Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sexta-feira, 22 de abril de 2016

Compiladas por Ismael Gobbo

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Editoração: Ismael Gobbo, São Paulo, SP.

Envio: Ismael Gobbo (SP) e Wilson Carvalho Júnior, Araçatuba (SP)

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.  O trabalho é totalmente gratuito e conta com ajuda de colaboradores voluntários (Ismael Gobbo).

 

 

Atenção

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Mensagem do dia

  

 

 

 

 

PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL

 

“(...) A gratidão pela existência vivida com equilíbrio, dignidade e enobrecimento enfloresce a mente de alegria, constatando, então, que a continuidade da vida é bênção de incomum significado, que ora se apresenta como compensação às lutas experimentadas e aos sacrifícios enfrentados.”

(Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – livro,  Lições para a Felicidade     5ª ed. p.  37 – editora LEAL)

 

Desenho: Fátima Oliveira

Mansão do Caminho - Salvador, Bahia, Brasil.

   

 

 

 

 

 

PERTURBACIÓN  ESPIRITUAL

 

...La gratitud por la existencia vivida con equilibrio, dignidad y enaltecimiento, hace que la mente florezca de alegría para constatar, entonces, que la continuidad de la vida es una bendición de singular significado, que se presenta como compensación por las luchas experimentadas y por los sacrificios afrontados.

 

 

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco

Libro Lecciones para la felicidad – Editora LEAL

 

Creación: Fátima Oliveira

                              Mansión del Camino - Salvador, Bahia, Brasil

   

 

  (Recebido em emails da tradutora MARTA GAZZANIGA [[email protected]] de Buenos Aires, Argentina)

 

 

Publicação em sequência

O Livro dos Médiuns

 

 

 

 

 

 

(Copiado de Febnet)

 

Salão parisiense com pessoas ao redor de uma mesa girante. L’ Illustration 1853.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesas_girantes#/media/File:Tables_tournantes_1853.jpg

 

 

 Depoimento de gratidão

 

 

A proposta do programa televisivo era a de encontrar parentes que haviam perdido contato, no decorrer dos anos.

Os depoimentos apresentados eram dos mais diversos, por parte de tantos que, por um motivo ou outro, desconheciam o paradeiro de familiares, em razão dos caminhos trilhados.

Eram histórias de desencontros e separações, de dores que o tempo se encarregara de acalmar mas que, diante da oportunidade do reencontro, retornavam com força e intensidade.

E foi assim que ela contou a história de sua vida.

Estava grávida. Era jovem, sem independência, em condições financeiras precárias, sem nenhum apoio familiar.

Ao dar à luz, seu coração de mãe pensara no futuro da filha.

Com as dores transbordando-lhe a alma, a entregara para adoção.

Conhecera vagamente a família que a adotaria: detinham boas condições financeiras e desejavam, ardentemente, uma criança. Aquela família a haveria de amar, com certeza.

Décadas haviam transcorrido. Agora, ali estava ela frente às câmeras, buscando a filha, falando da dor que ainda trazia na alma.

Seu grande medo, contudo, era o de não ser compreendida por ela, pois a dera em adoção, nos seus primeiros dias de vida.

A história chegou até a filha, contada de boca a orelha, pelos que se comoveram com o fato.

Contudo, ela morava em cidade muito distante. Então, a rede de televisão tomou a iniciativa de ir até à filha, para entrevistá-la.

Mãe de família, cercada pelas duas filhas adolescentes, ela iniciou seu depoimento.

Eu queria agradecer profundamente a essa mulher que é minha mãe.

Sou mãe e posso aquilatar a dor que ela sentiu ao ter que me dar em adoção.

Só um amor muito grande é capaz de fazer isso. Ela abriu mão de criar-me para que eu tivesse uma vida melhor.

Sou só agradecimento à minha mãe biológica.

Ao concluir, lágrimas escorriam por sua face, emocionando as suas filhas também.

Nenhuma palavra de reprovação. Nenhum julgamento, mágoa ou cobrança.

Ela se colocou no lugar da sua mãe biológica e se compadeceu. Entendeu suas dores, seu drama e agradeceu.

Permitiu-se a compaixão.

*    *   *

A compaixão nasce da empatia que nos permitimos sentir pelo outro, quando nos colocamos em seu lugar, quando buscamos entender aquilo que o levou a tomar determinada atitude, sua situação, possibilidades e limitações.

Nenhum julgamento desnecessário, e quase sempre injusto.

Apenas compaixão pela dor do outro, compreensão das dificuldades e dramas que o envolvem.

Antes de julgarmos, lembremos que muitas pessoas no mundo enfrentam batalhas que nem imaginamos.

Não são poucos os que trafegam pelos caminhos da vida carregando dramas intensos, e dando o seu melhor para bem enfrentar as dificuldades.

O bom samaritano tomou-se de compaixão, e atendeu o homem à beira do caminho.

Façamos o mesmo. Há tantos caídos pelos caminhos, precisando de nossa compaixão, não de nossos julgamentos precipitados.

E, em muitas situações, também necessitando da nossa gratidão.

Redação do Momento Espírita.
Em 21.4.2016.

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

O Bom Samaritano. Óleo sobre tela de Eugène Delacroix.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/The_Good_Samaritan_%28Delacroix_1849%29.jpg

 

 

 

 Palestra no NEAP- Núcleo Espírita Amor e Paz

Marília, SP

 

 

(Informação recebida em email de Donizete Pinheiro)

 

 

 Vídeo. Palestra com José Raul Teixeira

“As Questões Sociais na Visão Espírita”

 

Aos meus amigos de sempre...

 

Comunico a todos a publicação no canal reportvtcom doYouTube, da palestra: "As Questões Sociais na Visão Espírita" pelo orador professor José Raul Teixeira da cidada Niteroi/RJ. Nesta oportunidade ele esclarece um assunto questionado por muitos; Por que Deus não corrige as diferênças sociais? Veja no link abaixo a resposta inteligente dada pelo insigne palestrista espírita, citando fatos e exemplos:

 

https://www.youtube.com/watch?v=wcziQy3bWQU&feature=em-upload_owner

 

Agradeço a todos que visitarem o nosso canal, deixarem seus comentários, ajudando-nos na divulgação.

 

Grande e fraterno abraço, saúde e paz a todos!

 

Carlos Lourenço

      diretor de produção

          11  3101-9033

     11  9.7447-0090 vivo

 www.report-vtcom.fot.br

 

(Com colaboração de Leda Flaborea)

 

 

Seminário com Divaldo Pereira Franco. Maio/2016

Bad Honnef, Alemanha

 

 

 

 

(Informação em emails de Freundeskreis Allan Kardec - Düsseldorf [email protected] e de  nascimento zelina [[email protected]])

 

 

66ª. Semana do Livro Espírita de

Franca, SP

 

 

(Informação recebida em email de [email protected]; em nome de; USE Intermunicipal de Franca [[email protected]])

 

 

 Palestra com Dr. Izaias Claro no G.F.E. José Xavier

Três Lagoas, MS

 

CONVITE

ISAÍAS CLARO

(Osvaldo Cruz-SP)

 

PALESTRA

Tema: Ame-se mais e supere melhor suas dificuldades

Data: 30/04/2016 – Sábado

Horário: 19h00

 

Local: Grupo da Fraternidade Espirita “José Xavier”

Rua Zuleide Perez Tabox, 751 – Centro – Três Lagoas-MS

 

 

(Informação recebida em email de Claudio Delbone)

 

 

 USE Regional São Paulo

Revista Integração

 

 

http://useregionalsp.org.br/

 

 

 

 

 

 

Revista número 02 março/abril

 

Revista número 01 janeiro/fevereiro

 

 

Jornal  Dirigente Espírita

USE/SP

 

Acesse aqui:

http://usesp.org.br/wp-content/uploads/2016/03/Jornal_152.pdf

 

 

 

 

Teatro: Proposta de parceria do espetáculo Maria de Nazaré

 

 

 

A Paz em Jesus!

A Companhia Teatral Áquila Prisca está com o emocionante espetáculo Maria de Nazaré e gostaria de convidá-los para uma possível parceria.

A sugestão é apresentar o espetáculo no Teatro Ressurreição, Bairro do Jabaquara - SP,  em horário a definir.

Nossa intenção é contar a história de Maria, repleta de mensagens de amor, esperança e fé, além de poder contribuir com obras sociais da Casa.

 A parceria que pretendemos é beneficiar a casa com 50% da bilheteria e em contrapartida a casa colaboraria com a divulgação do espetáculo.

Acreditamos que juntos podemos semear em muitos corações a fé inabalável de Maria para aqueles que conhecem ou ainda não conhecem profundamente a vida da mãe de Jesus aqui na terra.

Caso tenha interesse, por gentileza, entre em contato.

Em anexo release do espetáculo.

Desejamos Paz e Luz!

Grata,

Att,

Companhia Teatral Áquila Prisca

Lurimar Vianna    

11 3399 4492/ 99173 7955 claro/ 94364 1954 vivo

https://www.facebook.com/Companhia-Teatral-%C3%81quila-Prisca-1142527575777148/

 

 

(Colaboração recebida em email de Norberto Fátima [[email protected]])

 

 

 

 Trabalha e serve

 

 

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Nosso Livro. Lição nº 20. Página 51.

 

“Filho vai trabalhar hoje na minha vinha”.  Jesus, Mateus. 21:28.

 

Não te esqueças do ensinamento do Mestre: - “Filho vai trabalhar hoje na minha vinha”.

Se a dor te visita o coração, improvisando tempestades de lágrimas em teu campo interior, não te confies ao incêndio do desespero, nem ao gelo da lamentação. Recorda o tesouro do tempo, retira-te da amargura que te ocupa indebitamente, e trabalha servindo. O trabalho é um refúgio contra as aflições que dominam a alma. O serviço aos semelhantes gera valoroso otimismo.

Se a incompreensão te impôs férrea grade ao espírito, através da qual ninguém, por agora, te identifica o ideal ou aos propósitos elevados, não te demores acariciando o fel da revolta. Lembra o favor sublime do tempo, trabalha e serve. O trabalho acrescenta as energias. O serviço a todos revele divina sementeira.

Se a calúnia chegou ao teu círculo, estendendo sombras tenebrosas, não te afundes no lago fervente do prato, nem te embrenhes na selva do sofrimento inútil. Reflete na bênção das horas, trabalha e serve. O trabalho reconforta. O serviço aos outros anula os detritos do mal.

Se erraste, instalando escuro remorso no centro do próprio ser, não te cristalizes na inércia e nem te enlouqueças, soluçando e gemendo em vão. Medita na glória dos minutos, trabalha e serve. O trabalho reajusta as forças do espírito. O serviço ao próximo reconquista o respeito e a serenidade perante a vida.

Se a enfermidade e a morte varrem-te a casa, não te relegues ao acabrunhamento, qual se foras um punhado de lixo. Pense na dádiva dos dias, trabalha e serve. O trabalho é uma esponja bendita sobre as mágoas do mundo. O serviço no bem de todos é um milagre renovador.

Na luta e na tranquilidade, no sofrimento e na alegria, na tristeza ou na esperança, segue agindo e auxiliando.

Trabalhar é produzir transformação, oportunidade e movimento.

Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG)

Parábola dos trabalhadores da Vinha. Rembrandt.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1bola_dos_Trabalhadores_na_Vinha#/media/File:Rembrandt_-_Parable_of_the_Laborers_in_the_Vineyard.jpg

 

 

Doutrina dos Espíritos. Codificação de

Allan Kardec. Religião de fé, razão e luz

 

 

 

Altamirando Carneiro

 

         O século 19 é denominado O Século das Luzes, pois foi nele que houve um grande desenvolvimento das artes, da ciência, da cultura. Neste século, surgiu em 18 de abril de 1857 (data da primeira edição de O Livro dos Espíritos), a Doutrina Espírita, codificada na França por Allan Kardec. Nessa época, Paris, a capital francesa, a então Cidade Luz, era o fulcro pensante do século 19.

         Mas o Espiritismo, a Terceira Revelação,  como as revelações anteriores (Moisés e Cristo), não surgiu abruptamente. Lembremo-nos que as ideias cristãs foram pressentidas muitos séculos antes de Jesus, com Sócrates e Platão,  precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo. Jesus complementou  os Dez Mandamentos, as chamadas Leis de Deus, recebidos (as) por Moisés no Monte Sinai, ao passo que   o Espiritismo deu a interpretação racional aos ensinamentos de Jesus.

         A mediunidade e os chamados “fenômenos espíritas” (não porque sejam próprios do Espiritismo,  mas porque é o Espiritismo que os estuda, sem ideias preconcebidas), fizeram parte do dia a dia de pioneiros como Emmanuel Swedenborg, Edward Irving, Andrew Jackson Davis, Irmãs Fox, dentre outros.

         Até meados do século seis, todo o Cristianismo acreditava na reencarnação, proclamada há milênios antes da Era Cristã como fato incontestável, norteador dos  princípios da Justiça Divina, mas o segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d. C., realizado em Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender as exigências do Império Romano, resolveu abolir tal convicção, substituindo-a  pela ressurreição (da carne),  que contraria todo o princípio da Ciência, pois admite a volta do Ser, no suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.

         A Luz maior da Doutrina Espírita -    Ao longo do tempo, conforme as convenções humanas, surgiram várias concepções, como: 1) o materialismo, o qual afirma que a inteligência do homem é um produto da matéria. Os gozos materiais são as únicas coisas reais e desejáveis e viver cada um para si é o melhor, enquanto aqui estivermos. 2) a doutrina panteísta, para a qual a alma, independente da matéria, é extraída, ao nascer, do todo universal, individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum.  3-a)  a doutrina deísta, com os deístas independentes, que crêem em Deus, admitem todos os Seus atributos como Criador, contudo, tendo estabelecido as leis gerais que regem o Universo, funcionam por si sós e Deus não mais se ocupa delas. Sendo assim, nada temos que agradecer ou pedir Deus. 3-b) os deístas providenciais, que crêem na existência e no poder criador de Deus, na origem das coisas e na intervenção incessante de Deus na criação, a Ele oram e não admitem o culto exterior e o dogmatismo. 4) a doutrina dogmática, a qual diz que a alma é independente da matéria. Criada por ocasião do nascimento, sobrevive e conserva a individualidade após a morte e desde esse momento, tem irrevogavelmente determinada a sua sorte, sendo nulos os progressos anteriores. 5) a Doutrina Espírita, a qual diz que o princípio inteligente é independente da matéria. A alma individual preexiste e sobrevive ao corpo. O ponto de partida é o mesmo para todas as almas, não havendo exceções. As almas são criadas simples e ignorantes e estão sujeitas à lei do progresso.

A Doutrina Espírita se   assenta nos pilares básicos: a existência de Deus, a reencarnação ou pluralidade das existências, a pluralidade dos mundos habitados, a intercomunicação entre os dois planos da vida, o Código de Moral do Evangelho do Cristo.

         A concepção da existência de Deus, inata no homem, bem como a certeza do Espírito imortal, faz parte do pensamento de filósofos que impulsionaram a cultura do século 19. Immanuel Kant assinala que a consciência é a voz de Deus no homem. E demonstra que a lei moral é a possibilidade mais profunda de nosso ser, e a realização de nossa verdadeira destinação. René Descartes, ao chegar à célebre conclusão: “penso, logo existo”, afirma que o pensamento é algo mais certo que a matéria corporal, e descobre a realidade do Espírito. Hegel escreveu a Fenomenologia do Espírito, onde traça a história pela qual a consciência humana elevou-se das representações mais elementares de Deus à sua representação filosófica adequada.

         Entre vozes dissonantes, Friedrich Nietzsche proclamou a morte de Deus, mas Voltaire foi preciso quando afirmou que não acreditava nos deuses feitos pelos homens, mas sim no Deus que fez os homens.   

         O progresso moral distanciou-se cada vez mais do progresso científico. Se observarmos o progresso da Humanidade, vemos que em todas as épocas o progresso moral sempre marchou atrás do progresso material, no que para nós cristãos, o progresso material deve sempre andar lado a lado com o progresso moral. Somos como os pássaros, temos duas asas: a asa da moral e a asa do conhecimento, que devem sempre andar lado a lado.

         Retornemos  às várias concepções surgidas na Terra. Como dissemos no primeiro parágrafo, a Doutrina Espírita surgiu em 18 de abril de 1857, em Paris, França, com a primeira edição de O Livro dos Espíritos,   com 501 perguntas de Allan Kardec e as respostas dos Espíritos, com comentários, em negrito, do Codificador. A segunda edição, de 16 de março de 1860, foi reestruturada e aumentada por Kardec, com 1.019 questões, sob a orientação do Espírito de Verdade, que desde a elaboração da primeira edição já o avisara que ela  não podia conter tudo.

         Os “fenômenos espíritas”, com os quais a Europa já estava familiarizada, principalmente através dos fenômenos das mesas girantes, que não passavam de meros divertimentos nos salões sociais, assumiam séria conotação, provocando reações do mundo todo.

         A segunda parte do livro Obras Póstumas, publicado em 1890 com escritos deixados por Allan Kardec, capítulo A minha primeira iniciação no Espiritismo, registra estas palavras do Codificador:

         “Compreendi, antes de tudo, a gravidade da pesquisa que ia empreender; percebi naqueles fenômenos a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurava em toda a minha vida. Em suma, toda uma revolução das ideias e das crenças.”

         Depois de O Livro dos Espíritos, vieram: O Livro dos Médiuns – janeiro de 1861; O Evangelho Segundo o Espiritismo – abril de 1864; O Céu e o Inferno – agosto de 1865; A Gênese – janeiro de 1868.

         Nesse cenário, Allan Kardec lança em 1º. de janeiro de 1858, a Revista Espírita, que circulou até o ano de 1869, e em 1º.  de abril de 1858  a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, o primeiro Centro Espírita do mundo. Contrariando os procedimentos da época, em que as manifestações das “mesas girantes” eram praticadas nos salões das residências burquesas, Kardec entendia que as reuniões espíritas deveriam ser efetuadas em instituição especialmente criada com esse objetivo, para evitar a frivolidade e a interferência de contingências da vida privada dos participantes.

         Tarefa difícil e complexa - Na página final da Revista Espírita, de 1858, Kardec notificou:

         “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Fundada em 1º. de abril de 1858 e autorizada por portaria do Sr. Prefeito de Polícia, conforme aviso de S. Ex. o sr. Ministro do Interior da segurança geral, em data de 13 de abril de 1858”.

         No capítulo XXX do O Livro dos Médiuns, o Codificador relaciona os 29 artigos que tratam dos objetivos e fins da entidade: da constituição, dos sócios, da administração, das sessões e de outras disposições. Em dois anos, a Sociedade contava com 87 sócios efetivos pagantes, entre cientistas, literários, artistas, médicos, engenheiros, advogados, magistrados, membros da nobreza, oficiais do Exército e da Marinha, funcionários civis, empresários, professores, artesãos. O número de visitantes chegava a quase mil e quinhentas pessoas por ano.

         Kardec, que desempenhava o cargo de presidente desde a fundação da entidade, cansado pelo excesso de trabalho e aborrecido com querelas administrativas, por várias vezes manifestou o desejo de renunciar, mas aconselhado pelos mentores espirituais, continuou no exercício da presidência até a sua desencarnação.

         O Codificador era rigoroso no cumprimento das disposições estatutárias e na disciplina das atividades. Exigia de todos os participantes muita seriedade, fato que contribuiu para dar muita credibilidade à instituição e aos seus pronunciamentos, pois Kardec era extremamente austero nos pareceres emitidos e nunca permitiu que a Sociedade se tornasse meio de controvérsias e debates estéreis.

         Allan Kardec realizou várias viagens a serviço da Doutrina Espírita, sendo que a viagem de 1862 foi a mais importante e mereceu do Codificador um opúsculo especial. Naquele ano, viajou por quase dois meses. Percorreu, de trem, 693 léguas e visitou 20 cidades. Nascido Denizard Hippolyte Léon Rivail, na cidade de Lion, na França, em 3 de outubro de 1804, estudou  no Instituto Yverdun, na Suíça, fundado e dirigido por João Henrique Pestalozzi.

         Aos 51 anos, era um educador consagrado na França e autor de diversos livros sobre a educação. Bacharel em ciências e letras, falava e escrevia o alemão, o inglês, o espanhol, o italiano e o holandês.

Casado com a professora Amèlie Gabrielle Boudet, desencarnada em 21 de janeiro de 1883, Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, pela ruptura de um aneurisma.

         No capítulo XXIII do livro A Caminho da Luz, (FEB), psicografado por Francisco Cândido Xavier, Emmanuel registra:

         “A tarefa de Allan Kardec era difícil e complexa. Competia-lhe reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às mais profundas  bases religiosas”.

         E o volume III da obra Allan Kardec (pesquisa bibliográfica e ensaios de interpretação )- FEB, de Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, anota:

         “Observando, comparando e julgando os fatos, sempre com cuidado e perseverança, concluiu (Allan Kardec) que realmente eram os Espíritos daqueles que morreram a causa inteligente dos efeitos inteligentes e deduziu as leis que regem esses fenômenos, deles extraindo admiráveis consequências  filosóficas e toda uma doutrina de esperança, de consolações e de solidariedade universal.”

         Espiritismo, ideia de muitos – Em editorial da revista Reencarnação, editada pela Federação Espírita do Rio Grande do Sul – número 407, 2º. Semestre de 1993, Jason de Camargo diz:

         “O Espiritismo, amparado na fé raciocinada e fundamentada nas leis naturais, acompanha o progresso da ciência e se consolida como uma Doutrina desprovida de dogmas, interpretações pueris e fanatismo religioso. Inequivocamente, dedicou profundos estudos sobre esses temas. Procurou retirar as concepções ainda mitológicas existentes e possibilitou uma nova visão de mundo para todas as criaturas, iniciando, justamente, por Deus – a questão primeira d’O Livro dos Espíritos”.

         No item Influência do Espiritismo no Progresso, do capítulo VIII (Lei do Progresso) – Livro Terceiro – As Leis Morais, de O Livro dos Espíritos – questão 798, Allan Kardec pergunta:

         “O Espiritismo se tornará uma crença comum ou será apenas a de algumas pessoas?”       

         Os Espíritos respondem:

         “Certamente ele se tornará uma crença comum e marcará uma nova era na História da Humanidade, porque pertence à Natureza e chegou o tempo em que deve tomar lugar nos conhecimentos humanos. Haverá, entretanto, grandes lutas a sustentar, mais contra os interesses do que contra a convicção, porque não se pode dissimular que há pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio e outras por motivos puramente materiais. Mas os seus contraditores, ficando cada vez mais isolados, serão afinal forçados a pensar como todos os outros, sob pena de se tornarem ridículos.”

         Em Obras Póstumas, há o registro da posição de Kardec sobre o intolerante Auto-de-fé de Barcelona, que ocorreu  em 9 de outubro de 1861, quando foram queimados em praça pública, em Barcelona, 300 volumes enviados pelo Codificador ao livreiro Maurício Lachâtre. Quando o fogo consumiu os 300 volumes, o padre e seus bispos se retiraram,  cobertos pelas vaias e as maldições dos numerosos assistentes, que gritavam: Abaixo a Inquisição! Em seguida, numerosas pessoas se aproximaram da fogueira, e recolheram as suas cinzas.

         Diz Kardec:

         “Podem queimar livros, mas não se queimam ideias; as chamas das fogueiras as super-excitam, em vez de extingui-las. Ademais, as ideias estão no ar, e não há Pirineus bastante elevados para detê-las; e quando é grande e generosa uma ideia, encontra milhares de corações dispostos a almejá-la.”

         Como a fênix, com o Auto-de-fé de Barcelona, das cinzas nasceu a Luz! Como o Cristianismo, o Espiritismo é uma ideia verdadeira, que prevalecerá. Já se vê que o Espiritismo venceu e vencerá, com os homens, sem os homens e apesar dos homens.

 

 

 

(Texto recebido em email de Leda Flaborea)

Allan Kardec, Codificador do Espiritismo

Placa em homenagem a Allan Kardec em Lyon, França. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

 

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