Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sábado, 13 de setembro de 2014

Compiladas por Ismael Gobbo

Agradecemos àqueles que gentilmente repassam este email

Parcerias

 

 

http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/

www.abrade.com.br         http://www.redeamigoespirita.com.br/

 

 

Nota 1

Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

 

 

Nota 2

Este email é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo)

 

 

Atenção

Se você tiver dificuldades em abrir o arquivo, recebê-lo incompleto ou cortado e fotos que não abrem, clique aqui: http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/13-09-2014.htm 

 

 

 

NOTA SOBRE O ENVIO DESTE BOLETIM

 

A partir do dia 8/8/2014, e como teste, estamos enviando o NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA através de email marketing sem colar o boletim no corpo do email. Apenas estamos informando o link que, clicado, abre todas as informações e fotos. Esse sistema torna o arquivo mais leve sem sobrecarregar as caixas de entrada de emails. Pedimos nos dar retorno se o está recebendo com regularidade. Enviamos o boletim de noticias de segunda a sábado. Se tiver problemas no recebimento veja todos os boletins nos links acima informados. Grato. Ismael Gobbo.

 

OS ULTIMOS 5 EMAILS ENVIADOS:

 

DATA                                        ACESSE CLICANDO NO LINK:

 

12-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/12-09-2014.htm 

11-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/11-09-2014.htm 

10-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/10-09-2014.htm 

09-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/09-09-2014.htm 

08-09-2014     http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/SETEMBRO/08-09-2014.htm 

   

 

 

Ter sempre razão

 

 

Quanto custa ter sempre razão?

Em algum momento, paramos para analisar esta questão? Já pensamos quais são as consequências de sempre querer provar que estamos certos?

É claro que defender um ponto de vista é corriqueiro. Colocar nosso posicionamento ou nossas ideias perante um fato, de maneira sensata, é mesmo saudável.

Trocar ideias a respeito de um tema, argumentar a favor de um conceito no qual acreditamos, são posturas naturais e comuns nas nossas relações cotidianas.

Porém, quando essa atitude supera todas as barreiras, está sempre como ponto de honra de nossa palavra, quando se torna fundamental ter a razão, qual o preço a ser pago?

Quantas vezes nos aborrecemos com alguém pelo simples fato de querermos convencê-lo de que ele está errado em sua forma de pensar?

Quem de nós não se pegou transformando uma discussão tranquila em um afrontamento pessoal?

Ou ainda, quantas vezes não elevamos o tom da conversa, nos tornamos ríspidos no enfrentamento de ideias?

Defendemos nosso ponto de vista como acreditamos ser o mais adequado. E, naturalmente, temos nossa maneira de ver a realidade, conforme nossos valores, conceitos e capacidades.

Quatro pessoas, cegas de nascença, ao serem colocadas junto a um elefante vão conseguir relatar o que puderem tocar do animal.

Se não lhes derem a oportunidade de perceber as diferenças entre orelha, cauda, tromba, corpo, terão apenas uma ideia parcial.

Não estarão erradas, apenas cada uma terá somente parte da razão.

Muitas vezes isso acontece nos nossos relacionamentos. Temos a nossa percepção, a nossa capacidade de análise.

Não quer dizer que estejamos errados ou que não tenhamos razão em nossos argumentos.

Porém não podemos esquecer de que o outro tem sua própria forma de ver, seus valores, suas ideias.

Enfrentar-se nessas situações, será o duelo de ideias, a briga de argumentos, em que, quase sempre, o que existe, de verdade, é o desejo de impor nosso raciocínio, nossa argumentação.

Inúmeras vezes, em nome de desejarmos provar que a razão nos pertence, usamos nossa palavra como quem está numa batalha, não desejando nunca perder.

Ter sempre razão às vezes custa o preço de uma amizade.

Buscar impor aos outros nossos argumentos, repetidamente, pode ocasionar o desgaste da relação.

Querer estar sempre certo, no campo das ideias e reflexões, pode causar fissuras nas relações familiares.

Assim, antes de buscarmos ter razão, melhor buscarmos a preservação da harmonia.

Antes de querermos ser vencedores em nossa argumentação, melhor que tenhamos paz de espírito.

A verdade, mais dia, menos dia, se fará presente, duradoura, perene.

Assim, mesmo quando toda a razão nos pertença, vale refletirmos se devemos continuar nossos duelos de ideias.

Talvez, o melhor, em determinadas situações, seja utilizarmos nossa capacidade pensante, nosso senso de validação para buscar compreender o próximo.

Ao assim procedermos, poderemos entender o porquê dos argumentos alheios, de sua forma de agir, facilitando e aprofundando nossas relações.

Dessa maneira, evitaremos o granjear de atritos e dissabores, pesos desnecessários ao nosso coração.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 12.9.2014
.

 

 

(Copiado do site Feparana)

Estátua “O Pensador”, de Auguste Rodin. Praça do Congresso. Buenos Aires, Argentina. Foto Ismael Gobbo

 

 

Homenagem a Nestor João Masotti, ex-presidente da FEB- Federação Espírita Brasileira, por Isabel P. González (Espanha)

 

 

"Conheci a Nestor Masotti, a sua esposa e a membros da FEB, quando viaje pela primeira vez a Brasil, y ahi foi onde lhe conoci em pesso, em 1994. Fui hospedada nos apartamentos da FEB, e pude ter a fortuna de conhecer melhor a Nestor, então um trabalhador incansable,muito unido à FEB . Sempre ativo e deu mostras de ter uma fé imensa na necessidade de divulgar o Espiritismo e ejemplificarlo. Acho que teve iniciativas muito boas e que, com ele, o Movimento Espírita crecio e progresso. Nas ocasiões que me encontre com o, sempre ténia alguma coisa que fazer. Tem dado muito ao Espiritismo, e temos que ser agradecidos. Sua esposa é encantadora; magnifica esposa e apoio para ele. Vamos notar muito sua falta física.  E onde queira que esteja, ele estara bem. Têm sido e segue sendo milhares e milhares as orações encaminhadas a ele. Deus abençoe-o, mas há que seguir adiante, e o volvio ao mundo Espiritual com um bagaje grande de obras feitas. Deus abençoe a você, Nestor Masotti."

 

(Texto recebido em email de Isabel P. González, Cádiz, Espanha)

Divaldo P. Franco e Nestor J. Masotti  e fala de Nestor no  6º. Congresso Espírita Mundial, em Valência, Espanha.

Fotos de Armandine e Dominique repassadas por Jorge Moehlecke

 

 

Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 11-09-2014

 

 

DIAS DE INCERTEZAS

 

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em  11-09-2014

 

Divaldo Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.

 

São estes dias de incertezas. Em toda parte ameaças de belicosidade e violência transformam-se em terrível realidade, transformando a Terra em permanente arena de criminalidade e de hediondez. É certo que as gloriosas conquistas da ciência e da tecnologia alcançam os seus mais elevados índices de glória. No entanto, jamais houve tanta insegurança e desencanto como na atualidade, quando incalculável número de existências vazias de idealismo e autorrealização tombam nas malhas soezes da depressão, da bulimia, da anorexia, do distúrbio do pânico, do suicídio...

 

As manchetes das tragédias aparecem a todo instante, e quando pensamos que já havíamos visto os porões da perversidade humana, ainda somos surpreendidos por espetáculos mais dantescos, quase nos aparvalhando. Os pontos de guerra multiplicam-se no globo terrestre, e os ferrenhos combates são dizimadores, ceifando vidas em floração em toda parte, especialmente no atual Levante e na África, quando crianças e jovens são sacrificados nas garras do fanatismo religiosos, cidades e aldeias devastadas pelo ódio e etnias.

 

Concomitantemente, enfermidades terríveis se expandem, embora o esforço de homens e mulheres extraordinários, como os médicos sem fronteiras, os missionários do bem e do amor, vitimados alguns pelo ebola e outras viroses pouco conhecidas. Por outro lado, o exibicionismo dos poderosos, a loucura pelo prazer arrebanham as massas e as exaurem nos seus espetáculos de hedonismo e de luxúria, de drogadição, de alcoolismo e tabagismo, multiplicando aterradoramente o número de acidentes e de crimes deles decorrentes.

 

Faz-se urgente a mudança de atitude mental e moral do ser humano aturdido e quase em decomposição, mediante a reflexão em torno do objetivo essencial da existência e de como conseguir a diretriz para o comportamento saudável e feliz. Essa diretriz está no Evangelho de Jesus, quando Ele propõe o amor como solução para todos os problemas.

 

DIVALDO PEREIRA FRANCO

 

(Texto recebido em email de Lucas Milagre)

 

 

Conferências com Divaldo Pereira Franco em

Buenos Aires, Argentina

 

Divaldo Franco en la Argentina

6 y 7 de octubre - 19 hs.

Divaldo Franco en la Argentina



(Informações recebidas em emails de CEA [[email protected]]; em nome de; CEA [[email protected]] e  de MARTA GAZZANIGA [[email protected]])

Casa Rosada, sede  do Governo argentino. Plaza de Mayo. Buenos Aires, Argentina. Foto Ismael Gobbo

 

 

CONEAN 2014  - Confraternização Espírita da Alta Noroeste.  Birigui, SP

 

(Informação recebida em email de João Marchesi Neto)

 

 

Seminário sobre Medicina e Espiritualidade

Bruxelas, Bélgica

 

 

(Informações recebidas em email de Giovana Campos)

 

Encontros com Herculano Pires: palestra com

Dr. Dmitri Cerboncini Fernandes. São Paulo, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Antonio C. Molina [[email protected]])

 

 

Palestra programada para a Seara Espírita Joanna de Angelis

Campinas, SP

 

 

(Informações recebidas em email de SEJA-Divulgação [[email protected]])

 

 

6º. SEFRATE – Seminário Fraterno de Estudos Espíritas

Jaú, SP

 

 

 

(Informação recebida em email de Roosevelt A. Tiago)

 

 

Comemoração de 150 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Holambra, SP

 

 

(Informação recebida em email de Rose Moliterno)

 

 

Ciclo de palestras Espiritualidade em Cardiologia e Nefrologia

Brasília, DF

 

 

(Informaçao recebida em email de Giovana Campos)

 

 

XI Congresso de Saúde e Espiritualidade

Botucatu, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Giovana Campos)

 

 

Festa da Primavera. Casa Transitória Fabiano de Cristo

São Paulo, SP

 

Contamos com sua presença neste belissimo dia...

 

Não deixem de particiapa

 

Festa da Primavera 2014.jpg

 

 

 

 

 

FEDERAÇÃO ESPIRITA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Cristina

Área da Infancia e Mocidade

Tel:(11)3115-5544 Ramal 227

"Sonhos não morrem,apenas adormecem

 

(Informação recebida em email de Infancia Mocidade - FEESP [[email protected]])

 

 

Palestra na Associação Bahiana de Medicina

com  Dra. Dolores Araújo. Salvador, BA

 

 

 PALESTRA

 

Contribuição da família no adoecimento crônico - gestão do  cuidado

 

PALESTRANTE

Dra. Dolores Araújo

Médica, psicoterapeuta, especialização em Terapia Familiar e de Casal, professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

 

 

 

 

 

DATA: 16 de setembro de 2014 (terça–feira)

 

LEITURA RECOMENDADA: CARREIRA, Lígia; RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani. Estratégias da família utilizadas no cuidado ao idoso com condição crônica. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 5, p. 119-126, 2008.

 

LOCAL: Associação Baiana de Medicina – ABM, Rua Baependi, Nº 162 – Ondina.

 

HORÁRIO: 20h

 

INFORMAÇÕES: Tels: (71) 3451-4386 (tarde)       8195-4747 (Juan)

                                                                                 9194-4519 (Raimunda)

                                             

ENTRADA FRANCA

 

© Repasse este convite e traga mais adeptos para este movimento, que nos brinda com tantas informações e esclarecimentos. Sua presença e participação estimulam a AME-Bahia no objetivo de integração da medicina com a espiritualidade!

 

 

(Informação recebida em email de Giovana Campos)

 

 

Vansan em

São José dos Campos, SP

 

 

(Informação recebida em email de Regina Bachega)

 

 

I Festival de Música Espírita de

São Bernardo do Campo, SP

 

 

(Informação recebida em email de [email protected])

 

 

VI Seminário da AME-ABC

São Bernardo do Campo, SP

 

 

(Informações recebidas em email de Giovana Campos)

 

 

 Palestra com Adelino Silveira no C.E. Francisco Cândido Xavier

São José do Rio Preto, SP

 



Navarro
São José do Rio Preto - SP
(17) 3228-0111 e 99702-7066

(Informação recebida em email de Antonio Carlos Navarro)

 

 

Palestra no C.E. Capitão Vendramini

Três Corações, MG

 

(Informações recebidas em email de Centro Espírita Capitão Vendramini [[email protected]])

 

 

Sábado Solidário da SAPE

Rio de Janeiro, RJ

 

Queridos irmaos, boa noite.

Neste sabado, dia 13 de Setembro, acontecerah o Sábado Solidário da SAPE.

Colabore na arrecadação de Leite Integral, prioridade desse mês.

Os nossos irmaos do SAPE contam com o nosso apoio.

A seguir, temos o cartaz de divulgacao do evento contendo mais informacoes.

Colaboracao do nosso irmao Rene Magalhaes (Uniao Espirita Macaense - RJ)

Um fraterno abraco a todos

 

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 (Informação recebida em email de Andre Gadelha [mailto:[email protected]])

 

 

Notícias do Centro Espírita Bezerra de Menezes

Miami, Flórida, EUA

 

Acessar aqui:

http://campaign.r20.constantcontact.com/render?ca=54222239-0222-4497-854c-1142224bb7ab&c=400f3980-57ba-11e3-a749-d4ae5275dbc8&ch=40135830-57ba-11e3-a749-d4ae5275dbc8

 

 

 

 

Visite o Blog Muitas Vidas

Santos, SP

 

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Zezinho

 

(Informação recebida em email de José da Conceição de Abreu, o Zezinho)

 

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Coletânea de preces espíritas

I – Preces gerais

Oração dominical

 

 

     2. Prefácio. Os Espíritos recomendaram que, encabeçando esta coletânea, puséssemos a Oração dominical, não somente como prece, mas também como símbolo. De todas as preces, é a que eles colocam em primeiro

lugar, seja porque procede do próprio Jesus (Mateus, 6:9 a 13), seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de

sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem a diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.

     Contudo, em virtude mesmo da sua brevidade, o sentido profundo que encerram as poucas palavras de que ela se compõe escapa à maioria das pessoas. Daí vem o dizerem-na, geralmente, sem que os pensamentos se

detenham sobre as aplicações de cada uma de suas partes. Dizem-na como uma fórmula cuja eficácia se ache condicionada ao número de vezes que seja repetida. Ora, quase sempre esse é um dos números cabalísticos: três, sete ou nove, tomados à antiga crença supersticiosa na virtude dos números e de uso nas operações da magia.

     Para preencher o que de vago a concisão desta prece deixa na mente, a cada uma de suas proposições aditamos, aconselhado pelos Espíritos e com a assistência deles, um comentário que lhes desenvolve o sentido e mostra as aplicações. Conforme, pois, as circunstâncias e o tempo de que disponha, poderá, aquele que ore, dizer a Oração dominical, ou na sua forma simples, ou na desenvolvida.

     3. Prece. – I. Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome! Cremos em ti, Senhor, porque tudo revela o teu poder e a tua bondade. A harmonia do Universo dá testemunho de uma sabedoria, de uma

prudência e de uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas. Em todas as obras da Criação, desde o raminho de erva minúscula e o pequenino inseto, até os astros que se movem no Espaço, o nome se

acha inscrito de um ser soberanamente grande e sábio. Por toda parte se nos depara a prova de paternal solicitude. Cego, portanto, é aquele que te não reconhece nas tuas obras, orgulhoso aquele que te não glorifica e ingrato aquele que te não rende graças.

     II. Venha o teu reino!

Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam, em vez de se maltratarem,

como o fazem. O forte sustentaria o fraco, em vez de o esmagar. Evitados seriam os males, que se geram dos excessos e dos abusos. Todas as misérias deste mundo provêm da violação de tuas leis, porquanto nenhuma infração delas deixa de ocasionar fatais consequências.

     Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações.

     Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.

     Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. Desaparecido terá, então, a incredulidade. Todos te reconhecerão por soberano Senhor de todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra.

     Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos homens a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

     III. Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.

     Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode. Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.

     IV. Dá-nos o pão de cada dia.

     Dá-nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo; mas dá-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito.

     O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.

     Tu lhe hás dito: “Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte.” Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.

     Ajudas o homem de boa vontade que em ti confia, pelo que concerne ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo. (Cap. XXV.)

     Quantos e quantos sucumbem por culpa própria, pela sua incúria, pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio e carecem do direito de queixar-se, pois que são punidos naquilo em que pecaram. No entanto, nem a esses mesmos abandonas, porque és infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê-los, desde que, como o filho pródigo, se voltem sinceramente para ti. (Cap. V, item 4.)

     Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos evitá-la. Consideremos também que Deus

nos outorgou a inteligência para nos tirar do lameiro, e que de nós depende o modo de a utilizarmos.

     Pois que à lei do trabalho se acha submetido o homem na Terra, dá-nos coragem e forças para obedecer a essa lei. Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos o respectivo fruto.

     Dá-nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o direito de reclamar o supérfluo.

     Se trabalhar nos é impossível, à tua divina Providência nos confiamos.

     Se está nos teus desígnios experimentar-nos pelas mais duras provações, malgrado os nossos esforços, aceitamo-las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido nesta existência, ou noutra anterior,

porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais

castigas sem causa.

     Preserva-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem do supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa-lhes, se esquecem a lei de caridade e de amor do

próximo, que lhes ensinaste. (Cap. XVI, item 8.)

     Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça, ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já sabemos, graças às novas luzes que te aprouve conceder-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a prosperidade material do mau é efêmera, como a sua existência corpórea, e que experimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele que sofre resignado. (Cap. V, itens 7, 9, 12 e 18.)

     V. Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem. Perdoa

as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos ofenderam.

     Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos de saldar. Rogamos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de empregarmos os maiores esforços

para não contrair outras.

     Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas a caridade não consiste apenas em assistirmos aos nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que

direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não usássemos para com aqueles que nos hão dado motivo de queixa?

     Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando nós no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos foram em prol dos seus algozes. (Cap. X.)

     Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os maus nos infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos

rasgam o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma e que seremos exalçados por efeito da nossa humildade. (Cap. XII, item 4.) Bendito seja teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da morte; que encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de reparar nossas culpas passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso. (Cap. IV, e cap. V, item 5.)

     Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua justiça soberana e da tua infinita bondade.

     VI. Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.24

     Dá-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos Espíritos maus, que tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.

     Somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem.

     Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos. É inútil tudo o que possamos fazer para afastá-los, se não lhes opusermos

decidida e inabalável vontade de permanecer no bem e absoluta renunciação ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão, porquanto o mal é que os atrai, ao passo que o bem os repele. (Veja-se adiante: “Preces pelos obsidiados”.)

     Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa

alma. (Veja-se adiante o item 11.)

     O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o bem nada de mau pode gerar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo as tuas leis e fazendo mau uso da liberdade que nos outorgaste.

Quando os homens as cumprirmos, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso.

     O mal não constitui para ninguém uma necessidade fatal e só parece irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer, também podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos a tua assistência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.

     VII. Assim seja.

     Praza-te, Senhor, que os nossos desejos se efetivem, mas curvamo-nos perante a tua sabedoria infinita. Que em todas as coisas que nos escapam à compreensão se faça a tua santa vontade e não a nossa, pois somente queres o nosso bem e melhor do que nós sabes o que nos convém.

     Dirigimos-te esta prece, ó Deus, por nós mesmos e também por todas as almas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, pelos nossos amigos e inimigos, por todos os que solicitem a nossa assistência e, em particular, por N...

     Para todos suplicamos a tua misericórdia e a tua bênção.

 ______________________

 

24 Nota de Allan Kardec: Algumas traduções dizem: Nao nos induzas a tentacao (et ne nos inducas in tentationem). Essa expressão daria a entender que a tentação promana de Deus; que Ele, voluntariamente, impele os homens ao mal, ideia blasfematória que igualaria Deus a satanás e que, portanto, não poderia estar na mente de Jesus. É, aliás, conforme à doutrina vulgar sobre o papel dos demônios. (Veja-se: O céu e o inferno, 1a Parte, cap. IX, Os demônios.)

 

Nota – Aqui, podem formular-se os agradecimentos que se queiram dirigir a Deus e o que se deseje pedir para si mesmo ou para outrem. (Vejam-se, adiante, as preces dos itens 26 e 27.)

 

 

(O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec, FEB, Cap. XXVIII. Copiado de edição no site Febnet)

Escultura de pequena dimensão incrustada em parede da Igreja de Todas as Nações, ou Basílica da Agonia,  no

Jardim de Getsêmani,  que fica no sopé do Monte das Oliveiras. Local onde Jesus costumava orar. Jerusalém, Israel. Foto Ismael Gobbo

 

 

Editoração Ismael Gobbo, São Paulo,  SP.

Envio: Ismael Gobbo (São Paulo, SP) e Wilson Carvalho Júnior (Araçatuba, SP)

 

 

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