Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, sábado, 01 de abril de 2023.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

Atenção

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25-03-2023  https://www.noticiasespiritas.com.br/2023/MARCO/25-03-2023.htm 

 

                     

 

O testemunho de Tomé

Livro Boa Nova

FEB

Do livro Boa Nova;  

ditado pelo espírito Humberto de Campos e

psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Editora: FEB

 

Conta a narrativa de Marcos que, voltando Jesus de uma das suas excursões, se encaminhou para o território de Dalmanuta, onde vários fariseus se puseram a discutir com ele, para experimentá-lo. Entremostrando a dor que lhe causava a incompreensão ambiente, o Mestre exclamou com a sua energia serena: - "Por que pede esta geração um sinal do Céu?"

     Era freqüente buscarem o Messias com a preocupação exclusiva do maravilhoso. Alguns exigiam os milagres mais extravagantes, no ar, no firmamento, nas águas. Jesus não afirmava ser o Filho de Deus?!... No exercício do seu ministério, não expulsara Espíritos malignos, não curara paralíticos e leprosos? Os fariseus, principalmente, eram os que desejavam crer nos ensinamentos novos, mas, dentro das normas do velho egoísmo humano, reclamavam prévias compensações do sobrenatural ao apoio do dia seguinte.

     De todos os discípulos, era Tomé o que mais se preocupava com a dilatação, que lhe parecia necessária, da zona de influenciação do Senhor junto dos homens considerados mais importantes e mais ricos. Não raro, insistia com Jesus para que atendesse às exigências dos fariseus bem aquinhoados de autoridade e de riqueza.

     Naquele dia de breve repouso em Dalmanuta, o Mestre descansava na choupana de um velho pescador por nome Zacarias, quando o discípulo surgiu inesperadamente, reclamando-lhe a atenção nestes termos:

     — Senhor, numerosos homens de importância estão na localidade e desejam o sinal de vossa missão divina!

     Reparando que Jesus guardara silêncio, Tomé continuou a falar, desejoso de acender entusiasmo em torno do seu alvitre.

     — São altos funcionários de Herodes, em companhia de doutores de Jerusalém, que excursionam por estas paragens... Além disso, estão acompanhados de patrícios romanos, interessados em conhecer o lago e as suas aldeias mais influentes. Esses viajantes ilustres fizeram-me portador de um convite atencioso e amável, pois vos esperam em casa do centurião Cornélio Cimbro!...

     Jesus, entretanto, depois de longo silêncio, no qual pareceu examinar detidamente a atitude mental do interlocutor, perguntou com serenidade, mas em tom algo doloroso:

     — Que desejam de mim?

     — Querem conhecer-vos, Mestre! — replicou o Apóstolo, mais confortado.

     — Não é necessário que me vejam a mim, mas que sintam a verdade que trago de Nosso Pai — redargüiu Jesus, com tranqüila firmeza.

     Deixando transparecer o desgosto que aquela resposta lhe causava, Tomé insistiu:

     — Mestre, Mestre, atendei-os!... Que será do Evangelho do Reino e de nós mesmos, sem o apoio dos influentes e prestigiosos? Acreditais na vitória sem o amparo das energias que dominam o mundo? Mostrai-vos a esses homens, revelai-lhes o vosso poder divino, pois, ao demais, eles apenas desejam conhecer-vos de perto!.

     — Tomé — exclamou o Senhor, com energia —, Deus não exige que os homens o conheçam senão no santuário do perfeito conhecimento de si mesmos. Eu venho de meu Pai e tenho de ensinar as suas verdades divinas. Nunca reclamei dos meus discípulos as suas homenagens pessoais, apenas tenho recomendado a todos que se amem, reciprocamente, através da vida!

     E, desfazendo as ponderações descabidas do discípulo, continuou:

     — Julgas, então, que o Evangelho do Reino seja uma causa dos homens perecíveis? Se assim fosse, as nossas verdades seriam tão mesquinhas como as edificações precárias do mundo, destinadas à renovação pela morte, nos eternos caminhos do tempo. Os patrícios romanos e os doutores de Jerusalém não terão de entregar a alma a Deus, algum dia? Quem será, desse modo, o mais forte e poderoso: Deus, que é o Pai de sabedoria infinita, na eternidade de sua glória, ou um césar romano, que terá de rolar do seu trono enfeitado de púrpura, para o pó tenebroso da sepultura?!

     Tomé escutava-o, surpreso e entristecido; todavia, com o propósito de se justificar, acrescentou comovido:

     — Mestre, compreendo as vossas observações divinas; no entanto, esses forasteiros desejavam apenas um sinal de Deus nos Céus.

     — Mas, se são incapazes de perceber a presença do nosso Pai, como poderão reconhecer-lhe um simples sinal? — perguntou Jesus, com todo o vigor da sua convicção.

— Os pais humanos sabem que sem o seu esforço, ou sem a generosa cooperação de alguém que os substitua, à frente da família, não seria possível o desenvolvimento de seus filhos, no que se refere à assistência material; contudo, os homens do mundo encontram a casa edificada da natureza, com a exatidão de suas leis, e timbram sempre em negar a assistência da Providência Divina. Vai, Tomé, e dize-lhes que o Evangelho do Reino não se destina aos que se encontrem satisfeitos e confortados na Terra; destina-se justamente aos corações que aspiram a uma vida melhor!

     Ante a firmeza das elucidações, o apóstolo não mais insistiu. Ainda, porém, interrogou, hesitante:

     — Mestre, qual será então a nossa senha? Como provar às criaturas que o nosso esforço está com Deus?

     — Uma só lágrima, que console e esclareça um coração atormentado — explicou Jesus —, vale mais do que um sinal imenso no céu, destinado tão-somente a impressionar os miseráveis sentidos da criatura. A nossa senha, Tomé, é a nossa própria exemplificação, na humildade e no trabalho. Quando quiseres esclarecer o espírito de alguém, nunca lhe mostres que sabes alguma coisa; sofre, porém, com as suas dores e colherás resultado. A redenção consiste em amar intensamente. Se te interessas por um amigo, suporta os seus infortúnios e imperfeições, anda em sua companhia nos dias amargos e dolorosos! O nosso sinal é o do amor que eleva e santifica, porque só ele tem a luz que atravessa os grandes abismos. Vai e não descreias, porque não triunfaremos no mundo somente pelo que fizermos, mas também pelo que deixarmos de fazer, no âmbito das suas falsas grandezas!...

 

***

 

      Desde esse dia, o apóstolo Tomé reformou a sua concepção sobre as mensagens do céu, no capítulo dos milagres; entretanto, não conseguia escapar a pequeninas indecisões, em matéria de fé. Não podia excluir de sua imaginação o desejo de uma vitória ampla e fácil do Evangelho, pela renovação imediata do mundo.

     Dentro em pouco, porém, a onda das perseguições vinha desfazer a suave e divina ventura. O Mestre fora preso. Com exceção de João, que se conservara junto de sua mãe, todos os discípulos se afastaram espavoridos.

     Também ele não resistiu às grandes vacilações do triste momento. Debandara. Todavia, depois, sentira o coração pungido de remorsos acerbos. Almejava contemplar o Mestre querido, ouvir, se possível, pela última vez, uma palavra de exprobração dos seus lábios divinos. Disfarçando-se, então, de maneira a tornarse irreconhecível, a fim de se livrar das iras da multidão, incorporou-se, nas ruas movimentadas, ao ruidoso cortejo. Seu coração batia acelerado. Rompeu a massa popular e aproximou-se do Messias, que caminhava sob a cruz a passos vacilantes, seguido de perto pelos soldados que o protegiam contra os ataques da plebe. Sentiu que uma grande angústia lhe dilacerava as fibras mais delicadas da alma. Contudo, seguiu sempre, até que o madeiro se ergueu, exibindo o sentenciado sob os raios do Sol claro, no topo de uma colina, como para apresentar espetáculo às vistas do mundo inteiro.

     Tomé contemplou fixamente o Mestre e notou que o espírito se lhe mantinha firme. Sua fisionomia serena, não obstante o martírio daquela hora, não refletia senão o amor profundo que lhe conhecera nos dias mais lindos e mais tranqüilos. Seus pés, que tanto haviam caminhado para a semeadura do bem, estavam ensanguentados. Suas mãos generosas e acariciadoras eram duas rosas vermelhas, gotejando o sangue do suplício. Sua fronte, em que se haviam abrigado os pensamentos mais puros do mundo, se mostrava aureolada de espinhos.

     Tomé se pôs a chorar discretamente; logo, porém, como se o olhar do Mestre o buscasse, entre os milhares de criaturas reunidas, observou que Jesus o fitara e, magnetizado pela sua feição divina, avançou, hesitante. Desejava escutar daqueles lábios adorados a reprovação franca e sincera que merecia o seu condenável procedimento, fugindo ao testemunho da hora extrema. Aproximou-se ofegante da cruz e, deixando perceber que apenas cedia a uma necessidade espiritual naquele instante supremo, ouviu Jesus dizer-lhe em voz quase imperceptível:

     — Tomé, no Evangelho do Reino, o sinal do céu tem de ser o completo sacrifício de nós mesmos!...

     O apóstolo compreendeu-lhe as palavras e chorou amargamente.

 

***

 

     Não obstante a advertência do Messias, feita do cimo da cruz da humilhação e do sofrimento, o discípulo continuava naquela atitude que se caracterizava por dúvidas quase invencíveis. Considerava o Cristo a mais alta figura da Humanidade, em se tratando do amor que ilumina as estradas escabrosas da vida material; mas, no que se referia ao raciocínio, Tomé mantinha certas restrições. Sua alma se deixava empolgar por inúmeras indecisões, quando a notícia fulgurante da ressurreição estalou em Jerusalém, por entre vivas manifestações de alegria.

     Maria de Magdala, Pedro, João, bem como outros companheiros, tinham visto o Senhor, tinham-lhe escutado a palavra consoladora e divina. Incerto de si mesmo, quase vencido na sua escassa fé, o discípulo procurou os amigos diletos, ansiando pela manifestação do Mestre adorado. Reunida a pequena comunidade, depois das preces habituais, Jesus penetrou na sala humilde com sereno sorriso, desejando aos companheiros paz e bom ânimo, como nos dias venturosos e risonhos da Galiléia. Tomé, sentindo o coração bater-lhe precipitado, ergueu os olhos. O Senhor, percebendo-lhe os pensamentos mais ocultos, aproximou-se do discípulo de fé vacilante e o convidou a tocar-lhe as chagas. Depois de pronunciar as palavras que as narrativas apostólicas registraram, acrescentou bondosamente: - "Tomé, põe a tua mão nas minhas chagas e não te esqueças de que é o sinal...”.

     Então, a razão fria do Apóstolo notou que um clarão novo o invadia e lhe penetrava a alma. Compreendeu finalmente que o martírio do coração que ama se reveste de misterioso poder. Tocado pela humildade do Mestre redivivo, prosternou-se e chorou. Suas lágrimas eram de ventura e lhe proporcionavam ao espírito um júbilo para cujo preço todos os tronos da Terra eram miseráveis e pequeninos. Sua alma acabava de vencer uma grande batalha. O coração triunfara do cérebro, o sentimento lhe acrisolara a fé.

 

 

 

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Estrada margeando o Mar da Galiléia. Ao fundo a verdejante Planície de Genesaré. Foto Ismael Gobbo

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A prisão de Jesus em quadro de El Greco. Catedral de Toledo, Espanha.

Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/El_Expolio#/media/File:El_Expolio_del_Greco_Catedral_de_Toledo.jpg

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Aquarela de James Tissot intitulada “A morte de Jesus”. Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Crucifica%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus#/media/File:Brooklyn_Museum_-_The_Death_of_Jesus_(La_mort_de_J%C3%A9sus)_-_James_Tissot.jpg

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A incredulidade de S. Tomé por Caravaggio. Imagem/fonte:

 https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Tom%C3%A9#/media/File:Caravaggio_-_The_Incredulity_of_Saint_Thomas.jpg

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Paisagem com Cristo e seus  discipulos no caminho para Emaús. Óleo sobre tela de Jan Wildens.Imagem/fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Disc%C3%ADpulos_de_Ema%C 3%BAs#/media/File:Jan_Wildens_-_Landscape_with_Christ_and_his_Disciples_on_the_Road_to_Emmaus_-_WGA25745.jpg

 

 

Uma palavra maravilhosa

 

Ela fora levada pelo pai e pela madrasta, para Tianjin, há mais de mil quilômetros da residência da família.

Sempre fora a filha rejeitada. Mais do que isso, odiada. Estava acostumada aos maus tratos da madrasta, à total indiferença do pai.

Todos a culpavam pela morte da mãe, alguns dias depois de lhe dar à luz. Os irmãos a maltratavam porque sofriam o desprezo da madrasta. Se a mãe estivesse viva, seu pai não teria tornado a se casar.

E eles, como filhos do primeiro casamento, não seriam tratados como indesejáveis, vivendo em cômodo separado da nova família paterna.

No avião, quase chegando ao destino, outro grande baque para a menina de apenas onze anos. Seu pai se sentou na poltrona vazia ao seu lado e perguntou:

Como é o seu nome chinês? Preciso preencher o cartão de desembarque e não lembro como você se chama.

Ela era tão insignificante que o pai nem recordava seu nome verdadeiro. Realmente, concluiu, não valho coisa alguma. Cada dia, mais me convenço disso.

A pergunta seguinte foi ainda mais devastadora: Qual é a data do seu aniversário?

Como ela poderia saber? Jamais ela tivera uma comemoração pelo aniversário.

Como não soubesse informar, o pai disse que colocaria a sua própria data de nascimento.

Quando chegaram ao destino, ela foi simplesmente deixada no portão de enorme colégio. Seu pai nem descera do táxi.

A diretora a levou ao imenso dormitório. Logo ela descobriria que fora abandonada em local perigoso. Os comunistas haviam derrubado o governo e avançavam.

Os dias passavam tristes. Ela era a única aluna. Todas haviam partido, com suas famílias, para outras localidades, temerosas das ações dos vencedores.

Quando Adeline recebeu a visita da irmã de sua madrasta, gelou, pensando em mais maus tratos.

No entanto, o que ela viveu, durante a travessia de navio a Hong Kong, os dias em que conviveu com a tia, lhe fizeram compreender o que significava família.

O irmão ajudava a irmã, tinha carinho para com ela, ensinava tudo que sabia.

Quando, na apertada cabine do navio, Adeline se preparava para dormir no chão, porque somente havia duas camas, ouviu da tia que nada ali era imposto.

Através de um sorteio, foi definido que a prima é quem dormiria no chão.

Era inacreditável. Ela era tratada como se pertencesse àquele conjunto. Uma família na qual existia o respeito, a afeição.

Compreensão entre o casal, amizade, companheirismo entre os filhos.

E ela? Ela era a terceira filha, recebendo tudo o que os primos recebiam: a mesma comida, cuidados, atenção.

Pela primeira vez em sua vida, recebeu carinho, sentiu-se gente. Não era um lixo que se jogava, literalmente, aos lobos. Ou seja, no meio de um conflito, deixada à própria sorte.

Acostumada a receber bofetadas em pleno rosto, ao ponto de sangrar, a levar uma surra homérica porque diziam ser mentirosa, naqueles dias, ela viveu o verdadeiro sentido de família.

Algo que levaria para sempre, em sua vida. E, ao constituir a sua própria, anos mais tarde, traduziria exatamente assim: aconchego, atenção, afeto.

Em uma palavra maravilhosa: amor.

Redação do Momento Espírita, com base
 nos caps. 15 e 16, do livro 
Cinderela chinesa,
 de Adeline Yen Mah, ed. Companhia das Letras.
Em 31.3.2023.

 

 Escute o áudio deste texto

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6858&stat=0

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Cinderella, illustration por Carl Offterdinger

Fonte Meu primeiro livro de contos de fadas, Verlag Wilh. Effenberger, Stuttgart, final do século XIX. Ver capa e página de rosto Autor Offterdinger, foto de Harke

Copiado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Offterdinger_Aschenbrodel_(1).jpg    

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Cinderela

Dos Favoritos da Infância e Contos de Fadas, ilustrado por Oliver Herford. O livro tem direitos autorais desde 1909 e um dos três editores morreu em 1909.

Fonte/Fotógrafo Projeto Gutenberg etext 19993 http://www.gutenberg.org/etext/19993  

Copiado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cinderella_-_Project_Gutenberg_etext_19993.jpg 

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Além da Terra

           

 

Pelo Espírito Néio Lúcio.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Irmãos Unidos.  Lição nº 03. Página 29.

 

A transposição de plano para a nossa mente é muito morosa, considerando as necessidades de preparação que nos cabe, à frente da vida superior.

Só a grande vida merece a grande morte.

Além da carne, não há libertação para quem não se liberta.

O trabalho é desconhecido para quem não trabalha.

A vida abundante, com relação à qual, tão claro foi Jesus nas lições da Boa Nova, apenas se revela ao coração que se devotou à vida intensa na prática do bem, desde aí.

A união espiritual é uma luz somente para aquele que, ainda na carne, a procura.

A nossa esfera aqui é, sobretudo, de continuação ao que, aí, teve começo.

No círculo físico, as possibilidades de iniciar ou reiniciar são imensas.

Aqui, porém, pelo menos nas atividades vizinhas da Crosta Planetária, a lembrança, a memória e a ligação mental impõem prosseguimento.

Assim sendo, tudo aqui é sono ou semi-inconsciência para quem não despertou para o trabalho ativo na matéria densa; desagrado para quem somente tratou de agradar-se no campo emocional menos construtivo do corpo; angústia para quem não exercitou a paciência, atenuando as próprias aflições e desânimo ou perturbação para quem não aceitou os benefícios da luta ou entravou a marcha dos que buscavam lidar e lutar com nobreza.

Tudo lógico, vivo, natural. Nem poderia ser de outro modo.

Se vocês não criarem interesse de elevação espiritual para a “Terra Próxima’” o domicilio do Além será menos interessante que a “Terra de Agora” para vocês.

É necessário reconhecer que os irmãos se encontram armados, na arena carnal, para muitas e valiosas conquistas.

Quem mais realizar com o bem, mais aquinhoado de dons divinos será fatalmente pelas forças que o representam.

Não se esqueçam de que pensamento e ação simbolizam sementeira e crescimento.

Os dias se encarregam de amadurecer os frutos, de acordo com a nossa plantação.

 

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio,  “Tonhão”, de Belo Horizonte, MG)

Caridade. Autor:  Antoine-Alexandre Morel

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Charit%C3%A9_-_Antoine-Alexandre_Morel.jpg

 

Uma impressão inicial do Foundling Hospital. O hospital enjeitado foi fundado por Thomas Coram e a ideia de um hospital para crianças menos afortunadas continuou até agora, mas é mais comumente referido como um lar de idosos. A palavra enjeitado significa uma criança pequena e crianças e bebês em cestos foram deixados na soleira da porta para serem recolhidos por enfermeiras. Londres, Reino Unido. 

Copiado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Foundling_Hospital.jpg 

 

Retrato do Capitão Thomas Coram. Óleo sobre tela de William Hogarth

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coram

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Desencarnação de Allan Kardec / 31 de março de 1869

 

Hippolyte Léon Denizard Rivail (3 de outubro de 1804, Lyon-FR, 31 de março de 1869, Paris-FR) foi um educador e pesquisador francês. Com o pseudônimo de Allan Kardec, foi o codificador do Espiritismo. 

Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos do método de ensino. Mais tarde tornou-se membro da sociedade europeia erudita da época. De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia, entre outros, em um tempo em que poucos tinham a oportunidade de receber este nível de educação 

Foi em 1855 que Allan Kardec passou a vivenciar experiências com os espíritos e adotou seu pseudônimo que teve origem em encarnações anteriores. Realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita. 

Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade espírita regularmente constituída, sob a denominação de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo fim exclusivo era o estudo e contribuição para o progresso da nova ciência. 

Suas obras principais sobre esta matéria são: O livro dos espíritos (1857), referente à parte filosófica; O livro dos médiuns (1861), relativo à parte experimental e científica; O evangelho segundo o Espiritismo (1864), concernente à parte moral; O céu e o inferno (1865), a justiça de Deus segundo o Espiritismo; A gênese, os Milagres e as Predições (1868); A Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, periódico mensal começado a 1º de janeiro de 1858, entre outros. 

Assista ao programa Minha nada mole encarnação na FEBtv e conheça 10 fatos sobre Allan Kardec: 

(Copiado de

https://www.febnet.org.br/portal/2023/03/31/desencarnacao-de-allan-kardec-31-de-marco-de-1869/)

 

 

Dama da Caridade evoca data de desencarnação de Kardec

 

Na manhã do dia 31 de março, os programas da Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes, se iniciaram com a evocação da data de desencarnação de Allan Kardec (Paris, 31/03/1869) e homenagem ao Codificador do Espiritismo. A transmissão contou com exposição desenvolvida por Cesar Perri que focalizou a efeméride, o episódio da época, as visitas e homenagens efetivadas no histórico Cemitério Père Lachaise, e a repercussão das obras de Kardec.

Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=W7ef1bus3bc

 

 

 

(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

 

 

Praça Allan Kardec

Bauru, SP

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi, Bauru, SP)

 

 

Informes GEPAR- Abril/2023

Acesse no link

 

CLIQUE AQUI:

https://www.gepar.org.br/so/85OStX-UO?languageTag=pt&cid=063abb0a-5eb4-472f-bed5-1f483bdd94ea 

 

 

 

 

Palestras no Centro Espírita Allan Kardec

Penápolis, SP

 

(Com informação de João Marchesi Neto)

 

 

Palestra no Abrigo Ismael

Araçatuba, SP

 

Domingo, as 9hs da manhã, através do orador Rogério Costa.

Rua Marcilio Dias, 129

 

(Informação recebida de Talita Held Laluce)

 

 

2o Mês Espírita Mundial

 

Durante os dias 3 de abril e 31 de abril de 2023 diversas instituições do mundo estarão reunidas no 2o Mês Espírita Mundial. Evento online produzido em mais de 10 idiomas e legendado em: Espanhol, Francês, Inglês e Português.

Em abril de 2022 foi realizada a 1a edição do Mês Espírita Mundial, com apoio na organização e divulgação da Fundação Espírita André Luiz, de São Paulo. Uma experiência de união e fraternidade maravilhosa com mais de 10.000 inscritos no evento, 36 países, 120 de palestrantes, 20h de conteúdo e 54 vídeos. Muitos aprendizados como relatou o público que acompanhou, confira os depoimentos!

Informações:

https://feal.com.br/mes-espirita-mundial/

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]  e do GEECX)

 

 

Curso de Iniciação ao Espiritismo.

C.E. Maria Benta. São Paulo

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília

Marília, SP

 

 

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Live com Otaciro Rangel. “A didática de O Livro dos Médiuns”

Use Intermunicipal de Marília

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Jornal Verdade e Luz

Use Intermunicipal de Ribeirão Preto

 

CLIQUE AQUI:

http://www.verdadeeluz.netribeirao.com/index.html#p=1

 

 

(Com informações de Sonia Regina Gobi)

 

 

FEESP. Renato Prieto em

Chico Xavier em Pessoa

 

 

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

Café com Kardec. Roda de conversa com Donizete Pinheiro e a equipe da USE Intermunicipal de Marília. Marília, SP

 

(Informação recebida em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”.

 

Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. 

Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM

 

https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento

 

 

 

(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]])

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

 

Feparana- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Clique aqui:
http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

UEM- União Espírita Mineira

Belo Horizonte

 

Acesse aqui:

https://www.uemmg.org.br/

 

 

 

 

 

CEERJ- Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro  

 

Acesse aqui:

https://www.ceerj.org.br/portal/

 

 

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

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União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                                 

 

Matemática Divina

Sidney Fernandes

 

PARTE 8

Um caso de moratória

A maior decepção de Mafalda foi constatar que continuava viva, depois da morte. Os prejudicados por ela, em vida, esperavam-na ansiosamente. Imantados, aproveitaram-se de seus remorsos e disseminaram dores pelo seu abdômen, particularmente em sua bexiga.Mafalda arrependeu-se amargamente de suas más ações e sofreu muito em regiões purgatoriais. Essa atitude, acompanhada do incondicional perdão de suas vítimas, granjearam-lhe alcançar o porto da paz. Tudo certo, então? Estava liberta de suas faltas?

Ocorre que não basta a condescendência alheia. Pela lei da correspondência, não nos livramos imediatamente dos quadros sinistros que nós mesmos criamos. A dívida permaneceu, não obstante o refrigério proporcionado pela benevolência recebida.Sua resignação, todavia, modificou a natureza dosressarcimentos que devia à justiça divina.

Renasceu com sérios problemas renais, que evoluíram na forma de tumores malignos envolvendo seu aparelho urinário. Percorreu muitos médicos e clínicas, mas o diagnóstico era sempre pessimista. Pouco ou nada poderia ser feito para ajudá-la.

Um de seus médicos, estudioso e espiritualizado, foi inspirado para encaminhá-la ao Oriente, onde deveria tentar sua cura em clínica da China, cujos tratamentos são calcados na fé e no magnetismo.

Como não lhe restava outra solução, Mafalda fez longa viagem na busca dos recursos indicados pelo seu médico e submeteu-se ao tratamento.

Durante aproximadamente três minutos foram aplicados fluidos curativos por intermédio de três magnetizadores, que foram diluindo os pontos escuros do corpo plasmático e, como por encanto, as imagens foram acusando a ablação das células cancerígenas da bexiga da paciente.

Mafalda realmente estava curada?Podemos contar com os mentores, que agem com poderes magnéticos da medicina espiritual para a recuperação dos que sofrem. Mafalda, porém, somente teriauma cura duradoura se persistisse com seu comportamento de acordo com as leis divinas e promovesse a sua renovação espiritual.

Aliás, não era exatamente isso que Jesus dizia, quando se despedia dos que por ele eram curados?

— Vê que já estás curado; não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior.

Quando substituímos os maus hábitos por atitudes positivas, podemos nos livrar dos pontos escuros que atraímos com comprometimentos pretéritos.Mafalda aliou-se às boas obras. Mais do que isso, mesmo depois de recuperar plena saúde, persistiu no bem e na sua transformação interior.

O que recebemos do universo é fruto do que a ele remetemos. A dor e a doença são avisos de que algo precisa ser mudado em nós. Se queremos bem-estar e felicidade física, precisamos eliminar os pontos tenebrosos de nossas almas.

CONTINUA NA PARTE 9

 

 

(Recebido em email de Sidney Fernandes)

 

 

José Martins Peralva

 

Foto de Martins Peralva

José Martins Peralva

https://www.uemmg.org.br/biografias/jose-martins-peralva

 

José Martins Peralva Sobrinho (ou Martins Peralva, como muitos o chamavam) nasceu em 1º de abril de 1918, em Buquim, cidade do sul de Sergipe. Embora não fosse mineiro, ele se alinha entre as figuras mais destacadas do Movimento Espírita de Minas Gerais.

Era filho de Basílio Martins Peralva e Etelvina da Fonseca Peralva. Seu pai foi um dos pioneiros do Espiritismo em terras sergipanas; era espanhol de nascimento, tendo vindo para o Brasil aos 12 anos de idade, fixando residência em Passa Quatro, Sul de Minas. Ainda moço, transferiu-se para o nordeste do País, onde, como engenheiro prático e desenhista, construiu ramais de estradas de ferro ligando a Bahia à Sergipe. Em Buquim, tornou-se fazendeiro e conheceu moça de rara beleza e peregrinas virtudes, conhecida como Teté (Etelvina), com quem contraiu matrimônio.

Martins Peralva iniciou-se no Espiritismo sob a assistência e orientação diretas de seu pai, excepcional médium curador, vigoroso polemista e excelente doutrinador. Acompanhando, desde os seis anos de idade, os trabalhos desenvolvidos com extraordinária segurança, presenciou em sua própria casa notáveis curas realizadas por intermédio de seu genitor. Teve a infância e a adolescência enriquecidas por fatos extraordinários e pelo contato com a Doutrina, o que lhe proporcionou formação espírita essencialmente baseada em Allan Kardec.

Do ponto de vista material, sua adolescência foi extremamente difícil, pois perdeu o pai com apenas 13 anos, em 21 de maio de 1931, ficando a viúva Etelvina e seus filhos Edison, Eurídice e José em situação de pobreza. Lívio Pereira da Silva, admirável companheiro de Basílio Peralva, providenciou emprego para o filho mais velho, Edison, de 15 anos, que cercou a família de todo carinho.

Apesar de ser o mais novo dos filhos, Martins Peralva assumiu o comando da casa e procurou logo trabalhar para obter o pão de cada dia. Seu primeiro emprego foi de balconista, na padaria de Ephrem Fernandes Fontes, parente pelo lado materno; o segundo, como office-boy do cartório de Heráclito Araújo Barros, também parente pelo lado materno; o terceiro, na cidade do Rosário do Catete, como apontador na construção do Grupo Escolar Senador Leandro Maciel, passando oito meses longe da mãe e irmãos, com apenas 15 anos de idade; o quarto, como apontador na conservação de estradas de rodagens, responsável pelo trecho Aracaju-Socorro-São Cristóvão, tendo de percorrer diariamente, a pé, cerca de 80 quilômetros (ida e volta), saindo de casa às 6 horas da manhã e retornando à noite, em trabalho realmente penoso para um adolescente franzino.

Penalizada com a situação do filho, a senhora Teté vendeu a pequena casa em que moravam e pôde comprar-lhe uma bicicleta, com a qual passou a fazer o longo percurso. Toda essa luta era um estímulo para o compenetrado garoto que, com a morte do pai, tomara a si a direção do lar.

Terminadas as obras no interior, passou a trabalhar, ainda como apontador, na reconstrução do prédio do Tesouro do Estado de Sergipe, sob as ordens do Dr. Josué Batista, trabalhando depois como fiscal de construções, reformas e limpeza de casas. Posteriormente, fez concurso público para o cargo de escriturário da Prefeitura Municipal de Aracaju, tendo sido aprovado e nomeado. Depois, por merecimento, ocupou os cargos de oficial administrativo e assistente da Procuradoria da Fazenda Municipal, sob direção do bacharel Mário de Araújo Cabral.

Tendo-se revelado funcionário exemplar e capaz, granjeou a simpatia e confiança dos prefeitos, sendo escolhido para secretário particular dos prefeitos Carlos Firpo e José Garcez. Até sua aposentadoria, motivada por doença pulmonar, permaneceu servindo a todos os prefeitos seguintes como oficial de gabinete.

Em 4 de fevereiro de 1938, com 20 anos, verificou-se o falecimento de sua mãe, Dona Teté, sobrevindo novas dificuldades. Os irmãos dispersaram-se e Martins Peralva, já com emprego certo na Prefeitura, permaneceu em Aracaju, passando a morar em república de rapazes, seus companheiros de futebol, esporte pelo qual era apaixonado e no qual iria destacar-se.

Ingressou no Paulistano F. C., chegando a ser convocado para a seleção de Sergipe. Todavia, por motivo de saúde, não chegou a disputar os jogos daquele ano, abandonando a prática do futebol em plena forma como center-half (médio volante).

Sua paixão pelo futebol era tão grande que, aos 25 anos, tendo assumido a presidência da União Espírita Sergipana, não deixou de comparecer, aos domingos, ao Campo Adolpho Rollemberg e ao Campo do Palestra (onde hoje está o “Batistão”), para defender as cores do
Paulistano. Foi também árbitro de futebol, diretor do Tribunal de Justiça Desportiva e redator esportivo do 
Correio de Aracaju, jornal em que também escrevia sobre Espiritismo, poesia, política e assuntos gerais.

Em agosto de 1942, sem família em Aracaju e morando em república, casou-se com Jupira Silveira, com quem teve três filhos: Ieda, nascida em Aracaju; Basílio e Alcione, nascidos em Belo Horizonte, os quais lhe deram cinco netos e quatro bisnetos.

Em 1949, indo ao Rio de Janeiro representar Sergipe na Festa Nacional do Livro Espírita promovida por valorosos companheiros, entre os quais Leopoldo Machado, Arthur Lins de Vasconcelos e Carlos Imbassahy, estendeu sua viagem, após o encontro, a Minas Gerais, objetivando conhecer e abraçar Chico Xavier, rever Virgílio Pedro de Almeida, discípulo de seu pai na área espírita, e visitar um irmão de seu pai, residente em Belo Horizonte: José Martins Peralva.

Seu primeiro contato com Chico Xavier ocorreu na noite de 13 de maio de 1949, em reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, sob grande emoção espiritual. Desse encontro com Chico Xavier nasceu-lhe, espontaneamente, o desejo de transferir a residência para Belo Horizonte. Voltando a Aracaju, trocou ideias com seu médico, Dr. Lourival Bonfim, que o considerava como filho, sendo orientado a mudar-se para a Capital Mineira, tida na época como cidade de clima ideal para a cura de problemas pulmonares.

Desfazendo-se da casa própria que tinha na Capital Sergipana, ele e a esposa Jupira partiram para Belo Horizonte, levando consigo a filha Ieda de 6 anos, desembarcando no aeroporto da Pampulha, em 4 de setembro de 1949, para fixarem residência definitiva na Capital Mineira.

Seu primeiro contato com o meio espírita ocorreu na União Espírita Mineira, levado por Virgílio Pedro de Almeida, passando a trabalhar com Maria Philomena Aluotto Berutto (Dona Neném), Camilo Chaves, Bady Elias Cury, Oscar Coelho dos Santos, Raul Pompéia, José Alves Neto, Efigênio Salles Vitor, dentre outros. Simultaneamente, abraçou tarefas doutrinárias no Centro Espírita Célia Xavier, ao lado de Virgílio Almeida, Ederlindo Sá Roriz, Aderbal Nogueira Lima, José Pedro Xavier, Arnon Lopes Moreno e Antônio Rodrigues.

Quando chegou a Belo Horizonte em setembro de 1949, a Mocidade Espírita “O Precursor”, contava apenas seis meses de existência. Integrando-se ao movimento moço, foi um dos mentores da Mocidade. Foram também mentores Bady Raimundo Curi, Raul Pompéia, Virgílio Almeida e Maria Philomena Berutto.

Em 1964, depois de participar do Centro Espírita Célia Xavier durante 15 anos ininterruptos, fixou-se na União Espírita Mineira, exercendo os cargos de 1º Secretário e, posteriormente, os de Vice-Presidente, Secretário de O Espírita Mineiro, Diretor do Departamento de Doutrina e Divulgação e Diretor-Executivo do Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais.

Ingressou na carreira bancária em 1º de abril de 1950 (sua data natalícia), recebendo, como presente de aniversário do seu amigo Virgílio Pedro de Almeida, o primeiro emprego em Belo Horizonte, no Banco Financial da Produção S/A. Como bancário por 35 anos ininterruptos, atuou como gerente dos bancos Bancos Belo Horizonte, Irmãos Guimarães, União Comercial, Itaú e Progresso, aposentando-se em 1985, pelo INSS.

Martins Peralva foi membro do Conselho Geral e Secretário do Abrigo Jesus, sócio-efetivo do Hospital Espírita André Luiz e 2º Secretário do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade. Em Minas Gerais, escreveu cinco obras evangélico-doutrinárias de reconhecido valor: Estudando a MediunidadeEstudando o EvangelhoO Pensamento de EmmanuelMediunidade e Evolução, editadas pela FEB, e Mensageiros do Bem, editada pela União Espírita Mineira.

Em 1963, apresentou na XVI Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e de São Paulo o trabalho intitulado “O Comportamento do Jovem em face do Problema Sexual”, que teve grande repercussão na época, quando o tema era ainda um tabu no meio espírita. Participaram desse trabalho, com exposições e debates orais, o médico de Uberlândia Ismael Ferreira de Rezende (parte científica), o sociólogo de Goiânia Múcio Melo Álvares (parte social) e Martins Peralva (parte religiosa).

Em 15 de julho de 2003, a devotada esposa Jupira desencarna em Belo Horizonte. Martins Peralva referia-se sempre à amada com muito carinho e gratidão, pois dizia que ela, ainda bem jovem, ajudou-o a enfrentar o problema de sua saúde, concordando em desfazerem-se da casa própria que possuíam em Aracaju, dedicando-se inteiramente ao seu tratamento na Capital Mineira.

Nos últimos anos, por efeito de pertinaz enfermidade, Martins Peralva viveu em sua residência sob cuidados médicos e o carinho dos familiares, afastado das lides doutrinárias em que despontou como lídimo expoente do Espiritismo. Desencarnou às 21h30 do dia 3 de setembro de 2007, aos 89 anos. O sepultamento do seu corpo ocorreu no dia seguinte, às 14h, no Cemitério da Colina, em Belo Horizonte.

Como escritor e jornalista de rara competência, ficou também conhecido pelos artigos espíritas que publicava no Jornal O Estado de Minas. Pertenceu à Associação Sergipana de Imprensa, era associado ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e à Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas (Abrajee), hoje Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade).

 

Fontes:   - Subsídios fornecidos por Basílio Silveira Peralva, filho do biografado;

              - Jornal “O Espírita Mineiro”, nº 293.

(Copiado de https://www.uemmg.org.br/biografias/jose-martins-peralva)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/MAIO/27-05-2015_arquivos/image019.jpg

Chico Xavier e Martins Peralva. Foto do acervo de Geraldo Lemos Neto).

 

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Praça Raul Soares. Belo Horizonte, MG. Foto Ismael Gobbo

 

 

 

Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Fundada em Paris

no dia 1º. de abril de 1858

 

A extensão por assim dizer universal que a cada dia tomam as crenças espíritas fazia vivamente desejar-se a criação de um centro regular de observações; essa lacuna acaba de ser preenchida. A Sociedade, cuja formação temos o prazer de anunciar, composta exclusivamente de pessoas sérias, isentas de prevenções e animadas do sincero desejo de serem esclarecidas, contou, desde o início, entre seus associados, com homens eminentes por seu saber e posição social. Ela é chamada – disso estamos convencidos – a prestar incontestáveis serviços à comprovação da verdade. Seu regulamento orgânico lhe assegura uma homogeneidade sem a qual não há vitalidade possível; baseia-se na experiência dos homens e das coisas e no conhecimento das condições necessárias às observações que são o objeto de suas pesquisas. Vindo a Paris, os estrangeiros que se interessarem pela Doutrina Espírita encontrarão, assim, um centro ao qual poderão dirigir-se para obter informações, e onde poderão também comunicar suas próprias observações.

Allan Kardec

 

 

 

(Copiado de:  https://www.febnet.org.br/portal/2020/04/01/fatos-e-personalidades-fundacao-da-sociedade-parisiense-de-estudos-espiritas/)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/15-05-2019_arquivos/image009.jpg

Palays Royal, Paris, França. No interior  do edifício doe século XVII, na Galeria de Valois, funcionou

por um ano a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Foto Ismael Gobbo

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/15-05-2019_arquivos/image010.jpg

Galeria de Valois no Palacio Royal onde funcionou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

durante um ano: 01-04-1858 a 01-04-1859

Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Galerie_de_Valois_February_29,_2012.jpg

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/15-05-2019_arquivos/image011.jpg

Imagens/fonte: 

http://www.luzespirita.org.br/index.php?lisPage=enciclopedia&item=Sociedade%20Parisiense%20de%20Estudos%20Esp%C3%ADrita

 

 

 

Amor Infinito

Palavras de Chico Xavier

 

 

(Recebido em email de Leopoldo Zanardi)

 

 

 

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