo a 9 de maio de 1874.

Como a saúde do Vice-Presidente — Dr. Joaquim Carneiro de Campos não lhe permitisse assumir a presidência da Associação, Luís Olímpio, num supremo esforço de boa vontade, aceitou a direção dos trabalhos, na qualidade de 2º Vice-Presidente. O primeiro cuidado dele foi preencher a vaga deixada pelo presidente, elegendo-se a 10 de julho o Conselheiro Manuel Pinto de Souza Dantas, que, alegando razões respeitáveis, pediu escusa desse encargo.

Luís Olímpio continuou no exercício da presidência, aguardando a eleição normal, cuja época se aproximava. Realizada esta, o Centro-Diretor teve os três primeiros cargos assim ocupados: Presidente, Dr. Manuel Teixeira Soares; 1º Vice-Presidente, Dr. Joaquim Carneiro de Campos (reeleito) e 2º Vice-Presidente, Luís Olímpio Teles de Menezes.

Do Relatório que Luís Olímpio apresentou à “Associação Espirítica Brasileira”, aos 17 de setembro de 1874, extraímos vários trechos interessantes, que vão a seguir:

“Os preconceitos, infelizmente arraigados no ânimo do maior número, têm sido um dos grandes obstáculos à propagação das salutares e regeneradoras doutrinas da filosofia espirítica.

“A fiel exposição dessas doutrinas não está ao alcance das multidões, porque as obras fundamentais não se acham traduzidas na língua vernácula; entretanto, preciso é aqui notar o valioso serviço que prestou “O Eco d’Além-Túmulo” — cuja publicação foi interrompida -, levando a ideia espirítica a todos os pontos do Brasil, de modo que hoje já se agita ela em todas as províncias, e já nalgumas se têm formado grupos e sociedades, como no Pará, Maranhão, Pernambuco e no Rio de Janeiro, onde as ideias espiríticas mais extensamente têm progredido, graças aos esforços de dois fervorosos adeptos, o Prof. M. Casimir Lieutaud e a Senhora Viúva Perret Collard, médium psicógrafo.”

O autor do Relatório expõe em seguida: a importância da vulgarização das obras fundamentais, revelando que o movimento no Rio “se tem tornado tão pronunciado que a Livraria Garnier foi autorizada a traduzir em português as importantes obras de Allan Kardec, e sou informado — conclui ele — de que em breve, sessenta dias quando muito, sairá à luz “O Livro dos Espíritos”, essa obra fundamental, base da filosofia espirítica”.

Em visões proféticas com relação às claridades que o “Consolador” espalharia em todos os lares e em todos os corações aflitos, Luís Olímpio expande sua alegria na antevisão dessa nova era, dizendo: “Essas novas gerações verão aparecer o amor e a liberdade, símbolos nobres da regeneração humana; e então, no meio da crença universal em Deus, as duas imensas chagas, que tanto corroem a vida social — o egoísmo e o orgulho —, desaparecerão.

Essa feliz transformação será devida ao Espiritismo — operar-se-á pela aceitação universal de sua filosofia.”

Finalizando, cheio de sadio entusiasmo, Luís Olímpio faz rápido histórico do movimento espírita mundial, declarando que as obras de Kardec penetravam todos os países, sendo que em dois deles, a Rússia e a Espanha, já haviam vertido para suas línguas as cinco obras kardequianas fundamentais do Espiritismo.

Missão cumprida

Diligente paladino dos ideais espiritistas, Teles de Menezes jamais, porém, se excedeu, conservando sempre uma linguagem nobre e serena nos seus arrazoados doutrinários. Era sócio de muitas associações espíritas da Europa e mantinha permanentes contatos epistolares com distintos confrades, daqui e dalém-mar. Colaborou no “Diário da Bahia”, “o primeiro órgão da imprensa brasileira que acolheu em suas colunas artigos em favor do Espiritismo”, no “Jornal da Bahia”, no “O Interesse Público” e em outros periódicos da cidade do Salvador. Exerceu as funções de Oficial da Biblioteca Pública da Bahia e reformou-se como tenente-coronel do Estado-Maior do Comando Superior da famosa Guarda Nacional, que teve papel saliente no Império.

Era, ainda, sócio honorário correspondente da Sociedade Magnética da Itália e membro do ilustrado corpo social do Conservatório Dramático da Bahia.

Cumprida a sua missão dentro do Espiritismo, de arrojado bandeirante da Doutrina dos Espíritos nas plagas de Santa Cruz, Teles de Menezes rumou para o Rio de Janeiro, onde fixou residência, passando, pouco depois, por volta de 1879, a fazer parte da distinta e culta corporação taquigráfica do Senado do Império, então sob a direção do esclarecido chefe da 1ª Secção da Diretoria Geral dos Correios, Sr. Joaquim Francisco Lopes Anjo, que prestou relevantes serviços ao País, tendo recebido várias condecorações.

No desejo de facilitar o estudo e a prática da estenografia no Brasil, onde eram raros os que realmente a conheciam, Teles de Menezes fêz editar no Rio de Janeiro, em 1885, o seu “Manual de Estenografia Brasillense”, com estampas litografadas, “fruto da experiência de longos anos” e do estudo comparativo de alguns métodos estenográficos publicados na Europa.

Teles de Menezes dedica a obra ao velho amigo Senador Manuel Pinto de Souza Dantas, “em testemunho de respeitosa admiração, estima e reconhecimento”.

Abre-se o mencionado “Manual” com uma extensa introdução do Autor, escrita em dezembro de 1884, em que se mostram as vantagens da estenografia, historiando-se, após, o movimento progressivo desta arte no mundo e particularmente no Brasil onde, segundo ele, talvez não houvesse vinte brasileiros que realmente a conhecessem, fato que o entristecia. Diz ele, a seguir, da experiência que acumulou em trinta anos de assídua prática na Assembleia Legislativa da Bahia e em já seis anos no Senado do Império.

Como fruto desta longa experiência e do estudo comparativo de alguns métodos de estenografia publicados na Europa, ele resolveu contribuir com um sistema próprio que, facilitando ainda mais o estudo e a prática da estenografia, despertasse nos brasileiros o desejo de aprendê-la e usá-la. Na segunda parte do livro vem então minuciosamente exposto o seu sistema, com exercícios demonstrativos, sistema que ele particularmente passou a adotar.

Além dos vários trabalhos que publicou, e que já registramos, deixou inéditos, ao desencarnar, grande número de outros.

A sua contribuição, em toda a parte, foi natural e despretensiosa, despida de razões que incluíssem vaidade ou inveja, movendo-o unicamente o desejo sincero de trabalhar pelo bem e pela felicidade do próximo e de nossa Pátria.

Segundo apuramos, Teles de Menezes só pôde trabalhar no Senado até mais ou menos 1892. A idade e uma nefrite crônica afastaram-no do serviço que lhe dava o pão material. O dirigente da secção taquigráfica daquela Casa legislativa, o Sr. Antônio Luís Caetano da Silva, em reconhecimento à dedicação do ex-taquígrafo, garantiu-lhe espontaneamente, num gesto de altruísmo, uma pensão que ajudava em algo o velho casal Menezes, constituído por ele e pela segunda esposa, a Sra. Elisa Pereira de Figueiredo Menezes.

Poucos anos de vida terrena restavam a Olímpio Teles e estes poucos ele os passou sob longos e dolorosos padecimentos causados pela nefrite, e que somente tiveram fim às 22 horas e 40 minutos do dia 16 de março de 1893. Neste dia e a esta hora, à rua Barão de São Felix, nº 165, com 68 anos, desatava ele o Espírito às claridades do Além-mundo, onde afinal iria receber o prêmio aos seus laboriosos esforços.

Desencarnou em pobreza extrema, sendo o seu enterro feito no Cemitério de S. Francisco Xavier a expensas de dois colegas taquígrafos, que lhe prestaram “os melhores serviços de amizade”[4].

“Reformador” de 1º de abril de 1893, num necrológio do valoroso extinto, terminava com as seguintes palavras: “Era um caráter digno de todo o apreço pela sua cultura e elevação de sentimentos, apurados por uma longa série de infortúnios que soube sempre suportar com honra e grandeza d’alma.”

Jornais do Rio e da Bahia, como o “Jornal do Commercio” e o “Diário da Bahia”, recordaram-lhe a vida e a obra em sucintos necrológios.

Reconhecendo o valor do grande baiano, três grandes Enciclopédias, a de Maximiano Lemos, a publicada por W. M. Jackson e a “Grande Enciclopédia Delta Larousse”, seguindo o exemplo do “Dicionário Bibliográfico Brasileiro”, de Sacramento Blake, e do “Dicionário Bibliográfico Português”, de Inocêncio da Silva, incluíram em suas páginas uma síntese biográfica de Luís Olímpio Teles de Menezes.

O nome e os feitos dessa figura apostolar de pioneiro, exemplo de tenacidade e fortaleza, conservar-se-ão indeléveis nos Anais da História do Espiritismo no Brasil.

Homenagens

Em 17 de Setembro de 1965, dois carimbos postais comemorativos, aprovados pelo Departamento dos Correios e Telégrafos, foram aplicados, nas cidades do Rio de Janeiro e do Salvador, em homenagem ao fundador do “Grupo Familiar do Espiritismo”. Nesse mesmo mês de setembro, a Câmara Municipal da Cidade do Salvador fez inserir na ata dos seus trabalhos “um justo preito de admiração à honrada memória do ilustrado e distinto Professor Luís Olímpio Teles de Menezes”.

Quase um ano depois, os representantes do grande povo da capital baiana homenagearam, pela segunda vez, aquele que foi venerável pioneiro espírita nas terras brasileiras. A 4 de dezembro de 1966, procedeu-se na cidade do Salvador (Bahia), às 15 horas, a inauguração da placa nominativa da Rua Professor Teles de Menezes, dando-se, assim, cumprimento à Lei número 1886/66, sancionada pelo Sr. Prefeito.

Fonte: Grandes espíritas do Brasil

[1] Veja-se o “Relatório da Associação Espirítica Brasileira, apresentado em sua sessão magna, celebrada em 17 de setembro de 1874, por Luiz Olímpio”, Bahia, 1874, página 3.

[2] Em “Discurso” de 12 de dezembro de 1873. (N. da Editora)

[3] Discurso lido na “Associação Espirítica Brasileira” na sessão geral de 12 de dezembro de 1873, por Luís Olímpio. Bahia, 1874.

[4] “Diário da Bahia”, 30 de março de 1893.

 

 

 

(Copiado de https://seir.org.br/teles-de-menezes/)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/13-11-2018_arquivos/image006.jpg

Mesas girantes. França. Século XIX.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Table-turning#/media/File:Tables_tournantes_1853.jpg

  

Imagem publicada pela revista “le magazine l'Illustration” em 1853

 para ilustrar um artigo intitulado: História da Semana

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2018/OUTUBRO/13-10-2018_arquivos/image014.jpg

Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo. Imagem/fonte: 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard_Rivail2.jpg

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2020/OUTUBRO/08-10-2020_arquivos/image012.jpg

Capa da 1ª. edição de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, lançados aos 18 de abril de 1857.

Copiada de https://kardec.blog.br/18-de-abril-de-1857/

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/JULHO/26-07-2022_arquivos/image043.jpg

Elevador Lacerda em Salvador, BA, terra natal de Luis Olimpio Teles de Menezes. Foto Ismael Gobbo

 

05

Selo comemorativo do Centenário da Imprensa Espírita no Brasil

homenageou Luis Olimpio Teles de Menezes. Copiado de:

https://robertoaniche.com.br/author/raniche/page/50/     

06

Exemplar da primeira edição de O Echo D´Alêm Túmulo, presente hoje na Biblioteca de

Obras Raras da FEB em Brasília.

Copiado de: https://robertoaniche.com.br/author/raniche/page/50/   

https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/MARCO/26-03-2022_arquivos/image063.jpg

Prédio histórico da FEB- Federação Espírita Brasileira. Copiado do  Reformador, junho de 1948.

 

https://www.noticiasespiritas.com.br/2019/JULHO/30-07-2019_arquivos/image014.jpg

A Baía de Guanabara (E), Praia de Copacabana (D) e Pão de Açucar no centro da foto vistos do Corcovado onde turistas visitam o belíssimo Cristo Redentor. Rio de Janeiro, Brasil.  Foto Ismael Gobbo.

Na cidade do Rio de Janeiro desencarnou e foi sepultado Luis Olimpio Teles de Menezes

https://www.noticiasespiritas.com.br/2022/JULHO/26-07-2022_arquivos/image048.jpg

Cemitério de São Francisco Xavier na cidade do Rio de Janeiro. Nele foram sepultados muitos

vultos espíritas de escol  dentre os quais Luis Olimpio Teles de Menezes.  Foto: Ismael Gobbo

 

  

Amor Infinito

Antes, porém...

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]])

 

 

 

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