Notícias do Movimento Espírita

São Paulo, SP, segunda-feira, 03 de abril de 2023.

Compiladas por Ismael Gobbo

 

 

 

 

Notas

1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento.

2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes  diversas via e-mail  e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.  Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.

 

3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).

 

 

 

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Jesus na Samaria

Livro Boa Nova

FEB

Do livro Boa Nova;  

ditado pelo espírito Humberto de Campos e

psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Editora: FEB

 

     Descendo Jesus, de Jerusalém para Cafarnaum, seguido de alguns dos discípulos, nas suas habituais jornadas a pé, alcançou a Samaria, quando o crepúsculo já se fazia mais sombrio.

     Filipe, André e Tiago, estando com muita fome, deixaram o Mestre a repousar junto de urna pequena herdade e demandaram o lugarejo mais próximo, em busca de alimentos.

     O Messias, olhando em torno de si, reconheceu que se encontrava ao lado da fonte de Jacó. Envolvida nos revérberos do Sol que ia ceder lugar às sombras da noite que se aproximavam, uma mulher acercou-se do antigo poço e observou que o Mestre lhe ia ao encontro, com a bela e costumeira placidez do seu semblante, e lhe pedia de beber.

     —Como, sendo tu judeu, me pedes um favor a mim, que sou samaritana? — interrogou, surpreendida.

     Jesus descansou na interlocutora o olhar tranqüilo e redargüiu:

     — Os judeus e samaritanos terão, porventura, necessidades diversas entre si? Bem se vê que não conheces os dons de Deus, porquanto, se houvesses guardado os mandamentos divinos, compreenderias que te posso dar da água viva.

     — Que vem a ser essa água viva? — inquiriu a samaritana, impressionada. — Onde a tens, se a água aqui existente é apenas a deste poço?! Acaso serias maior do que o nosso pai Jacó que no-lo deu desde o princípio?

     — Mulher, a água viva é aquela que sacia toda sede; vem do amor infinito de Deus e santifica as criaturas.

     E, envolvendo a samaritana no doce magnetismo de seu olhar, continuou:

     — Este poço de Jacó secará um dia. No leito de terra, onde agora repousam suas águas claras, a serpente poderá fazer seu ninho. Não sentes a verdade de minhas afirmativas, ante a tua sede de todos os dias? Não obstante levares cheio o cântaro, voltarás logo mais ao poço, com uma nova sede. Entretanto, os que beberem da água viva estarão eternamente saciados. Para esses não mais haverá a necessidade material que se renova a cada instante da vida. Perene conforto lhes refrescará os corações, através dos caminhos mais acidentados, sob o Sol ardente dos desertos do mundo!...

     A mulher escutava, presa de funda impressão, aquelas palavras que lhe chegavam ao santuário do espírito, com a solenidade de uma nova revelação. sada.

     — Senhor, dá-me dessa água! - exclamou interesada.

     — Mas, ouve! — disse-lhe Jesus. E o Mestre passou a esclarecê-la sobre fatos e circunstâncias íntimas de sua vida particular, explicando-lhe o que se fazia necessário para que a sagrada emoção do amor divino lhe iluminasse a alma, afastando-a de todas as necessidades penosas da existência material.

     Observando que não havia segredos para Jesus, a samaritana chorou e respondeu:        

     — Senhor, agora vejo que és de fato um profeta de Deus. Meu espírito está cheio de boa vontade e, desde muito, penso na melhor maneira de purificar minha vida e santificar os meus atos. Entretanto, é tal a confusão que observo em torno de mim, que não sei como adorar a Deus. Os meus familiares e vizinhos afirmam que é indispensável celebrar o culto ao Todo-Poderoso neste monte; os judeus nos combatem e asseveram que nenhuma cerimônia terá valor fora dos muros de Jerusalém. As discórdias nesta região têm chegado ao cúmulo. Ainda há pouco tempo, um judeu feriu um dos nossos, por causa das suas opiniões acerca da comida impura. Já que tenho a felicidade de ouvir as tuas palavras, ensina-me o melhor caminho.

     O Mestre observou-a, compadecido, e exclamou:

     — Tens razão. As divergências religiosas têm implantado a maior desunião entre os membros da grande família humana. Entretanto, o Pastor vem ao redil para reunir as ovelhas que os lobos dispersaram. Em verdade, afirmo-te que virá um tempo em que não se adorará a Deus nem neste monte, nem no templo suntuoso de Jerusalém, porque o Pai é Espírito e só em espírito deve ser adorado. Por isso, venho abrir o templo dos corações sinceros para que todo culto a Deus se converta em íntima comunhão entre o homem e o seu Criador!

     Suave silêncio se fez entre ambos. Enquanto Jesus parecia sondar o invisível com o seu luminoso olhar, a samaritana meditava.

 

***

 

      Daí a alguns instantes, acompanhados de grande número de populares, chegavam os discípulos, admirando-se todos de encontrarem o Messias em conversação íntima com uma mulher. Nenhum deles, todavia, aventurou qualquer observação menos digna ou imprudente. Observando que o Messias se preparava para retirar-se em busca da aldeia mais próxima, a samaritana, eminentemente impressionada com as suas revelações, solicitou a presença de todos os seus familiares e vizinhos, a fim de que o conhecessem e lhe ouvissem a palavra.

     Tiago e André haviam trazido pão e algumas frutas e insistiam com Jesus para que se alimentasse. O Mestre, porém, aproveitou o instante para mais uma vez ensinar o caminho do Reino, com as suas palavras amigas, compondo parábolas singelas. Muita gente se aglomerara para ouvi-lo. Eram viajantes que demandavam regiões diferentes, a par de grande grupo de samaritanos de opiniões exaltadas. A enorme assembléia se pôs a caminho, mas o Messias continuou espalhando as suas promessas de esperança e de consolação.

     Nesse ínterim, Filipe consultou os companheiros e, aproximando-se de Jesus, rogou-lhe carinhosamente:

     — Mestre, por favor, aceitai um pouco de pão! É  indispensáveL cuidardes do sustento! Descansai e comei!...

     — Não te preocupes, Filipe — disse o Messias, com reconhecimento —, não tenho fome. Aliás, recebo um alimento que talvez os meus próprios discípulos ainda não puderam conhecer.

     — Qual? - atalhou o apóstolo, com interesse.

     — Antes de tudo, meu alimento é fazer a vontade daquele Pai misericordioso e justo que a este mundo me enviou, a fim de ensinar o seu amor e a sua verdade. Meu sustento é realizar a sua obra.

     — È verdade — observou o discípulo, olhando a multidão que os acompanhava —, vedes melhor os corações e não podemos perder esta oportunidade de divulgação da  Boa Nova. Levaremos para Cafarnaum mais este triunfo, porque é incontestável que obtivestes aqui, entre os samaritanos, um dos nossos maiores êxitos!...

     Tiago e André ouviam, silenciosos, o diálogo.

     Às palavras entusiásticas do Apóstolo, o Mestre sorriu e acrescentou:

     — Não é isso propriamente o que me interessa. O êxito mundano pode ser uma ondulação de superfície. O de que necessitamos, em todas as situações, é entender o que o Pai deseja de nós. Como todo o seu anelo é o do bem, eu trabalho, mas sem me prender ao anseio das vitórias imediatas.

     E, dirigindo o olhar para a turba compacta de seus seguidores, exclamou para os companheiros:

     — Acaso poderemos admitir que já somos compreendidos? Calemo-nos por alguns instantes, a fim de ouvirmos a opinião dos que nos seguem os passos.

     Fez-se silêncio entre ele e os três discípulos, de modo que podiam ouvir distintamente os diálogos travados entre os que os acompanhavam.

     — Acreditas que seja este homem o Cristo prometido? — perguntava um samaritano de boa figura aos seus amigos. — De minha parte, não aceito semelhante impostura. Este nazareno é um explorador da piedade popular.

     — É certo — concordava o interpelado —, mesmo porque, em sua terra, não chega a valer um denário. Pelos próprios parentes é tido como inimigo do trabalho e há quem duvide da sua preguiçosa cabeça.

     — É um louco de boa aparência — dizia uma mulher idosa para a filha —, pelo menos essa é a opinião que já ouvi de habitantes de Cafarnaum; entretanto, cá para mim, acredito seja um grande velhaco. Por que se meteu com pescadores, quando alega ser tão sábio? Por que não se transfere para Jerusalém, ou mesmo para o Tiberíades? Bem sabe a razão disso. Lá encontraria homens cultos que lhe confundiriam a presunção.

     Mais próximo de Jesus, um rapaz sentenciava em voz discreta:

     — Quando chegamos, foi ele achado sozinho com uma mulher. Que te parece esta circunstância? — perguntava a um companheiro de caminhada.

     — Certamente desejava salvá-la a seu modo... — replicou com malicioso riso o inquirido.

     Num grupo vizinho, falava-se acaloradamente:

     — Este homem é um espertalhão orgulhoso — dizia, convicto, um velhote —, só faz milagres junto das grandes multidões, para que sintam virtudes sobrenaturais nas suas mágicas.

     — E não tem caridade — acrescentou outro —, pois ainda há pouco tempo, quando o procuraram em Cafarnaum para um sinal do céu, fugiu para o monte, sob o pretexto de fazer orações.

     A noite começava a cair de todo. No alto já brilhavam as primeiras estrelas. Jesus sentou-se com os discípulos, à margem do caminho, para um momento de repouso.

 

***

 

     André, Tiago e Filipe estavam espantados com o que tinham visto e ouvido. Aparentemente o Mestre fora aureolado de imenso êxito; entretanto, verificaram a profunda incompreensão do povo. Foi então que Jesus, com a serenidade de todos os instantes, os esclareceu cheio da sua bondade imperturbável:

     — Não vos admireis da lição deste dia. Quando veio, o Batista procurou o deserto, nutrindo-se de mel selvagem. Os homens alegaram que em sua companhia estava o espírito de Satanás. A mim, pelo motivo de participar das alegrias do Evangelho, chamam-me glutão e beberrão. Esta é a imagem do campo onde temos de operar. Por toda parte encontraremos samaritanos discutidores, atentos aos êxitos e referências do mundo. Observai a estrada para não cairdes, porque o discípulo do Evangelho não se pode preocupar senão com a vontade de Deus, com o seu trabalho sob as vistas do Pai e com a aprovação da sua consciência.

 

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A juventude de Jesus. Aquarela por James Tissot. Imagem/fonte:

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklyn_Museum_-_The_Youth_of_Jesus_(Jeunesse_de_J%C3%A9sus)_-_James_Tissot_-_overall.jpg

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Jesus aos doze anos discutindo com os doutores da lei

Quadro de Giovanni Serodine. Museu do Louvre, Paris. Foto Ismael Gobbo

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Jesus e a samaritana. Obra de Luca Giordano. Imagem/fonte:

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_and_the_Samaritan_-_Luca_Giordano_-_Castel_Nuovo_-_Naples_-_Italy_2015.JPG

Nablus_jacob_well_1912 

Poço de Jacó em 1912. Nablus, antiga Siquém, Samaria, hoje Cisjordânia.

Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a1/Nablus_jacob_well_1912.jpg

Nablus

Nablus, na Samaria, hoje Cisjordância, distante 63 kilômetros de Jerusalém.

Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Nablus#/media/File:Nablus.jpg

 

 

Entre o passado e o futuro

 

A pluralidade das existências constitui um dos postulados básicos do Espiritismo.

Trata-se de um enunciado segundo o qual o Espírito anima incontáveis corpos em sua jornada rumo à Angelitude.

Essas existências físicas se entrelaçam e sucedem conforme o comportamento do Espírito.

Elas podem ser em número menor, desde que bem aproveitadas.

Já o Espírito rebelde necessita repetir várias vezes as mesmas experiências, até fazer bem a lição.

Como as encarnações não são desconectadas umas das outras, sempre sobra algo do ontem no hoje.

É comum as pessoas se indagarem a respeito do que foram.

Como a justiça vigora no Universo, cada qual se constrói a si próprio feliz ou desgraçado.

Com base nesse raciocínio, muitas vezes se afirma, a respeito de pessoas enfermas ou portadoras de graves problemas, que muito erraram.

Ocorre que a realidade não é tão simples.

A Espiritualidade Superior ensina que a Terra é um mundo de provas e expiações.

Ela funciona na qualidade de reformatório e de escola, na qual se aprimoram seres ainda carentes de sublimação.

Expiações constituem experiências dolorosas, frutos de erros do passado.

Elas se destinam a desgostar o Espírito do vício que o acomete, a fim de que o abandone.

Já as provas são para aferir os valores amealhados pelo ser, sua força e firmeza no bem.

O Espírito teoriza sobre determinada virtude, compreende-a e finalmente se decide a vivê-la, por entre as dificuldades e tentações inerentes à vida terrena.

Pode ou não se sagrar vencedor, conforme seja mais ou menos decidido pela vivência do bem.

Caso venha a falhar, necessitará dar conta dos erros cometidos e repetir a experiência.

Se vencer, novas e ricas oportunidades se abrirão em sua caminhada rumo à plenitude.

Bem se vê que os dramas e os suores da vida não se relacionam sempre com o ontem.

Podem ser resultado de equívocos, a reclamar corrigenda.

Mas frequentemente são uma aposta no futuro, um teste de admissão para experiências compensadoras.

É leviano afirmar que alguém sofre bastante porque muito errou.

Talvez seja antes um idealista que luta para desenvolver em si as asas dos anjos.

A rigor, o passado se revela mais pelas tendências instintivas.

Aquele que quer se conhecer, precisa prestar atenção em seus desejos e sonhos.

Quem se deleita com histórias picantes e racistas, gasta tempo com coisas vulgares, quer sempre levar vantagem, podendo se concluir que seu passado não é digno.

Mas, entre provas e expiações, não é relevante saber a origem da experiência difícil.

Qualquer que seja o contexto, importa fazer bem a lição, a fim de se libertar dela.

Ser corajoso, digno, puro e generoso em face dos embates é a receita da felicidade futura.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base na questão 399,
 de 
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Disponível no CD Momento Espírita v. 20, ed. FEP.
Em 1º.4.2023.

  Escute o áudio deste texto

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3193&stat=0

 

 

(Copiado do site Feparana)

 

Curando o paralítico em Bethesda. Óleo sobre tela dem Bartolomé Esteban Murillo.

Copiado de:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Curacion_del_paralitico_Murillo_1670.jpg   

 

 

 

Leia sobre   A cura do paralítico no tanque de Betesda

https://www.biblegateway.com/passage/?search=Jo%C3%A3o%205%3A1-9%3A21&version=OL

 

Cristo e Nicodemos. Óleo sobre tela de Fritz von Uhde 

Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fritz_von_Uhde_-_Christus_und_Nikodemus_%28ca.1886%29.jpg 

 

 

No diálogo de Jesus com Nicodemos falou o Mestre:

"Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-8)

 

 

Cristo curando uma criança doente. Pintura de Fritz von Uhde. Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fritz_von_Uhde_%28attr%29_Christus_ein_krankes_Kind_heilend.jpg 

 

E Jesus chamou uma criança para si... Óleo sobre cartão de Fritz  von Uhde. Imagem/fonte:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fritz_von_Uhde_-_Und_werdet_wie_die_Kinder_%28ca._1904%29.jpg

 

 

Amor e perdão

           

Pelo Espírito Maria Dolores.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Coração e Vida. Lição nº 14. Página 52.

 

A Madalena fora ao túmulo querido

Entre pedras de extremo desconforto...

Levava flores para o Mestre morto,

Tinha o peito magoado e enternecido.

 

O Sol reaparecia, resplendente,

A névoa da manhã fundia-se no ar,

Na dourada invasão das flamas do Nascente,

Maria estava ali, unicamente,

A fim de estar a sós, recolher-se e chorar.

 

A desfazer-se em pranto, ela arguia:

- “Por que, por que Senhor?

Tanta saudade e tanta dor?!...

Toda a felicidade que eu sentia

Jaz aqui sepultada...

Transformou-se-me a vida em sombra e nada

No ermo deste pouso derradeiro...”

 

Nisso, ela viu alguém... Seria um jardineiro?

Um zelador daquele campo santo?

Mas tomada de espanto,

Viu-se à frente do Mestre Nazareno,

O excelso benfeitor ressuscitado,

A envolver-lhe de paz o coração cansado...

 

Ela gritou: “Senhor!”

Ele disse: “Maria!”

Ela era a expressão da perfeita alegria,

Ele, o perfeito amor.

 

Madalena ajoelhou-se e quis beijar-lhe os pés...

- “Maria, por quem és” - explicou-se Jesus.

 

- “Não me toques, porquanto

Não te esperava aqui neste recanto,

E ainda não fui ao Pai revestir-me de luz...”

 

Maria, surpreendida,

Indagou em seguida:

- “Senhor, onde estiveste?

Em que jardim celeste

Encontraste o descanso necessário,

Que vem de Deus, nos dons da paz completa?

Perdoa-me, Senhor, a pergunta indiscreta,

Dói-me, porém, pensar na angústia do Calvário,

Revolto-me, padeço, mas não venço

A mágoa de lembrar-te o sacrifício imenso”

 

Mas Jesus respondeu:

- “Não, Maria, não fui ainda ao Alto,

Nem me elevei sequer um palmo à luz do firmamento,

Quem ama não consegue achar o Céu de um salto...

Ao invés de subir aos Altos Resplendores,

Desci, mas desci muito aos reinos inferiores...

Despertando no túmulo, escutei

Os gritos da aflição de alguém que muito amei

E que muito amo ainda...

Embora visse Além, a Luz sempre mais linda,

Sentia nesse alguém um amado companheiro,

Em crises de tristeza e de loucura...

Fui à sombra abismal para a grande procura

E ao reencontra-lo amargurado e louco,

A ponto de não mais me conhecer,

Demorei-me a afagá-lo e, pouco a pouco,

Consegui que ele, enfim, pudesse adormecer...”

 

- “Senhor” – interrogou a Madalena

“Quem é o amigo que te fez descer,

Antes de procurar a luz do Pai?”

Mas Jesus replicou, em voz clara e serena:

- “Maria,

Um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai...

Antes de me altear à Celeste Alegria,

Ao sol do mesmo amor a Deus, em que te enlevas,

Vali-me, após a cruz, das grandes horas mudas,

E desci para as trevas,

A fim de aliviar a imensa dor de Judas”.

 

(Texto recebido em email do divulgador Antonio Sávio,  “Tonhão”, de Belo Horizonte, MG)

Não me toque. Óleo sobre tela de de Fritz  von Uhde.

Jesus e Maria Madalena

 Imagem/fonte:  https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fritz_von_Uhde_-_Noli_me_tangere_%281894%29.jpg

http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/SETEMBRO/18-09-2015_arquivos/image041.jpg

Remorso de Judas. Óleo sobre tela de Almeida Junior (1880)

 Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo

 

O remorso de Judas. Óleo sobre tela de Edward Armitage. Imagem/fonte.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edward_Armitage_(1817-1896)_-_The_Remorse_of_Judas_-_N00759_-_National_Gallery.jpg

 

 

Registro. Palestra neste domingo 02/04/2023 no Abrigo Ismael

Araçatuba, SP 

 

A excelente palestra foi proferida pelo orador Rogério Costa que desenvolveu o tema: “O Progresso Moral do Ser e a  Transição Planetária”. Fotos Ismael Gobbo.

 

 

 

Registro. Atividades do Projeto Chico Xavier

Araçatuba, SP

 

Na tarde deste sábado, 01 de abril de 2023, além de todas as atividades desenvolvidas como evangelização infantil e de jovens,  distribuição de alimentos, palestra pela oradora Maria José Isique,   comemorado mais um aniversário de Francisco Cândido Xavier  e “Dia de visita do Coelhinho da Páscoa”. O Projeto é dirigido por Ricardo Antonio dos Anjos.

Informações e fotos de Émerson Gratão.

 

 

 

Foco no romance Paulo e Estêvão

 

A Rádio e TV Brasil Espírita, de Maceió (Al), deu prosseguimento na noite do dia 28 de março ao programa “Reflexões sobre o livro Paulo e Estêvão” com Cesar Perri. Nesse programa inicial o expositor os capítulos iniciais desse livro psicografado por Chico Xavier e de autoria do espírito Emmanuel. Programa semanal às 3as feiras, às 22h30. Simultaneamente há transmissão por: You Tube, Amazon Music, Spotify, Deezer e Alexa.

Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=Ho-J-sOsQYQ

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]  e do GEECX)

 

 

Palestra no C.E. Maria Benta

São Paulo, SP

 

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

2o Mês Espírita Mundial

 

Durante os dias 3 de abril e 31 de abril de 2023 diversas instituições do mundo estarão reunidas no 2o Mês Espírita Mundial. Evento online produzido em mais de 10 idiomas e legendado em: Espanhol, Francês, Inglês e Português.

Em abril de 2022 foi realizada a 1a edição do Mês Espírita Mundial, com apoio na organização e divulgação da Fundação Espírita André Luiz, de São Paulo. Uma experiência de união e fraternidade maravilhosa com mais de 10.000 inscritos no evento, 36 países, 120 de palestrantes, 20h de conteúdo e 54 vídeos. Muitos aprendizados como relatou o público que acompanhou, confira os depoimentos!

Informações:

https://feal.com.br/mes-espirita-mundial/

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]  e do GEECX)

 

 

Curso de Iniciação ao Espiritismo.

C.E. Maria Benta. São Paulo

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

1º. Congressinho Espírita de Marília

Marília, SP

 

 

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Live com Otaciro Rangel. “A didática de O Livro dos Médiuns”

Use Intermunicipal de Marília

 

(Recebido em email de Donizete Pinheiro)

 

 

FEESP. Renato Prieto em

Chico Xavier em Pessoa

 

 

 

(Com informação de Jorge Rezala)

 

 

Café com Kardec. Roda de conversa com Donizete Pinheiro e a equipe da USE Intermunicipal de Marília. Marília, SP

 

(Informação recebida em email de Donizete Pinheiro)

 

 

Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento”.

 

Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. 

Vídeo do lançamento: https://youtu.be/jOy9vbkLUEM

 

https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento

 

 

 

(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]])

 

 

Site da Federação Espírita Brasileira

Brasília, DF

 

Clique aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/

 

 

 

 

Feparana- Federação Espírita do Paraná

Curitiba

 

Clique aqui:
http://www.feparana.com.br/

 

 

 

 

UEM- União Espírita Mineira

Belo Horizonte

 

Acesse aqui:

https://www.uemmg.org.br/

 

 

 

 

 

CEERJ- Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro  

 

Acesse aqui:

https://www.ceerj.org.br/portal/

 

 

 

 

 

Se te for possível colabore com o Abrigo Ismael- Departamento da centenária União Espírita “Paz e Caridade”. Araçatuba, SP

 

ACESSE O SITE AQUI:

http://abrigoismael.com.br/  

O Abrigo Ismael comemorou  80 anos no dia 3 de outubro de 2021

 

 

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União Espírita Paz e Caridade, desde o ano 1921, vem atuando para abrandar o sofrimento de idosas carentes, suprindo-lhes todas as suas necessidades. Atualmente, conta com uma equipe de enfermagem, auxiliares, nutricionista, assistente social, médico, e fornece seis refeições diárias, medicamentos, lazer, atividades físicas e lúdicas, visando sempre a maior qualidade de vida possível nesta fase da vida. Em todos esses anos sempre contou com a colaboração da sociedade araçatubense, o qual agradecemos de todo o coração.

 

 

Sem título

 

 

                                 

 

Revista eletrônica semanal O Consolador

Londrina, PR

 

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Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier

São Paulo

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Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier

Boletim semanal – Ano IX

1a semana de Abril de 2023

 

 

Kardec é sempre um recomeço; Bem-aventurados os aflitos; Obras de Humberto de Campos – o livro Cartas e Crônicas; 2o Mês Espírita Mundial; Dama da Caridade evoca data de desencarnação de Kardec; Injúrias e violências;Foco no romance Paulo e Estêvão; Tratado dos Evangelhos; Sois a luz

 

Artigo:

- Kardec é sempre um recomeço:

http://grupochicoxavier.com.br/kardec-e-sempre-um-recomeco/

 

Notícias:

- Bem-aventurados os aflitos:

http://grupochicoxavier.com.br/bem-aventurados-os-aflitos-4/

 

-Obras de Humberto de Campos – o livro Cartas e Crônicas:

http://grupochicoxavier.com.br/obras-de-humberto-de-campos-o-livro-cartas-e-cronicas/

 

-2o Mês Espírita Mundial:

http://grupochicoxavier.com.br/2-mes-espirita-mundial/

 

Vídeos:

-Dama da Caridade evoca data de desencarnação de Kardec:

http://grupochicoxavier.com.br/dama-da-caridade-evoca-data-de-desencarnacao-de-kardec/

 

-Injúrias e violências:

http://grupochicoxavier.com.br/injurias-e-violencias-2/

 

- Foco no romance Paulo e Estêvão:

http://grupochicoxavier.com.br/foco-no-romance-paulo-e-estevao/

 

Bibliografia:

-Tratado dos Evangelhos:

http://grupochicoxavier.com.br/tratado-dos-evangelhos/

 

Mensagem – Sois a luz:

http://grupochicoxavier.com.br/sois-a-luz/

 

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“Mas o dinheiro do trabalho e da honestidade, da paz e da beneficência, que pode ser creditado no banco da consciência tranquila, toda vez que surja unido ao serviço e à caridade, será sempre Bênção de Deus, fazendo prodígios” – Emmanuel.

 

(Xavier, Francisco Cândido.Pelo espírito Emmanuel. Livro da Esperança. Lição nº 48. Uberaba: CEC).

 

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Com fraternal abraço,

Equipe GEECX

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

 

 

2 de abril

Data de nascimento Chico e análise sobre a obra

 

 

 

 

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Aos 02 de abril de 1910 nascia em Pedro Leopoldo (MG) aquele que viria ser o maior vulto do Espiritismo no Brasil.

Por ocasião do Centenário de seu nascimento, ao longo do ano de 2010, tivemos o privilégio de coordenar um Projeto nacional de comemorações, com outorga do Conselho Federativo Nacional da FEB, na gestão de Nestor Masotti.

Naquela oportunidade, juntamente com Oceano Vieira de Melo fomos os organizadores do livro Depoimentos sobre Chico Xavier. Dezenas de companheiros de Chico Xavier, dos tempos de Pedro Leopoldo e fases iniciais de Uberaba, foram entrevistados, trazendo à tona ricos depoimentos.

Ao ensejo da evocação da data do nascimento de Chico Xavier, julgamos oportuna a valorização de sua obra psicográfica.

A propósito, são valorosas as considerações do filósofo espírita José Herculano Pires (1914-1979).autor de dezenas de livros, tradutor de obras de Allan Kardec, palestrante, ativo e combatente líder espírita.

Herculano Pires em vários livros cita e comenta obras psicográficas de Chico, como em seu notável O espírito e o tempo (Ed. Paideia). Também é autor de vários livros em parceria com Chico Xavier, editados pela Paideia e pelo GEEM. E, adotando o pseudônimo de Irmão Saulo, Herculano é autor de muitos artigos de fundo doutrinário e sobre mensagens de Chico Xavier, publicados no jornal Diário de São Paulo. Foi um dos entrevistadores do médium no histórico programa “Pinga Fogo” da antiga TV Tupi de São Paulo, no ano de 1971.

Nos últimos anos, a Editora Paideia, ligada à Fundação Maria Virgínia e J.Herculano Pires (São Paulo), tem lançado significativas de Herculano Pires utilizando as transcrições de programas radiofónicos de Herculano Pires, como: O Evangelho de Jesus em espírito e verdade, organizado por Célia Arribas, e, No Limiar do amanhã: lições de espiritismo, organizado por Altamirando Carneiro.Há pouco, no ano de 2022, veio a lume a série de livros “No Limiar do Amanhã”, com base em transcrições das gravações de programas radiofônicos de mesmo título de Herculano Pires.O organizador dessa série, Wilson Garcia, analisou e selecionou os textos e os reuniu em quatro volumes.

Os programas radiofônicos de Herculano Pires eram semanais, transmitidos por Rádio Mulher de São Paulo, durante quase quatro anos na primeira metade dos anos 1970. Eram retransmitidos pela Rádio Morada do Sol (Araraquara, SP) e pela Rádio Difusora Platinense (Santo Antonio da Platina, Pr). Os depositários das gravações dessas emissoras, respectivamente, Maria de Lourdes Anhaia Ferraz e Miguel Grisolia, e, AldrovandoGoes Ribeiro, doaram esses registros à Fundação, que deram origem aos livros.

Análises de Herculano Pires sobre psicografias de Chico já apareceram em O Evangelho de Jesus em espírito e verdade, e, No Limiar do amanhã: lições de espiritismo.

Agora, na série “No Limiar do Amanhã”, o livro 3 - Conversa sobre Chico Xavier. Parapsicologia, reencarnação, outros temas. conta com quatro partes: Entrevista com Chico Xavier; Ouvintes perguntam sobre Chico; Reencarnação; Parapsicologia; Outros temas. No total, são 131 trechos principais das gravações dos programas radiofônicos. Essa obra é enriquecida com entrevista que Herculano Pires e Renato Melo gravaram com Chico Xavier, em Uberaba, quando o programa “No Limiar do Amanhã” completava um ano, em 1972. O médium respondeu sobre onze temas do momento. Entre eles esclarece sobre a reencarnação de Kardec, negando a existência de qualquer informação. Nos demais capítulos da obra, chama-nos atenção a quantidade de indagações dos radiouvintes sobre identificação de eventuais reencarnações e também de colocações de evangélicos e católicos questionando princípios espíritas e a mediunidade de Chico Xavier. Esse livro contém valiosas informações doutrinárias.

O interessante é que essas obras obtidas de transcrições de gravações mostram uma outra vertente do vulto Herculano Pires. Nos livros que ele redigiu fica evidente o seu potencial intelectual e de profundo conhecedor do Espiritismo. Nos livros originados das transcrições de programas voltados ao radiouvinte, essa última característica do expositor aparece com estilo e linguajar simples. A nosso ver, essa versatilidade é que caracteriza um autêntico sábio, de também saber se dirigir aos neófitos.

Aí está nossa sugestão: de conhecermos de obras Chico Xavier pela ótica do pensador Herculano Pires.

Informações sobre a série “No Limiar do Amanhã”:

- Editora Paideia: www.editorapaideia.com.br

- Fundação Maria Virgínia e J.Herculano Pires: www.fundacaoherculanopires.org.br

 

 

(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX)

http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/JANEIRO/30-01-2012_arquivos/image005.jpg

A partir da esquerda: Doralice Gomes Feitosa, Josefina Perri Cefaly de

Carvalho “Bebé”, mãe de César, Antonio César Perri de Carvalho, Chico Xavier

e Célia Carvalho, esposa de César..

 

 

Parabéns, Francisco Cândido Xavier,

(Pedro Leopoldo, MG,  02-04-1910 / Uberaba, MG, 30-06-2002)

 

Leia o Especial do Centenário de Chico Xavier

Clicar:

 http://ismaelgobbo.blogspot.com.br/2010/04/este-email-especial-e-um-tributo-chico.html

 

http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/ABRIL/02-04-2018_arquivos/image013.jpg

Chico Xavier psicografando.

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Primeira foto de Chico Xavier publicada em reportagem de Clementino Alencar em 1/5/1935
Fonte: Notáveis reportagens com Chico Xavier, Ide, Araras, 2002

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Francisco Cândido Xavier ladeado pelo repórter de O Globo, Clementino de Alencar

e seu irmão José Xavier no ano de 1935. Foto contida no livro Notáveis Reportagens com Chico Xavier, editada pelo IDE, Araras, SP

 

 

Biografia de Francisco Cândido Xavier

 

Filho do operário João Cândido Xavier e da doméstica Maria João de Deus. Nasceu a 2 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo. A desencarnação de dona Maria João de Deus, deu-se a 29 de setembro de 1915, quando o Chico tinha apenas 5 anos. Dos nove filhos (Maria Cândida, Luzia, Carmosina, José, Maria de Lourdes, Chico, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda), seis foram entregues a padrinhos e amigos. Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha, que era obsediada. Conta ele, que apanhava três vezes por dia, com vara de marmelo. O pai de Chico casou-se novamente; desta feita com Cidália Batista, de cujo casamento advieram mais seis filhos (André Luiz, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido).* Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho. Sua escolaridade vai até o curso primário, como se dizia antigamente. Trabalhou a partir dos oito anos de idade, de 15h às 2h, numa fábrica de tecidos. Católico até o ano de 1927, o Padre Sebastião Scarzelli era seu orientador religioso. Com a obsessão de uma de suas irmãs, a família teve que recorrer ao casal de espíritas, Sr. José Hermínio Perácio e dona Carmem Pena Perácio, que após algumas reuniões e o esforço da família do Chico, viu-se curada. A partir daí, foi mantido o Culto do Evangelho no Lar, até que naquele ano de 1927, o Chico, respeitosamente, despediu-se do bondoso padre, que lhe desejou amparo e proteção no novo caminho. (...) No ano de 1927, funda em Pedro Leopoldo, junto com outras pessoas, o Centro E | A Polivalência de sua Obra Literária | É bastante diversificada a obra literária do Chico, senão vejamos: o primeiro livro publicado foi "Parnaso de Além Túmulo", escrito por 56 poetas desencarnados, compreendendo brasileiros e portugueses. Foi recebido no período de 1931 a 1932. Na época, sua idade era de apenas 21 anos. Com esta obra, Chico começa por onde a imensa maioria dos medianeiros psicógrafos principia. Detém em sua produção Prosa e Verso, que nós, na mera condição de leitor, classificamo-la como sendo: Reveladora: Com a publicação da obra Nosso Lar, o espírito André Luiz inicia primorosa coleção em que se ressalta, dentre tantas informações, o caráter revelador da obra, onde se tem registrado o cotidiano, o dia a dia da vida extrafísica. Identificadora: Assim chamamos a literatura poética, como no caso do "Parnaso". Se "estilo é maneira de exprimir os pensamentos, falando ou escrevendo" (Aurélio), no Parnaso figuram quase 6 dezenas de poetas da Língua Portuguesa, dentre os mais consagrados. Aí, a comparação entre o poeta, quando na vida física e quando retorna ao plano espiritual, torna-se inevitável. Mensagem: Chamamos livros de mensagens, aqueles compostos por mensagens avulsas, de temas variados, de espíritos diversos. (Ex: Mãos Unidas, Respostas da Vida, etc). Romanesca: Destacamos, neste gênero, os cinco romances de Emmanuel (mentor do médium): Há Dois Mil Anos (abrange o período histórico de 31 a 79 D.C), Cinqüenta Anos Depois (ano 131 - D.C), Ave Cristo (abrange o período 217 a 258 D.C), Paulo e Estevão (depois da morte de Jesus até aproximadamente anos 70 D.C) e Renúncia (cobrindo a segunda metade do século XVII, iniciado em 1662 - reinado de Luiz XIV de França). Há Dois Mil Anos foi escrito no curto espaço de 24/10/38 a 09/02/39, em intervalos das atividades profissionais do Chico. Chamamos a atenção para a chamada Cronologia Romana reconhecida por experts como autêntica. A obra suscitou o aparecimento do livro Vocabulário HistóricoGeográfico, de Roberto Macedo, versando sobre o vocabulário existente nos cinco romances supra citados. Histórico-Geográfico: A exemplo dos livros "A Caminho da Luz" e romances de Emmanuel (já citados), "Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho" de Humberto de Campos. Conto: merecem destaque Jesus no Lar, de Neio Lúcio, Almas em Desfile e A vida Escreve, de parceria com o médium Waldo Vieira, de autoria espiritual de Hilário Silva e Contos e Apólogos, Reportagens de Além Túmulo, Contos Desta e Doutra Vida, autoria espiritual de Humberto de Campos, além de outros. Reportagem: Encontramos o trabalho de Humberto de Campos, que com vigor e talento, do plano da imortalidade envia-nos reportagens notáveis como a que realiza com o apóstolo Pedro, no livro Crônicas de Além-Túmulo, ou com Napoleão, no livro Cartas e Crônicas ou ainda quando entrevista a famosa atriz Marilyn Monroe, no livro Estante da Vida. LITERATURA INFANTIL Através de autores como Neio Lúcio, Casimiro Cunha e outros. LITERATURA JOVEM Livros de espíritos que ainda jovens retornaram ao plano espiritual, como a obra de Jair Presente, de Augusto César e outros, cuja característica principal são, as gírias praticadas pelos jovens, notadamente no período em que surgiram. LITERATURA UNIVERSITÁRIA De nosso conhecimento, coube à Professora Ângela Maria de Oliveira Lignani inserir a obra literária do Chico nos meandros universitários. A professora em questão logrou aprovação no Curso de Mestrado da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Teoria da Literatura. Dissertação com 200 páginas, cujo título é "Psicografia e inscrições discursivas: a escrita de Chico Xavier". LITERATURA HUMORÍSTICA Lulu Parola, Cornélio Pires e outros trazem aos leitores rica obra com esta característica. LITERATURA CIENTÍFICA Por se compor de Ciência, Filosofia e Religião, invariavelmente, qualquer obra dita espírita mostra esta tendência, mas, especificamente podemos citar as de André Luiz como "Evolução em Dois Mundos" e "Mecanismos da Mediunidade". LITERATURA EVANGÉLICA O Evangelho é tema de vasta obra psicografada pelo Chico, especialmente de Emmanuel: Caminho, Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz, Fonte Viva, Livro da Esperança, Palavras de Vida Eterna, Segue-me, Bênção de Paz. | Ressonância de sua Obra | NO CINEMA Da mensagem publicada no livro "Somos Seis" resultou o filme Edifício Joelma. NO TEATRO Várias compilações de obras diversas resultaram na peça teatral "Além da Vida", apresentada por atores e atrizes profissionais. NA TELEVISÃO Tanto na extinta Rede Tupi (associada) quanto na Rede Globo, adaptou-se como novela o livro "Nosso Lar", sob o título de "A grande viagem", com amplo sucesso. NO RÁDIO Apresentação do chamado rádio-teatro, como o romance "Há Dois mil Anos", teatralizado na Rádio Mundial. Programas radiofônicos veiculando páginas espíritas. Nos mais diversos ambientes, deparamos afixadas páginas psicografadas pelo Chico, porém, nem sempre de origem identificada. NO JUDICIÁRIO Conforme se vê no livro Lealdade, organizado pelo laborioso tarefeiro espírita, Hércio Marcos, do IDE - Instituto de Difusão Espírita - Araras/SP, relatando que, com base em mensagem psicografada pelo Chico, o MM. Juiz da causa absolveu o réu no douto judiciário do estado de Goiás. NA MÚSICA Já nos idos de 1970, o astro da canção brasileira, Roberto Carlos, revelava no Programa Flávio Cavalcanti, a influência das obras do Chico nas letras das músicas que compõe. São inúmeras as letras psicografadas pelo Chico que foram e são musicadas, daí resultando belas canções, tais como: Alma Gêmea e Companheiro, letras de Emmanuel. A Prece, letra de João de Deus, Diretrizes adaptado do trecho de Bezerra de Menezes.. Fábio Júnior, Vanuza e Moacir Franco, sempre demonstraram grande carinho pelo Chico, inclusive, homenageando-o através de músicas de suas autorias. Inúmeros LP\'s (hoje em desuso) e incontáveis CD\'s enriquecem a fonografia patrícia, oriunda da obra do Chico. NA PINTURA Através do chamado processo ideoplástico a exuberante mediunidade do Chico tem proporcionado o surgimento de quadros maravilhosos, como o do Senador romano Publius Lentulus e o retrato de Maria (vide Anuário Espírita 1986). ABRANGENDO IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS A monumental obra psicografada pelo Chico já teve livros traduzidos para o esperanto, o francês, o inglês, o espanhol, o japonês, o tcheco e o polonês. NA ASSISTÊNCIA SOCIAL Pelo fato de o Chico, invariavelmente, registrar em cartório a doação dos direitos autorais a que teria direito em favor de instituições beneficentes, que pela lei do homem lhe caberia sobre 412 obras, tal procedimento possibilita grande fonte de recursos a essas instituições mesmo depois de sua morte. E já são mais de 30 milhões de exemplares editados. CHICO SELA COMPROMISSO COM O ESPÍRITO EMMANUEL A data do início do mandato mediúnico do Chico é considerada 8 de julho de 1927, mas o reencontro com seu guia espiritual Emmanuel, deu-se nos fins de julho de 1931 (ver interessante diálogo que se estabeleceu entre os dois, conforme relata o livro "Chico Xavier Mandato de Amor", UEM, p. 30-31). QUEM ERA EMMANUEL Senador romano na época do Cristo, conhecido por Publius Lentulus. De lá para cá do nosso conhecimento, surge nas figuras do escravo Nestório, do Padre Manoel de Nóbrega (fundador de São Paulo) e do Padre Damiano, reencarnado na Espanha. O relacionamento entre os dois, "se perde na poeira dos sóis", segundo informação que o Chico nos prestava, por informação do mentor espiritual. JESUS – KARDEC – EMMANUEL Como é sabido, a interação Jesus-Kardec-Emmanuel é absolutamente harmônica. E desde aquele longínquo 31 de julho de 1931, Emmanuel já determinava: " - se algum dia eu conflitar com Jesus e Kardec, me abandone Chico". Nesse clima de absoluta interação é que para comemorar centenários respectivos, da obra que compõe o "Pentateuco Luz", no dizer de Nenê Aluotto, temos: - em 1959, surge o livro Religião dos Espíritos, em comemoração ao centenário do Livro dos Espíritos; - em 1960, o livro Seara dos Médiuns, em comemoração ao centenário do Livro dos Médiuns; - em 1961, o livro Justiça Divina, em comemoração ao centenário do livro Céu e Inferno; - em 1964, o livro da Esperança, em comemoração ao centenário do Evangelho Segundo o Espiritismo. Todos esses livros de autoria de Emmanuel. O Chico recebeu além desses, de espíritos diversos, o livro O Espírito da Verdade, ainda comemorativo ao centenário do Evangelho Segundo o Espiritismo. CHICO FALA DE SUA PRÁTICA MEDIÚNICA No livro Parnaso de Além Túmulo, Ed. FEB - 1972 - Comemorativa do 40º aniversário de lançamento, pág. 33, Chico diz a respeito: "A sensação que sempre senti, ao escrevê- las (referindo-se a poesias recebidas mediunicamente), era a de que vigorosa mão impulsionava a minha. Doutras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava; e, doutras, que alguém mas ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos elétricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se me afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis. Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões físicas. É o que experimento, fisicamente, quanto ao fenômeno que se produz freqüentemente comigo." MÉDIUM COMPLETO Poder-se-á dizer que Chico foi um médium completo, tanto do ponto de vista moral quanto da técnica mediúnica. O saudoso professor Herculano Pires o chamava de "homem-psi". Elias Barbosa diz que dele poder-se-á dizer "do alto dos telhados", tratar-se do maior médium psicógrafo do mundo. O culto e saudoso professor Rubens Romanelli, dizia com relação a Chico Xavier: "Trata-se de um dos maiores autodidatas que já conheci". CURIOSIDADES ACERCA DA PROFÍCUA PRODUÇÃO PSICOGRÁFICA DE CHICO De uma certa feita na bela cidade triangulina de Uberlândia, o saudoso tarefeiro espírita Zenon Vilela passou para o papel, a seguinte informação: No ano de 1952, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Roteiro, de Emmanuel, com 172 páginas e Pai Nosso, de Meimei, com 104 páginas. No ano de 1963, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Opinião Espírita, com 204 páginas e Sexo e Destino, com 360 páginas. No dia 31 de março de 1969 (data comemorativa do falecimento de Kardec, mera lembrança nossa), Chico psicografou 2 livros, no mesmo dia: Passos da Vida, com 156 páginas e Estante da Vida, com 184 páginas. Chico é apontado como fenômeno na aceitação do leitor. Dos dez melhores livros do século, em pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita, sete são da psicografia do Chico. O primeiro lugar coube ao livro Nosso Lar, na 48ª edição, com mais de 1.200 milheiros de exemplares editados. Ao longo de seus 75 anos de mandato mediúnico tornaram-se incontáveis os títulos honoríficos a que fez jus: - dezenas de cidadanias; - mais de uma centena de biografias; - instituiu-se a Comenda da Paz Chico Xavier, por decreto estadual; - Comenda Chico Xavier instituída pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo; - o Mineiro do Século, por promoção da Telemar e da Rede Globo Minas, etc, etc; - pelos auditores independentes da Receita Federal, foram eleitas as 8 mais importantes figuras mundiais: Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Mandela, Sabin, Carlitos, Santos Dumont, Gandhi e Che Guevara. - O Maior Brasileiro da História por promoção da Revista Época - 2006. Por dados estatísticos fornecidos por órgãos da Imprensa Nacional, em seu velório que se iniciou no domingo, 30 de junho, até terça-feira, 2 de julho do ano de 2002, em certos momentos, a fila chegou à extensão de 4 km. E diante do esquife, a média era de 40 pessoas, a cada minuto. Era comovente a serenidade e o silêncio do povo, apesar de ter que esperar horas e horas seguidas na fila, sob o forte sol uberabense, para a despedida aos despojos físicos do médium. Foi sepultado com honras militares debaixo de uma chuva de pétalas de rosas. Eric Fronn nos ensina que "só o amor é justificativa à presença humana". O Chico "triplica" essa justificativa. Muitos o cognominam: "um homem chamado amor". Fonte: Portal www.100anoschicoxavier.com.br * Ver a síntese genealógica do Chico, no livro "Chico Xavier, Mandato de Amor" . UEM, p. 284)

 

 

(Texto copiado de http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Francisco-Candido-Xavier.pdf)

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A família de Chico Xavier. Pedro Leopoldo, MG. Chico, o terceiro a partir da esquerda,  ao lado do pai.

Foto fornecida por Jhon Harley M. Marques, de Pedro Leopoldo, MG.

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Chico Xavier participando do Culto do Evangelho no Lar da família Perácio.

Imagem cedida por Oceano Vieira de Melo

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ROSTO DA 1ª. EDIÇÃO  DO LIVRO PARNASO DE ALÉM TÚMULO, NO ANO DE  1932;  E CAPA DO MESMO LIVRO NA EDIÇÃO DE 1939, QUE É A MAIS CONHECIDA. FEB

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Chico Xavier (D)  no ano de 1941,  na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, MG,

 recebendo visita de dama da sociedade paulista. Foto do arquivo de Geraldo Leão.

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Chico Xavier,  aos 90 anos, trabalhando como sempre. Foto Ismael Gobbo

 

 

Dr. Luís Parigot de Sousa

(21-01-1894 – 03-04-1947)

Há quase cem anos, uma homenagem…

Luiz Parigot de Sousa

Dezembro/2022

Natural de Curitiba, nasceu em 21 de janeiro de 1894.

Foi muito atuante no Movimento Espírita, particularmente no Estado do Paraná, notabilizando-se como divulgador da Doutrina Espírita em todo o sul do país.

Concluiu o Curso de Medicina na Universidade do Paraná, em dezembro de 1924, merecendo especial nota na Revista de Espiritualismo, de dezembro desse ano, da Federação Espírita do Paraná:

O Dr. Luiz Parigot de Sousa pertence à nova geração dos nobres Espíritos estudiosos e investigadores, que consagram o melhor de suas atividades e energias às obras da caridade, exemplificando o Evangelho em vivas demonstrações de amor ao próximo.

 Na missão espinhosa a que se consagrou o nosso prezado irmão há de conquistar os mais belos triunfos como médico dos corpos e das almas enfermas e aflitas, pois que, para isso, dispõe dos dois elementos essenciais capazes de garantir tais triunfos: vastos conhecimentos científicos e virtudes nobilitantes que o recomendam a todos aqueles que necessitam do amparo de um legítimo sacerdote da ciência.

Essas expressões representam uma justa homenagem ao espírito forte do distinto companheiro, que soube vencer galhardamente a luta para a conquista do seu grau de médico, sem desequilibrar a sua missão de exemplar chefe de família.

O Dr. Luiz Parigot de Sousa, que ocupa o posto de capitão médico das forças militares em operações no Rio Grande do Sul vai pedir a sua demissão para fixar seu domicílio nesta capital (Curitiba/PR), onde sua ação preciosa se fará sentir de modo amplo e notável.

No mês seguinte, janeiro de 1925, aduzia em suas páginas:

A Revista de Espiritualismo sente-se feliz de poder prestar uma homenagem ao novel médico conterrâneo Dr. Luiz Parigot de Sousa, ardoroso defensor da Doutrina Espírita, em cujos mananciais de luz e de amor hauriu a fé inabalável de um crente esclarecido e praticante.

A nobre profissão em que o jovem esculápio vai exercer a sua atividade, permitir-lhe-á por certo os mais assinalados triunfos. Espírito culto e devotado à prática da solidariedade humana exemplificada pelo Espiritismo, o Dr. Parigot de Sousa saberá aliar à sua competência profissional os reconhecidos dotes morais que haverão de consagrá-lo como um verdadeiro sacerdote da medicina.

Foi um extraordinário médium de efeitos físicos, possibilitando pesquisas sérias nesse setor. Demonstrou particular curiosidade pelo Espiritismo, após assistir a uma reunião na Federação Espírita do Paraná.

A sua mediunidade foi observada por vários cientistas e pela Sociedade Paulista de Medicina e Cirurgia. Possibilitou a comunicação, por voz direta, de diversos Espíritos, em vários idiomas, com a presença de pessoas das respectivas nacionalidades.

Desencarnou em 3 de abril de 1947.

(Copiado de http://www.mundoespirita.com.br/?materia=ha-quase-cem-anos-uma-homenagem)

 

Vista geral de Curitiba em 1900.

Imagem/fonto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Curitiba-view.jpg

Prédio antigo da Federação Espírita do Paraná. Curitiba, PR.

www.feparana.com.br

 

 

João Antônio
(03/04/1919 – 30/10/1967)

 

João Antônio

Imagem do livro Obra de Vultos, volume 1.

 

Biografia elaborada por: Clarice Antônio Ribeiro  e João Antônio Júnior

No Córrego do Feijão, localizado no Município de Birigüi, SP, nasceu, em 3 de abril de 1919, João Antônio, que, mais tarde, tendo sido nosso pai, nos proporciona as alegrias e emoções de escrever esta sucinta biografia.

João Antônio, filho do imigrante italiano Onofre Antônio e de Ana Francisca da Conceição, estudou apenas até o quinto ano primário, no Instituto Noroeste, em Birigüi, SP.

Alma de artista mostrou logo acentuada propensão para o desenho e a pintura, que escolheu como profissão para, assim, trabalhar naquilo que mais gostava de fazer.

De família espírita, freqüentou, desde moço, o Centro Espírita “Amor e Caridade”, dirigido por Dona Linda Dias de Almeida.

Casou-se em 14 de julho de 1940 com Yolanda Citro Antônio, nascendo-lhes os filhos: Clarice, João Antônio Júnior, Ana Maria, Virgínia, Marco, Alexandre, Naruna, Jorge Luiz e Guilherme.

 Em 1942, mudou-se definitivamente para Araçatuba, SP e, mesmo residindo nesta cidade, por falta de maior entrosamento, continuou freqüentando o Espiritismo na cidade de Birigüi, fazendo-o no Centro Espírita “Raymundo Mariano Dias”.

Trabalhador incansável, dono de um coração generoso que a todos acolhia, usou seu próprio lar para abrigar quantos necessitados o procuraram, oferecendo-lhes banho, roupas limpas e os alimentos de sua própria mesa, além, é claro, da palavra amiga e consoladora.

Leitor ávido, João “Pintor”, como ficou conhecido, abraçou carinhosamente a tarefa da divulgação doutrinária, formando vasta biblioteca, na qual colheu e estudou os fundamentos da Doutrina Espírita, utilizados por ele, com maestria, para analisar com seus filhos e seus amigos os postulados do Consolador, prometido por Jesus.

É com os corações sensibilizados que nos lembramos daqueles momentos fraternos nos quais se faziam presentes amigos inesquecíveis como Adalberto da Silva Braga, Elias Nemer Elias, Luiz Ortiz, Victor Bombonati, Júlio Monteagudo, Waldomiro Matheus e Ricieri Punhali.

Em meados de 1946, João Pintor conheceu Antônio Pagan e, através dele, teve acesso às reuniões mediúnicas realizadas nos fundos da residência do novo companheiro. Passou então a dedicar-se à tarefa de socorro aos obsediados, visitando-os em seus próprios lares para levar orientação doutrinária, além do conforto de sua presença fraterna.

Nessa missão, desempenhada com amor, não escolhia dia ou hora, atendendo a todos, sempre que o chamavam. Lembramo-nos de vê-lo, muitas vezes, abandonar seus afazeres para ir ao encontro dos que necessitavam de suas palavras ou de passes mediúnicos.

Em 1950, fundou, com sua esposa Yolanda e com os amigos Adalberto da Silva Braga, Heitor de Oliveira, João e Luiza Neves, José Carlos de Carvalho e Raul Lino, o Grupo Espírita Fraterno de Estudos Evangélicos, que foi por ele mesmo representado junto à União Municipal Espírita de Araçatuba – UMEA.

Em 1955, escreveu e encenou, no Centro Espírita “Bezerra de Menezes”, a peça de fundo espírita Obsessão, história transcorrida em duas épocas distintas, mostrando o drama de um espírito endurecido no mal e seu doloroso resgate.

Nos anos seguintes, junto a Elias Nemer Elias, desenvolveu uma atividade assistencial de distribuição de medicamentos e nos lembramos de vê-lo coletando amostras para distribuí-las sob a orientação desse amigo, e, mais, prestando pessoalmente serviços de aplicar injeções em quem delas precisasse.

Perseguindo o ideal de fundar uma Casa Assistencial, conforme sempre sonhara, mudou-se, nos idos de 1958, para um sítio no Bairro do Campo, localidade rural de Araçatuba, próximo à Estação Ferroviária Ferdinando Laboriaux – também conhecida por Conderlândia –, onde, instalado com sua família e à míngua dos recursos de que necessitava para realizar o sonho de criar e manter a Casa Assistencial, iniciou um trabalho mais modesto, porém não menos importante, de distribuir brinquedos e doces, por ocasião das festas natalinas, para crianças ­carentes.

Temos ainda guardado, para documentar a lembrança, um “santinho” distribuído pelas irmãs da Casa da Criança em uma dessas festas promovidas por nosso pai, por ocasião do Natal de 1962, à qual compareceram as crianças e as irmãs daquela casa.

Víamos que era com alegria verdadeiramente cristã que, durante meses a fio, nosso pai cortava, lixava e colava as madeiras com que fazia pequenos carrinhos enquanto nossa mãe, Yolanda, se dedicava aos panos, linhas e cordas com que preparava as bonecas que, depois, eram pintadas por nosso pai, que lhes dava rosto e cor e, ao final, nas festas, esses brinquedos faziam a alegria da garotada.

Embora mudado em sua feição, esse trabalho de distribuição de alegria sobreviveu após a desencarnação de nosso pai, coordenado por nossa mãe, que o manteve até meados de 1982.

Desde a fundação do Grupo Espírita de Estudos Evangélicos, João ­Pintor manteve seus filhos fortemente unidos em torno do ideal de construção de um mundo mais evangelizado.

Alma de artista, sensibilidade à flor da pele, coração generoso e amigo, nunca deixou de aproveitar qualquer tempo de que dispusesse, para nos lembrar dos sentimentos cristãos da integridade, solidariedade e moral elevada com que deveríamos pautar nossas vidas.

Plantou em nossos corações a força de seu exemplo e a inteireza de seu caráter, valores éticos de que nos socorremos ainda hoje, nas lutas que nos cabe empreender.

Foi o melhor amigo, o grande exemplo de amor aos filhos, de fidelidade aos amigos e de responsabilidade no trabalho.

Todos nós que o conhecemos, trazemos gravada a marca de sua presença e a lição de sua vivência espírita, orientada pelo Evangelho de Jesus e estudada através dos postulados de Kardec.

Em 30 de outubro de 1967, às 23 horas, com apenas 48 anos de idade, voltou à pátria espiritual vitimado por um enfarte do miocárdio, sendo, então, sepultado no Cemitério Municipal da Saudade, em Araçatuba.

MENSAGEM FINAL

“A família Antônio sempre foi e é, toda ela, muito especial para mim. Quando eu soube que a biografia do Sr. João seria inserida no livro da USE, lembrei-me que, quando o conheci, Rolandinho, meu mano muito amado, disse-me: ‘sabe Bebé, o Sr. João não perde a oportunidade de fazer o bem e praticar a caridade’ e contou-me alguns fatos do conhecimento dele que me comoveram bastante, e aí Rolando completou: ‘pois bem, ele está trabalhando na Casa da Sopa, colocando a placa dessa nossa casa e tudo fazendo por amor, dizendo ainda que ele é quem teria que me agradecer muito por tê-lo escolhido para fazer a placa da Casa da Sopa Emília Santos’.

Trabalho feito assim com tanto amor perdurará, por certo, por muito e muito tempo, e, com ele, a nossa lembrança e a nossa gratidão ao Sr. João Antônio.

“Josefina Perri Cefaly de Carvalho”.

 

 

 

 

(Copiado de

http://www.universoespirita.org.br/catalogo/literatura/textos/ISMAEL%20GOBI/obras_de_vultos/joao_antonio.htm)

 

 

 

 

 

João Antônio

Imagem do livro Obra de Vultos, volume 1.

João Antônio, na extrema esquerda, de pé, depois da filha Clarice. Reunião de família.

João Antonio com o uniforme do time do coração em jogo de várzea. Fotos do arquivo de Clarice Ribeiro

João Antônio (D) com sua magrela alemã junto do amigo “Pavão” na década de 1940.

Foto do arquivo de Clarice Ribeiro.

Cine Bandeirantes.  Foto do arquivo do Museu e da Câmara Municipal de Araçatuba, SP.

 

 

João Antonio (03/04/1919 – 30/10/1967) era artista e funcionario da Empresa Teatral Peduti

No  cinema ele pintava os cartazes e as faixas dos filmes em exibição.

 

 

 

Matemática Divina

Sidney Fernandes

 

Sidney Fernandes

PARTE 9

A história de Adelino

A contabilidade divina é infalível. Nela são registrados todos os acertos e desacertos, por menores que sejam.

Esta é a história de Adelino Correia, que foi relatada por André Luiz em seu livro Ação e Reação.

Adelino está em difícil situação física e duras condições de sobrevivência. Sua pele traz longa faixa de eczema, que lhe acarreta crônico sofrimento. Acanhado e tristonho, tem a marca da humildade. Na trajetória atual, fez amigos espirituais que, incessantemente, o protegem e intercedem por ele.

— Venho rogar socorro em benefício da saúde de Adelino. Ultimamente a dor das feridas não cicatrizadas estão incomodando-o mais fortemente — rogou doce velhinha.

Dois de nossos médicos o vêm assistindo atenciosamente — respondeu o protetor espiritual. Esteja tranquila. Correia, em breve, estará plenamente restaurado.

Na atual vida física, a mãe cuida de Adelino e de seus três filhos, pois a esposa o abandonou.

***

Qual a razão de tanto sofrimento?

 

Na vida passada, Adelino enamorou-se de sua madrasta, não obstante todo o carinho que o pai lhe devotava. Impelido pela paixão, queimou seu pai no leito, com a cumplicidade de dois capatazes e da madrasta. Felizes para sempre? Negativo!

Do outro lado da vida, seu pai passou a persegui-lo durante cinco anos seguidos. Vencido pelo remorso e pelo domínio paterno — cuja morte recapitulava incessantemente —, Adelino contraiu grave doença dermatológica, que o queimava sob chamas ocultas e o levou à morte, com a pele em chagas. Quando morreu, esperava-o o pai para o acerto de contas.

Mais de uma década mais tarde, depois de passar por organização espiritual, Adelino disciplinou-se, renovou-se e renasceu inclinado à fé religiosa.

A filha é a antiga madrasta. Os filhos adotivos são os comparsas do passado. A enfermidade deveria cobrir todo o corpo, mas foi limitada para lhe dar condições de trabalho.

Está agora pagando suas culpas, mas, com o alívio possível, pois, ajudando outras criaturas, está reduzindo seus débitos.

Antes de reclamarmos, alegando vitimização injusta, convém consultar o íntimo. Lá encontraremos os erros do passado, dos quais só poderemos no libertar pela persistência no bem e com irrestrita confiança em Deus.

Se nos dispusermos à aceitação das leis da vida, a moeda do sofrimento poderá ser substituída pelas moedas do amor, do trabalho e da generosidade. Dessa forma, amenizaremos as dores atuais, provocadas pelas consequências do passado, dentro, sempre, da matemática divina dos méritos conquistados.

CONTINUA NA PARTE 10

 

(Recebido em email de Sidney Fernandes)

 

 

 

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