
Walter Barcelos
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“...reunimos,
nesta obra, os artigos que podem compor, a bem dizer, um código de moral
universal, sem distinção de culto”. – Allan
Kardec (O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Introdução, nº 1 –
“Objetivo desta Obra” – Página 24 – 129ª edição – FEB)
“Para
os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de
proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e
da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que
se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro
infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do
véu que nos oculta a vida futura. Essa parte é que será objeto exclusivo
desta obra.” – Allan Kardec (O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Introdução, nº I – “Objetivo
desta Obra” – página 23 – 129ª edição – FEB)
O Movimento
Espírita Brasileiro comemora, no ano de 2014, os cento e cinquenta anos de
existência cintilante e êxito espiritual e editorial de O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
A primeira
edição aconteceu em abril de 1864, em Paris, na França. É a terceira obra
de Allan Kardec, após o lançamento de O Livro dos
Espíritos e O Livro dos Médiuns. É fruto da
competência evangélico-doutrinária do Codificador, de conteúdo profundamente
moral e excelente orientador da conduta humana.
A obra
evangélica nasceu do esforço e devotamento, ideia e raciocínio, meditação e
inspiração, planejamento e detalhamento, amor e abnegação do sábio pensador
Allan Kardec – um dos mais lúcidos Apóstolos de Jesus.
Jesus é o
Divino Mestre da Verdade e do Amor, assim como Kardec é o fiel discípulo
incumbido de apresentar, nas dissertações doutrinárias, a Fé Raciocinada,
Verdade Divina e Amor Incondicional de Jesus Cristo, preparando a Nova Era
de regeneração da Humanidade.
Novo
Testamento
Os
Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João redigiram, nos pergaminhos e
tecidos de escrita da época, o que viram e sentiram, ouviram e aprenderam
com as palavras, as ações e os exemplos de Jesus. Escreveram o que puderam
assimilar e memorizar, o que conseguiram apreender e entender, através de
seus raciocínios e sensíveis corações. O Apóstolo Lucas escreveu, além de
seu Evangelho, os textos “Atos dos Apóstolos”, onde descreve a saga dos
Discípulos e de Paulo de Tarso, recebendo importantíssimas revelações oriundas
da lúcida memória de Maria, mãe de Jesus.
Surgiram
nas páginas manuscritas as inspiradas
cartas de Paulo de Tarso às diversas comunidades cristãs e, para completar
o Novo Testamento, as breves epístolas de Pedro e João, Tiago e Judas. E,
por fim, João Evangelista escreveu, no final de sua existência, a obra
“Apocalipse”.
Seleção
de versículos
Quando o
Codificador foi pesquisar o Novo Testamento a fim de selecionar os
versículos mais importantes para inseri-los na próxima obra O
Evangelho Segundo o Espiritismo, as Sagradas Escrituras já
vinham, de longa data, sofrendo lamentáveis e graves intromissões em seus
textos, no decorrer de muitos séculos, por diversas inteligências,
inumeráveis interpretações estranhas, diversificados raciocínios e inúmeros
pensadores, ferindo, mutilando e interferindo na essência dos textos sagrados que traziam a palavra clara,
límpida e pura de Jesus Cristo. As Escrituras Sagradas são terrenos intelectuais
da Fé muito complexos, bastante confusos e grandemente
problemáticos. É aí que o competente pensador Kardec deveria trabalhar, a
fim de trazer, para o mundo moderno, limpo, puro e claro, o texto da
palavra esclarecedora, iluminada e libertadora do Excelso Senhor Jesus
Cristo.
O Codificador
do Espiritismo, empreendendo grande acuidade intelectual, extremado cuidado
interpretativo, comprovada sabedoria espiritual e poderosa fé divina,
lidou e vasculhou, na seleção rigorosa para filtragem e apuramento dos
textos mais importantes e necessários destinados às explicações da Terceira
Revelação.
As Santas
Escrituras, como é muito compreensível, no longo processo histórico da
tradição cristã, sofreram modificações, mutilações e deformações em seus
diversos livros, capítulos e versículos. Era urgente e indispensável
selecionar o melhor das traduções, o essencial dos preceitos do Novo Testamento,
os versículos mais necessários, para criar-se uma obra evangélica espírita
bem objetiva, trazendo o genuíno conteúdo da moral do Cristo. Esmerou-se em
estudar e observar com atenção redobrada para separar, catalogar e
selecionar as sentenças bíblicas que melhor traduzem os esplendorosos
ensinamentos do Divino Mestre e Senhor Jesus.
A finalidade
maior no pensamento do Codificador com sua terceira obra é dar
interpretação e explicação límpida e segura, metódica e didática aos
ensinos de JESUS CRISTO. Todas as sentenças escolhidas do Novo Testamento
foram interpretadas mediante o crivo insuperável da FÉ RACIOCINADA de Allan
Kardec e sempre sob a orientação e inspiração dos Espíritos Superiores.
Dissertações
evangélicas
Na primeira
parte de cada capítulo, todos os comentários são da autoria de Kardec.
Estão consubstanciados de verdade, amor, caridade e educação, esperança e
consolação, originaram-se dos conhecimentos elevados, seculares experiências
cristianizadas, profunda sabedoria espiritual e convicção da fé divina de
Allan Kardec.
Dos variados textos dos quatro Evangelhos e Epístolas que fazem parte
do Novo Testamento, Kardec retirou e destacou o mais essencial do ENSINO
MORAL para montar a terceira obra básica do Espiritismo. De seu raciocínio
extremamente sério, sutil e perspicaz nasceu o apurado cotejamento das
diversas sentenças e máximas neotestamentárias. Com suas extraordinárias
qualidades de convicção inquebrantável, sólida fé raciocinada, inteligência
iluminada e interpretação requintada, soube, com apurado bom gosto
intelectual e finíssima sensibilidade moral, formatar a primeira obra
evangélico-espírita, que inicialmente recebeu o título de capa “Imitação do
Evangelho”.
Kardec, com
pensamento sempre elevado, grandemente responsável, livre de injunções
humanas e religiosas, trabalhou em uníssono com a mente do Cristo e a
falange dos Sábios Espíritos. Deu acabamento à belíssima obra evangélica de
cunho lítero-bíblico, filosófico e científico, repleto do ensino moral do
Cristo, grande beleza espiritual, inigualável conteúdo de consolação e
esperança. Após hercúleo trabalho intelectual e espiritual, surgiu a
primeira edição da terceira obra de Kardec que atendia plenamente às
necessidades mais profundas dos corações dos homens, com o título
definitivo “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”.
A
trindade da fé
O Evangelho
espírita, produzido pela dedicação, amor e coragem do Apóstolo da Fé Raciocinada,
Allan Kardec, no século XIX, veio atender
às mais profundas necessidades do homem moderno, de raciocínio avançado,
bafejado pela Ciência em ritmo alucinante de progressos em todas as direções,
tecnologias sempre mais novas e sofisticadas.
O Evangelho
dos espíritas, em seu conteúdo doutrinário extremamente harmonioso, o
pensador Kardec soube muito bem fundir em uma só LUZ ESPIRITUAL, apresentando
a trindade inseparável, unificada e imbatível que são: a Ciência, a
Filosofia e a Religião. A Ciência é a verdade pesquisada e comprovada; a
Filosofia é a capacidade do ser humano de raciocinar e refletir, indagar e
responder; a Religião é a prática do Amor, da Caridade e a Educação do
coração e do caráter do homem, transformando para o Bem e oferecendo a ele
a Felicidade Imorredoura.
O Evangelho
dos espíritas, mesmo sendo obra eminentemente de aspecto moral, ainda
carregou, em seus conteúdos, o aspecto científico em alguns capítulos:
Capítulo nº
III – “Há muitas moradas da Casa de meu Pai” - (trata da Pluralidade dos
Mundos Habitados, visão espírita do Universo),
Capítulo nº
IV – “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” - (Estuda a
Lei Divina da Reencarnação),
Capítulo nº
XXVI – “Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes” - (Explica as
potências psíquicas da mediunidade),
Capítulo nº
XXVII – “Pedi e Obtereis” - (Esclarece o Poder Mental da Prece).
Melhor
interpretação
O Evangelho
produzido por Kardec não nasceu para competir, nem desrespeitar as Sagradas
Escrituras, nem desprezar jamais os extraordinários ensinos da Bíblia
Sagrada.
O Evangelho
dos espíritas foi pensado, analisado, meditado, interpretado, trabalhado e
elaborado por Allan Kardec, em comunhão mental superior com os Sábios
Espíritos da Codificação.
O Evangelho
elaborado por Kardec veio desfraldar, no mais alto patamar da cultura
espiritual da Humanidade, a melhor e mais límpida interpretação da Doutrina
de Jesus, o Amor de Jesus, as ideias de Jesus, a doutrina moral de Jesus, a
crença de Jesus em Deus, a sintonia com o Pai Criador, a fé divina de
Jesus, a proposta libertadora de Jesus, as lições de amor ao próximo, os exemplos
de Jesus, a pedagogia do amor de Jesus, a simplicidade e humildade
comovedoras de Jesus, as regras educativas do espírito por Jesus, a
felicidade futura prometida por Jesus e o sacrifício supremo de Jesus a
envolver exemplar aceitação.
Obra
popular
O pensador
Kardec não queria produzir obra interpretativa à feição da Bíblia,
apresentar obra teológica repleta de inumeráveis dados dos textos evangélicos,
extremamente carregada de referências a versículos complicados. Poderia produzir
uma bela obra, mas obra carregada com milhares de sentenças bíblicas
seguidas de pequenas e breves explicações. Grande obra, porém, trazendo um
emaranhado de ideias que mais complica que facilita o entendimento dos
leitores. Isto, Kardec não queria para o Evangelho dos espíritas.
O
Espiritismo não veio para confundir o pensamento dos homens: veio com
objetividade educacional, a fim de descomplicar, simplificar e agilizar o
entendimento da verdade divina. O codificador sabia muito bem que, se
produzisse uma obra grande e complexa, iria prestar grande desserviço à evangelização
das almas, pois dificultaria em muito o estudo e a assimilação, o
aprendizado e o entendimento verdadeiro do grande público ainda não
acostumado a análises detalhadas e pormenorizadas das referências evangélicas.
Pensava o sábio professor Hippolyte Rivail em concretizar obra doutrinária
simples, direta e bastante popular.
Pronunciou o
sábio Codificador a respeito: “O essencial
era pô-lo ao alcance de TODOS, mediante a explicação das passagens obscuras
e o desdobramento de todas as consequências, tendo em vista a aplicação dos
ensinos a todas as condições da vida. Foi o que tentamos fazer com a ajuda
dos Bons Espíritos.” (O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Introdução, nº 1 –
“Objetivo desta Obra” – Página 25 – 129ª edição – FEB)
O
aprendizado moral deveria ser bem claro, muito objetivo, bastante direto,
alcançando, com facilidade expositiva e interpretativa, a capacidade de
raciocínio e análise, estimulando a elevação da emoção e o fortalecimento
da vontade das pessoas para não somente seu aprendizado evangélico, mas
muito especialmente a sua renovação mental, transformação moral, reforma
íntima, iluminação da fé, crescimento interior, aperfeiçoamento dos
sentimentos, engrandecimento da personalidade imortal, formação verdadeira
do sentimento cristão.
Estrutura
da obra
O Evangelho
espírita está formado de 28 capítulos, dividido em duas partes: a primeira,
de autoria de Kardec; a segunda, de autoria dos Espíritos. Em cada um
deles, o Codificador inseriu transcrições de versículos do Novo Testamento.
Não obedeceu a nenhuma ordem cronológica dentro dos Evangelhos. Reuniu
diversos versículos pela semelhança das ideias e conteúdos em cada capítulo
na sua terceira obra. O Codificador desejava produzir e realmente produziu
uma obra resumida, unificada e sintética, que facilitasse em muito a
leitura e o estudo, promovendo a assimilação das ideias e o entendimento
dos diversos aspectos dos ensinamentos do Cristo.
Em cada
capítulo criou a secção “Instruções dos Espíritos”. Nestas, o Codificador
inseriu encantadoras mensagens psicografadas, de autoria dos Sábios Espíritos,
selecionadas pelo seu próprio critério de análise, cotejamento e seleção,
entre centenas e centenas de dissertações provenientes de toda a França e
doutros países europeus. O sábio pensador da Codificação explicou: “Como
complemento de cada preceito, acrescentamos algumas instruções escolhidas,
dentre as que os Espíritos ditaram em vários países e por diferentes
médiuns.” (O Evangelho Segundo o
Espiritismo – Introdução, nº 1 – “Objetivo desta Obra” –
Página 25 – 129ª edição – FEB)
O mestre
Kardec fez questão de selecionar e inserir o maior número possível de
mensagens de autoria dos Espíritos, a fim de ficar patenteado que a
terceira obra do Espiritismo não é produto exclusivamente seu, pois é
também dos Espíritos elevados [as grandes Vozes do Céu] que trabalharam
profundamente unidos de mente, ideia e coração, sob o comando sábio,
orientador e amoroso de Jesus Cristo.
Do
Codificador selecionamos as palavras que demonstram o caráter cristão
genuíno do formidável trabalho coletivo, quando afirmou: “Se elas fossem
tiradas de uma fonte única, teriam talvez sofrido uma influência pessoal ou
do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão
indistintamente seus ensinos e que ninguém a este respeito goza de qualquer
privilégio.” Allan Kardec (O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Introdução, nº 1 – “Objetivo
desta Obra” – Páginas 25-26 – 129ª edição – FEB)
O Evangelho,
para ser obra genuína do CRISTO, é o resultado esplendoroso do esforço
intelecto-moral de Kardec e dos Espíritos Superiores, no trabalho unido e
unificado, sintonizado e fundido no mais alto grau de amor fraternal, humildade
vivida, fraternidade universal, desprendimento completo e objetivos
sagrados de promover o progresso moral e espiritual da Humanidade.
Números
e componentes
Se,
trabalhando sozinho, Allan Kardec – o grande pesquisador e intérprete da
Verdade – poderia realizar monumental trabalho
doutrinário, o que pensar na grandeza de sua obra filosófico-doutrinária
por operar em perfeita simbiose espiritual, mente a mente, coração a
coração com os Sábios Espíritos da Codificação e o Excelso Senhor Jesus
Cristo.
Com a
finalidade grandiosa de trazer excelente obra de interpretação do Evangelho
que retratasse da melhor maneira possível, de forma resumida e concentrada,
as ideias libertadoras, lições de amor e pensamentos esplendorosos extraídos
dos Evangelhos do Novo
Testamento.
A estrutura
do Evangelho elaborado por Kardec contém perfeita síntese da Doutrina do
Cristo, sendo muito bem planejada, organizada e ordenada.
Do Novo Testamento, o Codificador selecionou grande número de referências dos
Evangelistas, a saber: de Mateus, 78 versículos; de Marcos, 21 versículos;
de Lucas, 30 versículos; de João, 7 versículos, e variados somam 11
versículos. Destaca-se a predominância das referências do Evangelho de Mateus.
O
Codificador Rivail, espírito altamente competente das Letras Sagradas,
dominava com sabedoria e discernimento os textos bíblicos. Soube muito bem
distribuir os diversos versículos selecionados nos diferentes temas
doutrinários, com os quais formatou os 28 capítulos desta Obra Básica –
imensamente encantadora ao raciocínio sequioso da Verdade e muito mais
penetrante ao coração sedento de Amor e Paz.
Organizou
todos os capítulos, distribuindo as diversas dissertações, colocando ordem
numérica a seus comentários e dissertações dos Espíritos. Cada capítulo possui
determinado número de itens sequenciados, sendo o seu número total 370
itens, os comentados por Kardec vão ao total de 260 itens e dos Espíritos
Superiores são da ordem de 110 itens. O Codificador foi autor de 70% dos
itens, enquanto os Espíritos Sábios ficaram com 30% deles. Cada capítulo
possui diversos subtemas, inseridos numa sequência lógica pela competência
doutrinária e conhecimentos aprofundados do Codificador. Em contexto total
da obra, Kardec escreveu 128 temas, na primeira parte de cada capítulo,
enquanto os Espíritos elevados foram responsáveis por 71 temas na secção
“Instruções dos Espíritos”.
A produção
intelectual de Kardec foi maior, porque se responsabilizou por 65% dos textos
dissertados, enquanto os Espíritos escreveram 35% dos temas do Evangelho.
Foi de
quarenta e nove (49) o número total de Espíritos iluminados que colaboraram
na redação dos diversos temas que compõem a estrutura doutrinária inseridas
na magnífica secção “Instruções dos Espíritos”.
A seguir,
apresentamos relação completa, em ordem alfabética, de nomes ou criptônimos
dos Espíritos elevados, sendo que, na segunda coluna, temos os números de
capítulos, do item ou itens, onde se encontram as dissertações de cada
autor espiritual, psicografadas por diversos médiuns, na França e outros
países da Europa.
Relação dos
Espíritos elevados que colaboraram com dissertações evangélico-doutrinárias
em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Espíritos Superiores
|
Capítulos e itens em
O Evangelho Segundo o Espiritismo
|
|
|
Adolfo, bispo de Argel
|
7:12, 12:11, 13:11.
|
Bernardine, Espírito protetor
|
5.27
|
Cáritas
|
13:13-14.
|
Cheverus
|
16:11.
|
Constantino
|
20:2.
|
Delfina de Girardin
|
5:24
|
Dufêtre, bispo de Nevers
|
10:18.
|
Emmanuel
|
11:11.
|
Erasto, discípulo de Paulo
|
1:11, 20:4, 21:9, 21:10.
|
Espírito protetor
|
11:13.
|
Fénelon
|
1:l0, 5:22-23, 11:9, 12:10, 16:13.
|
Ferdinando, Espírito protetor
|
7:13
|
Francisco Xavier
|
12:14.
|
François de Genève
|
5:25
|
François, Nicolas-Madeleine
|
5:20, 17:8-9.
|
Guia protetor
|
13:19.
|
Hahnemann
|
9:10.
|
Henri Heine
|
20:3.
|
Irmã Rosália
|
13:09.
|
Isabel de França
|
11:14.
|
João
|
13:16.
|
João Batista Vianney, Cura d’Ars
|
8:20.
|
João Evangelista
|
8:18.
|
João, bispo de Bordeaux
|
10:17.
|
Jorge, Espírito protetor
|
17:11.
|
José, Espírito protetor
|
10:16, 19:11.
|
Júlio Olivier
|
12:09.
|
Lacordaire
|
5:18, 7:11, 16:14.
|
Lamennais
|
11:15.
|
Lázaro
|
9:6, 9:8, 11:8,17:7.
|
Luís
|
21:8.
|
Luís, Espírito protetor
|
21:11.
|
M., Espírito protetor
|
16:10.
|
Miguel
|
13:17.
|
O Espírito de Verdade
|
6:5-6-7-8, 20:5.
|
Pascal
|
11:12, 16:09.
|
Paulo, apóstolo
|
10:15, 15:10.
|
Sanson
|
5:21, 11:10.
|
Santo Agostinho
|
3:13-14-15, 3:18-19, 5:19,
12:12, 12:15, 14:9, 27:23.
|
São Luís
|
4:24-25, 5:28-29-30-31, 10:19-20-21,
13:20, 16:15.
|
São Vicente de Paulo
|
13:12.
|
Simeão
|
10:14, 18:16.
|
Um Anjo guardião
|
5:26
|
Um Espírito amigo
|
9:7, 18:15.
|
Um Espírito familiar
|
13:18.
|
Um Espírito israelita
|
1:9
|
Um Espírito protetor
|
8:19, 9:19, 12:13, 13:10, 13:15, 16:12; 17:10,
19:12.
|
Uma Rainha de França
|
2:8
|
|
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|
|
Leitores
da Obra
O
Codificador Allan Kardec, excelente intérprete das Sagradas Escrituras,
preocupou-se muito com o entendimento e o aproveitamento dos leitores desta
obra – leitores que seriam bem diversificados em seus níveis intelectuais,
línguas diversas, costumes variados e tradições religiosas. No grande futuro,
ele sabia que os leitores viriam aos milhões, provenientes dos diversos
povos e variadas classes sociais. A obra evangélica
seria consagrada a beneficiar o espírito de todos os seres humanos!
Sabia muito bem o Codificador que a maioria das pessoas era
possuidora de pouca experiência bíblica e distanciada das leituras
complicadas. Para ele, esta obra não poderia ser eminentemente teológica,
limitada a atender somente alguns especialistas, tornando-se embaraço para
a grande massa de leitores que viriam das almas simples do povo. Não era
para satisfazer somente o gosto intelectual apurado de Kardec, mas
especialmente cumprir o luminoso programa pedagógico de Jesus Cristo para a Humanidade inteira. Obra
espírita de conteúdo extremamente evangélico para esclarecer e
iluminar todos os espíritos, todas as mentes, todos os raciocínios e todos
os corações. E não somente para ser objeto de pesquisas de alguns
estudiosos especializados em textos bíblicos.
Kardec não
estava criando “nova Bíblia” para atender especificamente uma elite de
leitores intelectuais espíritas. Obra genuinamente evangélica que pudesse estudar,
de forma sucinta e de forma bem concentrada, boa percentagem das ideias,
ensinos e projetos educativos de Jesus Cristo. Obra espírita que pudesse
interpretar com lucidez e explicar com clareza a estrutura filosófica
fundamental contida nos Evangelhos da Bíblia Sagrada.
O pensador
Allan Kardec é o exímio organizador do pensamento cristão para atender o
imaturo homem tecnológico do Terceiro Milênio. Conseguiu efetivar, com elevados
méritos, ao formar e formatar os 28 capítulos de O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
Dificuldade
de entendimento
Kardec teceu
breve, porém, sincera e verdadeira análise a respeito dos leitores dos
Textos Sagrados, os quais manuseiam muito pouco ou quase nada. Sendo que
poucos leem e menos ainda estudam com seriedade os Evangelhos. Esmagadora
maioria sente enorme e invencível dificuldade em ler, interpretar e
entender os variados capítulos e versículos da Obra Sagrada. Pronunciou-se,
pois, a respeito: “Poucos, no entanto, a conhecem a fundo e menos ainda são
os que a compreendem e lhe sabem deduzir as consequências. A razão está,
por muito, na dificuldade que apresenta o entendimento do Evangelho, que,
para o maior número dos seus leitores, é ininteligível”. (O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Introdução, nº 1 –
“Objetivo desta Obra” – Página 24 – 129ª edição – FEB)
Dos simples
religiosos, em sua generalidade, poucos conhecem a fundo os Evangelhos, e
menor ainda é o número dos que o compreendem em espírito e verdade. A
maioria dos crentes, na grande massa da população, não está afeita à leitura
complicada, dificultosa e confusa como se depara com a maioria das
sentenças dentro dos versículos do Antigo e do Novo Testamento.
O
Codificador descreveu o retrato intelectual e psicológico dos religiosos em
geral a respeito de sua capacidade de leitura e aproveitamento do estudo
individual dos textos da Bíblia Sagrada:
“A forma
alegórica [forma figurada] e o intencional misticismo da linguagem fazem
com que a maioria o leia por desencargo de consciência e por dever, como
leem as preces, sem as entender, isto é, sem proveito”.
“Passam-lhes
despercebidos os preceitos morais, disseminados aqui e ali, intercalados na
massa das narrativas”.
“Impossível,
então, apanhar-se-lhes o conjunto e tomá-los para objeto de leitura e
meditações especiais.” Allan Kardec (O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Introdução, n.º 1 –
“Objetivo desta Obra” – Página 24 – 129ª edição – FEB)
Com
sua perspicácia, Kardec observou que a maioria dos crentes das religiões
tradicionais lia os textos das Escrituras, e pouco entendia, muito menos
assimilava, menos ainda compreendia. Bom número de adeptos lê as páginas
complicadas da Bíblia por simples dever, sem vontade e intenção em aprender
os ensinos morais e muito menos ainda em praticá-los. Lamentável a condição
de ignorância espiritual da maioria dos religiosos em geral, quanto ao aprendizado
dos preceitos morais do Cristo!
Espíritas
esclarecidos
O Mestre
Kardec percebeu a necessidade de produzir obra doutrinário-evangélica que
facilitasse bastante o entendimento para a maioria das pessoas que fossem
manusear e estudar o Evangelho espírita. Este, o objetivo maior do lúcido
Codificador para a obra espírita da Boa Nova que interpretou com
profundidade e explicou à LUZ DA FÉ RACIOCINADA o pensamento, a ideia e o
ensino da Verdade Eterna contidos no Evangelho de Jesus Cristo.
A
intenção grandiosa do Codificador era elaborar obras que aumentassem o
número de leitores estudiosos a realmente aprender com clareza os
ensinamentos de Jesus Cristo e vivê-los com alma e coração. Esses leitores
seriam os espíritos decididos, os alunos estudiosos, os espíritas
esclarecidos, os que pensam a Fé Racional, os que se esforçam em
corrigirem-se, os que se arrependem de suas faltas e crimes, os que aprendem
a amar, os alunos sinceros da renovação, os aprendizes da boa vontade, os
espíritas da fé raciocinada, os que trabalham com desprendimento por uma Humanidade
mais feliz. Esses são os leitores modernos que Kardec desejava seduzir e
arrebanhar, preparar e formar com o lançamento da obra eminentemente
didática - O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Obra-prima
de Kardec
O excelente
intérprete das Escrituras Sagradas – o Codificador Allan Kardec – organizou
uma obra que pudesse penetrar com leveza e grandeza na alma humana. Adentrando
as provações, os dramas, as tragédias e os grandes sofrimentos dos
leitores de todo o mundo e, oferecendo, com caridade moral, o caminho da
luz espiritual. Para Kardec, a vitória do espírito sobre as experiências da
vida corpórea e sua efetiva melhoria moral seriam
sempre mais importantes para o feliz destino futuro das almas humanas.
Cativar o
máximo de leitores pela racionalidade da fé, bem como emotividade do amor
fraternal, simplicidade na linguagem e objetividade nas explicações. Tudo
para beneficiar verdadeiramente os leitores espíritas que iriam aprender a
aplicar simultaneamente na leitura as ferramentas do espírito: inteligência
e sentimento, raciocínio e coração, pensamento e emoção, ideação e
afetividade, inspiração e espiritualidade.
O Evangelho
dos espíritas em todas dissertações de suas abençoadas páginas, tanto de
autoria de Allan Kardec como dos Espíritos Superiores, foram redigidas e
comentadas, interpretadas e explicadas, obedecendo à clareza da fé raciocinada,
à luz poderosa da fé divina, a força imbatível do amor universal e a
eficiência educativa da caridade moral. O Evangelho elaborado por Kardec é
obra bastante humilde em sua confecção material: contém poucos capítulos,
sem ostentação de vaidade literária, contudo, traz, em seu conteúdo, todas
as lições e princípios, normas e regras para o esclarecimento, educação,
aperfeiçoamento moral e espiritual das criaturas humanas.
O
Codificador não ansiava por agradar aos leitores simplesmente pelo
altíssimo número de versículos selecionados e catalogados, estudados e
explicados. O insigne Kardec desejava verdadeiramente encantar os leitores
da Fé Espírita com dissertações repletas de ideias claras, explicações bem
articuladas, beleza imortal da Verdade Divina, Amor profundo a Deus, amor
fraternal ao próximo, Amor universal a tudo e a todos, pregação da Caridade
prestadora de serviços, Fé divina, amorosa, misericordiosa e racional.
O abnegado
pensador Kardec – verdadeiro sábio das sagradas escrituras – soube, através
desta esplendorosa obra, cativar e conquistar milhões e milhões de leitores
sequiosos da Verdade Espiritual pela simplicidade e objetividade das dissertações,
exposição clara, amena e didática das interpretações à luz poderosa da Fé
Raciocinada.
O Evangelho
elaborado por Kardec é obra de brilho espiritual sem igual, celeiro de fé
raciocinada, amor fraternal e caridade moral.
O Evangelho
dos espíritas é a mais excelente, a mais exuberante, a mais encantadora, a
mais rica de esperanças e consolações, a que mais multiplica as alegrias intraduzíveis
nos corações!
O
Evangelho Segundo o Espiritismo é a obra-prima de Kardec por
excelência; fulgura acima de todas as suas outras obras extraordinárias por
trazer a beleza cristalina e a grandeza imortal das lições do Senhor e
Mestre Jesus Cristo.
Podemos
perguntar ao coração de cada companheiro espírita: Quem de nós, nas horas
das grandes lutas e incertezas, dores e sofrimentos, tragédias e obsessões,
angústias e solidão, dispensa o manuseio do Evangelho de Kardec?
Quais de nós
não abraçamos o Evangelho organizado por Kardec, fechamos os olhos,
concentramo-nos, proferimos uma prece, depois, abrimos suas páginas luminosas,
lemos e meditamos com respeito às suas lições imortais e não nos vemos de
um momento para outro, mais fortalecidos e mais calmos, renovados na fé, na
confiança, na esperança e no amor ao próximo! É a influência imensamente
benfazeja desta obra admirável e abençoada de Allan Kardec e dos Espíritos
Superiores sob a orientação magnânima do amorável Mestre e Senhor Jesus!
O Evangelho
dos espíritas interpreta e descreve, com o máximo de lucidez de raciocínio
e magnificência esplendorosa de amor, os ensinamentos mais importantes de
Jesus selecionados nos quatro Evangelhos do Novo Testamento e nas Epístolas
do Apóstolo Paulo.
O Evangelho
dos espíritas é obra organizada pelo raciocínio refinado de Allan Kardec.
Através dela, Jesus retorna ao mundo, esclarecendo o povo. O Senhor volta
ao cenário triste, descrente e sombrio do mundo moderno, conversando e orientando
homens e mulheres infelizes, inseguros e frágeis.
O Evangelho
elaborado por Kardec espalha e semeia, ensina e ilumina, esclarecendo o
raciocínio e fecundando o coração que fará produzir a verdadeira
felicidade do ser humano dentro de si mesmo, na família e na sociedade!

Capa do Anuário Espírita 2014 traz Kardec e fac-simile
de edição francesa
de O Evangelho Segundo o Espiritismo
(Texto recebido em email
do IDE, Araras, SP)
Ide
www.ideeditora.com.br
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