Jesus Boletim diário de Notícias do Movimento Espírita São Paulo, SP, terça-feira, 26 de agosto de 2025. Compiladas por Ismael Gobbo |
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Notas |
1. Recomendamos confirmar junto aos organizadores os eventos aqui divulgados. Podem ocorrer cancelamentos ou mudanças que nem sempre chegam ao nosso conhecimento. 2. Este e-mail é uma forma alternativa de divulgação de noticias, eventos, entrevistas e artigos espíritas. Recebemos as informações de fontes diversas via e-mail e fazemos o repasse aos destinatários de nossa lista de contatos de e-mail. Trabalhamos com a expectativa de que as informações que nos chegam sejam absolutamente espíritas na forma como preconiza o codificador do Espiritismo, Allan Kardec. Pedimos aos nossos diletos colaboradores que façam uma análise criteriosa e só nos remetam para divulgação matérias genuinamente espíritas.
3. Este trabalho é pessoal e totalmente gratuito, não recebe qualquer tipo de apoio financeiro e só conta com ajuda de colaboradores voluntários. (Ismael Gobbo).
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Publicação em sequência Revista Espírita – Ano 6 - 1863 |
(Texto copiado do site Febnet) |
O Mendigo Cego. Óleo sobre madeira de mogno de Jozef Laurent DyckmanImagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jozef_Laurent_Dyckmans_-_The_Blind_Beggar.jpg
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Pedinte mendigo. 1904. Placa em bronze exposta na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo |
O óbolo da viúva em aquarela por James Tissot. Imagem/fonte: |
A esmola de um mendigo. Óleo sobre tela de Gustave Courbet. Imagem/fonte: |
Busto de Allan Kardec, Codificador do Espiritismo. Praça Allan Kardec. Guarulhos, SP, Brasil. Foto Ismael Gobbo. |
O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEB – Federação Espírita Brasileira |
CAPÍTULO VII ---------- Bem-aventurados os Pobres de espírito - o que se deve entender por pobres de espírito - Aquele que se eleva será rebaixado - Mistérios ocultos aos sábios e aos prudentes – Instruções dos Espíritos: O orgulho e a humildade - Missão do homem inteligente na Terra
Mistérios ocultos aos sábios e aos prudentes
7. Disse, então, Jesus estas palavras: “Graças te rendo, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos sábios e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e aos pequenos”. (MATEUS, 11: 25.)
8. Pode parecer singular que Jesus renda graças a Deus, por haver revelado estas coisas aos simples e aos pequenos, que são os pobres de espírito, e por as ter ocultado aos sábios e aos prudentes, mais aptos, na aparência, a compreendê-las. É que se deve entender, pelos primeiros, os humildes, aqueles que se humilham diante de Deus, e não se consideram superiores a todo o mundo; e, pelos segundos, os orgulhosos, envaidecidos do seu saber mundano, que se julgam prudentes porque negam e tratam a Deus de igual para igual, quando não se recusam a admiti-lo, porque, na Antiguidade, sábio era sinônimo de douto. É por isso que Deus lhes deixa a pesquisa dos segredos da Terra e revela os do Céu aos simples e aos humildes que se inclinam diante dele. 9. Assim ocorre hoje com as grandes verdades reveladas pelo Espiritismo. Alguns incrédulos se admiram de que os Espíritos façam tão poucos esforços para os convencer; é que estes últimos se ocupam dos que procuram a luz com boa-fé e com humildade, de preferência aos que se supõem na posse de toda a luz e imaginam, talvez, que Deus deveria ficar muito feliz de os conduzir a Ele, provando-lhes a sua existência. O poder de Deus se manifesta nas pequeninas coisas, como nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, mas a derrama em ondas por toda parte, de modo que só os cegos não a veem. Deus não quer abrir os olhos deles à força, já que lhes apraz mantê-los fechados. Chegará a sua vez, mas antes é preciso que sintam as angústias das trevas e reconheçam Deus, e não o acaso, na mão que lhes fere o orgulho. Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais convincenttes, conforme os indivíduos. Não cabe ao incrédulo prescrever-lhe o que deva fazer nem dizer: “Se queres me convencer, deves proceder dessa ou daquela maneira, em tal ocasião e não em tal outra, porque essa ocasião é a que mais me convém”. Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus nem os Espíritos, que são os agentes da sua vontade, se submetam às suas exigências. Perguntem a si mesmos o que diriam, se o último de seus servidores quisesse impor-se a eles; Deus impõe condições, mas não se submete às dos outros; escuta com bondade os que se dirigem a Ele com humildade, e não os que se julgam mais do que Ele. 10. Perguntar-se-á: Deus não poderia tocá-los pessoalmente, por meio de sinais retumbantes, diante dos quais se inclinassem os incrédulos mais endurecidos? Sem dúvida que o poderia, mas, nesse caso, onde estaria o mérito deles e, ademais, para que serviria isso? Não se veem todos os dias criaturas que recusam a evidência, chegando até mesmo a dizer: “Ainda que eu visse, não acreditaria, porque sei que é impossível?” Se esses se recusam a reconhecer a verdade, é porque o seu espírito ainda não está maduro para compreendê-la nem o coração para senti-la. O orgulho é a venda que lhes obscurece a visão. De que vale apresentar a luz a um cego? É preciso, pois, que se cure antes a causa do mal. É por isso que, médico hábil que é, Deus castiga primeiramente o orgulho. Não abandona seus filhos perdidos, por saber que, cedo ou tarde, seus orgulhos se abrirão, mas quer que o façam de livre vontade, quando, vencidos pelos tormentos da incredulidade, atirar-se-ão por si mesmos em seus braços, a pedir-lhe perdão, quais filhos pródigos.
------------------------------- Próximo: Instruções dos Espíritos O orgulho e a humildade
(Copiado de O Evangelho segundo o Espiritismo. Por Allan Kardec. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. FEB – Federação Espírita Brasileira) |
Cristo Ensinando Humildade - Robert Scott Lauder Fonte: http://www.nationalgalleries.org/media_collection/6/NG%20221.jpg Autor: Robert Scott Lauder (1803–1869) wikidata:Q2158799. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_Teacheth_Humility.jpg |
O Sermão das Bem-Aventuranças. Aquarela por James Tissot Imagem/fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Beatitudes#/media/File:TissotBeatitudes.JPG
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Mar da Galiléia visto de estrada que faz a ligação Tiberiades-Cafarnaum. No alto: a Planície de Genesaré à esquerda e Monte das Bem-aventuranças e Cafarnaum prosseguindo à direita. Foto Ismael Gobbo.
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Estudo para Jesus e Nicodemos por Henry Ossawa Tanner. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Henry_Ossawa_Tanner_-_Study_for_Jesus_and_Nicodemus.jpg
No diálogo de Jesus com o fariseu Nicodemos disse-lhe o Mestre: "Ninguém pode ver o reino de Deus, se não nascer de novo." (João, 3,1-
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Jesus Cristo no Monte das Oliveiras. Óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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Jesus e o jovem rico. Pintura de Heinrich Hoffmann. Imagem/fonte : https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hoffman-ChristAndTheRichYoungRuler.jpg
O Jovem Rico16 Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” 17 Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos”. 18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe’[a] e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’[b]”. 20 Disse-lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” 21 Jesus respondeu: “Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me”. 22 Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. 23 Então Jesus disse aos discípulos: “Digo-lhes a verdade: Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. 24 E lhes digo ainda: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25 Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: “Neste caso, quem pode ser salvo?” Leia mais: https://www.biblegateway.com/passage/?search=Mateus+19%3A16-30%2CLucas+18%3A18-30&version=NVI-PT
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O Bom Samaritano. Óleo sobre tela por Eugène Delacroix. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Good_Samaritan_(Delacroix_1849).jpg
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Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard
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O maior prodígio de Jesus |
Os que mergulhamos a mente na leitura dos Evangelhos, com certeza nos encantamos com os ditos e feitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não é que por vezes pensamos como teria sido bom encontrá-lO, ouvi-lO, acompanhá-lO e assistir aos Seus feitos? Profundo conhecedor da estrutura psíquica humana, das leis que regem nosso mundo, manipulava os fluidos e os comandava. Por isso, no festim das Bodas de Caná, tomou da água e lhe conferiu o sabor específico que desejava, ensejando aos convivas o retorno à lucidez. Devolveu movimentos a quem vivia à beira do tanque de Betesda, em Jerusalém, há mais de três décadas. Deteve o quadro enfermiço da mulher hemorrágica, que viera das terras distantes de Cesareia de Filipe, com uma virtude que ela atraiu para si com sua fé. Possivelmente, o deslumbramento maior se faz quando Ele adentra a cidade de Naim, ordena que pare o cortejo fúnebre, toca no caixão do que iria ser enterrado e ordena que ele se levante. Único filho e arrimo da mãe viúva, Jesus o devolve a ela. Ou quando Ele entra a casa do chefe da sinagoga, Jairo, e lhe diz que sua filha apenas dorme. Seu modo de explicar àquela gente, que desconhecia a letargia, o processo pelo qual passava a menina. E a entrega aos pais, ordenando-lhe: Menina, levanta! O mais assombroso foi se dirigir ao túmulo de Lázaro, ali encerrado havia quatro dias. Afirmara, quando lhe foram relatar da enfermidade, que o abraçara, que ela não era para a morte, mas para a glória de Deus. Frente ao túmulo, ordena: Lázaro, vem para fora. Poderá, acaso, existir algo mais maravilhoso do que trazer de retorno à vida os que haviam mergulhado no sono letárgico, semelhando à morte? Aos olhos do mundo, essa maravilha assume grandes proporções. Contudo, um prodígio ainda maior, mais eloquente, realizou o Mestre de Nazaré: a ressurreição do Espírito. Jesus trouxe de retorno à vida Lázaro, que, anos depois, veio a morrer, como morrem todos os seres vivos. Mas Ele trouxe à vida Madalena. Ressuscitou sua alma, que estava morta para a Espiritualidade. Ela nunca mais morreu, porque o que ressurgiu nela foi o Espírito. Os homens ficam extasiados com os prodígios de devolver seres à vida física. O céu se extasia com o ressurgimento de Madalena. O mundo vê o auge do poder tornar a viver o que considerava um cadáver. O céu vê a glória na alma redimida. O mundo contempla, sem entender, um morto que sai de um túmulo de pedra. O céu se rejubila ao contemplar uma alma resgatada que sai das trevas para as serenas regiões da luz. Madalena representa o produto, o resultado, o fruto bendito da obra redentora do Salvador do gênero humano. Nesses termos é que podemos entender as palavras de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E o que vive e crê em mim nunca jamais morrerá. Igualmente, podemos compreender o que disse aos apóstolos: Ide, pregai o evangelho, ressuscitai os mortos. É da ressurreição do Espírito que Ele falava. Ressurjamos todos ao influxo da Sua proposta de redenção. Redação do Momento Espírita, com base
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(Copiado de https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7501&stat=0) |
“Bodas de Caná” em gigantesco quadro de Paolo Veronese. Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo.
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Cena retratando Jesus e a transformação da água em vinho. Quadro em igreja de Caná, Israel. Foto Ismael Gobbo
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Cristo curando o paralítico na piscina de Betesda. Óleo sobre tela de Bartolomeo Esteban Murillo Imagem/fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Curacion_del_paralitico_Murillo_1670.jpg
João 5:1-9:21 O Livro (OL)A cura do paralítico no tanque de Betesda5 Mais tarde, Jesus subiu a Jerusalém para uma das festas religiosas judaicas. 2 Dentro da cidade, próximo da porta das Ovelhas, ficava o tanque que, em hebraico, se chama Betesda, com cinco alpendres cobertos em volta. 3 Multidões de doentes, coxos, cegos e paralíticos, estavam ali deitados à espera dum certo movimento da água. 4 Pois de vez em quando vinha um anjo do Senhor que a agitava e a primeira pessoa que nela entrasse, logo depois, ficava curada. 5 Um dos homens que ali se encontravam estava aleijado havia trinta e oito anos. 6 Quando Jesus o viu e soube há quanto tempo estava doente, perguntou-lhe: “Queres ficar curado?” 7 “Sim”, disse o doente, “mas não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque logo que a água se agita. Enquanto estou a tentar entrar, há sempre outro que se mete à minha frente.” 8 Jesus disse-lhe: “Levanta-te, enrola a tua esteira e vai para casa!” 9 Imediatamente aquele homem ficou bom e enrolando a esteira começou a andar. Ora, este milagre foi realizado num sábado. 10 E os líderes religiosos judaicos começaram a dizer ao homem que fora curado: “Não se pode trabalhar em dia de sábado! É ilegal carregares hoje com essa esteira!” 11 Mas ele respondeu: “Aquele que me curou é que me disse para o fazer.” 12 “E quem foi que te mandou fazer uma coisa dessas?”, perguntaram-lhe. 13 O homem não sabia, pois entretanto Jesus desaparecera na multidão. 14 Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: “Agora que estás curado, deixa de pecar, para que não te aconteça alguma coisa ainda pior.” 15 O homem foi ter com os judeus e disse-lhes que Jesus é que o curara. (Copiado de https://www.biblegateway.com/passage/?search=Jo%C3%A3o+5%3A1-11%3A44&version=OL)
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Jesus e a cura da mulher hemorrágica. Catacumba de Marcelino e Pedro. Roma, Itália
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Quadro intitulado “Ressurreição da filha de Jairo”. Pintura de Paolo Veronese. Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo.
Na visão Espírita o fenômeno da ressurreição da filha de Jairo se enquadra como possível caso de catalepsia, letargia ou morte aparente.
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Quadro “A ressurreição de Lázaro”. Óleo sobre tela por Léon Bonnat. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bonnat01.jpg
Na visão Espírita o fenômeno da ressurreição de Lázaro se enquadra como possível caso de catalepsia, letargia ou morte aparente.
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Jesus crucificado. Óleo em painel por Eugène Delacroix. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eug%C3%A8ne_Delacroix_Christ_on_the_Cross_(sketch)_1845.jpg
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Jesus aparece a Maria Madalena. Óleo sobre tela de Charles de La Fosse. Imagem/fonte:
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Prece do “Pai Nosso”. Aquarela por James Tissot Imagem/fonte:
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Evangelho em ação |
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Doutrina de Luz. Lição nº 14. Página 74.
Meus amigos, muita paz. Nunca é demais salientar a missão evangélica do Brasil, na sementeira do espiritualismo moderno. Em outros setores da evolução planetária, eleva-se a inteligência aos cumes da prosperidade material, determinando realizações científicas e perquirições filosóficas de vasto alcance, comprometendo, porém, a obra do sentimento santificante. Em esferas outras, assinalamos a investigação de segredos cósmicos, na qual se transforma o homem no gênio destruidor da própria grandeza, alinhando canhões na retaguarda de compêndios valiosos e de comovedoras teorias salvacionistas, em todos os ângulos da política e da economia dirigidas. No Brasil, contudo, ergue-se espiritualmente o ciclópico e sublime santuário do Cristianismo Redivivo. Aqui a Doutrina Consoladora dos Espíritos perde as exterioridades fenomênicas para que o homem desperte à luz da Vida Eterna. Aqui, o Evangelho em movimento extingue a curiosidade ociosa e destrutiva que se erige em monstro devorador do tempo, descortinando o campo de serviço pela fraternidade humana, sob o patrocínio do Divino Mestre. É por isto que ao espiritista brasileiro muito se pede, esperando-lhe a decisiva atuação no trabalho restaurador do mundo, porquanto na pátria abençoada do Cruzeiro a amplitude da terra se alia à sublimidade da revelação. É necessário que em seus dadivosos celeiros de pão e amor se modifiquem as atitudes do crente renovado em Nosso Senhor Jesus, a fim de que o pensamento das Esferas Superiores se expanda livre e puro, nos círculos da inteligência encarnada, concretizando a celeste mensagem de que os novos discípulos são naturalmente portadores. Não basta, portanto, apreender o contingente de consolações do edifício doutrinário ou receber a hóstia do conforto pessoal no templo sagrado que o Espiritismo Evangélico representa para quantos lhe batam às portas acolhedoras. É imprescindível consagrar nossas melhores energias à extensão da fé vivificante que nos refunde e aperfeiçoa, à frente do futuro. Semelhante edificação, todavia, não se expressará senão por intermédio de nosso próprio devotamento à causa da libertação humana, transformando-nos pelo esforço e pelo estudo, pelo trabalho e pela iluminação íntima, em hífens de amor cristão, habilitados à posição de instrumentos do Plano Superior. O Espiritismo brasileiro congrega extensa caravana de servidores da renovação cultural e sentimental do mundo e complexas responsabilidades lhe revestem a ação com o Cristo. Estendamos, assim, o serviço evangélico na intimidade da filosofia espiritualista, insculpindo em nós, antes de tudo, os princípios da doutrina viva e redentora de que nos constituímos pregoeiros. Não cristalizemos, sobretudo, a tarefa que nos cabe à frente das exigências da Terra, refugiando-nos na expectativa inoperante, porque a ruína das religiões sectaristas provém da ociosidade mental em que se mergulham os aprendizes, aguardando favores milagrosos e gratuitos do Céu, com prejuízo flagrante da religião do dever bem cumprido na solidariedade humana, da qual depende a execução de qualquer sistema salvacionista das criaturas. Acordemos, desse modo, as nossas forças profundas, colaborando no nível real de nossas possibilidades dentro da tarefa que nos cabe realizar, individualmente, no imenso concerto de regeneração da vida coletiva. Enquanto houver um gemido na paisagem em que nos movimentamos, não será lícito cogitar de felicidade isolada para nós mesmos. Companheiros existem suspirando por um paraíso fácil, em que sejam asilados sem obrigações, à maneira de trabalhadores preguiçosos e exigentes que centralizam a mente nas noções do direito sem qualquer preocupação quanto aos imperativos do dever. Esses, em geral, são aqueles que cuidam de conservar alva rotulagem, na planície das convenções terrenas, muita vez à custa do sofrimento e da dilaceração de almas inúmeras que lhes servem de degraus, na escalada às vantagens de ordem material e perecível, para despertarem, depois, infortunados e desiludidos, nos braços da realidade amargurosa que a morte descerra, invariável. Nós outros, no entanto, não ignoramos que a Nova Revelação nos infunde energias renovadas ao coração e à consciência, com os impositivos de trabalho e responsabilidade no ministério árduo do aperfeiçoamento e sabemos, agora, que o homem é o decretador de suas próprias dores e dispensador das bênçãos que o cercam, de vez que a Lei de Justiça e Equilíbrio expressa em cada um de nós o resultado de nossa sementeira através do tempo. É indispensável a nossa conversão substancial e efetiva ao Espírito do Senhor, materializando-lhe os ensinos e acatando-lhe os desígnios, onde estivermos, para que, na condição de servidores de um país extremamente favorecido, possamos conduzir o estandarte da reabilitação espiritual do mundo que se perde, rico de glórias perecíveis e mendigo de luz e de amor. Esperando que a paz do Mestre permaneça impressa em nossas vidas, que devem traduzir mensagens cristalinas e edificantes de seu Evangelho Salvador, terminamos, invocando-vos a cooperação em favor do mundo melhor. - Entrelacemos corações em torno da Boa-Nova que nos deve presidir às experiências na atividade comum! Enquanto os discípulos distraídos se digladiam, desprezando, insensatos, a bênção das horas, ouçamos a voz do Senhor que nos compele à disciplina no serviço do bem, revelando-se, glorioso e dominante, em seus sacrifícios da cruz, aprendendo, finalmente, em companhia d’Ele que só o Amor é bastante forte para defender a vida, que só o Perdão vence o ódio, que somente a Fé renasce de todas as cinzas das ilusões mortas e que somente o Sacrifício Individual, em Seu Nome, é o caminho da ressurreição a que fomos chamados. Unamo-nos, desse modo, não apenas em necessidades e dores para rogar o sustento e o socorro da Misericórdia Divina, mas estejamos integrados na fraternidade legítima, a fim de que não estejamos recebendo em vão as graças do Céu, convertendo nossas vidas em abençoadas colunas do Templo Espiritual de Jesus na Terra, portadores devotados de sua paz, de sua luz, de sua confiança e de seu amor. Realizem outros as longas incursões do raciocínio, através da investigação intelectual, respeitável e digna, no enriquecimento do cérebro do mundo. E aproveitando-lhes o esforço laborioso, no que possuem de venerável e santo, não nos esqueçamos do Evangelho Vivo, em ação.
(Recebido em email do pesquisador e divulgador Antonio Sávio, de Belo Horizonte, MG) |
Luis Olimpio Teles de Menezes Grande vulto do Espiritismo. Considera como um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil Imagem:
Luís Olímpio Teles de Menezes (Bahia, 1828 — Rio de Janeiro, 16 de março de 1893) foi um jornalista brasileiro. É considerado como um dos pioneiros do Espiritismo no país. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Ol%C3%ADmpio_Teles_de_Menezes
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O Écho d'Alêm-Tumulo Copiado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_%C3%89cho_d%27Al%C3%AAm-Tumulo
O Écho d'Alêm-Tumulo[1] (em grafia atual, O Eco d'Além-Túmulo) foi um periódico brasileiro, publicado na segunda metade do século XIX. Destacou-se por ser o primeiro de conteúdo espírita publicado no país.[2] Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_%C3%89cho_d%27Al%C3%AAm-Tumulo
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Selo comemorativo do centenário da imprensa espírita no Brasil https://robertoaniche.com.br/2018/02/16/o-espiritismo-na-filatelia-brasileira-1a-parte-allan-kardec/
“Vários layouts do selo foram ideados pelo ilustre artista Sr. Bernardino da Silva Lancetta. Apreciados em janeiro de 1968, a escolha recaiu naquele que, pela simplicidade e nobreza da concepção, melhor representava o motivo em pauta, ou seja, os 100 anos da imprensa espírita em nossa Pátria.” (Texto extraído da Revista Reformador, de julho/1969 – FEB.) O selo C-640 foi emitido em 26 de julho de 1969 com carimbo comemorativo Zioni 1439A Porto Alegre, 1439B Rio de Janeiro, 1439C Salvador e 1439D São Paulo Leia mais: https://robertoaniche.com.br/2018/02/16/o-espiritismo-na-filatelia-brasileira-1a-parte-allan-kardec/ |
Vista de Salvador, província da Bahia. Cerca de 1875. Autor: Rodolpho Lindemann Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Salvador_Brasil_1875.jpg
Em Salvador, Bahia, nasceu o grande vulto do Espiritismo brasileiro, Luis Olimpio Teles de Menezes aos 26 de julho de 1825. Mudou-se para o Rio de Janeiro por volta de 1876, cidade onde desencarnou aos 16 de março de 1893. LEIA AQUI: https://dinamica-espirita.webnode.com/vultos-do-espiritismo/l/luis-olimpio-teles-de-menezes-/
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Cidade do Rio de Janeiro no ano de 1889. Imagem/autor: Marc Ferrez. Copiado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rio_de_janeiro_1889_01.jpg
O grande vulto do Espiritismo no Brasil, Luis Olimpio Teles de Menezes, mudou de Salvador, BA para a cidade do Rio de Janeiro por volta do ano de 1876, cidade onde desencarnou aos 16 de março de 1893.
LEIA AQUI: https://dinamica-espirita.webnode.com/vultos-do-espiritismo/l/luis-olimpio-teles-de-menezes-/ |
Cemitério de São Francisco Xavier, popularmente conhecido como Cemitério do Cajú, na cidade do Rio de Janeiro. Neste cemitério foi sepultado Luis Olimpio Teles de Menezes, um dos grandes vultos do Espiritismo brasileiro, falecido aos 16 de março de 1893. Foto Ismael Gobbo. |
Nota: As Cruzadas, fim da Idade Média, preparo das nacionalidades |
No estudo virtual no dia 19 de agosto, Cesar Perri focalizou o capítulo XIX - “As Cruzadas e o fim da Idade Média”, do livro "A Caminho da Luz”, chegando até as informações de Emmanuel sobre o preparo das nacionalidades para a missão no concerto dos povos futuros, seguindo-se perguntas dos participantes. A reunião foi dirigida por Pedro Nakano, com apoio técnico de Kátia Golinelli. Noventa participantes acessaram neste reinício da programação. É um programa anual do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo-CCDPE (São Paulo). Esse estudo é coordenado por Perri, como reuniões virtuais desenvolvidas às 3as feiras, 20 horas. Trata-se de estudo do livro de autoria do espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier. Ficha de inscrição no link: http://bit.ly/A-Caminho-da-Luz
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]) |
Palestras e Seminário com Jane M. Modena Bassi Araçatuba, SP |
(Recebido de Katia Calciolari) |
Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha Portugal |
Exms Senhores OCS,
As nossas mais cordiais saudações.
O
Centro de Cultura Espírita de Caldas da Rainha, vai levar a cabo uma palestra com
a profª Catarina Fernandes, no dia 29 de Agosto de 2025, 6ª feira, às
21h00.
Todas as palestras são colocadas no Youtube do CCE em http://bit.ly/29VcVMV
Cordialmente,
CCE
Tel: 938 466 898; 966 377 204; www.cceespirita.wordpress.com - E-mail: [email protected] www.youtube.com/c/CentrodeCulturaEspíritaCaldasdaRainha www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Espírita-de-Caldas-da-Rainha-195515483836343/
(Recebido em email de Centro de Cultura Espírita Caldas da Rainha [[email protected]]) |
[847-JornalMundoMaior] AMOR. |
Curta o Jornal Mundo Maior no facebook:- www.facebook.com/jornalmundomaior Acesse o site do Jornal Mundo Maior e leia outras mensagens:- www.jornalmundomaior.com.br JORNAL MUNDO MAIOR ESTÁ NO WATSAPP clique no link e participe do nosso grupo:- https://chat.whatsapp.com/JqtroYousqNKuK5mmgBino
*AMOR.*
E, para que a vida e o
pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de
Deus, a sua fórmula inesquecível: —*Amai-vos uns aos outros como eu vos
amei.* Magali Inês Brum. Colaboradora.
Se você gostou, repasse. Ou escreva para [email protected], faça sua sugestão ou crítica ou assinale ( )apagar meu endereço.
--
(Recebido em email de [email protected]; em nome de; jornal_mundomaior@ hotmail.com [[email protected]]) |
Eventos Espíritas diversos no exterior Recebidos em email de Elsa Rossi |
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(Recebido em email de Elsa Rossi [[email protected]]) |
O sucesso da literatura espírita na Bienal do Livro (leia agora!) |
Olá! Bom dia! Tudo bem com você? Espero que esteja! Lançamos recentemente a nova edição do jornal Correio Fraterno.
A Bienal do Livro deste ano, que aconteceu em junho no Rio de Janeiro, superou as expectativas. Com a presença de mais de 740 mil visitantes, público 23% maior que em 2023, o evento trouxe inovações, registrando o interesse do público pelas obras espíritas. Leia agora: www.bit.ly/LivroEspiritaBienalRio
Para Cleber Galhardi, profissional da Boa Nova Editora e Distribuidora de Livros Espíritas, o sucesso do evento este ano se deu não apenas pela maior presença de visitantes, mas também pelos títulos e qualidade de promoções. “Devido aos próprios assuntos abordados, o livro espírita tem atraído um número cada vez maior de leitores. E o resultado foi expressivo também nas vendas: cerca de 23% superior à última Bienal”, avalia. Acompanhe a leitura e veja quais foram as obras mais procuradas. Você sabia que houve também aumento da procura de livrarias não espíritas interessadas em obras espíritas? www.bit.ly/LivroEspiritaBienalRio
Um abraço,
Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 2955
- São Bernardo do Campo - SP - 09851.000
(Recebido em email de Editora Correio Fraterno [[email protected]]) |
Casa Editora O Clarim 40% de desconto + 15% com cupom para primeira compra |
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Palestra no Núcleo Espírita Miramez Guarulhos, SP |
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Revista francesa destaca o centenário da desencarnação de Camille Flammarion |
Na edição do 2o trimestre de 2025 a Revue Spirite editada em francês, fundada por Kardec, destaca na capa o artigo sobre o centenário de desencarnação de Camille Flammarion (1842-1925), astrônomo contemporâneo de Kardec e autor de vários livros sobre a imortalidade, reencarnação e pluralidade dos mundos habitados; discursou no sepultamento de Kardec. Contém vários artigos, como “A dificuldade de ajudar. O amor ao próximo está no coração de todo cristão”, sobre transcomunicação instrumental, e republicação de matéria sobre “a moral universal”. Há nota alusiva à desencarnação de Divaldo Pereira Franco, citando suas ações na divulgação e médium que lançou mais 260 livros. O livro Pão nosso, do espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, vertido para o francês, tem mais capítulos focalizados. A Revue divulga a edição de “La saga de l’ectoplasmie” de Michel Grangeur, e dá ênfase na divulgação de obras editadas pelo LMSF, principalmente as edições de obras de Kardec e de Léon Denis. No Editorial, Jean-Paul Evrard sintetiza a história da Revue Spirite, fundada por Kardec em 1858, comentando as várias fases e gestões da Revista até os esforços de Roger Perez, a transferência para o Conselho Espírita Internacional, chegando na atualidade, resultado da ação conjunta de Roger Perez e Nestor Masotti por terem transferido para o Le Mouvement Spirite Francophone - LMSF em 2010 a propriedade da Revue Spirite, devidamente registrada em órgãos da França. Todos os números desde 1858 até 2010 estão digitalizados em disponíveis gratuitamente na página eletrônica da Encyclopédie Spirite (www.spiritisme.net). Informações: E-mail: [email protected]; (Resenha ACPC)
(Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e GEECX) |
Nota: Encontro Nacional em Campinas sobre “Justiça Divina segundo o Espiritismo” |
Campinas sediará o 20o Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo – ENLIHPE, nos dias 30 e 31 de agosto, na sede do Centro Espírita Allan Kardec (rua Irmã Serafina, 674). Com o tema central “Justiça Divina segundo o Espiritismo” serão apresentados trabalhos de pesquisa e desenvolvida palestra sobre “160 anos de O Céu e o Inferno”. Apoios institucionais: União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo Eduardo Carvalho Monteiro. Inscrições: bit.ly/20enlihpe-inscricao (Recebido em emails de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]] e do GEECX) |
Canelone. Aliança Espírita Varas da Videira. Departamento Casa da Caridade. Araçatuba, SP |
(Informação de Maderlene Yamada) |
Buscamos alcançar espíritas em todos os países - Ivan Franzolin |
Envie esta postagem para espíritas no exterior. Buscamos alcançar espíritas em todos os países. Desde já, nossos agradecimentos. Ivan Franzolin World Spiritist Survey Encuesta Espírita Mundial Inquérito Espírita Mundial Enquête Spirite Mondiale
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Quer ser voluntário(a) no GEPAR? *Data alteradaAcesse abaixo: |
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(Recebido em email de GEPAR [[email protected]]) |
Instituição Beneficente Nosso Lar. Palestras agosto 2025 São Paulo, capital |
Caro Ismael neste mês de agosto,
a Instituição Beneficente Nosso Lar completa 79 anos, com muitos motivos para
comemorar! Também teremos a
apresentação do Coral Fonte Viva. Abraço fraterno, Clodoaldo de Lima Leite Presidente voluntário da IBNL
"O auxílio virá" O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração. E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto. Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo. Entretanto, não esmoreças. Abraça o dever que a vida te assinala. Serve e ora. A prece te renovará energias. O trabalho te auxiliará. Deus não nos abandona. Faze silêncio e não te queixes. Alegra-te e espera, porque o Céu te socorrerá. Por meios que desconheces, Deus permanece agindo. Emmanuel, psicografia de Chico Xavier Livro: Recados do Além).
(Recebido em email de Clodoaldo Leite [[email protected]]) |
Jornal AGENDA CRISTÃ - Rancharia (SP) - Agosto.2025 |
(Recebido em email de Francisco Atilio Arcoleze [[email protected]]) |
Notícias - Vem aí a 1ª Feira de Profissões PROF.Jovem! Acesse no link abaixo: |
CLIQUE AQUI:
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Seara Bendita. Instituição Espírita Acesso por Zoom |
(Informação de Jorge Rezala) |
Portal Luz Espírita Acesse no link abaixo: |
CLICAR AQUI: https://www.luzespirita.org.br/
(Recebido de Domingos B. Rodrigues [[email protected]]) |
Evangelho sem fronteiras. Estudos com diversos países |
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(Informação de Elsa Rossi) |
Projeto Germinar Acesse abaixo: |
Amigos. Nossa Claudia Werdine, fundadora dos SEMBRADORES DE LUZ, tem o prazer de partilhar com você o Projeto Germinar, lançado recentemente por Sembradores de Luz. Este projeto aborda como podemos estabelecer um grupo de apoio para gestantes no centro espírita. A gravidez é o início de uma nova reencarnação. Como centros espíritas, somos chamados a apoiar não só os espíritos que chegam, mas também os corações que os acolhem. Lançar este projeto é servir a vida, desde o início. Pode nos ajudar a divulgar https://www.instagram.com/reel/DMcdXWfx90D/?igsh=cXR4b3J5amtlODA3
https://sembradoresluz.org/pt/projeto-germinar/ English https://www.instagram.com/reel/DL8QrZOh1Ve/?igsh=enV5Z2NtZ3U4NHBx
https://sembradoresluz.org/en/project-germinate/
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(Recebido em email de Elsa Rossi [[email protected]]) |
II Encontro Espírita das Águas 2025 Caxambú, MG |
(Recebido em email de Domingos B. Rodrigues [[email protected] por solicitação da nossa amiga Sonira Giosa (Poços de Caldas – MG). |
Jornal Momento Espírita - edição de julho Centro Espírita Amor e Caridade. Bauru, SP |
Acesse aqui: https://ceac.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Jornal-Momento-Esp-Julho-25-min.pdf
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]]) |
Edição 122 da Folha Espírita Francisco Caixeta Araxá, MG |
ACESSE AQUI: http://www.espiritacaixeta.org.br/folha/Fol122.pdf
(Informação recebida de Folha Espírita Francisco Caixeta [[email protected]]) |
Site da Federação Espírita Brasileira Brasília, DF |
Clique
aqui:
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FEB DE PORTAS ABERTAS/ ESTUDO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC ACESSE AQUI: https://www.febnet.org.br/portal/2025/08/25/feb-de-portas-abertas-estudo-das-obras-de-allan-kardec/ |
Inscrições abertas para o 11º. Congresso Espírita Mundial e 1º. Congresso Espírita Mundial da Juventude ACESSE AQUI: https://www.febnet.org.br/portal/2025/08/22/inscricoes-abertas-11-cem-1cemj/
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Inscrições abertas para o 11º. Congresso Espírita Mundial e 1º. Congresso Espírita Mundial da Juventude |
Programe-se! Faltam 42 dias para o evento que reunirá pessoas de diversas partes do globo O Movimento Espírita irá se reunir para mais uma edição do Congresso Espírita Mundial, com a novidade do 1° Congresso da Juventude, ampliando os horizontes sobre a vida e o depois dela. Marcado para os dias 4 e 5 de outubro em Punta del Este, Uruguai, a programação inclui atividades em espanhol, inglês e português, dialogando com o tema “Vida depois da Vida”. Os desafios do nosso tempo alinhados aos ensinamentos do Cristo serão o ponto de partida para as mesas-redondas, palestras e reflexões apresentadas nos dois eventos. Os 160 anos do lançamento de O céu e o inferno e a celebração dos 100 anos do primeiro congresso espírita, realizado em 1925 em Paris, também fazem parte das apresentações, conectadas ao tema central. As inscrições podem ser realizadas na plataforma Eventbrite para residentes em outros países. Quem estiver no Uruguai, pode adquirí-lo em outro link disponível no site oficial do Congresso. Acesse 11cem.com para mais detalhes. Caravanas Em todo o país, congressistas buscam se organizar em caravanas para poder gerenciar suas viagens. A ação espontaneamente permite a experiência em grupo para o translado e estadia. Confira as possibilidades para descontos de passagens aéreas, reservas de hotéis e traslado: · 15% de desconto em passagens aéreas para o Uruguai por meio da SKY (www.skyairline.com). Ligue para +598 98 920 598 e solicite o código de desconto. · Reserva de hotéis com traslado gratuito até o local do Congresso estão disponíveis diretamente 11cem.com site do Congresso. Não perca esta chance de ter acesso a conteúdo e palestras de qualidade! Para mais informações, indicamos o contato +598 98 920 598. Galeria Clique na imagem para ampliar. Agende-se 11º
Congresso Espírita Mundial e 1º Congresso Espírita Mundial da Juventude
(Copiado de https://www.febnet.org.br/portal/2025/08/22/inscricoes-abertas-11-cem-1cemj/) |
FEP- Federação Espírita do Paraná Curitiba |
Clique
aqui:
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FEEGO- Federação Espírita do Estado de Goiás Goiânia |
Clique aqui: https://www.facebook.com/feego.oficial/?locale=pt_BR
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FEETINS- Federação espírita do Estado de Tocantins Palmas |
Clique aqui: https://www.facebook.com/feetins/?locale=pt_BR
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Abrigo Ismael Araçatuba, SP |
Quer ajudar o Abrigo e não sabe como? Doando sua nota fiscal paulista, você estará ajudando nossas vovós. Faça a doação on line de seu cupom fiscal para o Abrigo Ismael! É fácil, rápido, você ajuda a entidade e ainda tem 2,5 vezes mais chances de ser sorteado!
(Copiado de https://web.facebook.com/abrigoismael/?locale=pt_BR&_rdc=1&_rdr)
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Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti – O Pensamento” - Vol 1 |
Reflexão, extraída do livro “Richard Simonetti - O Pensamento” - Vol.1 Organizado por Álvaro Pinto de Arruda. https://www.editoraceac.com.br/loja/produto/o-pensamento WhatsApp- Editora 14 99164-6875
(Recebido em email de Tânia Simonetti [[email protected]]) |
Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier Boletim semanal – Ano XI. 4a semana de Agostode 2025 |
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Star Wars ou Nosso Lar-3; As cruzadas, fim da Idade Média, preparo das nacionalidades; Encontro nacional em Campinas sobre “Justiça Divina segundo o espiritismo”; Irmãos do Caminho, em Vinhedo, com palestra sobre Evangelho com simplicidade; O bem e a esperança; Palestras de Hélio Ribeiro em São Paulo; Revista francesa destaca o centenário de desencarnação de Camille Flammarion; Velho argumento
Artigo: https://grupochicoxavier.com.br/star-wars-ou-nosso-lar-3/
- As cruzadas, fim da Idade Média, preparo das nacionalidades: https://grupochicoxavier.com.br/as-cruzadas-fim-da-idade-media-preparo-das-nacionalidade/
- Encontro nacional em Campinas sobre “Justiça Divina segundo o espiritismo”:
- Irmãos do Caminho, em Vinhedo, com palestra sobre Evangelho com simplicidade:
Vídeos: https://grupochicoxavier.com.br/o-bem-e-a-esperanca/
- Palestras de Hélio Ribeiro em São Paulo: https://grupochicoxavier.com.br/palestra-de-helio-ribeiro-em-sao-paulo/
Bibliografia: -Revista francesa destaca o centenário de desencarnação de Camille Flammarion:
Mensagem https://grupochicoxavier.com.br/velho-argumento/
o0o “Desentranhemosa gema de nossa alma do escuro cascalho da ignorância, para refletir-lhe a Divina Luz!” - CairbarSchutel.
(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Vozes do grande além. Cap. Renovemo-nos hoje. FEB)
o0o Com fraternal abraço, Equipe GEECX
(Recebido em email de Antonio Cesar Perri de Carvalho [[email protected]]) |
O Consolador. Revista Semanal de Divulgação Espírita. Londrina, PR. Acesse abaixo |
CLIQUE AQUI: http://www.oconsolador.com.br/ano19/937/principal.html
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Jacob Holzmann Netto 28-07-1934 / 26-08-1994 |
(Publicação da Feparana)
Jacob Holzmann Netto 28-07-1934 / 26-08-1994
Passou a infância em Ponta Grossa, ao lado dos pais, irmãos, tios e primos.
Sua vida escolar iniciou-se na Escola de Aplicação, anexa à Escola de Professores de Ponta Grossa (1941 a 1944).
Mudou-se para a Capital do Estado e passou a freqüentar a Escola de Aplicação, anexa ao Instituto de Educação do Paraná para cursar a 5a. série do então Curso Primário, pois com dez anos de idade não poderia ingressar no Curso Ginasial. Concluiu o Primário em 1945.
Fez os cursos Ginasial e Colegial no Colégio Estadual do Paraná (1946 a 1952).
Obteve os seguintes títulos, em sua carreira:
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná - UFPR (1958) e Bacharel em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná (1972). Licenciado em Psicologia pela mesma Faculdade em 1972.
Foi agraciado com o Prêmio "Prof. Enéas Marques dos Santos", em 1954, ao ser o 1º colocado nos exames vestibulares da Faculdade de Direito da UFPR.
Recebeu o Prêmio "Des. Ernani Guarita Cartaxo", também em 1954, como o melhor aluno do 1º ano da Faculdade de Direito da UFPR; o Prêmio "Prof. Nelson Ferreira da Luz", em 1956, como melhor aluno do 3º ano da Faculdade de Direito da UFPR; o Prêmio "Prof. Athos Moraes Vellozo", em 1958 como melhor aluno do 5º ano da Faculdade de Direito da UFPR e o Prêmio "Teixeira de Freitas", nos anos de 1955, 1956, 1957 e 1958, como melhor aluno da Cadeira de Direito Civil; o Prêmio "Des. Vieira Cavalcanti", em 1956 e 1957 como melhor aluno da Cadeira de Direito Comercial; o Prêmio "Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná "- Medalha de ouro - 1958, intituído pela direção da Faculdade, ao melhor aluno do Curso Jurídico da UFPR; o Prêmio "Des. Hugo Simas" - Medalha de ouro - 1958, instituído pelo Centro Acadêmico "Hugo Simas", ao melhor aluno do Curso Jurídico da Universidade do Paraná; o Prêmio "Rui Barbosa", em 1958, instituído pela Prefeitura Municipal de Curitiba, ao melhor aluno do Curso Jurídico da UFPR; o Prêmio "Universitário do Ano" - Medalha de ouro - 1958, instituído pela União Paranaense dos Estudantes, ao acadêmico que mais se destacou em todo o Estado do Paraná.
Foi o 1º colocado no Curso de Oratória, realizado durante a 1ª Semana Paranaense de Estudos Jurídicos e Sociais - Medalha de ouro - 1956; 2º colocado no Concurso realizado durante a 1ª Semana Interamericana de Estudos Jurídicos e Sociais; 1º colocado entre os participantes de Língua Portuguesa, em Porto Alegre, em 1956; 2º colocado no Concurso de Oratória, realizado durante a 1ª Semana Nacional de Estudos Jurídicos e Sociais, comemorativa ao aniversário do Centro Acadêmico "Cândido de Oliveira", órgão do corpo discente da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil- Rio de Janeiro - 1957.
Foi eleito 2º orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas", órgão do corpo discente da Faculdade de Direito da UFPR - 1956.
Foi Vice-Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas" em 1958, Orador da Turma "Prof. Napoleão Teixeira", dos bacharéis de 1958, formados na UFPR e Orador da Turma "Sigmund Freud", dos Psicólogos de 1973, formados pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Católica do Paraná.
Dominava, além da língua pátria, o inglês e o francês, tendo feito seus Cursos na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa (Certificado de Habilitação da Universidade de Cambridge - 1956) e na Alliance Française (Certificado de Habilitação da Universidade de Nancy - 1956).
TRAJETORIA DE UM ORADOR
Em 1956, Jacob era acadêmico do 3º ano da Faculdade de Direito da UFPR.
Nesse ano, participou da 1ª Semana Interamericana de Estudos Jurídicos e Sociais e 1º Concurso Interamericano de Oratória.
Representando o Paraná no Concurso de Oratória, coube-lhe o tema "Autoridade e Liberdade", tendo assim se expressado: "Não apenas profundo, o tema que me coube, por sorteio, é antes de mais nada, assunto palpitante e atualíssimo, uma vez que é sabido ser o grande problema do século em que vivemos, a conciliação da democracia com liberdade individual".
Entre 22 candidatos que concorreram, o acadêmico se classificou em 2º lugar.
No seu retorno, no dia 8 de maio, o Governador do Estado do Paraná, Moysés Lupion, o recebeu. Na oportunidade, o Chefe do Governo cumprimentou o acadêmico, cuja conquista honrou a Universidade Federal do Paraná e a cultura do povo paranaense.
Em 26 de maio de 1957, era a seguinte a manchete nos Jornais da Capital: CONCURSO DE ORATÓRIA DO CAHS - Classificado em primeiro lugar, o acadêmico Jacob Holzmann Netto, com o tema: "Bandoeng, encruzilhada de duas épocas". O concurso teve lugar na Faculdade de Direito da UFPR e foi patrocinado pelo Departamento Cultural do Cento Acadêmico Hugo Simas.
Jacob Holzmann Netto conquistou o 1º Lugar nas eliminatórias do Concurso de Oratória, promovido pelo Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO), na cidade do Rio de Janeiro, abordando o tema "A ONU e a Paz Mundial - A paz triunfará sobre a guerra, na medida em que o homem, individualmente, lute por esta conquista".
Ao final do concurso, ao ensejo do 41º aniversário do CACO, na Faculdade Nacional de Direito, Jacob ficou em 2º lugar.
Foi convidado pelas formandas do Instituto de Educação do Paraná, no final de 1957, para que transmitisse uma mensagem àquelas que seriam responsáveis pela educação de tantas crianças.
Nas palavras de Deolindo Amorin: Não foi um discurso feito nos moldes triviais das orações de formatura... Não. O discurso de Jacob foi de outro feitio, na forma e no fundo, porque foi um estudo muito sério de psicologia à luz da reencarnação... ele soube trazer questões de pedagogia, de ética, de psicologia infantil para o terreno doutrinário, em face do Espiritismo. Mostrou e de modo seguro, que a Doutrina Espírita, com a sua extensão, com sólida contextura moral e filosófica, é um roteiro certo para o educador moderno.
JACOB HOLZMANN NETTO - ORADOR ESPÍRITA
Em Ponta Grossa, no dia 7 de janeiro de 1957, na Sociedade Espírita Francisco de Assis proferiu a palestra Humildade, Fraternidade e Responsabilidade.
A sua apresentação foi feita pelo Dr. Lauro Schleder, Juiz do Tribunal de Contas do Paraná, que acentuou que poderia parecer paradoxal viesse ele apresentar um filho da cidade.... Mas, que havia uma razão para tal apresentação, pois Jacob saíra de sua terra aos 10 anos de idade e agora voltava já com uma apreciável cultura, eis que estudioso e inteligente, amealhara conhecimentos que o faziam digno de admiração, como orador de largos recursos. Estava aberta a porta para a sua lide como grande orador espírita.
Em fins de março e começo de abril do ano de 1958, acompanhado pelo Dr. Lauro Schleder, iniciou uma grande jornada, proferindo no dia 30 de março, na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo, uma Conferência, tendo por centro a figura inconfundível do mestre de Lyon.
Em 3 de abril, Jacob teve a oportunidade de falar principalmente aos moços espíritas, reunidos em Concentração na cidade de São José do Rio Preto e, a 5 de abril, no Instituto de Cultura Espírita, sediado no Rio de Janeiro.
Ainda durante o ano de 1958, Jacob proferiu em 3 de agosto, Conferência em Londrina e no dia 21 de setembro em Taubaté, SP.
Em 20 de março, Jacob proferiu a aula inaugural do Curso do Instituto de Cultura Espírita, no Rio de Janeiro, RJ, com o tema "A Pena de Morte à Luz do Espiritismo".
Nesse ano esteve em Franca (SP), Londrina (PR), Porto União (SC), Campinas e Amparo (SP). Posteriormente proferiu Conferências em Rio Claro, Curitiba (PR), Manaus (AM), Belém (PA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), João Pessoa (PA), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA), Antonina (PR), Rio de Janeiro, Petrópolis e Niterói (RJ), Araguari, Monte Alegre, Uberaba e Guaxupé (MG), Buenos Aires, Maringá (PR), Sorocaba e Franca (SP), Anápolis (GO), Barretos, Santo André e Marilia (SP), Joinvile (SC), Ponta Grossa (PR).
Nas Capitais e cidades acima citadas, acabou retornando várias vezes e em muitas proferiu Conferências em dias consecutivos.
Em 26 de agosto de 1994, desencarnou em Curitiba, Jacob Holzmann Neto, idealizador e um dos fundadores da Comunhão Espírita Cristã de Curitiba, sediada em Curitiba.
Dados compilados e fornecidos por Laércio Furlan
Senhor
Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas", Reverendo Padre Doutor
Emílio Silva.
O cargo de orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas", órgão do corpo discente da Faculdade de Direito da Universidade do Paraná, impõe-me o dever de saudar o Padre Emílio Silva em nome da classe acadêmica de minha Escola. Se é dever, tomo-o por dever gratíssimo. Mais do que isso: sau¬dar o Padre Emílio Silva é para mim honra subida.
Na qualidade oficial de orador, representante de uma classe, eu saúdo o Doutor em Filosofia pela "Academia Romana di Santo Tommaso D'Aquino"; saúdo o Bacharel em Filosofia e Letras pela Universidade de Santiago de Compostela; saúdo o Professor de Introdução Filosófica às Ciências Jurídicas, Doutrina Social Católica, Fontes e História do Direito Eclesiástico, Cultura Religiosa, Ética e Direito Canônico; saúdo o vasto conhecimento de um homem que triunfou pelo estudo e pelo saber, pela inteligência. E, se necessidade houvesse de maiores provas, eu poderia aqui alinhar outros tantos títulos que a ele pertencem e que se lhe integraram à personalidade de mestre e pensador. Não o faço por uma razão: o venerando professor que nos visita não poderá valer, entre nós, pelos títulos que acumulou; valerá pelo que nos ensinar, emprestando a suas palestras o vigor de sua reconhecida sapiência. Um professor não vale pelo diploma; vale pelo que transmite e dissemina. E com isso concorda, tenho certeza, o Reverendo Padre Emílio Silva. Demais, deixando de citar todas as dignidades que ele conquistou e todas as teses que fez publicar, coloco-o mais à vontade, por não lhe ferir a modéstia - nobre qualidade de todo professor. Tive em mãos o "curriculum vitae" do conferencista e, confesso, antes de ouvi-lo já o admiro por tudo quanto ali vem documentado: uma vida inteira a serviço do estudo e do ensino. O Paraná se sente honrado e a mocidade universitária de minha terra diz, por mim, de seu júbilo e gratidão por receber visita de mestre tão excelente e tão ilustre homem!
Todavia, se na qualidade oficial de orador, representante de uma classe, eu enalteço um homem de conhecimento, falando por mim, particularmente, rendo culto a um homem de coragem. Nada mais me impressiona do que a coragem. E coragem tem aquele que se propõe defender a licitude e a conveniência da pena de morte. Maior coragem, se é professor e se dirige à gente moça. Coragem surpreendente, se é sacerdote...
Reverendo Padre Doutor Emílio Silva:
Vossa Excelência não é um estranho a essa gente toda que o vai ouvir. De há muito que escuto falar, principalmente pelos corredores de minha Escola, no padre que defende a pena de morte: a fama de Vossa Excelência o precedeu nessa auspiciosa visita a Curitiba. E a mim, especialmente, Vossa Excelência tem dado muito em que pensar. É que sua responsabilidade de mestre e "Ministro de Deus" não lhe permitiria, creio eu, enveredar por senda assaz perigosa, envolta em tamanha azáfama sensacionalismo tão grande, caso Vossa Excelência não estivesse plenamente seguro e inteiramente convicto daquilo que defende por lícito e conveniente. Vossa Excelência terá, por certo, escoimado de dúvidas tese assim arrojada; terá buscado argumentos robustos à Sociologia e à Criminologia, assentando-os em subsídios colhidos à Ética e à Filosofia da Igreja.
E eu, que por tanto tempo aguardei a visita de Vossa Excelência e hoje o contemplo de bem perto - sentindo-me pequeno diante da autoridade de sua cultura - estranhamente, não consigo agora concentrar-me em sua pessoa. Meu pensamento fervilha e eis que me impele a reproduzir, ante meus olhos, o longo desfile daqueles belos espíritos que se ocuparam dos problemas filosófico-jurídicos ligados aos fundamentos e objetivos do sistema penal:
Rossi, Carrara e Pessina me gritam aos ouvidos: "Punitur quia peccatum est". E Kant e Hegel e Binding já fazem coro: a pena é instrumento de expiação do crime; há que reconhecer nela a função eminentemente retributiva, repelir a unificação da medida de segurança com a sanção penal, para que esta não sacrifique seu caráter retributivo à finalidade de reajustamento do criminoso; a pena é retribuição, expiação da culpabilidade contida no fato punível - é o mal justo que se contrapõe à justiça do mal praticado pelo agente; e isso porque o fundamento da responsabilidade penal é a responsabilidade moral, com base no livre arbítrio, que pressupõe a existência de uma vontade inteligente e livre.
E já me disponho a acatar as teorias da retribuição, quando Beccaria, Filangieri e Carmignani me surpreendem o êxtase e sustentam, com veemência, que a pena tem um fim prático e imediato de prevenção geral ou especial do crime. E Feuerbach e Romagnosi me fazem invocar a personalidade brilhante de von Liszt e sua moderna Escola Alemã, de mistura com os postulados de Lombroso, Ferri e Garofalo - lídimos representantes da Escola Positiva Italiana: "Punitur non quia peccatun est, sed ne peccetur"; a responsabilidade penal está baseada na responsabilidade social ou, ainda, na periculosidade criminal do agente; a sanção penal não é castigo de culpabilidade, mas instrumento de defesa social, pela recuperação do criminoso; a pena não é medida retributiva, porém preventiva: deve ser aplicada à natureza do delinqüente e não do delito, pois que não visa à punição do infrator e, sim, a sua readaptação às condições da convivência social.
E agora?! De um lado, a pena-castigo; de outro, a pena-defesa e a pena-educação. Mas razões históricas insistem por convencer-me de que os clássicos estão superados; dados estatísticos me evidenciam que o rigorismo das penas - quando não tende à reabilitação do delinqüente - não aproveita a este e, muito menos, à sociedade, que se sacia de vingança, contudo não exaure a própria culpa. É a sociedade que fabrica, em série, os párias, os desajustados, os criminosos; tem, pois, o dever de reeducá-los, não o direito de lhes infligir castigo e, menos ainda, o de lhes tirar a vida. E já meu idealismo exaltado de moço me fala das prisões abertas; diz-me que todo homem esconde, dentro de si mesmo, algo de bom, que cumpre fazer desabroche para as realizações úteis, mercê da educação. E já minha formação cristã me desperta a piedade, bosquejando, dentro de minh'alma, os negros quadros da miséria: crianças que nascem e se criam órfãs de amparo moral e afetivo, vivendo ao deus-dará, mamujando mamas corroídas de sífilis, alunas habituais da universidade das sarjetas, bebendo torpes lições dos mestres descarados da sordice, do vício, da obscenidade e da malandragem. Criminosos em potencial, a quem ninguém assiste! A vida já lhes é pena tão dura de cumprir e a sociedade madrasta se arma para amanhã os assinalar com o ferrete da difamação, senão matá-los. "Assassinato legal" - me cochicha Beccaria.
Reverendo Padre Emílio, eu lhe peço perdão se a confusão de meus sentimentos exige que eu prossiga analisando questões atinentes à pena de morte. É que, embora como estudante de Direito eu lhe reconheça a possibilidade de defender a pena de morte com fundamento jurídico, não compreendo - como cristão que sou - e talvez não o compreenda por ignorância; não compreendo, eu dizia, possa Vossa Excelência sustentar a legitimidade da pena de morte, como sacerdote de uma igreja cristã...
Lembrando-me de que Vossa Excelência é sa¬cerdote, recordo agora também que, sob o império do "jus canonicum", a idéia firmada era que só a Deus cabia punir e premiar os homens, d'Ele emanando todo o poder humano - "Omnis potestas a Deo" - exercido na Terra pela Igreja, por delegação divina. E, abeirando-me da heresia, eu me pergunto se a conveniência e a licitude que Vossa Excelência encontrou na pena de morte seriam a licitude e a conveniência que descobriu Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, ou Tomás de Torquemada para, sob o pretexto piedoso de salvar as almas dos hereges, fazer que as fogueiras de Espanha tressuassem carne humana; ou, ainda, o imortal Dante, que, em poética vingança simbólica, povoou os tijucos para além do "Aqueronte" com as almas de seus desafetos.
Perdoe-me Vossa Excelência se, pela confusão de meus sentimentos, sou obrigado a tratar aqui de problemas alheios a minha missão; se exorbito de minha tarefa. Mas é que Lanza me vem à tona das idéias e afirma o princípio evolutivo que deve reger a ciência penal; assevera-me que já se ultrapassou a reação penal do tipo impulsivo e, bem assim, a reação penal do tipo inteligente: hoje é o domínio da reação penal do tipo ético. Ele não crê na incorrigibilidade do homem que delinqüe porque, na verdade, até agora nada foi verdadeiramente tentado para inspirar ao criminoso novos sentimentos humanos e, muito menos, realizado qualquer programa pedagógico. É o caminho mais difícil - a educação - porém o melhor caminho, o que diz melhor com a condição de homem. A pena de morte é a escápula mais fácil, a meu ver: lavam-se as mãos tintas de sangue, cruzam-se os braços modorrentos, põe-se mordaça à consciência.
Se eu acredito, como moço idealista, na função educadora da pena, também não me recuso à aceitação de algumas verdades consagradas pela Escola Positiva, salvantes os exageros de Lombroso. Eu não posso negar as influências físicas e sociais na determinação da delinqüência. E se a vida torna evidente que os homens cá vivem em condições morais e sociais variando ao infinito, o decantado livre arbítrio não pode existir em igual quantidade para todos os homens; há de ser condicionado ao grau evolutivo de cada um; e nem o dogma de que a alma é criada simultaneamente com o corpo explica por que não são todas as almas, se provindas da mesma fonte, criadas com idênticas disposições para o bem. E porque as condições de vida variam, a pena de morte me parece iníqua. E porque as condições de vida variam, não pode a justiça divina - poderia, se não houvesse loucos, se não houvesse portadores de "déficit" mental, se não houvesse epilépticos, se não houvesse fome e miséria e treva e ignorância, orgulho e vaidade e egoísmo, e a todos os homens se concedesse, na vida presente, igual oportunidade para alcançar o Bom e o Belo - não pode a justiça divina, eu dizia, circunscrever-se ao fatalismo das penas e recompensas eternas, sob pena de ser considerada injusta, inferior à justiça humana, que já preconiza a individualização da sanção anticriminal. A meu ver, "datíssima vênia" , só a preexistência da alma - velha batalhadora de vidas pregressas - justificaria as tendências contraditórias do espírito humano na vida presente, e devolveria a Deus o caráter de soberanamente justo e misericordioso: todas as almas, criadas simples e ignorantes, partem do mesmo ponto e evolvem para um único fim. E se assim é, se a vida atual é oportunidade de corretivo, de educação, de progresso e de escola, a ninguém é dado matar - nem ao indivíduo e nem ao Estado: a pena de morte é oficio de Deus!...
Eu peço mais uma vez perdão a Vossa Excelência, Reverendo Padre Emílio Silva. Acontece, porém, que eu não teria dito tudo que disse se não fora idealista, se não tivesse como meu o arroubo natural em todo moço, se a visita de Vossa Excelência não houvesse despertado, em mim, o mais vivo interesse; eu não teria dito isso tudo se não acreditasse em sua capacidade, em seu saber e em sua inteligência. Minha consciência me sacudiu a sensibilidade e exigiu que eu me manifestasse contra a pena de morte. Se não o fizesse, teria traído minha formação cristã, que me manda amar o próximo como a mim mesmo; traído a tradição que sedimentei no seio da família, pela percentagem de sangue negro que me faz cantar o sentimentalismo de um povo supliciado e oprimido, pela cota de sangue indígena que me reclama o amor da liberdade, pela porção de sangue luso que me impele à conquista da vida civilizada, e pela estirpe russo-alemã que me deu o nome e me ensinou a amar a terra, a natureza, a música e a submissão a Deus; teria traído minha condição de brasileiro, que muito prezo e me assegura ser o Brasil um país que aprendeu a abominar a violência; eu teria traído tudo que me é mais caro, se me houvesse calado!
Não obstante, eu lhe reconheço - já asseverei - a possibilidade de defender a pena de morte, como jurista e filósofo. Talvez mesmo, com base na Suma Teológica e no Direito Eclesiástico, em Agostinho e Optato, lhe seja possível esse malabarismo. Eu me nego a acreditar, entretanto, que argumento para tal possa ser bebido diretamente nas palavras de Jesus, o Profeta da Paz, do Amor e do Perdão - Aquele que disse: "Reconciliai-vos antes de tudo com o vosso irmão e depois vireis fa¬zer a vossa oferta diante do altar". Se Vossa Excelência colocar violência na boca do Messias Divino, terá destruído - em meu entender - o mais santo dos homens, o deus da igreja que Vossa Excelência representa; terá esmagado o secular edifício do Cristianismo, sustentado sobre o amor da divindade e o amor do próximo. Se Vossa Excelência o conseguir, eu terei perdido - naturalmente e de conseqüência - minha qualidade de cristão, porém não a de amante da paz. Terei então, em desespero, de socorrer-me daqueles outros lindos modelos de virtude e temperança que me oferece a história da humanidade - Buda, Lao-Tsé, Sócrates, Francisco de Assis, João Huss, George Fox, Léon Tolstoi, Ghandi e tantos outros - para que eu não perca minha crença no bem, a confiança que tenho em Deus e a necessidade que tenho de crer no futuro do homem!
Eu peço uma última vez perdão a Vossa Excelência, Reverendo Padre Emilio Silva. Mas tenho para mim que, com isso tudo que eu lhe disse, em nada diminuirá a admiração - sincera e sinceríssima - que devo à cultura e ao desassombro de Vossa Excelência. Tenho para mim que, premunindo o auditório, tributei a Vossa Excelência a maior e a mais cara das homenagens: dei-lhe, por antecipação, uma prova de confiança absoluta na excelência de seu conhecimento de mestre e pensador. Estou certo de que Vossa Excelência conseguirá, pelo poder da razão e da lógica, esfacelar-me - a mim e a minha ignorância - nessas quatro conferências brilhantíssimas que veio proferir em nosso meio provinciano.
E é por isso, então, que eu me sinto perfeitamente à vontade para, em nome do Centro Acadêmico "Hugo Simas" e em meu próprio nome, testemunhar-lhe meu fundo respeito e lhe dar boas-vindas: Seja Vossa Excelência, Reverendo Padre Professor Doutor Emilio Silva, bem vindo ao Paraná, que anseia por conhecê-lo através da mocidade estudiosa!
E, afinal, a saudação de um cristão para outro: Que a paz seja com Vossa Excelência!"
Discurso pronunciado por Jacob Holzmann Neto, na qualidade de orador do Centro Acadêmico Hugo Simas, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, ao ensejo da visita que, a convite daquele Centro Acadêmico, fizera a Curitiba, o venerando Professor Padre Emílio Silva. Publicado na edição de 30 de junho de 1958 do Jornal Mundo Espírita.
Senhor Presidente do Centro Acadêmico "Hugo Simas",
Uso da palavra, segunda vez, para homenagear o Reverendo Padre Professor Doutor Emílio Silva. Na terça-feira última, eu formulava uma saudação; hoje. apresento uma despedida. Numa e noutra vez, o direito de falar me foi concedido por pertencer a mim o cargo de orador do Centro Acadêmico "Hugo Simas"; e, numa e noutra vez, exultei: tomei sobre meus ombros a responsabilidade de representar uma classe, com íntima satisfação. Porque nem sempre as oportunidades abertas ao orador lhe são gratas. E coisa pior não existe do que se fazer aquilo que se não quer fazer. Tudo que então se diz soa falso, frio, descolorido, insincero. Haveis de conceder-me este crédito: prezo muito a sinceridade. E é a sinceridade que me faz, segunda vez, confessar que muito me honra dirigir a palavra à figura respeitabilíssima, por todos os títulos, do Reverendo Padre Professor Doutor Emílio Silva.
Hoje o confesso com força maior ainda, com base mais sólida: ratifico todos os encômios que enderecei ao venerando professor e que ele, por excessiva modéstia, classificou de hiperbólicos. Não foram elogios hiperbólicos! O próprio Padre Emílio fê-Ios justos e proporcionados, comprovando-os. Todos os que ouvimos as belíssimas e segurissimas preleções do Padre Emílio Silva, hoje - mais do que há três dias - reconhecemos a cultura e a inteligência, a capacidade e a sapiência daquele que nos fez tão grata visita. E a esse patrimônio intelectual todo, que é dele e que nunca lhe será negado, tributamos derradeira homenagem.
Professor Emílio Silva:
O Centro Acadêmico "Hugo Simas" apresenta, por mim, a Vossa Excelência sua despedida oficial. Quiséramos ter conosco, por mais tempo ainda, a palavra esclarecida de Vossa. Excelência. Ainda que obrigado a nos deixar, Vossa Excelência não conseguirá, todavia, arrancar as raízes de admiração e simpatia que profundou em nosso meio. De Vossa Excelência fica a mais cara das lembranças: o estimulo ao estudo e o respeito à cultura. Gostaríamos, também, que Vossa Excelência levasse consigo algo de nós. Infelizmente, mais não temos a oferecer do que nossos agradecimentos: somos gratos pelo muito que aprendemos em quatro aulas.
Vossa Excelência, pela cultura filosófica, soube impor-se em nosso meio.E aquilo que eu lhe digo é o que pensam todos os que me ouvem. Vossa Excelência desenvolveu, com segurança e clareza, a tese que se propôs defender. Eu o cumprimento, por modo efusivo, e cumprimento, também, a classe acadêmica. de minha terra por ter ouvido tudo quanto ouviu de Vossa Excelência. Poucas vezes tive oportunidade de apreciar em outrem tamanha acuidade de raciocínio e habilidade de argumentação tão impressionante. Foi o que marcou a tese de Vossa Excelência e é o que todos aqui reconhecemos: raciocínio vigoroso, cultura fecunda, exposição clara e argumentação segura.
Quando eu o saudei há três dias, houve quem interpretasse mal minhas palavras e meu propósito. Tenho, porém, a certeza de que Vossa Excelência bem me compreendeu. Manifestei-me, por antecipação, contrariamente a seu ponto de vista - primeiro, pela necessidade que tem todo homem sincero de afirmar suas convicções, quando se lhe dá azo; depois, porque sabia perfeitamente a quem falava - um Doutor em Filosofia; e, por último, para que Vossa Excelência colhesse a impressão de que a mocidade do Paraná procura estudar e não é indiferente aos problemas que agitam o homem e a sociedade.
Vossa Excelência dizia, ainda ontem, que aquele que combateu a pena de morte, com veemência e por modo que o fizesse saber a todos, dificilmente teria sinceridade suficiente pata reconhecer o erro e vencer o amor próprio, tenaz característica de todo espírito humano. Respeito muito a autoridade daquele que disse antes de mim - "se há grandeza em reconhecer o próprio erro, há sempre baixeza em perseverar numa opinião que se repute falsa." (Allan Kardec). Porque ele assim falou, estou seguro de que eu retrataria minha falha, caso Vossa Excelência houvesse conseguido mudar minha maneira de pensar. E como muitos esperam - talvez Vossa Excelência mesmo - que eu aqui me pronuncie, de público, sobre se minhas idéias permanecem inalteradas ou não, peço vênia para tanto, uma vez que - assim me parece - durante a saudação anterior, eu assumi, ainda que veladamente, tal compromisso. Peço vênia para dizer, com toda a sinceridade, que não mudei: continuo contra a pena de morte.
E Vossa Excelência há de reconhecer a mim esse direito, porque Vossa Excelência mesmo disse, tam¬bém ontem, que a convicção é conquista individual: não se poderá impô-la a quem quer que seja.
Embora lhe tenha parecido que minhas palavras, quando eu o saudei há três dias, não tiveram outra força que não o arrebatamento do orador - não é o sentimentalismo deseducado que grita em mim: sou cérebro e sou coração, quando sou contra a pena de morte. Apenas Vossa Excelência desconhece a doutrina - a um só tempo filosófica, científica e religiosa - que me dá esta convicção. Isso importa. numa profissão de fé: sou espírita e, como espírita, não poderei jamais, sem trair minha razão e meu sentimento, aceitar a legitimidade e a conveniência da pena de morte!
E malgrado permaneçamos ambos cristãos - Vossa Excelência mesmo o disse - hoje se me tornou patente que encaramos o Cristo sob prismas diferentes... Talvez, algum dia, quando não formos mais o mestre e o aluno, o clérigo e o leigo, a maturidade e a juventude; em algum lugar, quando livres das contingências da matéria, a vida de um homem ou de um povo nos parecer tão pequena quanto a de um mosquito e, em compensação, a de um inseto tão infinita quanto a de um corpo celeste com toda sua poeira de nações; talvez, nesse dia, possamos compreender, juntos, que todos os homens, de todas as seitas e de todas as filosofias, lutam pela conquista da Verdade e para ela evolam em sua marcha ascensional até Deus!
Até lá, se esse dia vier, hipoteco-lhe, desde já, meu respeito, minha admiração e minha amizade...
E, finalmente, deixo aqui consignados os agradecimentos do Centro Acadêmico "Hugo Simas" e da mocidade do Paraná, pela solicitude com que Vossa Excelência aquiesceu a nosso convite e pelas quatro brilhantíssimas conferências que proferiu em nosso meio.
Ao Reverendo Padre Emílio, nosso muito-obrigado, nosso muito-obrigado sincero e muito sincero!
Discurso pronunciado por Jacob Holzmann Neto, na qualidade de orador do Centro Acadêmico Hugo Simas, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, ao final da visita que, a convite daquele Centro Acadêmico, fizera a Curitiba, o venerando Professor Padre Emílio Silva. Publicado na edição de 30 de junho de 1958 do Jornal Mundo Espírita.
(Fonte: http://www.feparana.com.br/topico/?topico=546 (Recebido em email de [email protected])
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Estação de Ponta Grossa, PR, em 1924. Imagem/fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/pr-tronco/pontagrossa-nova.htm
no dia 28 de julho de 1934. Leia a Biografia acima.
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Praça Tiradentes de Curitiba, PR, no ano de 1950. Foto: Domínio público / Acervo Arquivo Nacional Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pra%C3%A7a_Tiradentes,_Curitiba_(PR).tif
Jacob Holzmann Netto desencarnou em em Curitiba, capital paranaense, no dia 26-08-1994. Leia a Biografia acima.
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Biografias José Gonçalves Pereira |
José Gonçalves Pereira nasceu em São José do Barreiro, Vale do Paraíba (São Paulo - Brasil) em 14 de junho de 1906, filho de Horácio Gonçalves Pereira e Alvina Rodrigues Gonçalves Pereira.
Em 1927, já na cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo (Brasil), casa-se com Luíza Miranda (nascida em 18/05/1911, no bairro do Cambuci) e começa a trabalhar como vendedor na empresa multinacional de origem inglesa "Gessy Lever". A empresa nesta época tentava introduzir um novo produto no mercado, sem muito sucesso - era um novo sabão em barras - e o Sr. Gonçalves teve a idéia de fazer uma campanha mostrando a lavagem de roupa em público, onde se demonstrava a superioridade do produto sobre os concorrentes.
O sucesso da campanha, inédita na época, levou rapidamente o Sr. Gonçalves a posição de Diretor Comercial, na qual permaneceu até sua aposentadoria em 1964. A aposentaria foi solicitada para que pudesse dedicar-se a Casa Transitória Fabiano de Cristo, da qual falaremos adiante.
Foi levado a Federação Espírita do Estado de São Paulo por um amigo. O objetivo era conversar com o Comandante Edgard Armond, autor do livro "Mediunidade", que o interessará bastante. Por convite de Edgard Armond, passou a participar das reuniões e a integrar-se nas tarefas do grupo.
As atividades de Assistência Social, o auxílio aos mais necessitados, sempre tiveram grande importância no movimento espírita paulista, desde os tempos de Batuíra, e naturalmente constituíam um das áreas de atuação da FEESP. Em 1937 surgiu o "Departamento Damas da Caridade" para prestar assistência à infância desvalidas, as gestantes carentes e socorrer os pobres em suas penúrias. Em 1938 surge o "Setor de Assistência Social" ligado ao "Departamento das Damas de Caridade", com o auxílio de médicos voluntários prestando assistência médica, odontológica e farmácia. Em 1940 o "Setor de Assistência Social" ganhou autonomia e seu primeiro diretor foi o médico paulista Dr. Militão Pacheco.
Participando ativamente da FEESP, o Sr. Gonçalves foi nomeado em 1949 - pelo Secretário Geral, o Cte Edgard Armond - Diretor do Departamento de Assistência Social.
Durante os anos em que dirigiu este departamento, desenvolveu diversas atividades novas e estendeu grandemente o número de benefícios prestados a sociedade. O trabalho iniciou-se em um terreno atrás da sede da Federação (Rua Maria Paula), onde havia um galinheiro desativado, estendeu-se no casarão posteriormente adquirido na rua Santo Amaro e em 1960 culminou com a inauguração da "Casa Transitória Fabiano de Cristo" na Marginal do Tietê.
Outra das iniciativas do Sr. Gonçalves na FEESP foi a "Campanha da Fraternidade Auta de Souza" (03/02/1953). Esta campanha surgiu da necessidade de arrecadar-se mantimentos para as famílias assistidas pelo Departamento de Assistência Social e inicialmente se chamaria "Campanha do Quilo" (idéia apresentada por Ninpho Correa). O nome e a forma definitiva surgiram após visita a Chico Xavier em Pedro Leopoldo. No encontro com Chico Xavier este lhe informou que "está aqui presente uma jovem desencarnada, irradiando intensa luminosidade, dizendo-nos ser participante das tarefas do atendimento aos necessitados do Departamento de Assistência Social, junto aos seus voluntários". Esta jovem era Auta de Souza.
Em uma da visitas que fez a Francisco Cândido Xavier, o Sr. Gonçalves notou que um grupo de jovens copiava, em cadernos escolares, as mensagens psicografadas e trechos dos livros de Allan Kardec. O motivo era a dificuldade de terem acesso aos livros impressos, então caros e raros. Para amenizar esta situação o Sr. Gonçalves criou, em 18 de abril de 1953, o grupo "Os Mensageiros" com a finalidade de distribuir mensagens espíritas impressas. A impressão e distribuição foi inicialmente custeada pelo próprio Sr. Gonçalves, mas aos poucos se juntaram outros colaboradores e o grupo existe até hoje (sua página na internet é http://www.mensageiros.org.br), tendo já atingido a marca de 1 Bilhão de mensagens distribuídas para o mundo todo.
Já a Casa Transitória surgiu da necessidade de um espaço mais adequado para as atividades assistenciais da FEESP e foi construída em terreno cedido pelo governador Jânio Quadros as margens do rio Tietê. O terreno era um verdadeiro charco e foi um trabalho imenso transformá-lo nos pavilhões rodeados de jardins que lá se encontram agora. A participação do plano espiritual na sua criação foi grande, inclusive durante grave enfermidade enfrentada pelo Sr. Gonçalves ele foi levado espiritualmente a visitar a instituição do plano espiritual da qual a Casa emprestou o nome, e dali trouxe também a inspiração para sua arquitetura.
A Casa foi fundada em 25 de janeiro de 1960, com duas linhas principais de trabalho:
- O objetivo de "amparar a criança reajustando-lhe a família";
- O trabalho voluntário em todos os setores possíveis (uma das poucas exceções foi o abrigo de idosas, que necessita de presença permanente de enfermeiros e médicos);
Assim o socorro às gestantes carentes é apenas a linha de frente de um grande trabalho de reajuste, complementado por cursos de higiene e cuidados básicos com os nenês, assistência médica e cursos profissionalizantes. Colaboradores diversos ao longo dos anos, entre eles esportistas famosos como o lutador Éder Jofre, criaram cursos de futebol (para manter afastadas as crianças da rua), horta (para suprir o refeitório), atividades diversas para as crianças e adultos no intuito de renovar-lhes os valores e esperanças.
Na direção da Casa, a qual dedicou-se integralmente após aposentar-se, o Sr. Gonçalves contou com o apoio de sua esposa. A presença e atividade de ambos orientou o trabalho dos voluntários e serviu de inspiração e de ponto de agregação durante os anos de consolidação da instituição. Pelo testemunho dos voluntários que o conheceram, sua personalidade marcou a vida de todos que com ele tiveram contato. Outras instituições, como a Casa Transitória Fabiano de Cristo foram ao longo dos anos, criadas e se pautaram pelos idéias do Sr. Gonçalves.
Em 25 de agosto de 1989, após uma vida repleta de ações em prol do próximo, desencarna José Gonçalves Pereira. Seu corpo foi velado em um dos pavilhões da Casa Transitória, enquanto que seu espírito certamente despertava para a vida verdadeira. No dia seguinte ao de sua desencarnação, em reunião publica no "Grupo Espírita da Prece" de Uberaba, o espírito Maria Dolores envia através da mediunidade de Chico Xavier uma mensagem em que o denomina "Apóstolo do Bem e Herói da Caridade":
Dádivas de Amor
Uma carta... um olhar, uma palavra boa;
Uma frase de paz que asserena e abençoa;
Leve prato de sopa ou um simples pão
Podem livrar alguém de cair na exaustão;
Antigo cobertor, atirado ao vazio,
Aquece o enfermo pobre esquecido ao frio;
Uma peça de roupa remendada,
Talvez seja o agasalho ao viajor da estrada;
Meio litro de leite à viúva sem nome,
Amapara-lhe o filhinho, a esmorecer de fome;
Todas essas doações supostas pequeninas
São serviços do Bem, nas paragens divinas;
São flores da fé viva, a derramarem luz,
Revelando o fulgor do Reino de Jesus;
Aqui, saudamos nós, Gonçalves, nosso irmão,
Que ontem foi conduzido à Celeste Mansão;
Que o Céu do Amor o guarde, ante a nossa saudade,
Do Apóstolo do Bem e Herói da Caridade;
Maria Dolores
Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier
Só como observação final, "Os Mensageiros" é o título de um dos livros de André Luiz, psicografados por Francisco Cândido Xavier, e a "Casa Transitória Fabiano de Cristo" é uma instituição no plano espiritual dedicada ao atendimento aos espíritos sofredores, descrita no livro "Obreiros da Vida Eterna", também de André Luiz.
(Copiado de https://www.cairbar.com.br/grupo/pagina-15-jpereira.htm) |
José Gonçalves Pereira, Amigo de Chico Xavier e fundador da Casa Transitória Fabiano de CristoASSISTA A IMAGEM: https://www.youtube.com/watch?v=QpH7j0KolaM |
Kardec e Napoleão |
Busto de Allan Kardec Cemitério Père Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo
Irmão X Logo após o 18 Brumário (9 de novembro de 1799) quando Napoleão se fizera o Primeiro-Cônsul da República Francesa, reuniu-se, na noite de 31 de dezembro de 1799, no coração da latinidade, nas Esferas Superiores, grande assembleia de Espíritos sábios e benevolentes, para marcarem a entrada significativa do novo século. Antigas personalidades de Roma imperial, pontífices e guerreiros das Gálias, figuras notáveis da Espanha, ali se congregavam à espera do expressivo acontecimento. Legiões dos Césares, com os seus estandartes, falanges de batalhadores do mundo gaulês e grupos de pioneiros da evolução hispânica, associados a múltiplos representantes das Américas, guardavam linhas simbólicas de posição de destaque. Mas não somente os latinos se faziam representados no grande conclave. Gregos ilustres, lembrando as confabulações da Acrópole gloriosa, israelitas famosos, recordando o Templo de Jerusalém, deputações eslavas e germânicas, grandes vultos da Inglaterra, sábios chineses, filósofos hindus, teólogos budistas, sacrificadores das divindades olímpicas, renomados sacerdotes da Igreja Romana e continuadores de Maomé ali se mostravam, como em vasta convocação de forças da ciência e da cultura da Humanidade. No concerto das brilhantes delegações que aí formavam, com toda a sua fulguração representativa, surgiam Espíritos de velhos batalhadores do progresso que voltariam à liça carnal ou que a seguiriam, de perto, para o combate à ignorância e à miséria, na laboriosa preparação da nova era da fraternidade e da luz. No deslumbrante espetáculo da Espiritualidade Superior, com a refulgência de suas almas, achavam-se Sócrates, Platão, Aristóteles, Apolônio de Tiana, Orígenes, Hipócrates, Agostinho, Fénelon, Giordano Bruno, Tomás de Aquino, S. Luís de França, Vicente de Paulo, Joana D’Arc, Teresa d’Avila, Catarina de Siena, Bossuet, Spinoza, Erasmo, Milton, Cristóvão Colombo, Gutenberg, Galileu, Pascal, Swedenborg e Dante Alighieri, para mencionar apenas alguns heróis e paladinos da renovação terrestre; e, em plano menos brilhante, encontravam-se, no recinto maravilhoso, trabalhadores de ordem inferior, incluindo muitos dos ilustres guilhotinados da Revolução, quais Luiz XVI, Maria Antonieta, Robespierre, Danton, Madame Roland, André Chenier, Bailly, Camille Desmoulins e grandes vultos como Voltaire e Rousseau. Depois da palavra rápida de alguns orientadores eminentes, invisíveis clarins soaram na direção do plano carnal e, em breves instantes, do seio da noite, que velava o corpo ciclópico do mundo europeu, emergiu, sob a custódia de esclarecidos mensageiros, reduzido cortejo de sombras, que pareciam estranhas e vacilantes, confrontadas com as feéricas irradiações do palácio festivo. Era um grupo de almas, ainda encarnadas, que, constrangidas pela Organização Celeste, remontavam à vida espiritual, para a reafirmação de compromissos. À frente, vinha Napoleão, que centralizou o interesse de todos os circunstantes. Era bem o grande corso, com os seus trajes habituais e com o seu chapéu característico. Recebido por diversas figuras da Roma antiga, que se apressavam em oferecer-lhe apoio e auxílio, o vencedor de Rivoli ocupou radiosa poltrona que, de antemão, lhe fora preparada. Entre aqueles que o seguiam, na singular excursão, encontravam-se respeitáveis autoridades reencarnadas no Planeta, como Beethoven, Ampère, Fulton, Faraday, Goethe, João Dalton, Pestalozzi, Pio VII, além de muitos outros campeões da prosperidade e da independência do mundo. Acanhados no veículo espiritual que os prendia à carne terrestre, quase todos os recém-vindos banhavam-se em lágrimas de alegria e emoção. O Primeiro-Cônsul da França, porém, trazia os olhos enxutos, não obstante a extrema palidez que lhe cobria a face. Recebendo o louvor de várias legiões, limitava-se a responder com acenos discretos, quando os clarins ressoaram, de modo diverso, como se se pusessem a voar para os cimos, no rumo do imenso infinito... Imediatamente uma estrada de luz, à maneira de ponte levadiça, projetou-se do Céu, ligando-se ao castelo prodigioso, dando passagem a inúmeras estrelas resplendentes. Em alcançando o solo delicado, contudo, esses astros se transformavam em seres humanos, nimbados de claridade celestial. Dentre todos, no entanto, um deles avultava em superioridade e beleza. Tiara rutilante brilhava-lhe na cabeça, como que a aureolar-lhe de bênçãos o olhar magnânimo, cheio de atração e doçura. Na destra, guardava um cetro dourado, a recamar-se de sublimes cintilações... Musicistas invisíveis, através dos zéfiros que passavam apressados, prorromperam num cântico de hosanas, sem palavras articuladas. A multidão mostrou profunda reverência, ajoelhando-se muitos dos sábios e guerreiros, artistas e pensadores, enquanto todos os pendões dos vexilários arriavam, silenciosos, em sinal de respeito. Foi então que o grande corso se pôs em lágrimas e, levantando-se, avançou com dificuldade, na direção do mensageiro que trazia o báculo de ouro, postando-se, genuflexo, diante dele. O celeste emissário, sorrindo com naturalidade, ergueu-o, de pronto, e procurava abraçá-lo, quando o Céu pareceu abrir-se diante de todos, e uma voz enérgica e doce, forte como a ventania e veludosa como a ignorada melodia da fonte, exclamou para Napoleão, que parecia eletrizado de pavor e júbilo, ao mesmo tempo: – Irmão e amigo, ouve a Verdade, que te fala em meu espírito! Eis-te à frente do apóstolo da fé, que, sob a égide do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento... César ontem, e hoje orientador, rende o culto de tua veneração, ante o pontífice da luz! Renova, perante o Evangelho, o compromisso de auxiliar-lhe a obra renascente!... Aqui se congregam conosco lidadores de todas as épocas. Patriotas de Roma e das Gálias, generais e soldados que te acompanharam nos conflitos da Farsália, de Tapso e de Munda, remanescentes das batalhas de Gergóvia e de Alésia aqui te surpreendem com simpatia e expectação... Antigamente, no trono absoluto, pretendias-te descendente dos deuses para dominar a Terra e aniquilar os inimigos... Agora, porém, o Supremo Senhor concedeu-te por berço uma ilha perdida no mar, para que te não esqueças da pequenez humana e determinou voltasses ao coração do povo que outrora humilhaste e escarneceste, a fim de que lhe garantas a missão gigantesca, junto da Humanidade, no século que vamos iniciar. Colocado pela Sabedoria Celeste na condição de timoneiro da ordem, no mar de sangue da Revolução, não olvides o mandato para o qual foste escolhido. Não acredites que as vitórias das quais foste investido para o Consulado devam ser atribuídas exclusivamente ao teu gênio militar e político. A Vontade do Senhor expressa-se nas circunstâncias da vida. Unge-te de coragem para governar sem ambição e reger sem ódio. Recorre à oração e à humildade para que te não arrojes aos precipícios da tirania e da violência!... Indicado para consolidar a paz e a segurança, necessárias ao êxito do abnegado apóstolo que descortinará a era nova, serás visitado pelas monstruosas tentações do poder. Não te fascines pela vaidade que buscará coroar-te a fronte... Lembra-te de que o sofrimento do povo francês, perseguido pelos flagelos da guerra civil, é o preço da liberdade humana que deves defender, até o sacrifício. Não te macules com a escravidão dos povos fracos e oprimidos e nem enlameies os teus compromissos com o exclusivismo e com a vingança!... Recorda que, obedecendo a injunções do pretérito, renasceste para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que regressa à experiência terrestre, e vale-te da oportunidade para santificar os excelsos princípios da bondade e do perdão, do serviço e da fraternidade do Cordeiro de Deus, que nos ouve em seu glorificado sólio de sabedoria e de amor! Se honrares as tuas promessas, terminarás a missão com o reconhecimento da posteridade e escalarás horizontes mais altos da vida, mas, se as tuas responsabilidades forem menosprezadas, sombrias aflições amontoar-se-ão sobre as tuas horas, que passarão a ser gemidos escuros em extenso deserto... Dentro do novo século, começaremos a preparação do terceiro milênio do Cristianismo na Terra. Novas concepções de liberdade surgirão para os homens, a Ciência erguer-se-á a indefiníveis culminâncias, as nações cultas abandonarão para sempre o cativeiro e o tráfico de criaturas livres, e a religião desatará os grilhões do pensamento que, até hoje, encarceram as melhores aspirações da alma no inferno sem perdão!... Confiamos, pois, ao teu espírito valoroso a governança política dos novos eventos e que o Senhor te abençoe!... Cânticos de alegria e esperança anunciaram nos céus a chegada do século XIX e, enquanto o Espírito da Verdade, seguido por várias coortes resplandecentes, voltava para o Alto, a inolvidável assembleia se dissolvia... O apóstolo que seria Allan Kardec, sustentando Napoleão nos braços, conchegou-o de encontro ao peito e acompanhou-o, bondosamente, até religá-lo ao corpo de carne, no próprio leito. Em 3 de outubro de 1804, o mensageiro da renovação renascia num abençoado lar de Lião, mas o Primeiro-Cônsul da República Francesa, assim que se viu desembaraçado da influência benéfica e protetora do Espírito de Allan Kardec e de seus cooperadores, que retomavam, pouco a pouco, a integração com a carne, confiantes e otimistas, engalanou-se com a púrpura do mando, e, embriagado de poder, proclamou-se Imperador, em 18 de maio de 1804, ordenando a Pio VII viesse coroá-lo em Paris. Napoleão,
contudo, convertendo celestes concessões em aventuras sanguinolentas, foi
apressadamente situado, por determinação do Alto, na solidão curativa de
Santa Helena, onde esperou a morte, enquanto Allan Kardec, apagando a própria
grandeza, na humildade de um mestre-escola, muita vez atormentado e
desiludido, como simples homem do povo, deu integral cumprimento à divina
missão que trazia à Terra, inaugurando a era espírita-cristã, que,
gradativamente, será considerada em todo os quadrantes do orbe como a sublime
renascença da luz para o mundo inteiro. Do livro Cartas e Crônicas, de Irmão X, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. (Texto copiado do site http://www.oconsolador.com.br/ano5/230/correiomediunico.html) |
O céu. Foto Ismael Gobbo |
A Escola de Atenas em afresco de Rafael Sanzio. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sanzio_01.jpg |
François Fénelon *. Óleo sobre tela por Joseph Vivien. Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fran%C3%A7ois_de_Salignac_de_la_Mothe-F%C3%A9nelon.PNG
François Fénelon, pseudônimo de François de Salignac de La Mothe-Fénelon (6 de agosto de 1651 - 7 de janeiro de 1715), também conhecido como ''o Cisne de Cambrai'', foi um teólogo católico, poeta e escritor francês, cujas ideias liberais sobre política e educação, esbarravam contra o "statu quo" da Igreja e do Estado dessa época. Pertenceu à Academia Francesa de Letras. Leia mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_F%C3%A9nelon
O espírito Fénelon participou da obra da Codificação do Espiritismo através de mensagens que constam das obras básicas, dentre elas “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, assinado por Allan Kardec.
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Retrato de Maria Antonieta executado na Conciergerie alguns dias antes de sua execução na guilhotina. Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conciergerie
A Conciergerie é o vestígio principal do antigo Palácio da Cidade ou Palácio de la Cité, que foi residência e sede do poder real francês do século X ao século XIV e que se estendia sobre o local em que hoje está o Palácio de Justiça de Paris. Atualmente, o edifício estende-se pelo Cais do Relógio, sobre a Ilha de la Cité, no 1º arrondissement de Paris. Foi convertido em prisão do Estado em 1392, após o abandono do palácio por Carlos V e seus sucessores. Leia mais: |
Napoleão I em costume de coroação. Óleo sobre tela de François Gérard Imagem/fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francois_Gerard_-_Napoleon_Ier_en_costume_du_Sacre.jpg
Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 – Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi Imperador dos Franceses[1] de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho). Sua reforma legal, o Código Napoleônico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleônicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa. Leia mais: |
A coroação de Napoleão. Óleo sobre tela de Jacques-Louis David Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Coroa%C3%A7%C3%A3o_de_Napole%C3%A3o |
Kardec criança. Imagem desenvolvida em computador por Marisa Cajado (Guarujá, SP) a partir de imagens conhecidas de Kardec em idade mais avançada. |
Johann Heinrich Pestalozzi mestre de Kardec em Yverdum Imagem/fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Heinrich_Pestalozzi
Johann Heinrich Pestalozzi (Zurique, 12 de janeiro de 1746 — Brugg, 17 de fevereiro de 1827) foi um pedagogista suíço e educador pioneiro da reforma educacional. Leia mais: |
Allan Kardec (1804- 1869). Codificador do Espiritismo Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Hippolyte_L%C3%A9on_Denizard_Rivail2.jpg
Hippolyte Léon Denizard Rivail (francês: [ʁivɑj]; Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi um influente educador, autor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec (francês: [kaʁdɛk]),[1] notabilizou-se como o codificador[nota 1] do espiritismo (neologismo por ele criado). Foi discípulo do reformador educacional Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais (mais notoriamente a mediunidade), assuntos cuja investigação costumava ser considerada inadequada.[2][3][4] Leia mais: |
Turista orando no sempre florido túmulo de Allan Kardec. Cemitério Pére Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Sarcófago de Napoleão Bonaparte em Les Invalides, Paris, França. Foto Ismael Gobbo |
Amor Infinito O sublime convite |
(Recebido em email de Leopoldo Zanardi [[email protected]]) |
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